Al Gore, ex-Vice Presidente americano, Premo Nobel da Paz de 2007 e grande estrela da mídia como "defensor do meio ambiente".
Ao debruçar-me com a devida responsabilidade sobre as políticas públicas para as Forças Armadas, não posso esconder minha perplexidade.
Você não tem uma idéia da sucessão de erros que projeta um buraco gigantesco num amanhã bem próximo. A permanecer a tendência atual, daqui a pouco não será fácil encontrar quem queira servir às Forças Armadas, tal a baixa competitividade dos seus vencimentos, em todos os escalões, e a falta de condições operacionais, fatores que afetam em cheio a dignidade de um segmento envolto numa mística e em compromissos que vão além da paixão e dos deveres profissionais.
Eu diria que essa coleção de equívocos e até de imprudentes solapamentos ganhou uma configuração mais nítida a partir da criação do Ministério da Defesa, segundo o modelo norte-americano, que acabou confiando o conjunto dos complexos assuntos militares a pessoas sem a necessária vivência dos mesmos, sem compreensão estratégica do papel militar e sem o conhecimento e cultura indispensáveis a respeito.
Um desastre após outro
O resultado dos últimos anos tem sido um desastre após outro, com a triste rotina de uma verdadeira queda de braços - humilhante porque, na hora de botar a boca no mundo, como é da essência da sociedade democrática, os militares precisam se valer de suas esposas, dos inativos ou recorrer a subterfúgios como doar sangue para expressar seu descontentamento.
Esse quadro deprimente produz um tipo de confronto silencioso, mas de ardilosa manipulação. Para qualquer um contingenciado pela disciplina, uma de suas místicas mais sagradas, toda essa indiferença à sua sorte tem conteúdo ideológico. É como se ele estivesse sofrendo a revanche de situações preteridas.
As aflições e os nervos à flor da pele engendram a idéia de que tudo não passa de uma conspiração de esquerda para reduzir a tropa a um estamento simbólico. Isso escamoteia a verdade "verdadeira". Está em prática uma "nova doutrina", alimentada pelas grandes multinacionais, especialmente os sistemas financeiros, a partir do fim da guerra fria e do fracasso dos beligerantes de ambos os lados, em face de fatores críticos novos e diferenciados, sobretudo pela mudança do viés da supranacionalidade e do avanço da tecnologia, com a superposição do segmento econômico de serviços sobre os industriais e agro-pastoris.
O Estado Mínimo
Para entender o que se passa em relação aos militares brasileiros, é preciso partir da análise do "Consenso de Washington" e de outras teses, que incluem a idéia do "Estado Mínimo", o fim das fronteiras nacionais e uma espécie de rearrumação do sistema de poder, que na prática já acontece com a interatividade internacional dos investimentos especulativos. Você pode se posicionar em relação às aplicações na Bovespa a partir das primeiras informações sobre o desempenho das bolsas asiáticas, num ritual que já subtrai sem constrangimento a independência dos centros nervosos da economia de cada país.
Isso quer dizer claramente: A macro-economia internacional engendrou outros referenciais e hoje não se pode dizer que esse ou aquele país nos ameaça. As hidras que se infiltram sobre nossos territórios não estão sujeitos a controles de nenhum país, de nenhum governo.
São grandes complexos econômicos que podem pagar às melhores cabeças e produzir controles remotos, robôs, tudo o que precisam para refazer o mapa do mundo.
Depois que descobriram as serventias do "terceiro setor", essas ONGs com discursos direcionados, os cabeças desses complexos concluíram, a partir de estudos científicos, que precisam bancar a miniaturização das Forças Armadas nos países alvos.
Mais do que qualquer outro país, o Brasil precisa de uma política militar sólida e fortalecida, independente dos outros, tanto pela dimensão do nosso território, a extensão das nossas fronteiras, como, principalmente, pela camuflada ocupação estrangeira de nossa maior riqueza, a Amazônia e da necessidade de proteger nossa "Amazônia Azul" - os 7.491 km de fronteira marítima, que formam a gigantesca Área Marítima Jurisdicional, (onde dispomos de grandes reservas de petróleo) de 4.451.766 km2, mais da metade (52 %) do território continental, de 8.511.965 km2.
A necessidade de um complexo militar em condições de cumprir suas funções de defesa vai muito além dos fantasiosos conflitos entre nações.
E exige uma revisão urgente, sem matizes ideológicos, porque o somatório de erros poderá ser fatal para a soberania do Brasil e para a vida da sociedade brasileira. Esses erros começam pelo virtual aniquilamento do serviço militar obrigatório, de tanta importância para nossa juventude sem rumos, até o desprezo pelo conhecimento, a dedicação e o patriotismo inerentes á vida na caserna.
Do jeito que as coisas estão indo, até os cursos superiores das Forças Armadas, que se incluem entre os melhores do Continente, vão acabar tendo sua finalidade deturpada: ao invés de formarem oficiais especializados, vão acabar se convertendo, como já acontece pontualmente, em produtores de profissionais altamente qualificados para as grandes multinacionais que pagam muito mais.
Nessa faina impatriótica de desmotivação dos militares, os interesses "ocultos" jogam com feridas não cicatrizadas e visões primárias de tecnocratas delirantes, os quais escondem da sociedade um perigoso vexame: segundo fontes merecedoras de crédito, a FAB só consegue operar com 37% de seu poder aéreo e todos seus aviões têm mais de 15 anos de uso. Na Marinha, de toda sua frota, apenas 10 navios estão em condições de combate. No Exército a sucatagem bélica é ainda maior. Segundo levantamento, por falta de investimentos, o Programa Nuclear Brasileiro já provocou um prejuízo de U$ 1,1 bilhão. Os equipamentos de artilharia são semi-obsoletos e estão em péssimo estado de conservação, sujeitos, inclusive, a um racionamento de combustível e à falta de peças.
Diante de um quadro de ostensiva depreciação do Estado e, dentro dele, de sua estrutura militar, é responsabilidade de todos, independente de ódios internalizados, procurarem entender o que realmente está por trás dessa trama, algo que faz do Brasil continental um dos países com menor participação dos gastos em defesa no seu PIB - menos de 1,6% contra 3% da média mundial, uma ninharia se considerarmos os 5% do Poder Judiciário e os 3,98% do tal superávit primário - as restrições orçamentárias para pagar os juros da dívida.
Por questão de espaço, vou parando por aqui. Voltarei ao assunto,mas desde já você poderá encontrar a segunda parte desta matéria em http://colunaporfirio.blogspot.com
coluna@pedroporfirio.com
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Gov do Rio exonera 10 oficiais da PM
Por Jorge Serrão
Não bastasse a ansiedade acerca da manifestação de militares da ativa
e seus familiares, marcada para esta quinta-feira, por melhores
salários, o Alto Comando do Exército brasileiro tem outros grandes
pepinos para descascar no curto prazo. O primeiro é a insurgência
geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro que pede a cabeça do
secretário de Segurança Pública, delegado federal José Beltrame. Hoje,
41 comandantes de batalhão, diretores e chefes de seção colocam seus
cargos á disposição do governador Sérgio Cabral Filho. Ficam sem
comando 17 batalhões e unidades especiais.
O segundo problema para o EB é a guerra civil prestes a estourar em
Roraima. O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal
em Roraima, José Nagib Lima, admitiu ontem a possibilidade de recorrer
a uma operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da
Polícia Federal para despejar arrozeiros que vivem na terra indígena
Raposa Serra do Sol. Neste conflito, sobra para o EB uma eventual
intervenção para pacificação. O Alto-Comando é contra. Mas os Generais
correm o risco da obrigação de se dobrar às vontades do
"comandante-em-chefe" Lula da Silva, para quem a desocupação da Raposa
do Sol "é uma prioridade".
O terceiro é como responder internamente a mais uma declaração
belicosa do presidente venezuelano Hugo Chávez – que é o "comandante
militar" do Foro de São Paulo, o balaio de gato que mistura partidos
de esquerda no continente com pretensos movimentos sociais
revolucionários e grupos narco-guerilheiros (como as Farc/ENL). Em um
vídeo que circula na Internet, citando Lula textualmente, Chávez
garante que o presidente do Brasil concorda em formar um "Conselho de
Defesa" para confrontar o inimigo comum: o "império", os Estados
Unidos da América. Segundo Chávez, Lula incorporaria brasileiros ao
exército bolivariano que cumpriria a missão de combater os EUA. (Veja
no link: http://www.dailymotion.com/video/x46u7g_alba-defensa_news ).
Será que nossos generais vão comprar essa briga contra os Ianques?
"Presos" nos quartéis?
Enquanto as crises do RJ e RR não estouram, a prioridade do Exército é
esvaziar a manifestação desta quinta.
A primeira tática é desmobilizar a tropa de protesto. O Comando do
Exército decretou expediente integral hoje e amanhã.
Os Generais querem segurar as legiões nos quartéis para conter as
manifestações de militares da ativa e suas mulheres.
Leia o artigo de Pedro Porfírio: Por que as famílias dos militares protestam?
Conflito á vista
O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal em
Roraima, José Nagib Lima, quer recorrer a uma operação conjunta da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal para despejar
arrozeiros que vivem na terra indígena Raposa Serra do Sol.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da
Amazônia, Nagib ressaltou que a desocupação é prioridade para o
governo.
"Não sei se será daqui a uma semana ou um mês, mas temos prioridade
zero em fazer que isso ocorra. É uma determinação da Presidência da
República correr com essa operação. Não podemos descartar a
possibilidade de conflito, mais por causa dos rizicultores
(plantadores de arroz) que dos índios".
Ameaça dos "índios"
Se o governo federal não realizar, até o fim do mês de março, uma
operação para retirar os produtores de arroz da terra indígena Raposa
Serra do Sol, em Roraima, os índios da região estão prontos para
expulsar os fazendeiros de suas terras.
Foi o que garantiu à Agência Brasil o coordenador geral do Conselho
Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza.
"Já estamos cansados de sofrer violência, ameaça e abuso dentro da
nossa própria casa. Isso a gente não aceita mais. Esperamos só até
março, e se não ocorrer (a operação de desintrusão), vamos ter que
fazer o trabalho que o governo prometeu".
Casa de quem, Cara Pálida? Sua casa é o Brasil, até prova em contrário...
Riquezas entregues...
Lideranças dos índios já formalizaram uma reclamação na Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre a demora do governo brasileiro em
cumprir a promessa de retirar os arrozeiros da Raposa Serra do Sol.
Homologada em abril de 2005 e com aproximadamente 1,74 milhão de
hectares, a reserva esconde minerais estratégicos e pedras preciosas
em seu riquíssimo subsolo.
Por isso a área interessa tanto às "Nações Amigas" que só aguardam que
os índios sejam devidamente controladores de suas "nações
independentes dentro do próprio território brasileiro" para que sejam
fechados grandes acordos econômicos com eles.
Armados, só os bandidos aliados
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto,
anunciou que a campanha do desarmamento será retomada no próximo mês.
Segundo Barreto, a campanha será feita nos mesmos moldes da que foi
realizada anteriormente, inclusive com remuneração para quem devolver
as armas.
O Ministério espera também regularizar a situação de quem já tem armas no País.
Assim, no Brasil, só quem terá facilidades em ter armas serão os bandidos...
Por que as famílias dos militares protestam?
Edição de Artigos de Quarta-feira do Alerta Total
Por Pedro Porfírio
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da
Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um
coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o
artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a
gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe
em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina
continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a
partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e
as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence
Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a
indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias,
militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua,
como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar
do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de
um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos.
Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária
ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma
estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o
modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas
são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só
arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola
os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade
democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas,
sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um
coronel ou um soldado na Polícia Militar de Brasília, até porque a
nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba
de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o
coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85
mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por
mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou
a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à
mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de
visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou
ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
Não bastasse a ansiedade acerca da manifestação de militares da ativa
e seus familiares, marcada para esta quinta-feira, por melhores
salários, o Alto Comando do Exército brasileiro tem outros grandes
pepinos para descascar no curto prazo. O primeiro é a insurgência
geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro que pede a cabeça do
secretário de Segurança Pública, delegado federal José Beltrame. Hoje,
41 comandantes de batalhão, diretores e chefes de seção colocam seus
cargos á disposição do governador Sérgio Cabral Filho. Ficam sem
comando 17 batalhões e unidades especiais.
O segundo problema para o EB é a guerra civil prestes a estourar em
Roraima. O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal
em Roraima, José Nagib Lima, admitiu ontem a possibilidade de recorrer
a uma operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da
Polícia Federal para despejar arrozeiros que vivem na terra indígena
Raposa Serra do Sol. Neste conflito, sobra para o EB uma eventual
intervenção para pacificação. O Alto-Comando é contra. Mas os Generais
correm o risco da obrigação de se dobrar às vontades do
"comandante-em-chefe" Lula da Silva, para quem a desocupação da Raposa
do Sol "é uma prioridade".
O terceiro é como responder internamente a mais uma declaração
belicosa do presidente venezuelano Hugo Chávez – que é o "comandante
militar" do Foro de São Paulo, o balaio de gato que mistura partidos
de esquerda no continente com pretensos movimentos sociais
revolucionários e grupos narco-guerilheiros (como as Farc/ENL). Em um
vídeo que circula na Internet, citando Lula textualmente, Chávez
garante que o presidente do Brasil concorda em formar um "Conselho de
Defesa" para confrontar o inimigo comum: o "império", os Estados
Unidos da América. Segundo Chávez, Lula incorporaria brasileiros ao
exército bolivariano que cumpriria a missão de combater os EUA. (Veja
no link: http://www.dailymotion.com/video/x46u7g_alba-defensa_news ).
Será que nossos generais vão comprar essa briga contra os Ianques?
"Presos" nos quartéis?
Enquanto as crises do RJ e RR não estouram, a prioridade do Exército é
esvaziar a manifestação desta quinta.
A primeira tática é desmobilizar a tropa de protesto. O Comando do
Exército decretou expediente integral hoje e amanhã.
Os Generais querem segurar as legiões nos quartéis para conter as
manifestações de militares da ativa e suas mulheres.
Leia o artigo de Pedro Porfírio: Por que as famílias dos militares protestam?
Conflito á vista
O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal em
Roraima, José Nagib Lima, quer recorrer a uma operação conjunta da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal para despejar
arrozeiros que vivem na terra indígena Raposa Serra do Sol.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da
Amazônia, Nagib ressaltou que a desocupação é prioridade para o
governo.
"Não sei se será daqui a uma semana ou um mês, mas temos prioridade
zero em fazer que isso ocorra. É uma determinação da Presidência da
República correr com essa operação. Não podemos descartar a
possibilidade de conflito, mais por causa dos rizicultores
(plantadores de arroz) que dos índios".
Ameaça dos "índios"
Se o governo federal não realizar, até o fim do mês de março, uma
operação para retirar os produtores de arroz da terra indígena Raposa
Serra do Sol, em Roraima, os índios da região estão prontos para
expulsar os fazendeiros de suas terras.
Foi o que garantiu à Agência Brasil o coordenador geral do Conselho
Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza.
"Já estamos cansados de sofrer violência, ameaça e abuso dentro da
nossa própria casa. Isso a gente não aceita mais. Esperamos só até
março, e se não ocorrer (a operação de desintrusão), vamos ter que
fazer o trabalho que o governo prometeu".
Casa de quem, Cara Pálida? Sua casa é o Brasil, até prova em contrário...
Riquezas entregues...
Lideranças dos índios já formalizaram uma reclamação na Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre a demora do governo brasileiro em
cumprir a promessa de retirar os arrozeiros da Raposa Serra do Sol.
Homologada em abril de 2005 e com aproximadamente 1,74 milhão de
hectares, a reserva esconde minerais estratégicos e pedras preciosas
em seu riquíssimo subsolo.
Por isso a área interessa tanto às "Nações Amigas" que só aguardam que
os índios sejam devidamente controladores de suas "nações
independentes dentro do próprio território brasileiro" para que sejam
fechados grandes acordos econômicos com eles.
Armados, só os bandidos aliados
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto,
anunciou que a campanha do desarmamento será retomada no próximo mês.
Segundo Barreto, a campanha será feita nos mesmos moldes da que foi
realizada anteriormente, inclusive com remuneração para quem devolver
as armas.
O Ministério espera também regularizar a situação de quem já tem armas no País.
Assim, no Brasil, só quem terá facilidades em ter armas serão os bandidos...
Por que as famílias dos militares protestam?
Edição de Artigos de Quarta-feira do Alerta Total
Por Pedro Porfírio
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da
Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um
coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o
artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a
gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe
em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina
continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a
partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e
as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence
Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a
indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias,
militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua,
como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar
do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de
um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos.
Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária
ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma
estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o
modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas
são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só
arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola
os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade
democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas,
sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um
coronel ou um soldado na Polícia Militar de Brasília, até porque a
nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba
de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o
coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85
mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por
mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou
a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à
mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de
visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou
ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
Manifestação da família militar
Por Jorge Serrão
Não bastasse a ansiedade acerca da manifestação de militares da ativa
e seus familiares, marcada para esta quinta-feira, por melhores
salários, o Alto Comando do Exército brasileiro tem outros grandes
pepinos para descascar no curto prazo. O primeiro é a insurgência
geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro que pede a cabeça do
secretário de Segurança Pública, delegado federal José Beltrame. Hoje,
41 comandantes de batalhão, diretores e chefes de seção colocam seus
cargos á disposição do governador Sérgio Cabral Filho. Ficam sem
comando 17 batalhões e unidades especiais.
