Notícias Militares

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A TERRA DO NUNCA




A TERRA DO NUNCA

Ternuma Regional Brasília

Gen Bda Refo Valmir Fonseca Azevedo Pereira

“A Terra do Nunca”, sabemos, é aquela região entre o nada e o faz–de-conta, onde transitam fadas, duendes, humanos e uma galera de personagens que fazem a alegria da petizada. Lá, tudo é possível, inclusive o impossível. Imagine–se o fantástico, o inacreditável, o assombroso, lá é possível. Na verdade o cotidiano na “terra do nunca” é o improvável. Por isso, alguns, diante do estapafúrdio cotidiano da nação, afirmam que é a “terra do nunca”.

E não param aí as verossimilhanças, lá tem um pirata terrível, ignóbil, trapaceiro e maneta (capitão Gancho?), aqui, um quase. Lá um bando de piratas, aqui uma quadrilha legalizada. Lá um jacaré indigesto, obcecado por papar mais um pedaço do Capitão (gostou demais da mão do indigitado) e não lhe dá a menor trégua, sempre em seu encalço, sorrateira e silenciosamente; aqui, temos as Forças Armadas (atentas?), que inermes ou não, preocupam aos piratas, por isso, nada melhor do que mantê–las acuadas.

Mas, enquanto isso, outros, cheios de dúvidas, que não acreditam que em pleno século XXI possa existir uma terra de tantos prodígios, ainda ousam perguntar “que País é este?”, estupefatos diante das indignidades que maculam o nosso dia–a–dia, sem que o menor frêmito de indignação percorra o corpo exangue de sua letárgica sociedade.

Anestesiada, para não dizer entusiasmada com tantas benesses, satisfeita por receber sem dar nada em troca, a plebe quer mais que haja uma profusão de bolsas (aumento de 9,68% no bolsa – família, sem fazer força), muito carnaval, muito futebol e muita licenciosidade, muitos “reality show”, e está se lixando para o mar de lama que tomou conta dos nossos poderes e de suas melífluas autoridades.

Portanto, qual o problema, se na república petista-comuna grassam os pecadilhos de uma criminosa máfia, e se naquela podridão, sempre sobra algum para os parasitas profissionais?

No momento em que comprovamos o êxito da política de criação e de exacerbação dos quistos e das diferenças sociais, claros objetivos de um desgoverno decidido em fracionar a sociedade, nos resta orar para que a pandemia da falta de dignidade e a falta de pudor morram de inanição ou vítima de uma vacina que ainda será inventada.

Esta é a “terra do nunca”, inimaginável reino da fantasia onde convivem, livremente, o mau - caratismo e a desfaçatez, onde um movimento que não existe (MST) convenia - se com os indígenas da Reserva Serra do Sol. É a terra onde o direito da propriedade é letra morta, e qualquer aventureiro pode apossar - se de sua terra acobertado por nebulosos resgates sociais. É uma a terra sem dono, onde qualquer dispõe, assomando–se acima de qualquer Tratado, e assume posturas em nome da Nação, desabridamente, como se a terra fosse sua.

Hoje, a “terra do nunca” está à matroca, e sem-terra, sem-teto, sem-emprego, sem–vergonha, delinqüentes adolescentes sem-responsabilidade, quilombolas, índios, gays e lésbicas, ex–terroristas e um punhado de deserdados enfileiram-se esperando a sua parte no botim. Lamentamos, e temos dúvidas se haverá bolo para todos.

Alegremente, tal qual em Sodoma e Gomorra, o populacho dedica-se à lascívia do consumo desenfreado, com o incentivo de seu falso guru. Felizes, deleitam–se nos benefícios de uma crise financeira que, segundo os economistas nativos, chegou para projetar a pujança do País.

Que desalento para os 16% de insatisfeitos terem, no futuro próximo, de escolher entre o Serra e a Dilma. Triste sina a de optarmos entre o verme e a bactéria, entre o amebóide e a sarna, entre o dilúvio e a praga.

As perdas para a Nação causadas pelo governo petista são flagrantes, os prejuízos, incalculáveis, e os danos à dignidade, irrecuperáveis.

Não bastam as perdas morais, num cenário onde tudo podem os crápulas e seus aliados, desde que atendidos os nebulosos interesses do desgoverno, somam–se àquelas, as perdas da soberania e da dignidade pela cumplicidade do atual governo brasileiro aos líderes de países vizinhos, beneficiados, gratuitamente, em claro detrimento aos interesses nacionais por interesses ideológicos.

Sem compostura, nos ajoelhamos e trememos perante o Evo; bajulamos e facilitamos a vida do Chávez; ante o Correa, amarelamos; no MERCOSUL, cotidianamente, nos submetemos aos caprichos dos Kirchner e, agora, sem vaselina, apenas para impedir a “perda da governabilidade” do bispo prevaricador, rasgamos tratados, não negociamos; graciosamente, cedemos e, simplesmente, assumimos encargos escorchantes, só para facilitar a vida de um “cumpanheiro”, conforme a cartilha elaborada no Foro de São Paulo, com certeza, muito mais pétrea e importante do que a Carta Magna.

A construção de uma Nação demanda anos, décadas, séculos. E a desconstrução? Logo, saberemos.

Brasília, DF, 03 de agosto de 2009

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