segunda-feira, 7 de abril de 2008

IMPRENSA 2



Imprensa 2 - Jornalista denuncia controle político na TV Pública
Por Daniel Castro, na Folha. Volto depois:Primeiro âncora da TV Brasil, o jornalista Luiz Lobo, 42, afirma que o Palácio do Planalto interfere no jornalismo praticado pela TV pública federal, lançada pelo governo Lula, em dezembro, com a promessa de que não seria uma emissora chapa-branca. "Existe, sim, interferência do Planalto lá dentro. Há um cuidado que vai além do jornalístico", afirma.Lobo foi demitido na última sexta-feira, segundo ele, por ter resistido às interferências. Afirma que o Planalto controla o conteúdo das reportagens por meio da jornalista Jaqueline Paiva, mulher do também jornalista Nelson Breve, assessor de imprensa da Presidência da República. Lobo era também editor-chefe do "Repórter Brasil", primeiro e único, até agora, programa da TV Brasil. Jaqueline ocupa o cargo de coordenadora de telejornais.Lobo diz que a "pressão" aumentou nas últimas duas semanas, quando a crise dos cartões corporativos atingiu a ministra Dilma Rousseff, com o vazamento de um dossiê, elaborado pela Casa Civil, de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua mulher, Ruth Cardoso."Não podíamos falar em dossiê, mas em "levantamento sobre uso dos cartões". Depois, a orientação era falar "suposto dossiê'", relata Lobo."Todo texto sobre Planalto, Presidência, política e economia tem que passar por ela [Jaqueline Paiva]. É ela quem edita, faz as cabeças [a introdução das reportagens de televisão, lida pelo apresentador]. Existe um poder dentro daquela redação. Eu era editor-chefe, mas perdi autonomia até para fazer a escalada [as manchetes de um telejornal]. A Jaqueline muda os textos dos repórteres freqüentemente. Há muita insatisfação entre os jornalistas", afirma.
Assinante lê mais aquiComentoJá trabalhei com Nelson Breve. Fui seu chefe num jornal burguês lá se vão muitos anos, 15 talvez. Hoje ele é chefe de todos nós. Saúdo a ascensão política do companheiro. Mas, sendo como relata o jornalista demitido, dizer o quê? Que coisa feia, hein, colega!? Breve já era de esquerda, claro. Tínhamos uma conversa amigável. Eu era redator-chefe e, com certeza absoluta, jamais apliquei qualquer critério ideológico para filtrar o que quer que fosse. Estava bem apurado? Saía. Ponto final. Só não permitia proselitismo partidário, como alguns tentavam fazer. Não, não me lembro de Breve ter recorrido a tal expediente. Ele já era mais, como direi?, preparado do que os petistas rombudos.O que mais me fascina no petismo é precisamente isto: Franklin tem um auxiliar direto? Tem. É Nelson Breve. E Breve, por sua vez, tem uma mulher, que vem a ser uma das chefonas da TV Pública, criada por Franklin Martins. Está tudo entendido? Fosse lá uma estrovenga qualquer do petismo, vá lá. Mas é uma TV Pública feita com o seu dinheiro, leitor, com o meu. A conta já está em R$ 500 milhões por ano. Vai custar mais.É por isso que não dou bola — e, pra ser franco, repugna-me um pouco — a essa conversa de gente muito séria e douta que ajuda a criar essas porcarias. Não há como um troço desses ser virtuoso. Serve ao aparelhamento do partido e do governo. E isso não depende de boas intenções. Alguém tinha alguma dúvida de que seria assim?E sabem o que é o pior de tudo? Ninguém assiste à tal TV Pública. Tenta-se manipular o noticiário para dar traço no Ibope? Daqui a pouco, esse negócio é só mais um desses elefantes brancos, com milhares de empregados que jamais poderão ser demitidos. Logo, seus atuais dirigentes se aboletam numa associação qualquer de funcionários da própria TV Pública e viram diretores de sindicato. E estarão com a vida ganha para sempre.Nós pagamos a conta.
Por Reinaldo Azevedo
Receita para os invasores da Universidade de Brasília
1 – Comecem a fazer vídeos líricos sobre a invasão para pôr no Youtube;2 – Decorem as paredes (em papel, sem pichar) com frases do Maio de 1968 francês;3 – Digam que nem a força bruta vence as barricadas do desejo;4 – Sejam realistas: peçam o impssível;4 – Chamem as mães dos estudantes para abraçar a reitoria;5 – Filmem a cozinha coletiva;6 – Façam um Blog da Invasão;7 – Decorem as entradas da reitoria com pneus velhos, coloridos com aquarela;8 – Chamem a bancada do PT, né? Aqui em São Paulo, onde há invasão, há sempre um grupo de petistas dando apoio moral;9 – Peçam a presença de Fábio Konder Comparato e de Dalmo de Abreu Dallari. Eles estão sempre com os jovens. Não é possível que, desta feita, ambos vão deixá-los na mão;
10 -Convoquem os professores de esquerda, se houver algum que não esteja no bolso do reitor, para dar aulas especiais. Seguem os temas

- A Comuna de Paris;
- França, 1848 – Brasília, 2008: 160 Anos de Luta;
- Do Lixo ao Luxo — A Microfísica do Poder: Foucault Neles!!!
Por Reinaldo Azevedo

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