O segundo problema para o EB é a guerra civil prestes a estourar em
Roraima. O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal
em Roraima, José Nagib Lima, admitiu ontem a possibilidade de recorrer
a uma operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da
Polícia Federal para despejar arrozeiros que vivem na terra indígena
Raposa Serra do Sol. Neste conflito, sobra para o EB uma eventual
intervenção para pacificação. O Alto-Comando é contra. Mas os Generais
correm o risco da obrigação de se dobrar às vontades do
"comandante-em-chefe" Lula da Silva, para quem a desocupação da Raposa
do Sol "é uma prioridade".
O terceiro é como responder internamente a mais uma declaração
belicosa do presidente venezuelano Hugo Chávez – que é o "comandante
militar" do Foro de São Paulo, o balaio de gato que mistura partidos
de esquerda no continente com pretensos movimentos sociais
revolucionários e grupos narco-guerilheiros (como as Farc/ENL). Em um
vídeo que circula na Internet, citando Lula textualmente, Chávez
garante que o presidente do Brasil concorda em formar um "Conselho de
Defesa" para confrontar o inimigo comum: o "império", os Estados
Unidos da América. Segundo Chávez, Lula incorporaria brasileiros ao
exército bolivariano que cumpriria a missão de combater os EUA. (Veja
no link: http://www.dailymotion.com/video/x46u7g_alba-defensa_news ).
Será que nossos generais vão comprar essa briga contra os Ianques?
"Presos" nos quartéis?
Enquanto as crises do RJ e RR não estouram, a prioridade do Exército é
esvaziar a manifestação desta quinta.
A primeira tática é desmobilizar a tropa de protesto. O Comando do
Exército decretou expediente integral hoje e amanhã.
Os Generais querem segurar as legiões nos quartéis para conter as
manifestações de militares da ativa e suas mulheres.
Leia o artigo de Pedro Porfírio: Por que as famílias dos militares protestam?
Conflito á vista
O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal em
Roraima, José Nagib Lima, quer recorrer a uma operação conjunta da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal para despejar
arrozeiros que vivem na terra indígena Raposa Serra do Sol.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da
Amazônia, Nagib ressaltou que a desocupação é prioridade para o
governo.
"Não sei se será daqui a uma semana ou um mês, mas temos prioridade
zero em fazer que isso ocorra. É uma determinação da Presidência da
República correr com essa operação. Não podemos descartar a
possibilidade de conflito, mais por causa dos rizicultores
(plantadores de arroz) que dos índios".
Ameaça dos "índios"
Se o governo federal não realizar, até o fim do mês de março, uma
operação para retirar os produtores de arroz da terra indígena Raposa
Serra do Sol, em Roraima, os índios da região estão prontos para
expulsar os fazendeiros de suas terras.
Foi o que garantiu à Agência Brasil o coordenador geral do Conselho
Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza.
"Já estamos cansados de sofrer violência, ameaça e abuso dentro da
nossa própria casa. Isso a gente não aceita mais. Esperamos só até
março, e se não ocorrer (a operação de desintrusão), vamos ter que
fazer o trabalho que o governo prometeu".
Casa de quem, Cara Pálida? Sua casa é o Brasil, até prova em contrário...
Riquezas entregues...
Lideranças dos índios já formalizaram uma reclamação na Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre a demora do governo brasileiro em
cumprir a promessa de retirar os arrozeiros da Raposa Serra do Sol.
Homologada em abril de 2005 e com aproximadamente 1,74 milhão de
hectares, a reserva esconde minerais estratégicos e pedras preciosas
em seu riquíssimo subsolo.
Por isso a área interessa tanto às "Nações Amigas" que só aguardam que
os índios sejam devidamente controladores de suas "nações
independentes dentro do próprio território brasileiro" para que sejam
fechados grandes acordos econômicos com eles.
Armados, só os bandidos aliados
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto,
anunciou que a campanha do desarmamento será retomada no próximo mês.
Segundo Barreto, a campanha será feita nos mesmos moldes da que foi
realizada anteriormente, inclusive com remuneração para quem devolver
as armas.
O Ministério espera também regularizar a situação de quem já tem armas no País.
Assim, no Brasil, só quem terá facilidades em ter armas serão os bandidos...
Por que as famílias dos militares protestam?
Edição de Artigos de Quarta-feira do Alerta Total
Por Pedro Porfírio
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da
Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um
coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o
artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a
gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe
em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina
continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a
partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e
as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence
Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a
indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias,
militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua,
como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar
do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de
um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos.
Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária
ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma
estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o
modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas
são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só
arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola
os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade
democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas,
sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um
coronel ou um soldado na Polícia Militar de Brasília, até porque a
nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba
de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o
coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85
mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por
mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou
a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à
mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de
visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou
ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
Não bastasse a ansiedade acerca da manifestação de militares da ativa
e seus familiares, marcada para esta quinta-feira, por melhores
salários, o Alto Comando do Exército brasileiro tem outros grandes
pepinos para descascar no curto prazo. O primeiro é a insurgência
geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro que pede a cabeça do
secretário de Segurança Pública, delegado federal José Beltrame. Hoje,
41 comandantes de batalhão, diretores e chefes de seção colocam seus
cargos á disposição do governador Sérgio Cabral Filho. Ficam sem
comando 17 batalhões e unidades especiais.
O segundo problema para o EB é a guerra civil prestes a estourar em
Roraima. O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal
em Roraima, José Nagib Lima, admitiu ontem a possibilidade de recorrer
a uma operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da
Polícia Federal para despejar arrozeiros que vivem na terra indígena
Raposa Serra do Sol. Neste conflito, sobra para o EB uma eventual
intervenção para pacificação. O Alto-Comando é contra. Mas os Generais
correm o risco da obrigação de se dobrar às vontades do
"comandante-em-chefe" Lula da Silva, para quem a desocupação da Raposa
do Sol "é uma prioridade".
O terceiro é como responder internamente a mais uma declaração
belicosa do presidente venezuelano Hugo Chávez – que é o "comandante
militar" do Foro de São Paulo, o balaio de gato que mistura partidos
de esquerda no continente com pretensos movimentos sociais
revolucionários e grupos narco-guerilheiros (como as Farc/ENL). Em um
vídeo que circula na Internet, citando Lula textualmente, Chávez
garante que o presidente do Brasil concorda em formar um "Conselho de
Defesa" para confrontar o inimigo comum: o "império", os Estados
Unidos da América. Segundo Chávez, Lula incorporaria brasileiros ao
exército bolivariano que cumpriria a missão de combater os EUA. (Veja
no link: http://www.dailymotion.com/video/x46u7g_alba-defensa_news ).
Será que nossos generais vão comprar essa briga contra os Ianques?
"Presos" nos quartéis?
Enquanto as crises do RJ e RR não estouram, a prioridade do Exército é
esvaziar a manifestação desta quinta.
A primeira tática é desmobilizar a tropa de protesto. O Comando do
Exército decretou expediente integral hoje e amanhã.
Os Generais querem segurar as legiões nos quartéis para conter as
manifestações de militares da ativa e suas mulheres.
Leia o artigo de Pedro Porfírio: Por que as famílias dos militares protestam?
Conflito á vista
O coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal em
Roraima, José Nagib Lima, quer recorrer a uma operação conjunta da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal para despejar
arrozeiros que vivem na terra indígena Raposa Serra do Sol.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da
Amazônia, Nagib ressaltou que a desocupação é prioridade para o
governo.
"Não sei se será daqui a uma semana ou um mês, mas temos prioridade
zero em fazer que isso ocorra. É uma determinação da Presidência da
República correr com essa operação. Não podemos descartar a
possibilidade de conflito, mais por causa dos rizicultores
(plantadores de arroz) que dos índios".
Ameaça dos "índios"
Se o governo federal não realizar, até o fim do mês de março, uma
operação para retirar os produtores de arroz da terra indígena Raposa
Serra do Sol, em Roraima, os índios da região estão prontos para
expulsar os fazendeiros de suas terras.
Foi o que garantiu à Agência Brasil o coordenador geral do Conselho
Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza.
"Já estamos cansados de sofrer violência, ameaça e abuso dentro da
nossa própria casa. Isso a gente não aceita mais. Esperamos só até
março, e se não ocorrer (a operação de desintrusão), vamos ter que
fazer o trabalho que o governo prometeu".
Casa de quem, Cara Pálida? Sua casa é o Brasil, até prova em contrário...
Riquezas entregues...
Lideranças dos índios já formalizaram uma reclamação na Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre a demora do governo brasileiro em
cumprir a promessa de retirar os arrozeiros da Raposa Serra do Sol.
Homologada em abril de 2005 e com aproximadamente 1,74 milhão de
hectares, a reserva esconde minerais estratégicos e pedras preciosas
em seu riquíssimo subsolo.
Por isso a área interessa tanto às "Nações Amigas" que só aguardam que
os índios sejam devidamente controladores de suas "nações
independentes dentro do próprio território brasileiro" para que sejam
fechados grandes acordos econômicos com eles.
Armados, só os bandidos aliados
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto,
anunciou que a campanha do desarmamento será retomada no próximo mês.
Segundo Barreto, a campanha será feita nos mesmos moldes da que foi
realizada anteriormente, inclusive com remuneração para quem devolver
as armas.
O Ministério espera também regularizar a situação de quem já tem armas no País.
Assim, no Brasil, só quem terá facilidades em ter armas serão os bandidos...
Por que as famílias dos militares protestam?
Edição de Artigos de Quarta-feira do Alerta Total
Por Pedro Porfírio
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da
Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um
coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o
artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a
gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe
em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina
continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a
partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e
as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence
Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a
indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias,
militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua,
como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar
do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de
um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos.
Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária
ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma
estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o
modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas
são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só
arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola
os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade
democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas,
sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um
coronel ou um soldado na Polícia Militar de Brasília, até porque a
nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba
de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o
coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85
mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por
mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou
a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à
mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de
visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou
ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
REAJUSTE
31/1/2008 01:13:00
Reajuste de 81% nos soldos
Com base em três decisões favoráveis, oficiais e praças estão recorrendo à Justiça para obter o esperado aumento nos vencimentos. Ação considera os ganhos no Superior Tribunal Militar
Ananda Rope e Djalma Oliveira
BRASÍLIA E RIO - Se os militares não conseguem aumento por meio das intermináveis negociações com o governo, o aguardado reajuste dos soldos pode vir pela Justiça. Uma lei de 1991, que não vem sendo cumprida, estabelece que a categoria deve ter os vencimentos reajustados com base escalonada no aumento salarial dos ministros do STM (Superior Tribunal Militar). Atualmente, o percentual é de 81%.
Para conseguir a correção, o militar da reserva, ativa, ou pensionista, precisa entrar com ação específica da área militar requerendo o reajuste em desfavor da União, por não haver aplicado a revisão geral do funcionalismo, conforme previa a Constituição de 1988, sobre o valor correto dos soldos. Um tenente da Aeronáutica, por exemplo, ganharia cerca de R$ 150 mil só de atrasados dos últimos cinco anos, prazo máximo de pagamento de retroativos pela União.
O ideal é que o interessado em mover uma ação procure um advogado particular, pois o processo vai tramitar mais rapidamente. Mas quem não tiver condições de pagar poderá ir à Defensoria Pública. Para aliviar os custos na primeira opção, o militar pode pedir isenção do pagamento das despesas iniciais do processo, que, nesses casos, correspondem a 2% do valor total da causa. “O juiz vai analisar o pedido, considerando não apenas a renda, mas também os gastos fixos do requerente, como despesas com a família e pagamento de parcelas de empréstimos consignados”, explicou o advogado Franklin Pereira da Silva, especialista em Direito Militar.
Ainda segundo ele, as chances de resultado favorável na ação são muito grandes, pois já há três decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinando que o governo pague o reajuste aos militares. As ações devem ser destinadas à Justiça Federal.
O processo terá como base as leis 7.923, de 1989, e 8.216, de 1991. A primeira revogou um trecho de uma outra lei, de 1972, que extinguiu a equivalência entre o soldo de almirante-de-esquadra e os vencimentos dos ministros do STM, porém assegurou a manutenção dessa equivalência, a qual retroagia a outubro de 1988, desde que respeitado o teto estabelecido na Constituição.
O reconhecimento da vigência dessa equivalência até janeiro de 1989 resultou em um parecer da Consultoria-Geral da República, reconhecendo que os militares recebiam seus soldos reajustados de acordo com sua orientação, que considerava um “soldo legal” (ultrapassava o limite constitucional) e um “soldo ajustado” (dentro do limite constitucional).
TODOS TÊM DIREITO
Militares novos e antigos de todas as patentes podem requerer na Justiça Federal o reajuste de 81%, relativo à isonomia dos soldos com os salários dos ministros do STM. “Mesmo quem não está nas Forças Armadas desde 1991, data de criação da lei, ou quem entrou no ano passado, por exemplo, pode recorrer, e terá direito ao aumento e aos retroativos de cinco anos”, afirmou o advogado Franklin Pereira de Silva. Ele disse ainda que não vale a pena ir aos Juizados de Pequenas Causas, já que ações desse tipo costumam ter valores superiores a 60 salários mínimos, limite máximo que os juizados pagam.
Não há prazo para entrar na Justiça, já que esse tipo de ação não prescreve. “A Justiça considera esses casos como uma relação continuada e que causa efeitos até hoje. Se os soldos atuais estão baixos, parte da responsabilidade é do não-cumprimento da lei, que será contestado na Justiça”, afirmou Franklin. No entanto, quanto antes o militar propor sua ação, mais rápido ele terá em mãos o dinheiro a que tem direito.
Para dar entrada na ação na Justiça Federal, o militar terá que apresentar duas cópias da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e último contracheque.
‘Dia D’ em defesa de vencimentos maiores
Insatisfeita com os baixos salários e a demora na definição de um reajuste, a família militar fará manifestações hoje em todo o País, em protesto batizado de ‘Dia D’. Os dois principais locais de mobilização serão Brasília e Rio. Na capital fluminense, a concentração será às 16h, em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro, com possibilidade de caminhada até o 1º Distrito Naval.
Militares da reserva, pensionistas e familiares estão convocados para a manifestação, mas muitos da ativa vêm demonstrando interesse em marcar presença, ainda que isso traga o risco de punições. Segundo um capitão do Exército que está na coordenação do movimento, o protesto de hoje é “fruto de insatisfação geral”.
Ele afirmou que a situação da categoria chegou “no limite do suportável”. “Como todos estão descontentes, não há a disposição de punir os participantes, apesar de ainda não termos conseguido apoio mais efetivo das patentes mais altas das Forças”, disse o capitão.
Opção para os ativos é a doação de sangue
Há uma alternativa para os militares da ativa que quiserem marcar posição no protesto de hoje sem o risco de punições futuras. A coordenação do movimento está sugerindo doações de sangue no Hemorio ou no Inca, ambos no Centro da cidade.
Uma das reivindicações da manifestação será exatamente isonomia salarial com ministros do STM, como prevê a lei. “Um PM do Distrito Federal ganha quase o dobro do que um militar das Forças Armadas. Isso é um termômetro para vermos como o nosso salário é ruim”, afirmou o capitão do Exército.
A presidente da Unemfa (União Nacional de Esposas de Militares das Forças Armadas), Ivone Luzardo, disse que a orientação é que todos se mobilizem em frente aos Comandos Militares, com faixas e apitos, às 16h, para iniciar o protesto por melhores salários.
Reajuste de 81% nos soldos
Com base em três decisões favoráveis, oficiais e praças estão recorrendo à Justiça para obter o esperado aumento nos vencimentos. Ação considera os ganhos no Superior Tribunal Militar
Ananda Rope e Djalma Oliveira
BRASÍLIA E RIO - Se os militares não conseguem aumento por meio das intermináveis negociações com o governo, o aguardado reajuste dos soldos pode vir pela Justiça. Uma lei de 1991, que não vem sendo cumprida, estabelece que a categoria deve ter os vencimentos reajustados com base escalonada no aumento salarial dos ministros do STM (Superior Tribunal Militar). Atualmente, o percentual é de 81%.
Para conseguir a correção, o militar da reserva, ativa, ou pensionista, precisa entrar com ação específica da área militar requerendo o reajuste em desfavor da União, por não haver aplicado a revisão geral do funcionalismo, conforme previa a Constituição de 1988, sobre o valor correto dos soldos. Um tenente da Aeronáutica, por exemplo, ganharia cerca de R$ 150 mil só de atrasados dos últimos cinco anos, prazo máximo de pagamento de retroativos pela União.
O ideal é que o interessado em mover uma ação procure um advogado particular, pois o processo vai tramitar mais rapidamente. Mas quem não tiver condições de pagar poderá ir à Defensoria Pública. Para aliviar os custos na primeira opção, o militar pode pedir isenção do pagamento das despesas iniciais do processo, que, nesses casos, correspondem a 2% do valor total da causa. “O juiz vai analisar o pedido, considerando não apenas a renda, mas também os gastos fixos do requerente, como despesas com a família e pagamento de parcelas de empréstimos consignados”, explicou o advogado Franklin Pereira da Silva, especialista em Direito Militar.
Ainda segundo ele, as chances de resultado favorável na ação são muito grandes, pois já há três decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinando que o governo pague o reajuste aos militares. As ações devem ser destinadas à Justiça Federal.
O processo terá como base as leis 7.923, de 1989, e 8.216, de 1991. A primeira revogou um trecho de uma outra lei, de 1972, que extinguiu a equivalência entre o soldo de almirante-de-esquadra e os vencimentos dos ministros do STM, porém assegurou a manutenção dessa equivalência, a qual retroagia a outubro de 1988, desde que respeitado o teto estabelecido na Constituição.
