terça-feira, 10 de junho de 2008

SER DE CAVALARIA


SER DE CAVALARIA ...


SER DE CAVALARIA - é mais que um privilégio. Quem não souber medir a verdadeira extensão desta responsabilidade e que não for capaz de amá-la arrebatadamente, meia volta. Só assim não virá a ser um pigmeu entre gigantes!


SER DE CAVALARIA - não é ser melhor nem pior do que quem quer que seja, como já é clássico afirmar. Mas é ser diferente. Diferente com espontaneidade e sem arrogância, com discrição e sem maldade. Diferente de tudo que possa refletir os extraordinários lampejos do coruscante Espírito da Arma.


SER DE CAVALARIA - é ter vocação para a busca do infinito e familiaridade com os influxos do Eterno. Pela glória, o cavalariano peleja, se supera e se sacrifica até chegar, pelo menos, a vizinhança do infinito. Pela tradição ele se molda, se robustece, age e reage, sob a inspiração da perpetuidade - o fundamento existencial da Arma.


SER DE CAVALARIA - é perseguir um ideal que não se ofusca, que não se quebra, que não se abate ao rigor e aos latejos sobre ele acometem, desabam, rusgam, rebentam, com rebencadas raivosas, com acessos de ira incontrolável, de tempos em tempos – que importa ao sol as negras, densas e sinistras nuvens de tormenta ?


SER DE CAVALARIA - é ser da astúcia enamorado; da bravura, amante; da audácia, apaixonado; da iniciativa, servo. É fazer do perigo a sublime loucura que, em infrene galopada, conduz as raias luminosas do heroísmo


SER DE CAVALARIA - é fazer da renúncia um credo e da resignação um apostolado. A renúncia é a inesgotável fonte de energia que mantém acesa a chama interior do cavalariano e que o identifica a sua vida, sem outras recompensas além daquelas que lhe são proporcionadas pela serena certeza de vivê-las pela sua alma, para transmudar espinhos em flores e para vencer o vírus do desestímulo que lhe é inoculado pela incompreensão culposa de sua valia e pelo cortejo de louros, de êxitos e de recompensas que lhe são circunjacentas, mas lhe são negadas.


SER DE CAVALARIA - é amar com exaltação o cavalo, num misto sentimento de amizade e de reconhecimento; pela sua capacidade de pagar com afeto, o afeto que lhe é dedicado; pela natureza de sua cooperação para as glórias imorredouras da Arma.


SER DE CAVALARIA - é amar os blindados e sentir que neles também pulsa um coração cavalariano, que a eles caberá nos conduzir na guerra moderna, impulsionado pela chama imortal que arde em nossas entranhas.


SER DE CAVALARIA - é ao mesmo tempo, ser monarca e ser escravo. Monarca dos espaços livres e profundos, de ínvias e ásperas veredas, nas quais, a despeito das fantasias modernistas, a Arma de mobilidade tática por excelência tem seu habitáculo, transforma-se em fantasma e adquire o mágico poder de legenda. Escravo do penoso tributo a ela imposto, só comparável à beleza de suas missões clássicas antes, durante e depois da batalha em holocausto à vitória final.


SER DE CAVALARIA - é, antes do mais nada e apesar de tudo, nascer, viver e morrer SEMPRE DE CAVALARIA!

(Texto de autoria do Ten Cel Cav LUIS FELIPE DE AZAMBUJA)

Um comentário:

  1. Bonito texto!!

    E o que acham desse?

    Quando a cavalaria virá nos salvar dessa quadrilha de comunistas?

    Ou devemos mudar de país?

    http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/06/10

    /integrantes_da_via_campesina_da_assembleia_popular_realizam_dia_de_protestos_em_13_estados-546732897.asp


    MST espalha violência pelo país

    Movimento comanda invasões e depredações de empresas públicas e privadas em 13 estados

    De Germano Oliveira:

    Comandados pelo Movimento dos Sem Terra (MST), militantes da Via Campesina e da Assembléia Popular fizeram ontem protestos violentos em pelo menos 13 estados. Eles invadiram empresas públicas e privadas — entre elas a sede da Votorantim, em São Paulo —; interromperam o tráfego numa estrada de ferro usada pela Vale, em Minas; ocuparam a ante-sala do centro de comando da usina hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Sobradinho, na Bahia; destruíram um laboratório da Universidade Federal de Pernambuco e interromperam o trabalho do Porto de Pecém, no Ceará.

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