sábado, 25 de agosto de 2012

Reajuste ou esmola?!

Algo a mais para os militares
25 Ago 2012

Panorama Político 
Ilimar Franco
O governo Dilma vai reajustar os salários dos militares nos próximos três anos. A tendência é conceder um valor acima dos 15,8% para os civis. Mas esse reajuste ficará longe dos 46,7% pretendidos pelo comando das Forças Armadas.
 
Fonte: http://www.exercito.gov.br

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

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Ministro já admite dar reajuste de mais de R$ 14 bi a servidores
17 Ago 2012



Este é o número inicial para negociar. Greve da Anvisa causa prejuízos de R$ 300 milhões


BRASÍLIA e RIO O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem, que R$ 14 bilhões é o número inicial com o qual trabalha o governo para o reajuste de servidores. O valor não está decidido, porque "muda o tempo todo". A expectativa dos servidores é de que haja avanço nas negociações na semana que vem.
- Esse era o número inicial, mas pode mudar, está o tempo todo mudando. Ele pode sofrer alteração, porque vamos ter uma negociação longa agora com o funcionalismo, carreira por carreira. Mas quem fala sobre isso é o Planejamento, a ministra Miriam Belchior.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que trabalha com o limite de 15,8% de reajuste, parcelado em três anos, para o conjunto das categorias do Executivo Federal.
- Para mais do que isso, não temos disponibilidade - afirmou.
Segundo Gilberto Carvalho, a tendência é que o reajuste para as diferentes carreiras seja muito parecido.
- Nossa expectativa é que prevaleça o bom senso. E aqueles que diziam que o governo não tinha proposta, não dialogava, agora tem proposta, estamos dialogando - afirmou o ministro.
Em greve há quase dois meses, os auditores da Receita Federal fizeram ontem o Dia Nacional de Entrega de Chefias. Pedro Delarue, presidente do Sindifisco Nacional, disse que em pelo menos 40 delegacias da Receita os chefes colocaram o cargo à disposição dos titulares da unidade. Eles protestam contra o decreto do governo que permite substituir grevistas por servidores estaduais ou municipais. Os auditores querem aumentos de 30% a 49,4%, para que os salários passem da atual faixa de R$ 13,6 mil a R$ 19,45 mil para R$ 20,3 mil a R$ 25,3 mil.
A greve da Anvisa, que completou um mês, já causou prejuízo de R$ 300 milhões ao setor de equipamentos médicos e odontológicos. Paulo Henrique Fraccaro, vice-presidente da associação do setor, disse que de 400 empresas, 110 foram afetadas, já que metade do material usado é importada.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

 
A Problemática do aumento para os Militares Federais
Objetivando esclarecer a Família Militar sobre a evolução de uma de suas importantes aspirações, o aumento de sua remuneração, a CONFAMIL houve por bem recolher informações sobre a problemática que envolve essa questão, e transmitir a comunidade o que é essencial de ser observado.
Assim sendo, cabe-nos fazer um breve retrospecto sobre as preliminares que tiveram lugar ao início da discussão sobre esse tema, para que possamos ter a visão abrangente da ação de todos os atores nele envolvidos, e permitir-nos projetar desfechos prováveis sobre a perspectiva de obtermos o tão esperado reajuste salarial.
Em agosto de 2011, portanto, há oito meses, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entregaram, ao Ministro da Defesa, um estudo minucioso sobre a situação remuneratória dos militares das Forças Armadas. Esse estudo descrevia, com base em dados oficiais, portanto irrefutáveis, a gritante disfunção salarial entre os militares e as demais categorias de servidores que percebem pela União. Indicava, também, uma proposta para, pelo menos, superar a desigualdade entre a remuneração média per capita dos militares e a dos integrantes da Administração Direta, servidores civis mais mal remunerados em nível federal .
A referida proposta, depois de algum tempo, foi encaminhada aos setores técnicos do Ministério da Defesa, que começaram uma série de estudos e análises sobre a proposição, inclusive com a participação de integrantes do Ministério do Planejamento. Nesse ínterim, iniciou-se, paralelamente, a elaboração de documento preliminar sobre uma Política de Remuneração para o pessoal das Forças Armadas, numa evidente manobra protelatória, que, invariavelmente, se sucede às reivindicações sobre reajustes salariais dos militares federais.
De agosto de 2011 até a presente data, a situação dos militares tem se agravado, com a perda progressiva do poder de compra, que, nos níveis dos graduados, atinge o percentual de 30% . Esse aperto salarial, que se instalou a partir de 2003, tem levado os militares a se socorrerem de empréstimos continuados com o objetivo de satisfazerem as suas inevitáveis necessidades básicas.
Essa situação influi, decisivamente, na motivação, na autoestima, e no exercício das atividades rotineiras da profissão do militar, o que pode conduzir, em curto prazo, a situações conflituosas e indesejáveis.
Enquanto isso o Ministro da Defesa proclama, em revistas e jornais, que a situação salarial dos militares deve ser ( ou será ?) corrigida, mas não sabe ( ou não pode ) dizer “o quanto ou o quando”, como que transferindo para um futuro incerto ( 2013,2014 ou 2015 ? ) o reajuste, também incerto, que poderá ser de 5% , 6% ou 7% .
 Enquanto isso, a incerteza se alimenta e cresce com as “informações” produzidas por setores do próprio governo, responsáveis pelo assunto, que afirmam:
         - não haverá reajustes para os militares em 2012;
         - é possível algum tipo de reajuste no segundo semestre de 2013,
         - após terem sido resolvidas as pendências com o judiciário e o o legislativo ;
         - houver, o reajuste de 2013 será modesto –algo como 5% a 6%
       
         - e 
deverá estender-se até 2015 .
                Sejam quais forem as ilações que se façam tentando entender-se aonde se encontra a verdade num tempo em que as mentiras ganham contornos de credibilidade, o fato é que, em termos de ações responsáveis partindo daqueles que têm por missão assistirem diretamente aos interesses das Forças Armadas e de tudo a elas relacionados, como o Ministro da Defesa e os Comandantes Militares das Forças, fica impossível de prever-se até onde a omissão e o conluio se mesclam para impor o silêncio que hoje estamos assistindo. No mínimo, é bem provável que, mais uma vez, estejamos sendo tripudiados como militares e como Forças Armadas  pelo poder central que, com suas indisfarçáveis atitudes, insiste em mostrar aos seus seguidores, e por extensão, a população, que as Forças Armadas nada representam de substantivo ao País. Para esse poder, o que pode ser admitido como missão é a invasão de favelas e o auxílio a remoção de detritos, isso até agora.
                Não sabemos o que nos aguarda no horizonte das expectativas. Apenas entendemos que, mais do que nunca, mesmo sem o auxílio de uma mídia comprometida com seus próprios interesses no quais não se insere os do País, precisamos nos manter unidos e mobilizados em nossas aspirações. A conquista da nossa dignidade nos impõe muita coragem e determinação para a superação de tanta insensatez e irresponsabilidade com que são tratadas as únicas instituições permanentes presentes em nossa Constituição.

CONFAMIL