O reconhecimento da vigência dessa equivalência até janeiro de 1989 resultou em um parecer da Consultoria-Geral da República, reconhecendo que os militares recebiam seus soldos reajustados de acordo com sua orientação, que considerava um “soldo legal” (ultrapassava o limite constitucional) e um “soldo ajustado” (dentro do limite constitucional).
TODOS TÊM DIREITO
Militares novos e antigos de todas as patentes podem requerer na Justiça Federal o reajuste de 81%, relativo à isonomia dos soldos com os salários dos ministros do STM. “Mesmo quem não está nas Forças Armadas desde 1991, data de criação da lei, ou quem entrou no ano passado, por exemplo, pode recorrer, e terá direito ao aumento e aos retroativos de cinco anos”, afirmou o advogado Franklin Pereira de Silva. Ele disse ainda que não vale a pena ir aos Juizados de Pequenas Causas, já que ações desse tipo costumam ter valores superiores a 60 salários mínimos, limite máximo que os juizados pagam.
Não há prazo para entrar na Justiça, já que esse tipo de ação não prescreve. “A Justiça considera esses casos como uma relação continuada e que causa efeitos até hoje. Se os soldos atuais estão baixos, parte da responsabilidade é do não-cumprimento da lei, que será contestado na Justiça”, afirmou Franklin. No entanto, quanto antes o militar propor sua ação, mais rápido ele terá em mãos o dinheiro a que tem direito.
Para dar entrada na ação na Justiça Federal, o militar terá que apresentar duas cópias da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e último contracheque.
‘Dia D’ em defesa de vencimentos maiores
Insatisfeita com os baixos salários e a demora na definição de um reajuste, a família militar fará manifestações hoje em todo o País, em protesto batizado de ‘Dia D’. Os dois principais locais de mobilização serão Brasília e Rio. Na capital fluminense, a concentração será às 16h, em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro, com possibilidade de caminhada até o 1º Distrito Naval.
Militares da reserva, pensionistas e familiares estão convocados para a manifestação, mas muitos da ativa vêm demonstrando interesse em marcar presença, ainda que isso traga o risco de punições. Segundo um capitão do Exército que está na coordenação do movimento, o protesto de hoje é “fruto de insatisfação geral”.
Ele afirmou que a situação da categoria chegou “no limite do suportável”. “Como todos estão descontentes, não há a disposição de punir os participantes, apesar de ainda não termos conseguido apoio mais efetivo das patentes mais altas das Forças”, disse o capitão.
Opção para os ativos é a doação de sangue
Há uma alternativa para os militares da ativa que quiserem marcar posição no protesto de hoje sem o risco de punições futuras. A coordenação do movimento está sugerindo doações de sangue no Hemorio ou no Inca, ambos no Centro da cidade.
Uma das reivindicações da manifestação será exatamente isonomia salarial com ministros do STM, como prevê a lei. “Um PM do Distrito Federal ganha quase o dobro do que um militar das Forças Armadas. Isso é um termômetro para vermos como o nosso salário é ruim”, afirmou o capitão do Exército.
A presidente da Unemfa (União Nacional de Esposas de Militares das Forças Armadas), Ivone Luzardo, disse que a orientação é que todos se mobilizem em frente aos Comandos Militares, com faixas e apitos, às 16h, para iniciar o protesto por melhores salários.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
INDIGNAÇÃO GENERALIZADA
Por Pedro Porfírio
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias, militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua, como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos. Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas, sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um coronel ou um soldado na Polícia Militar e Brasília, até porque a nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85 mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
Você sabe qual o soldo de um general de Exército, brigadeiro da Aeronáutica ou almirante da Marinha? Sabe quanto passou a ganhar um coronel da PM de Brasília, com o aumento de 14,2% concedido agora?
Antes de informar a diferença gritante (e até em desacordo com o artigo 24 do Decreto-Lei 667/69), gostaria de chamar a atenção para a gravidade de uma crise que fervilha no silêncio que a disciplina impõe em todos os nossos quartéis.
É uma crise em gestação há muitos anos, por conta de uma nova doutrina continental a respeito das Forças Armadas, como pode ser percebido a partir da leitura do livro "Complô para aniquilar as Forças Armadas e as Nações da Íbero-América", editado pela "Executive Intelligence Review".
Mas o que está acontecendo hoje passa dos limites e justifica a indignação generalizada nas Forças Armadas, levando suas famílias, militares da reserva e até alguns da ativa a manifestações de rua, como a convocada para esta quinta-fera em frente ao ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.
Nenhum país que se presuma cioso de sua soberania pode prescindir de um corpo militar devidamente equipado e no gozo de vencimentos dignos. Do contrário, tudo o mais que se fale fica no limite de uma temerária ficção, que torna vulneráveis os pilares da própria nacionalidade.
No Brasil de hoje, é ilusão falar de que dispomos realmente uma estrutura militar na medida de sua importância mundial e segundo o modelo de sustentação das instituições, uma vez que as Forças Armadas são a sua coluna vertebral.
A discussão dos pleitos que os militares estão fazendo sem um só arranhão nos limites dos seus estatutos e de sua disciplina extrapola os quartéis.
Nós, cidadãos civis e militares, somos os sujeitos em uma sociedade democrática. Temos obrigação de assumir determinadas causas, sobretudo, quando elas sofrem cerceamentos legais.
No caso, ao comparar soldos, não estamos reclamando do que ganha um coronel ou um soldado na Polícia Militar e Brasília, até porque a nossa PM aqui também está em pé de guerra.
Mas não dá para aceitar que, após 30 anos de serviço um general receba de soldo (isso há quase dois anos) pouco mais de R$ 6 mil, enquanto o coronel brasiliense ganhe a partir de agora exatos R$ 15.355,85 mensais.
Um soldado de primeira classe, especializado e engajado, recebe por mês de soldo nas Forças Armadas R$ 751,00. O da PM de Brasília passou a receber R$ 4.129,73. Temos aí uma das razões para dar todo apoio à mobilização das famílias dos militares. É uma questão de justiça e de visão patriótica. Que não tem nada com diferenças políticas ou ideológicas.
Pedro Porfírio é Jornalista. Artigo publicado no jornal O Povo de hoje.
A FORÇA DE UM POVO
Enquanto aqui, os militares combatem a Dengue, a Febre Amarela, fazem a duplicação de rodovias, a transposição do Rio São Francisco, integram o País, combatem a bandidagem, cuidam das fronteiras, do espaço aéreo e do mar territorial e o que deles é feito:
Salários achatados, aumentos cancelados, revanchismo dos comunas que estão no poder e certas parcelas do nosso povo teria vergonha de aplaudí-los, para não ficarem como ridículos perante o patrulhamento esquerdinha da imprensa amestrada e dos políticos corrupas.
No fundo, o povo brasileiro honesto aplaudiria os militares brasileiros, porém essa escória que está ai sendo bombardeada todos os dias que os militares são os bandidos e os comunas os mocinhos até vaiaria....
Veja o que o povo honesto que estava no Maracanã fez com o apedeuta por ocasião da abertura dos jogos Panamericanos...
Para vossa reflexão
Salários achatados, aumentos cancelados, revanchismo dos comunas que estão no poder e certas parcelas do nosso povo teria vergonha de aplaudí-los, para não ficarem como ridículos perante o patrulhamento esquerdinha da imprensa amestrada e dos políticos corrupas.
No fundo, o povo brasileiro honesto aplaudiria os militares brasileiros, porém essa escória que está ai sendo bombardeada todos os dias que os militares são os bandidos e os comunas os mocinhos até vaiaria....
Veja o que o povo honesto que estava no Maracanã fez com o apedeuta por ocasião da abertura dos jogos Panamericanos...
Para vossa reflexão
Quartéis inquietos nesta quinta
Quartéis inquietos nesta quinta
Diante de manifestações de militares da ativa e suas mulheres, previstas para esta quinta, o Comando do Exército decretou expediente integral hoje e amanhã, para segurar a rapaziada nos quartéis. A indignação faz sentido. Um soldado da Polícia Militar do DF receberá R$ 4.117,78 por mês a partir de fevereiro, enquanto, no Exército, um soldado engajado ganha R$ 620 e um capitão com 12 anos de serviço, R$ 3 mil. Brutos.Cláudio Humberto
Diante de manifestações de militares da ativa e suas mulheres, previstas para esta quinta, o Comando do Exército decretou expediente integral hoje e amanhã, para segurar a rapaziada nos quartéis. A indignação faz sentido. Um soldado da Polícia Militar do DF receberá R$ 4.117,78 por mês a partir de fevereiro, enquanto, no Exército, um soldado engajado ganha R$ 620 e um capitão com 12 anos de serviço, R$ 3 mil. Brutos.Cláudio Humberto
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
ÓRGÃO PARA COMPRA DE MATERIAL MILITAR
Jobim estuda órgão unificado de compras de equipamentos militares
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da Folha Online
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, estuda o modelo francês e pretende criar um órgão unificado de compras de equipamentos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o que pode gerar resistências das Forças Armadas, informa nesta terça-feira reportagem de Eliane Cantanhêde, enviada especial da Folha a Paris (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Hoje, cada uma tem seu sistema de definição de projetos e de encomendas. Segundo a reportagem, ontem, Jobim ouviu a exposição de representantes da DGA (Delegação Geral de Armamento), órgão vinculado ao Ministério da Defesa e responsável pela definição das compras na área de defesa da França.
A Folha informa que o ministro pediu textos escritos detalhando o funcionamento do órgão, que gere orçamento anual de cerca de 10 bilhões de euros e 18 milhões de empregados em setores governamentais e privados.
Publicidade
da Folha Online
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, estuda o modelo francês e pretende criar um órgão unificado de compras de equipamentos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o que pode gerar resistências das Forças Armadas, informa nesta terça-feira reportagem de Eliane Cantanhêde, enviada especial da Folha a Paris (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Hoje, cada uma tem seu sistema de definição de projetos e de encomendas. Segundo a reportagem, ontem, Jobim ouviu a exposição de representantes da DGA (Delegação Geral de Armamento), órgão vinculado ao Ministério da Defesa e responsável pela definição das compras na área de defesa da França.
A Folha informa que o ministro pediu textos escritos detalhando o funcionamento do órgão, que gere orçamento anual de cerca de 10 bilhões de euros e 18 milhões de empregados em setores governamentais e privados.
BLINDADOS
Saiba mais sobre os blindados russos que se interessam pelo RS
O governo gaúcho confirmou nesta terça-feira que o grupo russo procurado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para produzir blindados militares no RS é a Rosoboronexport.
. A substituição de Urutus e Cascavel também está nos planos da Fiat.
. Além de forte base metal-mecânica, o RS possui a maior quantidade de fábricas de armas (Rossi, Taurus e Boito) e munições (CBC). IN POLÍBIO BRAGA
O governo gaúcho confirmou nesta terça-feira que o grupo russo procurado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para produzir blindados militares no RS é a Rosoboronexport.
. A substituição de Urutus e Cascavel também está nos planos da Fiat.
. Além de forte base metal-mecânica, o RS possui a maior quantidade de fábricas de armas (Rossi, Taurus e Boito) e munições (CBC). IN POLÍBIO BRAGA
ACORDO COM A FRANÇA
Os EUA têm 6 das 11 mais ricas empresas na área aeronáutica e espacial do mundo, inclusive a primeira, a Boeing. Mas o Brasil está fechando um ambicioso plano estratégico com... a França.
A explicação objetiva -e, cá pra nós, inquestionável- é que a França transfere tecnologia de seus aviões, de seus submarinos, de seus helicópteros, enquanto os EUA não. Comprar equipamentos de defesa norte-americanos, assim, é mais ou menos como assinar um tratado de dependência.
Numa situação delicada qualquer, basta os EUA bloquearem o fornecimento e, pronto, lá se vai pela janela toda a capacidade de reação e de defesa do Brasil. Sem contar as perdas financeiras de compras nesse modelo.
Um exemplo concreto, bastante recente, é de quando a Embraer foi proibida de vender aviões para a Venezuela, porque eles tinham componentes americanos. Chávez comprou da Rússia. Só quem perdeu foram o Brasil e a Embraer.
Depois de décadas de dependência americana, o Brasil fazer "aliança estratégica" com a França não deixa de ser deveras instigante, até porque a França sempre foi uma espécie de líder de resistência na Europa ao tal "mundo unipolar".
O fato é que o ministro Nelson Jobim (Defesa) desembarcou em Paris com mil e uma idéias e pronto para acertar compras e/ou instalação de fábricas binacionais de submarinos nucleares, de submarinos convencionais, de helicópteros de carga franceses para as três Forças, além de caças para a FAB. Ontem ele admitiu "uma tendência a favor dos Rafale", que são franceses.
Agora, Lula e Sarkozy vão se encontrar no dia 15, na fronteira Brasil-Guiana. Vem recado por aí. A Venezuela se arma na Rússia, o Brasil transforma a França no seu principal parceiro na área de defesa. A crise americana pode não ser "apenas" na economia, mas também na política, com, por exemplo, perda gradativa do seu "quintal".
A explicação objetiva -e, cá pra nós, inquestionável- é que a França transfere tecnologia de seus aviões, de seus submarinos, de seus helicópteros, enquanto os EUA não. Comprar equipamentos de defesa norte-americanos, assim, é mais ou menos como assinar um tratado de dependência.
Numa situação delicada qualquer, basta os EUA bloquearem o fornecimento e, pronto, lá se vai pela janela toda a capacidade de reação e de defesa do Brasil. Sem contar as perdas financeiras de compras nesse modelo.
Um exemplo concreto, bastante recente, é de quando a Embraer foi proibida de vender aviões para a Venezuela, porque eles tinham componentes americanos. Chávez comprou da Rússia. Só quem perdeu foram o Brasil e a Embraer.
Depois de décadas de dependência americana, o Brasil fazer "aliança estratégica" com a França não deixa de ser deveras instigante, até porque a França sempre foi uma espécie de líder de resistência na Europa ao tal "mundo unipolar".
O fato é que o ministro Nelson Jobim (Defesa) desembarcou em Paris com mil e uma idéias e pronto para acertar compras e/ou instalação de fábricas binacionais de submarinos nucleares, de submarinos convencionais, de helicópteros de carga franceses para as três Forças, além de caças para a FAB. Ontem ele admitiu "uma tendência a favor dos Rafale", que são franceses.
Agora, Lula e Sarkozy vão se encontrar no dia 15, na fronteira Brasil-Guiana. Vem recado por aí. A Venezuela se arma na Rússia, o Brasil transforma a França no seu principal parceiro na área de defesa. A crise americana pode não ser "apenas" na economia, mas também na política, com, por exemplo, perda gradativa do seu "quintal".
LEMBRANDO UM PASSADO REPUBLICANO
LEMBRANDO UM PASSADO REPUBLICANO
JORGE E. M. GEISEL
Júlio de Castilhos,Borges de Medeiros, João Neves da Fontoura, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Gaspar da Silveira Martins, Joaquim Francisco Assis Brasil, Demétrio Ribeiro, Fernando Abbot, Pinheiro Machado, Gumercindo Saraiva, José Antônio Matos Neto, conhecido como General Zeca Netto, Honório Lemes e muitos outros gaúchos ilustres do passado republicano, traçaram as linhas da História enfrentando-se como leões na defesa de seus postulados políticos. Liberais ou republicanos positivistas, arvoravam-se defensores de federalismos, desiguais em quesitos de sistemas de governo, mas idênticos em relação ao grandioso conteúdo filosófico que institucionalizou a fundação da República em Federação.
O empobrecido estudo de nossa História, mais envolvido hoje em função das difusões ideológicas dolorosamente maniqueístas, amestradas pela ignorância e pelos maus propósitos, tem roubado de nossa infância e juventude a grande oportunidade de conhecer a obra de nossos melhores antepassados locais, regionais e nacionais, que oferecem bons exemplos de virtudes e que poderiam enobrecer seus sentimentos cívicos de honra e de amor ao torrão natal.
Na terra do Rio Grande do Sul, os governos residiam em padrões de decência, de retidão, de verdadeira moral política. Naquela época, nem os cofres do Banco do Brasil abriam-se aos favores por adesão política e nem a centralização tributária hiperbólica manietavam os Estados-membros da Federação, com seus reflexos danosos em perdas de autonomias confederativas. Mas, de certa forma, já eram esboçadas, como sério problema e discussões políticas acaloradas, até hoje sem solução definitiva, de uma partilha das rendas entre União e as unidades federativas. "Quanto ao Rio Grande, ele não deve inquietar-se, porque já se habituou, de longa data, a trabalhar e viver per se", já comentara Borges de Medeiros.
Naquelas paragens altaneiras, as disputas de homens e partidos eram frontais, de peito descoberto. As lanças, espadas e armas de fogo, decoravam as salas de visita das cidades e das rústicas estâncias, de prontidão farroupilha - um aviso prévio como o livre voar do quero-quero. Não havia lobistas, advocacia administrativa, compra e venda de apoios legislativos. Não se via, em páginas de imprensa ou nas tribunas, acusações a adversários de pleitos aviltados ou de covardia comprada por dinheiro...A política era constituída pelos mais capazes da ipsocracia rio-grandense.
Para que se tenha uma idéia da política gaúcha, na época dos chimangos e maragatos,repassamos alguns tópicos de importância da carta-circular reservada de Borges de Medeiros, aos chefes locais do Partido Republicano, orientando-lhes sobre a escolha das candidaturas de Getúlio Vargas e João Neves da Fontoura, para presidente e para vice-presidente do Estado no qüinqüênio 1928-1933 :
“Tratarei de expor sumàriamente os motivos que me levaram a preferir esses dois notáveis rio-grandenses a tantos outros que compõem a brilhante plêiade de servidores públicos, que se impuseram ao apreço e consideração geral.
A primeira cogitação, que nos deve preocupar, é a de assegurar a necessária continuidade política e administrativa, que tem sido a mais notável característica do governo rio-grandense e que é, porventura, a mais sólida garantia de ordem e progresso.
Mas a satisfação dessa necessidade orgânica exige da parte dos governantes o preenchimento de requisitos especiais, que se podem consubstanciar nos seguintes:
1º - o perfeito conhecimento teórico e prático do regime constitucional, cuja preservação deve ser artigo de fé inviolável, ressalvada a possibilidade de reformas secundárias, como as que se fizeram em 1922 e 1924; (Refere-se à Constituição Rio-Grandense...)
2º - a completa subordinação às normas e disciplina do Partido Republicano, cuja organização está identificada com a do próprio Estado, a ponto de não conceber-se a vida normal de um sem o apoio do outro;
3º - a comprovada competência jurídica, indispensável ao exercício regular da prerrogativa presidencial de legislar sobre o Direito judiciário em geral e sobre os serviços imanentes ao Estado;
4º - a capacidade administrativa revelada no exercício de funções públicas federais, estaduais e municipais, eletivas ou não, contanto que de elevada hierarquia;
5º - as qualidades práticas de atividade, firmeza, prudência e energia, indispensáveis ao trato dos negócios em geral, e mormente nas relações que envolvam o interesse público;
6º - a incorruptível moralidade privada e pública, assim como o prestígio individual perante a sociedade e as correntes políticas, a fim de que o governante se imponha ao acatamento público menos pela força material que por sua autoridade moral.”
Pode-se não concordar com os aspectos positivistas do republicanismo doutrinado por Júlio de Castilhos e por ele estatuídos na Constituição do Rio Grande, postos em prática pelas sucessivas reeleições de Borges de Medeiros na presidência do Rio Grande. Os federalistas, os maragatos, sob inspirações liberais de Gaspar da Silveira Martins, de Assis Brasil e de Rui Barbosa, lutaram com todas as armas contra o regime castilhista, que denominavam de “ditadura republicana”. Mas, nenhum deles, incluindo os próprios chimangos, imaginariam ser possível substituir os Estados Unidos do Brasil por uma república federativa de fancaria, governada por inescrupulosos e incompetentes. E, muito menos ainda, que os requisitos moralistas da carta-circular de Borges parecessem em 2008, uma simples tirada de mau humor guasca.
27/01/2008
JORGE E. M. GEISEL
Júlio de Castilhos,Borges de Medeiros, João Neves da Fontoura, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Gaspar da Silveira Martins, Joaquim Francisco Assis Brasil, Demétrio Ribeiro, Fernando Abbot, Pinheiro Machado, Gumercindo Saraiva, José Antônio Matos Neto, conhecido como General Zeca Netto, Honório Lemes e muitos outros gaúchos ilustres do passado republicano, traçaram as linhas da História enfrentando-se como leões na defesa de seus postulados políticos. Liberais ou republicanos positivistas, arvoravam-se defensores de federalismos, desiguais em quesitos de sistemas de governo, mas idênticos em relação ao grandioso conteúdo filosófico que institucionalizou a fundação da República em Federação.
O empobrecido estudo de nossa História, mais envolvido hoje em função das difusões ideológicas dolorosamente maniqueístas, amestradas pela ignorância e pelos maus propósitos, tem roubado de nossa infância e juventude a grande oportunidade de conhecer a obra de nossos melhores antepassados locais, regionais e nacionais, que oferecem bons exemplos de virtudes e que poderiam enobrecer seus sentimentos cívicos de honra e de amor ao torrão natal.
Na terra do Rio Grande do Sul, os governos residiam em padrões de decência, de retidão, de verdadeira moral política. Naquela época, nem os cofres do Banco do Brasil abriam-se aos favores por adesão política e nem a centralização tributária hiperbólica manietavam os Estados-membros da Federação, com seus reflexos danosos em perdas de autonomias confederativas. Mas, de certa forma, já eram esboçadas, como sério problema e discussões políticas acaloradas, até hoje sem solução definitiva, de uma partilha das rendas entre União e as unidades federativas. "Quanto ao Rio Grande, ele não deve inquietar-se, porque já se habituou, de longa data, a trabalhar e viver per se", já comentara Borges de Medeiros.
Naquelas paragens altaneiras, as disputas de homens e partidos eram frontais, de peito descoberto. As lanças, espadas e armas de fogo, decoravam as salas de visita das cidades e das rústicas estâncias, de prontidão farroupilha - um aviso prévio como o livre voar do quero-quero. Não havia lobistas, advocacia administrativa, compra e venda de apoios legislativos. Não se via, em páginas de imprensa ou nas tribunas, acusações a adversários de pleitos aviltados ou de covardia comprada por dinheiro...A política era constituída pelos mais capazes da ipsocracia rio-grandense.
Para que se tenha uma idéia da política gaúcha, na época dos chimangos e maragatos,repassamos alguns tópicos de importância da carta-circular reservada de Borges de Medeiros, aos chefes locais do Partido Republicano, orientando-lhes sobre a escolha das candidaturas de Getúlio Vargas e João Neves da Fontoura, para presidente e para vice-presidente do Estado no qüinqüênio 1928-1933 :
“Tratarei de expor sumàriamente os motivos que me levaram a preferir esses dois notáveis rio-grandenses a tantos outros que compõem a brilhante plêiade de servidores públicos, que se impuseram ao apreço e consideração geral.
A primeira cogitação, que nos deve preocupar, é a de assegurar a necessária continuidade política e administrativa, que tem sido a mais notável característica do governo rio-grandense e que é, porventura, a mais sólida garantia de ordem e progresso.
Mas a satisfação dessa necessidade orgânica exige da parte dos governantes o preenchimento de requisitos especiais, que se podem consubstanciar nos seguintes:
1º - o perfeito conhecimento teórico e prático do regime constitucional, cuja preservação deve ser artigo de fé inviolável, ressalvada a possibilidade de reformas secundárias, como as que se fizeram em 1922 e 1924; (Refere-se à Constituição Rio-Grandense...)
2º - a completa subordinação às normas e disciplina do Partido Republicano, cuja organização está identificada com a do próprio Estado, a ponto de não conceber-se a vida normal de um sem o apoio do outro;
3º - a comprovada competência jurídica, indispensável ao exercício regular da prerrogativa presidencial de legislar sobre o Direito judiciário em geral e sobre os serviços imanentes ao Estado;
4º - a capacidade administrativa revelada no exercício de funções públicas federais, estaduais e municipais, eletivas ou não, contanto que de elevada hierarquia;
5º - as qualidades práticas de atividade, firmeza, prudência e energia, indispensáveis ao trato dos negócios em geral, e mormente nas relações que envolvam o interesse público;
6º - a incorruptível moralidade privada e pública, assim como o prestígio individual perante a sociedade e as correntes políticas, a fim de que o governante se imponha ao acatamento público menos pela força material que por sua autoridade moral.”
Pode-se não concordar com os aspectos positivistas do republicanismo doutrinado por Júlio de Castilhos e por ele estatuídos na Constituição do Rio Grande, postos em prática pelas sucessivas reeleições de Borges de Medeiros na presidência do Rio Grande. Os federalistas, os maragatos, sob inspirações liberais de Gaspar da Silveira Martins, de Assis Brasil e de Rui Barbosa, lutaram com todas as armas contra o regime castilhista, que denominavam de “ditadura republicana”. Mas, nenhum deles, incluindo os próprios chimangos, imaginariam ser possível substituir os Estados Unidos do Brasil por uma república federativa de fancaria, governada por inescrupulosos e incompetentes. E, muito menos ainda, que os requisitos moralistas da carta-circular de Borges parecessem em 2008, uma simples tirada de mau humor guasca.
27/01/2008
A Confissão de Drceu
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
'CONFISSÃO DE DIRCEU PÕE EM DÚVIDA ARGUMENTO DE QUE LULA NADA SABIA'
Para ex-sub-relator da CPI dos Correios, declarações de ex-ministro justificam abertura de nova investigação parlamentar
Eugênia Lopes, BRASÍLIA
Sub-relator de movimentação financeira da CPI dos Correios, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) considerou uma confissão de crime as declarações do ex-ministro José Dirceu de que recursos provenientes de caixa 2 financiaram a construção da sede do PT em Porto Alegre - segundo entrevista à revista Piauí, "era com mala de dinheiro" que os recursos para pagar a obra chegavam. Para o tucano, o objetivo de Dirceu é enfraquecer o ministro da Justiça, Tarso Genro, petista gaúcho que nos últimos anos foi um crítico contundente dos métodos usados pelo ex-ministro da Casa Civil no comando do PT.
Os ataques do ex-ministro foram dirigidos mais explicitamente aos petistas Raul Pont, ex-prefeito de Porto Alegre, e Olívio Dutra, presidente do partido no Rio Grande do Sul. De acordo com ele, "esse pessoal" procurava o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, peça-chave do esquema do mensalão, para pedir dinheiro. "Chegava para Delúbio e falava: 'Delúbio, preciso de 1 milhão.'" Quando não recebiam, contou o ex-ministro, acusavam a direção do partido de ser autoritária e de privilegiar sua própria corrente. "O pobre do Delúbio tinha de ir aos empresários conseguir doações. Aí, estoura o mensalão e esse pessoal vem dizer que o Delúbio era o homem da mala. O que não dizem é que a mala era para eles", declarou Dirceu na entrevista.
O episódio valeu uma cobrança do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, para quem a Receita Federal deve investigar o caso."Se a sede foi construída com dinheiro de caixa 2, que ela fiscalize. Ela não precisa da quebra generalizada do sigilo de dados para isso", defendeu anteontem. Para Marco Aurélio, a Justiça Eleitoral não pode investigar um assunto já passado.
Para Gustavo Fruet, as declarações justificam até a abertura de nova investigação parlamentar sobre o caso, pois põem em dúvida o argumento de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia do esquema do mensalão. "Era o braço direito do presidente da República", observa nesta entrevista ao Estado.
- As declarações dadas pelo ex-ministro José Dirceu servem para a abertura de uma nova CPI?
- Sou favorável a outra CPI, até porque muitas coisas não acabaram de ser investigadas. Existem informações enviadas à CPI dos Correios que até hoje não foram abertas, porque estão sob sigilo. Esse material está todo parado e só pode ser aberto se for criada uma comissão de inquérito sobre o mensalão. Mas acho muito difícil porque não temos maioria na Câmara para instalar uma CPI. Veja o caso da CPI da Crise Aérea, que só começou a funcionar por decisão do Supremo Tribunal Federal.
- Nada será feito com a confissão do ex-ministro?
- Acho que o procurador-geral da República deve juntar essa entrevista ao inquérito do mensalão, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal. O Zé Dirceu sempre negou que soubesse do esquema montado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Essa confissão do ex-ministro reforça também o fato de que o Delúbio não agia sem o respaldo do partido.
- As declarações do ex-ministro atingem o presidente Lula?
- Isso coloca em questão o argumento de que o presidente Lula não sabia de nada. O Zé Dirceu fez uma confissão e era o ministro da Casa Civil de Lula. Era o braço direito do presidente da República.
- Qual o objetivo de José Dirceu em confessar a existência de caixa 2 para construir sede do PT no Rio Grande do Sul?
- O Zé Dirceu retomou um tema que estava adormecido. Acho que ele fez isso para enfraquecer o ministro Tarso Genro. Além disso, o ex-ministro está contradizendo toda sua defesa, que afirma que ele não sabia de nada. Para mim, essas declarações são um recado interno. Existe uma briga interna no PT. E o Zé Dirceu se diz vítima do que chamou de falso moralismo de integrantes do partido, principalmente dos gaúchos.
- O que a oposição pode fazer com essa denúncia?
- Pela Câmara, nós podemos fazer um pedido de informação ao ministro Tarso Genro sobre as declarações de Zé Dirceu. Para mim, o mais grave é contra o Tarso Genro, porque ele é o ministro da Justiça. Ele tem de se explicar. O Zé Dirceu pode ter bala na agulha e pode estar querendo acuar o Tarso Genro. O ministro tem de vir a público esclarecer isso. Também vamos pedir para que essas denúncias sejam incluídas e investigadas no inquérito ainda em andamento na Polícia Federal sobre o mensalão.
- É o caso de convocar o ministro Tarso Genro?
- É claro. Mas onde isso tem chances de acontecer é no Senado. Na Câmara é pouco provável porque o governo tem maioria para derrubar nossos pedidos. Já no Senado é mais fácil, porque a oposição é mais forte. Como tem relação com o mensalão, acredito que o ministro poderia ser convocado para se explicar na Comissão de Fiscalização do Senado. Qualquer dos envolvidos pode ser convocado por uma comissão permanente da Câmara ou do Senado para dar explicações.
'CONFISSÃO DE DIRCEU PÕE EM DÚVIDA ARGUMENTO DE QUE LULA NADA SABIA'
Para ex-sub-relator da CPI dos Correios, declarações de ex-ministro justificam abertura de nova investigação parlamentar
Eugênia Lopes, BRASÍLIA
Sub-relator de movimentação financeira da CPI dos Correios, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) considerou uma confissão de crime as declarações do ex-ministro José Dirceu de que recursos provenientes de caixa 2 financiaram a construção da sede do PT em Porto Alegre - segundo entrevista à revista Piauí, "era com mala de dinheiro" que os recursos para pagar a obra chegavam. Para o tucano, o objetivo de Dirceu é enfraquecer o ministro da Justiça, Tarso Genro, petista gaúcho que nos últimos anos foi um crítico contundente dos métodos usados pelo ex-ministro da Casa Civil no comando do PT.
Os ataques do ex-ministro foram dirigidos mais explicitamente aos petistas Raul Pont, ex-prefeito de Porto Alegre, e Olívio Dutra, presidente do partido no Rio Grande do Sul. De acordo com ele, "esse pessoal" procurava o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, peça-chave do esquema do mensalão, para pedir dinheiro. "Chegava para Delúbio e falava: 'Delúbio, preciso de 1 milhão.'" Quando não recebiam, contou o ex-ministro, acusavam a direção do partido de ser autoritária e de privilegiar sua própria corrente. "O pobre do Delúbio tinha de ir aos empresários conseguir doações. Aí, estoura o mensalão e esse pessoal vem dizer que o Delúbio era o homem da mala. O que não dizem é que a mala era para eles", declarou Dirceu na entrevista.
O episódio valeu uma cobrança do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, para quem a Receita Federal deve investigar o caso."Se a sede foi construída com dinheiro de caixa 2, que ela fiscalize. Ela não precisa da quebra generalizada do sigilo de dados para isso", defendeu anteontem. Para Marco Aurélio, a Justiça Eleitoral não pode investigar um assunto já passado.
Para Gustavo Fruet, as declarações justificam até a abertura de nova investigação parlamentar sobre o caso, pois põem em dúvida o argumento de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia do esquema do mensalão. "Era o braço direito do presidente da República", observa nesta entrevista ao Estado.
- As declarações dadas pelo ex-ministro José Dirceu servem para a abertura de uma nova CPI?
- Sou favorável a outra CPI, até porque muitas coisas não acabaram de ser investigadas. Existem informações enviadas à CPI dos Correios que até hoje não foram abertas, porque estão sob sigilo. Esse material está todo parado e só pode ser aberto se for criada uma comissão de inquérito sobre o mensalão. Mas acho muito difícil porque não temos maioria na Câmara para instalar uma CPI. Veja o caso da CPI da Crise Aérea, que só começou a funcionar por decisão do Supremo Tribunal Federal.
- Nada será feito com a confissão do ex-ministro?
- Acho que o procurador-geral da República deve juntar essa entrevista ao inquérito do mensalão, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal. O Zé Dirceu sempre negou que soubesse do esquema montado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Essa confissão do ex-ministro reforça também o fato de que o Delúbio não agia sem o respaldo do partido.
- As declarações do ex-ministro atingem o presidente Lula?
- Isso coloca em questão o argumento de que o presidente Lula não sabia de nada. O Zé Dirceu fez uma confissão e era o ministro da Casa Civil de Lula. Era o braço direito do presidente da República.
- Qual o objetivo de José Dirceu em confessar a existência de caixa 2 para construir sede do PT no Rio Grande do Sul?
- O Zé Dirceu retomou um tema que estava adormecido. Acho que ele fez isso para enfraquecer o ministro Tarso Genro. Além disso, o ex-ministro está contradizendo toda sua defesa, que afirma que ele não sabia de nada. Para mim, essas declarações são um recado interno. Existe uma briga interna no PT. E o Zé Dirceu se diz vítima do que chamou de falso moralismo de integrantes do partido, principalmente dos gaúchos.
- O que a oposição pode fazer com essa denúncia?
- Pela Câmara, nós podemos fazer um pedido de informação ao ministro Tarso Genro sobre as declarações de Zé Dirceu. Para mim, o mais grave é contra o Tarso Genro, porque ele é o ministro da Justiça. Ele tem de se explicar. O Zé Dirceu pode ter bala na agulha e pode estar querendo acuar o Tarso Genro. O ministro tem de vir a público esclarecer isso. Também vamos pedir para que essas denúncias sejam incluídas e investigadas no inquérito ainda em andamento na Polícia Federal sobre o mensalão.
- É o caso de convocar o ministro Tarso Genro?
- É claro. Mas onde isso tem chances de acontecer é no Senado. Na Câmara é pouco provável porque o governo tem maioria para derrubar nossos pedidos. Já no Senado é mais fácil, porque a oposição é mais forte. Como tem relação com o mensalão, acredito que o ministro poderia ser convocado para se explicar na Comissão de Fiscalização do Senado. Qualquer dos envolvidos pode ser convocado por uma comissão permanente da Câmara ou do Senado para dar explicações.
A OPINIÃO SENSATA DO GEN MALTA
Estimado Erildo,
O seu brilhante trabalho intitulado " O PREÇO DA HONRA" , está irretocável e merece os aplausos de todos que integraram ou ainda integram as nossas FFAA.
Para mim, em particular, foi um bálsamo a me aliviar na luta que venho mantendo há algum tempo, na tentativa de evitr a desunião entre todos nós.
Assim, para seu conhecimento, encaminho algumas das inúmeras mensagens que enviei ou recebi, tofdas versando sobre os mesmos temas: Lealdade, Confiança e UNIÃO.
Fraterno abraço,
Malta
****************************************************************
Estimado amigo,
O assunto é seríssimo.
A internet está recheada de mensagens de revolta contra o que está acontecendo , de descrédito nos Comandantes das Forças Singulares , de idéias e de soluções mirabolantes para o caos que o país ora vive.
Mantenhamos o olhar nas estrelas, sem esquecer de manter os pés no chão. Não somos sindicato grevista e tampouco devemos nos vivelar com esses marginais políticos que ora nos desgovernam.
Acreditemos nos Oficiais-Generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em serviço ativo. Só Deus sabe o que estão sofrendo na luta em busca de melhores dias para as FFAA e seus integrantes de ontem e de hoje. Não os acusemos de se venderem por quaisquer trinta moedas. É injusto, e todos nós o sabemos.
Nenhum deles vai deixar de cumprir o juramento que orgulhosamente fez. Disso tenho certeza.
Necessitamos, mais que nunca , de UNIÃO. Ativa e reserva UNIDOS é o que nos manterá fortes para , agindo e/ou reagindo, levar adiante essa luta .
Competência e capacidade não nos falta .Deixemos que a hierarquia , a disciplina e a lealdade ocupem o pódio dos nossos corações e aguardemos o toque da vitória.
Malta
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Estimado amigo,
O site abaixo apresenta incontáveis mensagens encaminhadas por companheiros nossos , quase todas de forma grosseira , desrespeitosa e desleal, a respeito dos Comandantes Militares e incentivadoras de revolta militar apenas por questões de vencimentos.
Todos somos sabedores que a situação ora vivida é constrangedora e deprimente para todos os militares e seus dígnos familiares. Mesmo assim, não creio que baixando o nível do embate possamos conquistar alguma coisa de louvável e dignificante.
Visita o site, leia as mensagens e comentários e tire suas conclusões.
Fraterno abraço,
Malta
http://www.militar.com.br/
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Estimado Coimbra,
Com o devido respeito que tenho a todas as opiniões contrárias às minhas, nada me impede de delas discordar.
Assim, não posso concordar que os nossos Chefes Militares sejam iguais a Renan, Sarney ....etc. ( e bem posso avaliar o que contém esse etc), uma vez que não vejo em nenhum deles esse oportunismo nefasto e pernicioso de quem se vende , qualquer que seja o valor a ser aceito. Eu sei que não o são. Você também sabe. Todos nós , militares,sabemos. Afinal, fomos forjados em aço de excelente têmpora e trilhamos os mesmos caminhos .
Ademais, servir ao fdp governo federal , não torna a todos indignos , como você registra. Essa é uma uma generalização pouco feliz.
Nossos Chefes Militares são bem mais dígnos do que podemos imaginar e suportam com estoicismo as mais diversas pressões de cúpula e de base , agindo sempre com tirocinio e serenidade na condução dos destinos de cada Força Singular. E se não estivessem agindo assim, como também o fizeram os seus antecessores desde a Independência, hoje não mais teríamos Forças Armadas gozando da admiração e da confiança do nosso povo e da nossa gente.
Atirar pedras compulsivamente não vai nos conduzir a um porto de águas calmas e cristalinas.
Continuo com a idéia de sempre: Com essas poderosas pedras que a nossa inteligência produz e nos permite arremessá-las via internet, vamos construir uma fortaleza de confiança ,respeito e lealdade em torno dos nossos Chefes Militares , dando-lhes assim mais ânimo e segurança na condução dos destinos de cada Força Singular.
Opiniões e discordâncias apresentadas, sem vencidos ou vencedores, continuemos sem as infindáveis réplicas ou tréplicas que acirram ânimos e distanciam amigos.
Receba o meu fraterno abraço, com a afeição sincera que une as almas dos verdadeirros soldados.
Malta
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Caro Gen. Malta,
Com atraso, devido à época de férias, tenho o prazer de responder à sua gentil mensagem. Sou civil, economista, cursei a antiga Escola Preparatória de São Paulo, turma de 1958, conhecida como a dos "Últimos da Rua da Fonte", pois de fato fomos os últimos a completar o curso naquela unidade, que no mesmo ano se se mudou para Campinas.
Gostei muito de sua mensagem pelas razões que expus ao Cel. Ustra.
Infelizmente a frustração de muitos militares se manifesta como revolta, às vezes contra os comandantes das FFAA, que cumprem a missão de chefiá-las nessa fase negra da nossa História.
É a mais infeliz das missões, contudo é das mais importantes.
A propósito, eu me lembro dum amigo, nomeado superintendente duma empresa federal de navegação fluvial, falida, deficitária e caótica. Trabalhou duro e ao final do mandato apresentou resultados que, na empresa privada, seriam medíocres. Só conseguira tapar buracos, diminuir prejuízos e evitar perdas. O deficit diminuíra, mas não fôra possível atingir o equilíbrio. Mas os números, bem examinados mostravam que sua gestão havia sido exemplar e, se aplicada a empresa viável, faria o superintendente brilhar entre as celebridades empresariais da moda. Na ocasião, ele me disse o que nunca esqueci: "Qualquer um administra superavit. Difícil é administrar deficit!" E eu pensei: "Mais difícil ainda é reconhecer o trabalho de quem o faz!"
Os comandantes da FFAA, quaisquer que sejam as suas limitações e vacilações - afinal, são homens de carne e osso, - estão cumprindo a amarga missão dos que não podem esperar vitórias, nem sequer evitar derrotas, mas pelo menos tentam preservar efetivos intactos e moral tão elevado quanto possível num teatro hostil, em que o governo, os políticos, a mídia, a classe intelectual e a opinião pública iludida questionam o passado, o papel e até a existência das Forças Armadas.
Dá para imaginar como deve ser a rotina desses comandantes? Fazem parte duma equipe, mas nela não se integram. Vivem no isolamento, sem saber o que se trama nos corredores ou quais os sentimentos e intenções dos seus chefes civis. Seus "colegas" de governo são traidores, terroristas, espiões, assaltantes, pelegos, demagogos, idiotas... Como será sentar-se com essa gente para tratar de coisas sérias, em boa-fé, fingindo que não são o que são? Como será receber ordens de alguém como Jobim?
É claro que isso não vai durar para sempre. Os políticos podem ser espertos, mas não são grandes estrategistas, nem podem sê-lo, pois seu horizonte não vai além da próxima eleição. O seu patrimônio moral já se esgotou. Traíram todas as promessas e ideais em nome dos quais tomaram o poder. O que os mantém no lugar é a inércia. Estão lá porque não há alternativa à vista, e permanecerão enquanto a apatia dos bons o permitir e a conivência dos maus ajudar.
Não tenho dúvida de que um dia, que não tardará, as FFAA serão chamadas a reassumir a sua função natural de garantes da integridade e da identidade da Nação. Se estiverem inteiras, rapidamente recobrarão sua energia, seu prestígio e sua autoridade.
Quem viveu no Planalto que o diga. Todo o ano, no inverno, o cerrado pega fogo. Vendo aquela devastação, parece que tudo acabou para sempre. Mas assim que caem as primeiras chuvas, o verde volta com redobrado vigor.
Nas épocas desfavoráveis, o melhor que se faz é preservar o essencial e aproveitar para tecer metodicamente a rede da resistência. No exílio político em que se encontram, os militares podem reconsiderar o passado e pensar no futuro, rever os objetivos, preparar-se, planejar e estar prontos. É preciso suscitar, ao lado da discussão e do protesto, uma atividade silenciosa, realista e eficaz, voltada para resultados.
Esse trabalho vem sendo desenvolvido, de modo espontâneo e (ainda) desorganizado, pelos diversos grupos da oposição, nos quais a atuação da Reserva das FFAA é destacada.
Dentro desse quadro o seu apelo, Gen. Malta, foi extremamente oportuno. Não tenho elementos para julgar a atuação dos nossos comandantes militares, nem sei se as críticas que lhes fazem são ou não procedentes. Talvez algumas até o sejam. Mas a crítica, se pode servir para orientá-los, pode também aumentar o seu isolamento, expondo ainda mais as FFAA à sanha dos seus inimigos.
É preciso fazer com que nesta hora a Reserva se organize como infraestrutura política para Ativa e como ligação entre esta e o mundo civil. Que seja o apoio, a raiz, o fundamento, a caixa de ressonância, e os comandantes o sintam e possam contar com ela para o bem, ou temê-la se se desviarem do caminho.
Para isso, é imprescindível que surjam mais líderes capazes de conduzir esse complicadíssimo processo.
Posso estar mal informado e errar por ignorância, mas essas são as minhas sinceras impressões.
Retribuindo agradecido o seu fraterno abraço,
AC Portinari Greggio
São Paulo, SP
O seu brilhante trabalho intitulado " O PREÇO DA HONRA" , está irretocável e merece os aplausos de todos que integraram ou ainda integram as nossas FFAA.
Para mim, em particular, foi um bálsamo a me aliviar na luta que venho mantendo há algum tempo, na tentativa de evitr a desunião entre todos nós.
Assim, para seu conhecimento, encaminho algumas das inúmeras mensagens que enviei ou recebi, tofdas versando sobre os mesmos temas: Lealdade, Confiança e UNIÃO.
Fraterno abraço,
Malta
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Estimado amigo,
O assunto é seríssimo.
A internet está recheada de mensagens de revolta contra o que está acontecendo , de descrédito nos Comandantes das Forças Singulares , de idéias e de soluções mirabolantes para o caos que o país ora vive.
Mantenhamos o olhar nas estrelas, sem esquecer de manter os pés no chão. Não somos sindicato grevista e tampouco devemos nos vivelar com esses marginais políticos que ora nos desgovernam.
Acreditemos nos Oficiais-Generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em serviço ativo. Só Deus sabe o que estão sofrendo na luta em busca de melhores dias para as FFAA e seus integrantes de ontem e de hoje. Não os acusemos de se venderem por quaisquer trinta moedas. É injusto, e todos nós o sabemos.
Nenhum deles vai deixar de cumprir o juramento que orgulhosamente fez. Disso tenho certeza.
Necessitamos, mais que nunca , de UNIÃO. Ativa e reserva UNIDOS é o que nos manterá fortes para , agindo e/ou reagindo, levar adiante essa luta .
Competência e capacidade não nos falta .Deixemos que a hierarquia , a disciplina e a lealdade ocupem o pódio dos nossos corações e aguardemos o toque da vitória.
Malta
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Estimado amigo,
O site abaixo apresenta incontáveis mensagens encaminhadas por companheiros nossos , quase todas de forma grosseira , desrespeitosa e desleal, a respeito dos Comandantes Militares e incentivadoras de revolta militar apenas por questões de vencimentos.
Todos somos sabedores que a situação ora vivida é constrangedora e deprimente para todos os militares e seus dígnos familiares. Mesmo assim, não creio que baixando o nível do embate possamos conquistar alguma coisa de louvável e dignificante.
Visita o site, leia as mensagens e comentários e tire suas conclusões.
Fraterno abraço,
Malta
http://www.militar.com.br/
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Estimado Coimbra,
Com o devido respeito que tenho a todas as opiniões contrárias às minhas, nada me impede de delas discordar.
Assim, não posso concordar que os nossos Chefes Militares sejam iguais a Renan, Sarney ....etc. ( e bem posso avaliar o que contém esse etc), uma vez que não vejo em nenhum deles esse oportunismo nefasto e pernicioso de quem se vende , qualquer que seja o valor a ser aceito. Eu sei que não o são. Você também sabe. Todos nós , militares,sabemos. Afinal, fomos forjados em aço de excelente têmpora e trilhamos os mesmos caminhos .
Ademais, servir ao fdp governo federal , não torna a todos indignos , como você registra. Essa é uma uma generalização pouco feliz.
Nossos Chefes Militares são bem mais dígnos do que podemos imaginar e suportam com estoicismo as mais diversas pressões de cúpula e de base , agindo sempre com tirocinio e serenidade na condução dos destinos de cada Força Singular. E se não estivessem agindo assim, como também o fizeram os seus antecessores desde a Independência, hoje não mais teríamos Forças Armadas gozando da admiração e da confiança do nosso povo e da nossa gente.
Atirar pedras compulsivamente não vai nos conduzir a um porto de águas calmas e cristalinas.
Continuo com a idéia de sempre: Com essas poderosas pedras que a nossa inteligência produz e nos permite arremessá-las via internet, vamos construir uma fortaleza de confiança ,respeito e lealdade em torno dos nossos Chefes Militares , dando-lhes assim mais ânimo e segurança na condução dos destinos de cada Força Singular.
Opiniões e discordâncias apresentadas, sem vencidos ou vencedores, continuemos sem as infindáveis réplicas ou tréplicas que acirram ânimos e distanciam amigos.
Receba o meu fraterno abraço, com a afeição sincera que une as almas dos verdadeirros soldados.
Malta
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Caro Gen. Malta,
Com atraso, devido à época de férias, tenho o prazer de responder à sua gentil mensagem. Sou civil, economista, cursei a antiga Escola Preparatória de São Paulo, turma de 1958, conhecida como a dos "Últimos da Rua da Fonte", pois de fato fomos os últimos a completar o curso naquela unidade, que no mesmo ano se se mudou para Campinas.
Gostei muito de sua mensagem pelas razões que expus ao Cel. Ustra.
Infelizmente a frustração de muitos militares se manifesta como revolta, às vezes contra os comandantes das FFAA, que cumprem a missão de chefiá-las nessa fase negra da nossa História.
É a mais infeliz das missões, contudo é das mais importantes.
A propósito, eu me lembro dum amigo, nomeado superintendente duma empresa federal de navegação fluvial, falida, deficitária e caótica. Trabalhou duro e ao final do mandato apresentou resultados que, na empresa privada, seriam medíocres. Só conseguira tapar buracos, diminuir prejuízos e evitar perdas. O deficit diminuíra, mas não fôra possível atingir o equilíbrio. Mas os números, bem examinados mostravam que sua gestão havia sido exemplar e, se aplicada a empresa viável, faria o superintendente brilhar entre as celebridades empresariais da moda. Na ocasião, ele me disse o que nunca esqueci: "Qualquer um administra superavit. Difícil é administrar deficit!" E eu pensei: "Mais difícil ainda é reconhecer o trabalho de quem o faz!"
Os comandantes da FFAA, quaisquer que sejam as suas limitações e vacilações - afinal, são homens de carne e osso, - estão cumprindo a amarga missão dos que não podem esperar vitórias, nem sequer evitar derrotas, mas pelo menos tentam preservar efetivos intactos e moral tão elevado quanto possível num teatro hostil, em que o governo, os políticos, a mídia, a classe intelectual e a opinião pública iludida questionam o passado, o papel e até a existência das Forças Armadas.
Dá para imaginar como deve ser a rotina desses comandantes? Fazem parte duma equipe, mas nela não se integram. Vivem no isolamento, sem saber o que se trama nos corredores ou quais os sentimentos e intenções dos seus chefes civis. Seus "colegas" de governo são traidores, terroristas, espiões, assaltantes, pelegos, demagogos, idiotas... Como será sentar-se com essa gente para tratar de coisas sérias, em boa-fé, fingindo que não são o que são? Como será receber ordens de alguém como Jobim?
É claro que isso não vai durar para sempre. Os políticos podem ser espertos, mas não são grandes estrategistas, nem podem sê-lo, pois seu horizonte não vai além da próxima eleição. O seu patrimônio moral já se esgotou. Traíram todas as promessas e ideais em nome dos quais tomaram o poder. O que os mantém no lugar é a inércia. Estão lá porque não há alternativa à vista, e permanecerão enquanto a apatia dos bons o permitir e a conivência dos maus ajudar.
Não tenho dúvida de que um dia, que não tardará, as FFAA serão chamadas a reassumir a sua função natural de garantes da integridade e da identidade da Nação. Se estiverem inteiras, rapidamente recobrarão sua energia, seu prestígio e sua autoridade.
Quem viveu no Planalto que o diga. Todo o ano, no inverno, o cerrado pega fogo. Vendo aquela devastação, parece que tudo acabou para sempre. Mas assim que caem as primeiras chuvas, o verde volta com redobrado vigor.
Nas épocas desfavoráveis, o melhor que se faz é preservar o essencial e aproveitar para tecer metodicamente a rede da resistência. No exílio político em que se encontram, os militares podem reconsiderar o passado e pensar no futuro, rever os objetivos, preparar-se, planejar e estar prontos. É preciso suscitar, ao lado da discussão e do protesto, uma atividade silenciosa, realista e eficaz, voltada para resultados.
Esse trabalho vem sendo desenvolvido, de modo espontâneo e (ainda) desorganizado, pelos diversos grupos da oposição, nos quais a atuação da Reserva das FFAA é destacada.
Dentro desse quadro o seu apelo, Gen. Malta, foi extremamente oportuno. Não tenho elementos para julgar a atuação dos nossos comandantes militares, nem sei se as críticas que lhes fazem são ou não procedentes. Talvez algumas até o sejam. Mas a crítica, se pode servir para orientá-los, pode também aumentar o seu isolamento, expondo ainda mais as FFAA à sanha dos seus inimigos.
É preciso fazer com que nesta hora a Reserva se organize como infraestrutura política para Ativa e como ligação entre esta e o mundo civil. Que seja o apoio, a raiz, o fundamento, a caixa de ressonância, e os comandantes o sintam e possam contar com ela para o bem, ou temê-la se se desviarem do caminho.
Para isso, é imprescindível que surjam mais líderes capazes de conduzir esse complicadíssimo processo.
Posso estar mal informado e errar por ignorância, mas essas são as minhas sinceras impressões.
Retribuindo agradecido o seu fraterno abraço,
AC Portinari Greggio
São Paulo, SP
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
CARTA DO MEU AMIGO CEL RUI
Prezado Cel ERILDO
MD Editor do Site " A CONTINÊNCIA ".
Ilustre amigo.
Desde sempre , tenho imensa satisfação em ler seus Editoriais/Textos ; são , sem favor algum , páginas de ensinamentos e de dedicação ao BRASIL e ao EXÉRCITO .
Modestamente e sem o talento necessário , tenho , também , escrito alguns textos a respeito da Situação Nacional e , em especial , sobre as FORÇAS ARMADAS e o EXÉRCITO BRASILEIRO.
Sou pouco , no entanto , o que sou , agradeço a DEUS , à Família e ao Exército.
O pouco que aprendi - dentro ou fora do Exército - foi graças aos ensinamentos/dedicação/exemplos/orientações de meus Instrutores/Professores/Comandantes/Chefes/Colegas.
Muito mais sei porque sou Velho Soldado do que por ser inteligente e/ou instruído.
Caro Cel ERILDO , você tem toda a razão quando preconiza uma UNIÃO dos Militares sobre tudo ( todas as coisas) e apesar de tudo ( que nos fazem).
Nunca estivemos necessitando mais de UNIÃO do que AGORA .
São incontáveis os que desejam a nossa desunião e , por conseqüência , a ( nossa) derrota.
Nunca estivemos tão ameaçados.
Era mais jovem , no entanto , lembro bem do que ocorria em fins de 1963 e início de 1964 quando as coisas tomavam rumos perigosos.
Éramos governados por insanos - quase tão perigosos quantos os de agora - , entretanto , se bem me lembro - tínhamos reações bem significativas ; haja vista , o que resultou em 31 de março .
Durante mais de 20 anos , tivemos Governantes Militares - o denominado Governo dos Generais - que por equívocos vários não completaram o que julgo , SMJ , deveria ter sido feito e fizeram coisas que , também , julgo erradas.
Para exemplificar :
- abafaram certas lideranças ( jovens ) que poderiam e deveriam ter substituídos os " rançosos políticos profissionais " e que , por incrível que pareça , continuaram por décadas e décadas a " influir na Vida Nacional ";
- por falsas preocupações em não parecerem " legisladores em causa própria " não dotaram as FF AA de força/poder/recursos/missões/tarefas mais condizentes com a realidade dos tempos que vivíamos ; cito , por oportuno , incontáveis Trabalhos de Civis e Militares a respeito , tais como os do Cel PÉRICLES (OS MILITARES E A GUERRA SOCIAL) e de muitos outros escritores/articulistas/comentaristas e/ou simples escribas ocasionais.
Caro Cel ERILDO , diuturnamente , penso em como sairemos dessa situação difícil ; não vislumbro - apesar dos esforços - líderes dispostos a enfrentar os desmandos que se passam no País.
Cito , em várias ocasiões , a relação de idiotices ditas em voz alta e em bom tom , pelo Sr LULA ; alguns jornalistas - fugindo do Chapa Branca que é a característica de nossa Mídia - relacionaram poucas entre as muitas frases pronunciadas de PÚBLICO e em TOM PROFESSORAL pelo Sr LULA ao longo do ano de 2007.
Parece até coisa de humorista :
- são centenas de tolices ditas com pompa e circunstância e , o pior de tudo , com o aplauso das platéias que abandonam suas condições de homens/mulheres e se transformam em claques nojentas;
- a adulação e a defesa de sinecura são palpáveis : homens/mulheres com conhecimentos/informações e formações escolares de alto nível se acocoram e incensam um insensato/megalomaníaco .
Prezado e ilustre Cel ERILDO , sou um Velho Soldado no ocaso da vida ; com lágrimas nos olhos , por exemplo , li o Artigo do Almirante SÉRGIO TASSO sobre o Desfile Naval( COPACABANA , RIO DE JANEIRO , RJ - Jan/2008) .
Que coisa mais linda e comovente : um Velho Marinheiro ( informou que serviu na Ativa por mais de 40 anos ) se vangloriando da NOSSA MARINHA DO BRASIL !!!!
Com lágrimas nos olhos , agora de tristeza e vergonha , também , assisti as declarações , por exemplo , do Ministro da Defesa no lançamento de um livro de meias-verdades e muitas mentiras , ameaçando os que " ... não concordassem com ele e não se calassem .." ; assisti , também pela TV , as cerimônias de Condecoração a pessoas que SEMPRE nos combateram ( a nós Militares e a nós Brasileiros ) e/ou NADA representam para as FF AA .
A ilustre e digna Sra MARISA , para exemplificar , merece meus respeitos como mulher , mãe , esposa e pessoa , no entanto , NÃO CONSEGUIRÃO DEMONSTRAR UM DEDAL DE SERVIÇOS PRESTADAS À FAB além , é óbvio , de ser passageira dos Aviões do GTE.
Circula pela Internet , sem desmentido , que ex-Chefes Militares foram recompensados com sinecuras : aqui , na PETROBRÁS e lá , em GENEBRA por concordarem com coisas que até o diabo duvida .
Não creio que tenhamos pusilânimes nas FF AA ; sei que , entre nós , deverá existir gente que se agita , às vezes , de um lado , às vezes , de outro , entretanto , sempre dentro dos trilhos .
Agora , nos apontam , gente que extrapolou e saiu dos trilhos.
Temo muito pelo futuro ; já não tenho esperanças no País de meus filhos : julgo que não há mais tempo para a recuperação.
Rezo para que tenhamos tempo para um verdadeiro País para meus netos .
Rezo para que tenhamos um País sem um idiota/megalomaníaco na Governança e um Congresso que pense além de seus mesquinhos e pessoais interesses.
Quando se busca informações sobre o Congresso , o que se encontra são os conchavos/alianças/lutas intestinas para Tais e Quais Cargos e Funções :
- o Ministro será do Partido X , porém o Ministro Substituto e/ou o Secretário Executivo será do Partido Y , muitas vezes , são pessoas de pensamentos e de planos absolutamente contrários .
Como poderá produzir um Ministério em que o Ministro nem sabe bem do que se trata . Ver , para efeito de exemplo , o Ministério da Defesa :
- criação esdrúxula do revanchista Sr FERNANDO HENRIQUE CARDOSO e com Ministros absoluta e totalmente desvinculados das FORÇAS ARMADAS .
O Ministro atual , com todo o respeito , não tem a mínima vinculação com as FORÇAS ARMADAS e de própria vontade , se jactou de ter fraudado a Constituição/1988 .
Enfim , ilustre Editor Cel ERILDO , seus textos bem como os de muitos Civis e Militares de boas intenções e de inegável patriotismo , nos trazem algum alento nessa escuridão dos Governantes/Dirigentes/Chefes.
Que DEUS nos ilumine .
Cordialmente
RUI GARAVELO MACHADO
Amigos para sempre e um pouco mais
MD Editor do Site " A CONTINÊNCIA ".
Ilustre amigo.
Desde sempre , tenho imensa satisfação em ler seus Editoriais/Textos ; são , sem favor algum , páginas de ensinamentos e de dedicação ao BRASIL e ao EXÉRCITO .
Modestamente e sem o talento necessário , tenho , também , escrito alguns textos a respeito da Situação Nacional e , em especial , sobre as FORÇAS ARMADAS e o EXÉRCITO BRASILEIRO.
Sou pouco , no entanto , o que sou , agradeço a DEUS , à Família e ao Exército.
O pouco que aprendi - dentro ou fora do Exército - foi graças aos ensinamentos/dedicação/exemplos/orientações de meus Instrutores/Professores/Comandantes/Chefes/Colegas.
Muito mais sei porque sou Velho Soldado do que por ser inteligente e/ou instruído.
Caro Cel ERILDO , você tem toda a razão quando preconiza uma UNIÃO dos Militares sobre tudo ( todas as coisas) e apesar de tudo ( que nos fazem).
Nunca estivemos necessitando mais de UNIÃO do que AGORA .
São incontáveis os que desejam a nossa desunião e , por conseqüência , a ( nossa) derrota.
Nunca estivemos tão ameaçados.
Era mais jovem , no entanto , lembro bem do que ocorria em fins de 1963 e início de 1964 quando as coisas tomavam rumos perigosos.
Éramos governados por insanos - quase tão perigosos quantos os de agora - , entretanto , se bem me lembro - tínhamos reações bem significativas ; haja vista , o que resultou em 31 de março .
Durante mais de 20 anos , tivemos Governantes Militares - o denominado Governo dos Generais - que por equívocos vários não completaram o que julgo , SMJ , deveria ter sido feito e fizeram coisas que , também , julgo erradas.
Para exemplificar :
- abafaram certas lideranças ( jovens ) que poderiam e deveriam ter substituídos os " rançosos políticos profissionais " e que , por incrível que pareça , continuaram por décadas e décadas a " influir na Vida Nacional ";
- por falsas preocupações em não parecerem " legisladores em causa própria " não dotaram as FF AA de força/poder/recursos/missões/tarefas mais condizentes com a realidade dos tempos que vivíamos ; cito , por oportuno , incontáveis Trabalhos de Civis e Militares a respeito , tais como os do Cel PÉRICLES (OS MILITARES E A GUERRA SOCIAL) e de muitos outros escritores/articulistas/comentaristas e/ou simples escribas ocasionais.
Caro Cel ERILDO , diuturnamente , penso em como sairemos dessa situação difícil ; não vislumbro - apesar dos esforços - líderes dispostos a enfrentar os desmandos que se passam no País.
Cito , em várias ocasiões , a relação de idiotices ditas em voz alta e em bom tom , pelo Sr LULA ; alguns jornalistas - fugindo do Chapa Branca que é a característica de nossa Mídia - relacionaram poucas entre as muitas frases pronunciadas de PÚBLICO e em TOM PROFESSORAL pelo Sr LULA ao longo do ano de 2007.
Parece até coisa de humorista :
- são centenas de tolices ditas com pompa e circunstância e , o pior de tudo , com o aplauso das platéias que abandonam suas condições de homens/mulheres e se transformam em claques nojentas;
- a adulação e a defesa de sinecura são palpáveis : homens/mulheres com conhecimentos/informações e formações escolares de alto nível se acocoram e incensam um insensato/megalomaníaco .
Prezado e ilustre Cel ERILDO , sou um Velho Soldado no ocaso da vida ; com lágrimas nos olhos , por exemplo , li o Artigo do Almirante SÉRGIO TASSO sobre o Desfile Naval( COPACABANA , RIO DE JANEIRO , RJ - Jan/2008) .
Que coisa mais linda e comovente : um Velho Marinheiro ( informou que serviu na Ativa por mais de 40 anos ) se vangloriando da NOSSA MARINHA DO BRASIL !!!!
Com lágrimas nos olhos , agora de tristeza e vergonha , também , assisti as declarações , por exemplo , do Ministro da Defesa no lançamento de um livro de meias-verdades e muitas mentiras , ameaçando os que " ... não concordassem com ele e não se calassem .." ; assisti , também pela TV , as cerimônias de Condecoração a pessoas que SEMPRE nos combateram ( a nós Militares e a nós Brasileiros ) e/ou NADA representam para as FF AA .
A ilustre e digna Sra MARISA , para exemplificar , merece meus respeitos como mulher , mãe , esposa e pessoa , no entanto , NÃO CONSEGUIRÃO DEMONSTRAR UM DEDAL DE SERVIÇOS PRESTADAS À FAB além , é óbvio , de ser passageira dos Aviões do GTE.
Circula pela Internet , sem desmentido , que ex-Chefes Militares foram recompensados com sinecuras : aqui , na PETROBRÁS e lá , em GENEBRA por concordarem com coisas que até o diabo duvida .
Não creio que tenhamos pusilânimes nas FF AA ; sei que , entre nós , deverá existir gente que se agita , às vezes , de um lado , às vezes , de outro , entretanto , sempre dentro dos trilhos .
Agora , nos apontam , gente que extrapolou e saiu dos trilhos.
Temo muito pelo futuro ; já não tenho esperanças no País de meus filhos : julgo que não há mais tempo para a recuperação.
Rezo para que tenhamos tempo para um verdadeiro País para meus netos .
Rezo para que tenhamos um País sem um idiota/megalomaníaco na Governança e um Congresso que pense além de seus mesquinhos e pessoais interesses.
Quando se busca informações sobre o Congresso , o que se encontra são os conchavos/alianças/lutas intestinas para Tais e Quais Cargos e Funções :
- o Ministro será do Partido X , porém o Ministro Substituto e/ou o Secretário Executivo será do Partido Y , muitas vezes , são pessoas de pensamentos e de planos absolutamente contrários .
Como poderá produzir um Ministério em que o Ministro nem sabe bem do que se trata . Ver , para efeito de exemplo , o Ministério da Defesa :
- criação esdrúxula do revanchista Sr FERNANDO HENRIQUE CARDOSO e com Ministros absoluta e totalmente desvinculados das FORÇAS ARMADAS .
O Ministro atual , com todo o respeito , não tem a mínima vinculação com as FORÇAS ARMADAS e de própria vontade , se jactou de ter fraudado a Constituição/1988 .
Enfim , ilustre Editor Cel ERILDO , seus textos bem como os de muitos Civis e Militares de boas intenções e de inegável patriotismo , nos trazem algum alento nessa escuridão dos Governantes/Dirigentes/Chefes.
Que DEUS nos ilumine .
Cordialmente
RUI GARAVELO MACHADO
Amigos para sempre e um pouco mais
EFEMÉRIDE
Efeméride
Antonio Sepulveda, escritor
Em 17 de janeiro, o Navio Hidrográfico Sirius da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil celebrou o qüinquagésimo aniversário de incorporação à Armada. Que importância teria essa efeméride para o povo desta terra?
Pois é. Infelizmente, são poucos os brasileiros cientes do que venha a ser um navio hidrográfico; pouquíssimos já ouviram falar do NHi Sirius; e um número ainda menor sequer desconfia da extrema relevância para o país da existência de instrumentos de progresso e desenvolvimento do calibre de um Sirius, cada vez mais raros neste nosso Brasil. Com efeito, sem as manchetes da mídia, existe uma fração de abnegados a trabalhar silenciosamente, com empenho e seriedade, no anonimato das grandes causas, que produz, de fato, resultados dos quais podemos nos orgulhar e que nos permitem uma pausa na triste realidade de um povo mergulhado na lama que jorra dos três poderes da república num dilúvio de incompetência e improbidade.
O NHi Sirius é referência significante na saga da hidrografia brasileira. Encomendado aos Estaleiros Ishikawajima, em Tóquio, coube-lhe a primazia de ser a primeira embarcação de grande porte da Marinha do Brasil projetada e concebida exclusivamente para o serviço hidrográfico, o qual consiste, principalmente, na realização de levantamentos geradores de cartas náuticas. Os números impressionam. Foram quase 90 levantamentos hidrográficos e oceanográficos — 3.941 dias de mar e mais de 755.000 milhas navegadas, equivalentes a quatro viagens à Lua — que proporcionaram segurança à navegação do transporte marítimo de 95% das riquezas nacionais; em outras palavras, sem a contribuição do Sirius, o crescimento do país estaria seriamente prejudicado neste último qüinqüênio.
Não apenas isso. A conclusão do levantamento da plataforma continental, batizado de Leplac, fato ainda desconhecido do grande público, é de imensa importância para o nosso desenvolvimento cientifico e econômico em longo prazo. A plataforma continental é a área marítima imersa que declina suavemente, a começar do litoral, até o abismo que mergulha da sua extremidade nas profundezas oceânicas. Após quase duas décadas de planejamento e trabalhos contínuos, a Marinha concluiu um extenso levantamento para estabelecer o limite exterior de sua plataforma continental. O NHi Sírius, uma verdadeira academia de ciências do mar, coletou dados oceanográficos da margem continental brasileira que serviram à confecção do Leplac. Os resultados indicam que o Brasil deverá incorporar à sua jurisdição uma área oceânica de cerca de 911.000 km2, além do limite de 200 milhas, em relação à qual terá direitos exclusivos sobre os recursos naturais, com um imenso acervo de informações.
Apesar do descaso e da ignorância de políticos mergulhados na mediocridade de um dia-a-dia de trapaças, a Marinha soube usar os minguados recursos que lhe sobraram de um orçamento viciado pelo assistencialismo e pela negociata política. O NHi Sirius acompanhou o desenvolvimento do estado-da-arte no preparo do pessoal e na qualidade do material. Nas palavras de seu atual comandante, "o Sirius, ao contrário das limitações biológicas dos seres humanos, quanto mais velho mais se revigora".
É lamentável que o poder político brasileiro não tenha vocação marítima. A escassez desse tipo de mentalidade emana da falta de consciência da potencialidade do país, da identificação errônea de prioridades para os objetivos nacionais permanentes e, sobretudo, de uma incorreta percepção qualitativa da necessidade de se alcançarem tais objetivos.
O povo respeita e enaltece a Marinha, porque ela tem um compromisso com o futuro do Brasil; o Brasil que deseja ser sério, o Brasil honrado, o Brasil do Navio Hidrográfico Sirius. O navio, todos os seus comandantes e todas as suas tripulações, em todos os tempos, merecem nossos efusivos cumprimentos pela data e os votos de que tamanho empenho, tanta dedicação e o eterno compromisso com a pátria não terão sido em vão.
Antonio Sepulveda, escritor
Em 17 de janeiro, o Navio Hidrográfico Sirius da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil celebrou o qüinquagésimo aniversário de incorporação à Armada. Que importância teria essa efeméride para o povo desta terra?
Pois é. Infelizmente, são poucos os brasileiros cientes do que venha a ser um navio hidrográfico; pouquíssimos já ouviram falar do NHi Sirius; e um número ainda menor sequer desconfia da extrema relevância para o país da existência de instrumentos de progresso e desenvolvimento do calibre de um Sirius, cada vez mais raros neste nosso Brasil. Com efeito, sem as manchetes da mídia, existe uma fração de abnegados a trabalhar silenciosamente, com empenho e seriedade, no anonimato das grandes causas, que produz, de fato, resultados dos quais podemos nos orgulhar e que nos permitem uma pausa na triste realidade de um povo mergulhado na lama que jorra dos três poderes da república num dilúvio de incompetência e improbidade.
O NHi Sirius é referência significante na saga da hidrografia brasileira. Encomendado aos Estaleiros Ishikawajima, em Tóquio, coube-lhe a primazia de ser a primeira embarcação de grande porte da Marinha do Brasil projetada e concebida exclusivamente para o serviço hidrográfico, o qual consiste, principalmente, na realização de levantamentos geradores de cartas náuticas. Os números impressionam. Foram quase 90 levantamentos hidrográficos e oceanográficos — 3.941 dias de mar e mais de 755.000 milhas navegadas, equivalentes a quatro viagens à Lua — que proporcionaram segurança à navegação do transporte marítimo de 95% das riquezas nacionais; em outras palavras, sem a contribuição do Sirius, o crescimento do país estaria seriamente prejudicado neste último qüinqüênio.
Não apenas isso. A conclusão do levantamento da plataforma continental, batizado de Leplac, fato ainda desconhecido do grande público, é de imensa importância para o nosso desenvolvimento cientifico e econômico em longo prazo. A plataforma continental é a área marítima imersa que declina suavemente, a começar do litoral, até o abismo que mergulha da sua extremidade nas profundezas oceânicas. Após quase duas décadas de planejamento e trabalhos contínuos, a Marinha concluiu um extenso levantamento para estabelecer o limite exterior de sua plataforma continental. O NHi Sírius, uma verdadeira academia de ciências do mar, coletou dados oceanográficos da margem continental brasileira que serviram à confecção do Leplac. Os resultados indicam que o Brasil deverá incorporar à sua jurisdição uma área oceânica de cerca de 911.000 km2, além do limite de 200 milhas, em relação à qual terá direitos exclusivos sobre os recursos naturais, com um imenso acervo de informações.
Apesar do descaso e da ignorância de políticos mergulhados na mediocridade de um dia-a-dia de trapaças, a Marinha soube usar os minguados recursos que lhe sobraram de um orçamento viciado pelo assistencialismo e pela negociata política. O NHi Sirius acompanhou o desenvolvimento do estado-da-arte no preparo do pessoal e na qualidade do material. Nas palavras de seu atual comandante, "o Sirius, ao contrário das limitações biológicas dos seres humanos, quanto mais velho mais se revigora".
É lamentável que o poder político brasileiro não tenha vocação marítima. A escassez desse tipo de mentalidade emana da falta de consciência da potencialidade do país, da identificação errônea de prioridades para os objetivos nacionais permanentes e, sobretudo, de uma incorreta percepção qualitativa da necessidade de se alcançarem tais objetivos.
O povo respeita e enaltece a Marinha, porque ela tem um compromisso com o futuro do Brasil; o Brasil que deseja ser sério, o Brasil honrado, o Brasil do Navio Hidrográfico Sirius. O navio, todos os seus comandantes e todas as suas tripulações, em todos os tempos, merecem nossos efusivos cumprimentos pela data e os votos de que tamanho empenho, tanta dedicação e o eterno compromisso com a pátria não terão sido em vão.
Força Militar: Quinta-feira será mesmo o 'Dia D'?
Deu no O Dia
28/1/2008 01:56:00
Força Militar: Quinta-feira será mesmo o 'Dia D'?
Marco Aurélio Reis
Rio - A próxima quinta-feira poderá mudar a história da relação da família militar com a política. Chamada de "Dia D", a data será marcada por protestos de esposas de militares.
Diferentemente do que vem ocorrendo nos últimos quatro anos, os organizadores apostam que as manifestações não ficarão restritas a Brasília e contarão com número expressivo de militares da reserva e apoio silencioso de oficiais e praças da ativa. Se atingir seu objetivo, o movimento vai reproduzir pelo País a imagem de mulheres pedindo reajuste salarial para os maridos em frente aos Comandos Militares do Exército nos estados e em Brasília, na Praça dos Três Poderes. No Rio, os manifestantes programam concentração às 16h, diante do pomposo prédio do antigo Ministério da Guerra (hoje sede do Comando Militar do Leste), bem no meio da Avenida Presidente Vargas, ao lado da Central do Brasil.
A proposta é sensibilizar civis para o drama da caserna. Com vencimentos mais baixos que policiais federais e rodoviários, impedidos de ter um segundo emprego e proibidos formalmente de se unir em sindicato e fazer greves, os militares, por meio das esposas, querem a solidariedade dos civis, que nas pesquisas de opinião demonstram ainda acreditar nas Forças Armadas. Há quem aposte que o movimento de quinta-feira vai devolver aos militares a certeza de que só disputando cargos no Congresso Nacional eles poderão obter mais verbas para os quartéis.
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E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente.
Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail
28/1/2008 01:56:00
Força Militar: Quinta-feira será mesmo o 'Dia D'?
Marco Aurélio Reis
Rio - A próxima quinta-feira poderá mudar a história da relação da família militar com a política. Chamada de "Dia D", a data será marcada por protestos de esposas de militares.
Diferentemente do que vem ocorrendo nos últimos quatro anos, os organizadores apostam que as manifestações não ficarão restritas a Brasília e contarão com número expressivo de militares da reserva e apoio silencioso de oficiais e praças da ativa. Se atingir seu objetivo, o movimento vai reproduzir pelo País a imagem de mulheres pedindo reajuste salarial para os maridos em frente aos Comandos Militares do Exército nos estados e em Brasília, na Praça dos Três Poderes. No Rio, os manifestantes programam concentração às 16h, diante do pomposo prédio do antigo Ministério da Guerra (hoje sede do Comando Militar do Leste), bem no meio da Avenida Presidente Vargas, ao lado da Central do Brasil.
A proposta é sensibilizar civis para o drama da caserna. Com vencimentos mais baixos que policiais federais e rodoviários, impedidos de ter um segundo emprego e proibidos formalmente de se unir em sindicato e fazer greves, os militares, por meio das esposas, querem a solidariedade dos civis, que nas pesquisas de opinião demonstram ainda acreditar nas Forças Armadas. Há quem aposte que o movimento de quinta-feira vai devolver aos militares a certeza de que só disputando cargos no Congresso Nacional eles poderão obter mais verbas para os quartéis.
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MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
Estive na Praia de Copacabana, desde o final da manhã do domingo, 27 de janeiro, para assistir ao Desfile Naval comemorativo dos duzentos anos da Abertura dos Portos às Nações amigas. Quantas emoções revivi!
Todo o amor, toda a paixão pela “mais nobre das profissões” tomaram de assalto, de novo, meu coração, ao acompanhar a passagem das silhuetas aguerridas e queridas tão de perto, quase ao alcance da fala... Como são belos os navios de guerra, como são majestosos e elegantes, ao singrar as águas do mar, que é seu lar! Com que orgulho e com que propriedade portam a Bandeira do nosso Brasil tão querido, já que são, com toda a honra, “a Pátria além da terra”! Assim foram incomparavelmente caracterizados, no dizer inspirado do poeta-marinheiro, meu dileto colega e amigo de mais de sessenta anos, o Almirante Élcio de Sá Freitas, no poema épico “A Volta dos Navios”, que escreveu, a meu pedido, para a Revista “A Galera”, dos Aspirantes de Marinha, da qual eu era diretor no longínquo ano de 1956...
Que saudade senti das andanças pelo mar, de todos os navios em que embarquei na Marinha e que passaram a fazer parte de mim para sempre (ou fui eu que passei a fazer parte deles, porque os navios têm alma e conquistam os marinheiros que formam suas tripulações?), da minha vida de 41 anos na Marinha! Foi uma doce emoção, que me apertou o coração e me levou lágrimas aos olhos. Marinha, Marinha, Marinha do Brasil, como te amo! Hoje, tanto como sempre, tua marca indelével toma conta de mim, com a força de uma primeira paixão!
O dia estava nebuloso e havia pouca gente na praia, para assistir ao desfile. Os meios de comunicação não fizeram propaganda extensiva do acontecimento, porque, já de há muito tempo, não lhes interessa promover as Forças Armadas e divulgar a sua virtude, o seu valor, as suas nobres tradições e incomparável missão, para elevação e defesa da nacionalidade, porque também não estão interessados em contribuir para aperfeiçoar o povo, educar a infância/juventude, para desenvolver o País... Mesmo assim, no local em que minha mulher e eu nos encontrávamos, estavam uma família, de avós com neto de nove anos, e uma senhora da nossa idade, atraídas especificamente pelo interesse em ver o desfile e aplaudir a Marinha.
Surgindo por trás da Ponta de Copacabana, despontaram os navios, saudados pela bateria de salva do Forte de Copacabana, cerimonial que se repetiu à sua passagem por todas as fortalezas da entrada da barra e da Baía de Guanabara. Em impecável formatura em coluna, seguindo as águas do guia separados por intervalo-padrão, anunciados e sobrevoados por oito helicópteros de Marinha, guinaram sobre a praia famosa, para depois assumir rumo praticamente paralelo à costa, para passar entre a Ilha de Cotunduba e o continente. A todos impressionou o aspecto impecável dos navios –Fragatas das Classes “Niterói” e “Rademaker”, Navio-Tanque e Navio de Desembarque de Carros de Combate, Rebocador de Alto-Mar, Corveta, Navios Hidrográficos, Submarino e o belo veleiro, escola de marinheiros, “Cisne Branco”, que encerrou o desfile com sua gigantesca bandeira auriverde, que representa nossa terra e é a mais bela de todas neste mundo de Deus, ondeando garbosamente aos ventos!. Estava ali a Marinha tremendamente bem apresentada, com ponderável expressão dos seus meios de superfície, aéreos e submarinos, conduzidos e guarnecidos pelo que tem de melhor: a heróica, dedicada e brava gente, que escolheu o mar como inspiração para sua vida e a Marinha para servir o Brasil e seu povo.
A senhora, que estava a meu lado, disse-me: “ Não imaginava que a Marinha estivesse tão bem! Só ouço dizer que ela e as outras Forças Armadas estão sucateadas e sem recursos!”
Respondi-lhe:”Minha senhora, o responsável por esse milagre, de manter operativa, flutuando e combativa a Marinha, é essa gente dedicada e estóica, que entrega sua vida, seu esforço, seu trabalho honrado do dia-a dia e seus talentos para conservá-la eficaz e eficiente, apesar de todas as dificuldades e restrições. É o pessoal de Marinha, de todos os postos e graduações, civis e militares, que, juntamente com os irmãos do Exército e da Força Aérea, teima patrioticamente em cumprir sua Missão. Mas precisávamos de muitos mais meios e recursos, para garantir a realização do projeto nacional da grande Nação que, por direito, queremos ser. Temos, contudo, encontrado desinteresse e cerceamentos dos péssimos governos que se têm abatido sobre o País, que tudo negam às Forças Armadas e se comprazem impatrioticamente, porque teimam em ignorar sua fundamental importância para o Brasil livre e soberano, em desconsiderá-las e tentar humilhar e enxovalhar seus integrantes, por mero espírito de revanchismo malsão”
Meu coração brasileiro e marinheiro encheu-se de orgulho hoje, com a bela exibição da minha Marinha, a que tive a felicidade de assistir. Emocionei-me com os navios, os helicópteros, as manobras bem feitas e nos horários previstos, a impecável apresentação dos meios e do pessoal em postos de continência, o drapejar da Bandeira sem par, que prometi, um dia, defender com o sacrifício da própria vida! Como a Marinha foi Marinha hoje, e Brasil sempre!
Voltei para casa feliz e emocionado. Paralelamente, porém, me foi surgindo uma dolorosa indagação na mente, na alma e no coração: como temos permitido que um bando de pessoas sem quaisquer qualificações, sem compromisso com a ética e a moral, com o Bem Comum e a felicidade do povo, com a grandeza, a independência e a soberania do Brasil, com a integridade do patrimônio nacional e com a implantação da verdadeira democracia no País se tenha assenhoreado de forma tão totalizante do poder em nossa terra, para fazer o mal sem escrúpulos e sem limites? Brasil, meu Brasil brasileiro, como tens sido traído e agredido, por anos a fio! Marinha, minha Marinha, como tens sido ignorada, vilipendiada e maltratada, colocada quase à míngua com teus briosos e sacrificados integrantes, o mesmo que vem acontecendo ao Exército e à Força Aérea, contigo gloriosos e bravos baluartes do Brasil!
Os bravos, os corajosos, os verdadeiros guerreiros da Pátria, aqueles que assumiram, com verdade, o compromisso solene de elevá-la e defendê-la têm de tomar posição firme e imediata, juntamente com todos os demais segmentos sadios da nacionalidade, para reverter a desgraça que se vai abatendo sobre a Terra da Promessa e da Esperança. Os fracos, os tíbios, os comprometidos por omissão com o mal que se espraia e do qual, assim se fazem coniventes, melhor fariam se se afastassem voluntariamente, dando lugar a quem queira combater o bom combate. Confio em Deus que o Brasil será salvo. Para isso, oremos e trabalhemos, pois a graça divina exige o complemento da ação dos homens de bem: o processo de conversão e salvação inicia-se com o convite do Senhor, mas tem de contar com a vontade e a adesão sinceras de cada um de nós. Deus conosco, havemos de devolver a Terra de Santa Cruz ao seu glorioso destino!
Rio de Janeiro, RJ, 27 de janeiro de 2008.
MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
Estive na Praia de Copacabana, desde o final da manhã do domingo, 27 de janeiro, para assistir ao Desfile Naval comemorativo dos duzentos anos da Abertura dos Portos às Nações amigas. Quantas emoções revivi!
Todo o amor, toda a paixão pela “mais nobre das profissões” tomaram de assalto, de novo, meu coração, ao acompanhar a passagem das silhuetas aguerridas e queridas tão de perto, quase ao alcance da fala... Como são belos os navios de guerra, como são majestosos e elegantes, ao singrar as águas do mar, que é seu lar! Com que orgulho e com que propriedade portam a Bandeira do nosso Brasil tão querido, já que são, com toda a honra, “a Pátria além da terra”! Assim foram incomparavelmente caracterizados, no dizer inspirado do poeta-marinheiro, meu dileto colega e amigo de mais de sessenta anos, o Almirante Élcio de Sá Freitas, no poema épico “A Volta dos Navios”, que escreveu, a meu pedido, para a Revista “A Galera”, dos Aspirantes de Marinha, da qual eu era diretor no longínquo ano de 1956...
Que saudade senti das andanças pelo mar, de todos os navios em que embarquei na Marinha e que passaram a fazer parte de mim para sempre (ou fui eu que passei a fazer parte deles, porque os navios têm alma e conquistam os marinheiros que formam suas tripulações?), da minha vida de 41 anos na Marinha! Foi uma doce emoção, que me apertou o coração e me levou lágrimas aos olhos. Marinha, Marinha, Marinha do Brasil, como te amo! Hoje, tanto como sempre, tua marca indelével toma conta de mim, com a força de uma primeira paixão!
O dia estava nebuloso e havia pouca gente na praia, para assistir ao desfile. Os meios de comunicação não fizeram propaganda extensiva do acontecimento, porque, já de há muito tempo, não lhes interessa promover as Forças Armadas e divulgar a sua virtude, o seu valor, as suas nobres tradições e incomparável missão, para elevação e defesa da nacionalidade, porque também não estão interessados em contribuir para aperfeiçoar o povo, educar a infância/juventude, para desenvolver o País... Mesmo assim, no local em que minha mulher e eu nos encontrávamos, estavam uma família, de avós com neto de nove anos, e uma senhora da nossa idade, atraídas especificamente pelo interesse em ver o desfile e aplaudir a Marinha.
Surgindo por trás da Ponta de Copacabana, despontaram os navios, saudados pela bateria de salva do Forte de Copacabana, cerimonial que se repetiu à sua passagem por todas as fortalezas da entrada da barra e da Baía de Guanabara. Em impecável formatura em coluna, seguindo as águas do guia separados por intervalo-padrão, anunciados e sobrevoados por oito helicópteros de Marinha, guinaram sobre a praia famosa, para depois assumir rumo praticamente paralelo à costa, para passar entre a Ilha de Cotunduba e o continente. A todos impressionou o aspecto impecável dos navios –Fragatas das Classes “Niterói” e “Rademaker”, Navio-Tanque e Navio de Desembarque de Carros de Combate, Rebocador de Alto-Mar, Corveta, Navios Hidrográficos, Submarino e o belo veleiro, escola de marinheiros, “Cisne Branco”, que encerrou o desfile com sua gigantesca bandeira auriverde, que representa nossa terra e é a mais bela de todas neste mundo de Deus, ondeando garbosamente aos ventos!. Estava ali a Marinha tremendamente bem apresentada, com ponderável expressão dos seus meios de superfície, aéreos e submarinos, conduzidos e guarnecidos pelo que tem de melhor: a heróica, dedicada e brava gente, que escolheu o mar como inspiração para sua vida e a Marinha para servir o Brasil e seu povo.
A senhora, que estava a meu lado, disse-me: “ Não imaginava que a Marinha estivesse tão bem! Só ouço dizer que ela e as outras Forças Armadas estão sucateadas e sem recursos!”
Respondi-lhe:”Minha senhora, o responsável por esse milagre, de manter operativa, flutuando e combativa a Marinha, é essa gente dedicada e estóica, que entrega sua vida, seu esforço, seu trabalho honrado do dia-a dia e seus talentos para conservá-la eficaz e eficiente, apesar de todas as dificuldades e restrições. É o pessoal de Marinha, de todos os postos e graduações, civis e militares, que, juntamente com os irmãos do Exército e da Força Aérea, teima patrioticamente em cumprir sua Missão. Mas precisávamos de muitos mais meios e recursos, para garantir a realização do projeto nacional da grande Nação que, por direito, queremos ser. Temos, contudo, encontrado desinteresse e cerceamentos dos péssimos governos que se têm abatido sobre o País, que tudo negam às Forças Armadas e se comprazem impatrioticamente, porque teimam em ignorar sua fundamental importância para o Brasil livre e soberano, em desconsiderá-las e tentar humilhar e enxovalhar seus integrantes, por mero espírito de revanchismo malsão”
Meu coração brasileiro e marinheiro encheu-se de orgulho hoje, com a bela exibição da minha Marinha, a que tive a felicidade de assistir. Emocionei-me com os navios, os helicópteros, as manobras bem feitas e nos horários previstos, a impecável apresentação dos meios e do pessoal em postos de continência, o drapejar da Bandeira sem par, que prometi, um dia, defender com o sacrifício da própria vida! Como a Marinha foi Marinha hoje, e Brasil sempre!
Voltei para casa feliz e emocionado. Paralelamente, porém, me foi surgindo uma dolorosa indagação na mente, na alma e no coração: como temos permitido que um bando de pessoas sem quaisquer qualificações, sem compromisso com a ética e a moral, com o Bem Comum e a felicidade do povo, com a grandeza, a independência e a soberania do Brasil, com a integridade do patrimônio nacional e com a implantação da verdadeira democracia no País se tenha assenhoreado de forma tão totalizante do poder em nossa terra, para fazer o mal sem escrúpulos e sem limites? Brasil, meu Brasil brasileiro, como tens sido traído e agredido, por anos a fio! Marinha, minha Marinha, como tens sido ignorada, vilipendiada e maltratada, colocada quase à míngua com teus briosos e sacrificados integrantes, o mesmo que vem acontecendo ao Exército e à Força Aérea, contigo gloriosos e bravos baluartes do Brasil!
Os bravos, os corajosos, os verdadeiros guerreiros da Pátria, aqueles que assumiram, com verdade, o compromisso solene de elevá-la e defendê-la têm de tomar posição firme e imediata, juntamente com todos os demais segmentos sadios da nacionalidade, para reverter a desgraça que se vai abatendo sobre a Terra da Promessa e da Esperança. Os fracos, os tíbios, os comprometidos por omissão com o mal que se espraia e do qual, assim se fazem coniventes, melhor fariam se se afastassem voluntariamente, dando lugar a quem queira combater o bom combate. Confio em Deus que o Brasil será salvo. Para isso, oremos e trabalhemos, pois a graça divina exige o complemento da ação dos homens de bem: o processo de conversão e salvação inicia-se com o convite do Senhor, mas tem de contar com a vontade e a adesão sinceras de cada um de nós. Deus conosco, havemos de devolver a Terra de Santa Cruz ao seu glorioso destino!
Rio de Janeiro, RJ, 27 de janeiro de 2008.
MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
Estive na Praia de Copacabana, desde o final da manhã do domingo, 27 de janeiro, para assistir ao Desfile Naval comemorativo dos duzentos anos da Abertura dos Portos às Nações amigas. Quantas emoções revivi!
Todo o amor, toda a paixão pela “mais nobre das profissões” tomaram de assalto, de novo, meu coração, ao acompanhar a passagem das silhuetas aguerridas e queridas tão de perto, quase ao alcance da fala... Como são belos os navios de guerra, como são majestosos e elegantes, ao singrar as águas do mar, que é seu lar! Com que orgulho e com que propriedade portam a Bandeira do nosso Brasil tão querido, já que são, com toda a honra, “a Pátria além da terra”! Assim foram incomparavelmente caracterizados, no dizer inspirado do poeta-marinheiro, meu dileto colega e amigo de mais de sessenta anos, o Almirante Élcio de Sá Freitas, no poema épico “A Volta dos Navios”, que escreveu, a meu pedido, para a Revista “A Galera”, dos Aspirantes de Marinha, da qual eu era diretor no longínquo ano de 1956...
Que saudade senti das andanças pelo mar, de todos os navios em que embarquei na Marinha e que passaram a fazer parte de mim para sempre (ou fui eu que passei a fazer parte deles, porque os navios têm alma e conquistam os marinheiros que formam suas tripulações?), da minha vida de 41 anos na Marinha! Foi uma doce emoção, que me apertou o coração e me levou lágrimas aos olhos. Marinha, Marinha, Marinha do Brasil, como te amo! Hoje, tanto como sempre, tua marca indelével toma conta de mim, com a força de uma primeira paixão!
O dia estava nebuloso e havia pouca gente na praia, para assistir ao desfile. Os meios de comunicação não fizeram propaganda extensiva do acontecimento, porque, já de há muito tempo, não lhes interessa promover as Forças Armadas e divulgar a sua virtude, o seu valor, as suas nobres tradições e incomparável missão, para elevação e defesa da nacionalidade, porque também não estão interessados em contribuir para aperfeiçoar o povo, educar a infância/juventude, para desenvolver o País... Mesmo assim, no local em que minha mulher e eu nos encontrávamos, estavam uma família, de avós com neto de nove anos, e uma senhora da nossa idade, atraídas especificamente pelo interesse em ver o desfile e aplaudir a Marinha.
Surgindo por trás da Ponta de Copacabana, despontaram os navios, saudados pela bateria de salva do Forte de Copacabana, cerimonial que se repetiu à sua passagem por todas as fortalezas da entrada da barra e da Baía de Guanabara. Em impecável formatura em coluna, seguindo as águas do guia separados por intervalo-padrão, anunciados e sobrevoados por oito helicópteros de Marinha, guinaram sobre a praia famosa, para depois assumir rumo praticamente paralelo à costa, para passar entre a Ilha de Cotunduba e o continente. A todos impressionou o aspecto impecável dos navios –Fragatas das Classes “Niterói” e “Rademaker”, Navio-Tanque e Navio de Desembarque de Carros de Combate, Rebocador de Alto-Mar, Corveta, Navios Hidrográficos, Submarino e o belo veleiro, escola de marinheiros, “Cisne Branco”, que encerrou o desfile com sua gigantesca bandeira auriverde, que representa nossa terra e é a mais bela de todas neste mundo de Deus, ondeando garbosamente aos ventos!. Estava ali a Marinha tremendamente bem apresentada, com ponderável expressão dos seus meios de superfície, aéreos e submarinos, conduzidos e guarnecidos pelo que tem de melhor: a heróica, dedicada e brava gente, que escolheu o mar como inspiração para sua vida e a Marinha para servir o Brasil e seu povo.
A senhora, que estava a meu lado, disse-me: “ Não imaginava que a Marinha estivesse tão bem! Só ouço dizer que ela e as outras Forças Armadas estão sucateadas e sem recursos!”
Respondi-lhe:”Minha senhora, o responsável por esse milagre, de manter operativa, flutuando e combativa a Marinha, é essa gente dedicada e estóica, que entrega sua vida, seu esforço, seu trabalho honrado do dia-a dia e seus talentos para conservá-la eficaz e eficiente, apesar de todas as dificuldades e restrições. É o pessoal de Marinha, de todos os postos e graduações, civis e militares, que, juntamente com os irmãos do Exército e da Força Aérea, teima patrioticamente em cumprir sua Missão. Mas precisávamos de muitos mais meios e recursos, para garantir a realização do projeto nacional da grande Nação que, por direito, queremos ser. Temos, contudo, encontrado desinteresse e cerceamentos dos péssimos governos que se têm abatido sobre o País, que tudo negam às Forças Armadas e se comprazem impatrioticamente, porque teimam em ignorar sua fundamental importância para o Brasil livre e soberano, em desconsiderá-las e tentar humilhar e enxovalhar seus integrantes, por mero espírito de revanchismo malsão”
Meu coração brasileiro e marinheiro encheu-se de orgulho hoje, com a bela exibição da minha Marinha, a que tive a felicidade de assistir. Emocionei-me com os navios, os helicópteros, as manobras bem feitas e nos horários previstos, a impecável apresentação dos meios e do pessoal em postos de continência, o drapejar da Bandeira sem par, que prometi, um dia, defender com o sacrifício da própria vida! Como a Marinha foi Marinha hoje, e Brasil sempre!
Voltei para casa feliz e emocionado. Paralelamente, porém, me foi surgindo uma dolorosa indagação na mente, na alma e no coração: como temos permitido que um bando de pessoas sem quaisquer qualificações, sem compromisso com a ética e a moral, com o Bem Comum e a felicidade do povo, com a grandeza, a independência e a soberania do Brasil, com a integridade do patrimônio nacional e com a implantação da verdadeira democracia no País se tenha assenhoreado de forma tão totalizante do poder em nossa terra, para fazer o mal sem escrúpulos e sem limites? Brasil, meu Brasil brasileiro, como tens sido traído e agredido, por anos a fio! Marinha, minha Marinha, como tens sido ignorada, vilipendiada e maltratada, colocada quase à míngua com teus briosos e sacrificados integrantes, o mesmo que vem acontecendo ao Exército e à Força Aérea, contigo gloriosos e bravos baluartes do Brasil!
Os bravos, os corajosos, os verdadeiros guerreiros da Pátria, aqueles que assumiram, com verdade, o compromisso solene de elevá-la e defendê-la têm de tomar posição firme e imediata, juntamente com todos os demais segmentos sadios da nacionalidade, para reverter a desgraça que se vai abatendo sobre a Terra da Promessa e da Esperança. Os fracos, os tíbios, os comprometidos por omissão com o mal que se espraia e do qual, assim se fazem coniventes, melhor fariam se se afastassem voluntariamente, dando lugar a quem queira combater o bom combate. Confio em Deus que o Brasil será salvo. Para isso, oremos e trabalhemos, pois a graça divina exige o complemento da ação dos homens de bem: o processo de conversão e salvação inicia-se com o convite do Senhor, mas tem de contar com a vontade e a adesão sinceras de cada um de nós. Deus conosco, havemos de devolver a Terra de Santa Cruz ao seu glorioso destino!
Rio de Janeiro, RJ, 27 de janeiro de 2008.
MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
Estive na Praia de Copacabana, desde o final da manhã do domingo, 27 de janeiro, para assistir ao Desfile Naval comemorativo dos duzentos anos da Abertura dos Portos às Nações amigas. Quantas emoções revivi!
Todo o amor, toda a paixão pela “mais nobre das profissões” tomaram de assalto, de novo, meu coração, ao acompanhar a passagem das silhuetas aguerridas e queridas tão de perto, quase ao alcance da fala... Como são belos os navios de guerra, como são majestosos e elegantes, ao singrar as águas do mar, que é seu lar! Com que orgulho e com que propriedade portam a Bandeira do nosso Brasil tão querido, já que são, com toda a honra, “a Pátria além da terra”! Assim foram incomparavelmente caracterizados, no dizer inspirado do poeta-marinheiro, meu dileto colega e amigo de mais de sessenta anos, o Almirante Élcio de Sá Freitas, no poema épico “A Volta dos Navios”, que escreveu, a meu pedido, para a Revista “A Galera”, dos Aspirantes de Marinha, da qual eu era diretor no longínquo ano de 1956...
Que saudade senti das andanças pelo mar, de todos os navios em que embarquei na Marinha e que passaram a fazer parte de mim para sempre (ou fui eu que passei a fazer parte deles, porque os navios têm alma e conquistam os marinheiros que formam suas tripulações?), da minha vida de 41 anos na Marinha! Foi uma doce emoção, que me apertou o coração e me levou lágrimas aos olhos. Marinha, Marinha, Marinha do Brasil, como te amo! Hoje, tanto como sempre, tua marca indelével toma conta de mim, com a força de uma primeira paixão!
O dia estava nebuloso e havia pouca gente na praia, para assistir ao desfile. Os meios de comunicação não fizeram propaganda extensiva do acontecimento, porque, já de há muito tempo, não lhes interessa promover as Forças Armadas e divulgar a sua virtude, o seu valor, as suas nobres tradições e incomparável missão, para elevação e defesa da nacionalidade, porque também não estão interessados em contribuir para aperfeiçoar o povo, educar a infância/juventude, para desenvolver o País... Mesmo assim, no local em que minha mulher e eu nos encontrávamos, estavam uma família, de avós com neto de nove anos, e uma senhora da nossa idade, atraídas especificamente pelo interesse em ver o desfile e aplaudir a Marinha.
Surgindo por trás da Ponta de Copacabana, despontaram os navios, saudados pela bateria de salva do Forte de Copacabana, cerimonial que se repetiu à sua passagem por todas as fortalezas da entrada da barra e da Baía de Guanabara. Em impecável formatura em coluna, seguindo as águas do guia separados por intervalo-padrão, anunciados e sobrevoados por oito helicópteros de Marinha, guinaram sobre a praia famosa, para depois assumir rumo praticamente paralelo à costa, para passar entre a Ilha de Cotunduba e o continente. A todos impressionou o aspecto impecável dos navios –Fragatas das Classes “Niterói” e “Rademaker”, Navio-Tanque e Navio de Desembarque de Carros de Combate, Rebocador de Alto-Mar, Corveta, Navios Hidrográficos, Submarino e o belo veleiro, escola de marinheiros, “Cisne Branco”, que encerrou o desfile com sua gigantesca bandeira auriverde, que representa nossa terra e é a mais bela de todas neste mundo de Deus, ondeando garbosamente aos ventos!. Estava ali a Marinha tremendamente bem apresentada, com ponderável expressão dos seus meios de superfície, aéreos e submarinos, conduzidos e guarnecidos pelo que tem de melhor: a heróica, dedicada e brava gente, que escolheu o mar como inspiração para sua vida e a Marinha para servir o Brasil e seu povo.
A senhora, que estava a meu lado, disse-me: “ Não imaginava que a Marinha estivesse tão bem! Só ouço dizer que ela e as outras Forças Armadas estão sucateadas e sem recursos!”
Respondi-lhe:”Minha senhora, o responsável por esse milagre, de manter operativa, flutuando e combativa a Marinha, é essa gente dedicada e estóica, que entrega sua vida, seu esforço, seu trabalho honrado do dia-a dia e seus talentos para conservá-la eficaz e eficiente, apesar de todas as dificuldades e restrições. É o pessoal de Marinha, de todos os postos e graduações, civis e militares, que, juntamente com os irmãos do Exército e da Força Aérea, teima patrioticamente em cumprir sua Missão. Mas precisávamos de muitos mais meios e recursos, para garantir a realização do projeto nacional da grande Nação que, por direito, queremos ser. Temos, contudo, encontrado desinteresse e cerceamentos dos péssimos governos que se têm abatido sobre o País, que tudo negam às Forças Armadas e se comprazem impatrioticamente, porque teimam em ignorar sua fundamental importância para o Brasil livre e soberano, em desconsiderá-las e tentar humilhar e enxovalhar seus integrantes, por mero espírito de revanchismo malsão”
Meu coração brasileiro e marinheiro encheu-se de orgulho hoje, com a bela exibição da minha Marinha, a que tive a felicidade de assistir. Emocionei-me com os navios, os helicópteros, as manobras bem feitas e nos horários previstos, a impecável apresentação dos meios e do pessoal em postos de continência, o drapejar da Bandeira sem par, que prometi, um dia, defender com o sacrifício da própria vida! Como a Marinha foi Marinha hoje, e Brasil sempre!
Voltei para casa feliz e emocionado. Paralelamente, porém, me foi surgindo uma dolorosa indagação na mente, na alma e no coração: como temos permitido que um bando de pessoas sem quaisquer qualificações, sem compromisso com a ética e a moral, com o Bem Comum e a felicidade do povo, com a grandeza, a independência e a soberania do Brasil, com a integridade do patrimônio nacional e com a implantação da verdadeira democracia no País se tenha assenhoreado de forma tão totalizante do poder em nossa terra, para fazer o mal sem escrúpulos e sem limites? Brasil, meu Brasil brasileiro, como tens sido traído e agredido, por anos a fio! Marinha, minha Marinha, como tens sido ignorada, vilipendiada e maltratada, colocada quase à míngua com teus briosos e sacrificados integrantes, o mesmo que vem acontecendo ao Exército e à Força Aérea, contigo gloriosos e bravos baluartes do Brasil!
Os bravos, os corajosos, os verdadeiros guerreiros da Pátria, aqueles que assumiram, com verdade, o compromisso solene de elevá-la e defendê-la têm de tomar posição firme e imediata, juntamente com todos os demais segmentos sadios da nacionalidade, para reverter a desgraça que se vai abatendo sobre a Terra da Promessa e da Esperança. Os fracos, os tíbios, os comprometidos por omissão com o mal que se espraia e do qual, assim se fazem coniventes, melhor fariam se se afastassem voluntariamente, dando lugar a quem queira combater o bom combate. Confio em Deus que o Brasil será salvo. Para isso, oremos e trabalhemos, pois a graça divina exige o complemento da ação dos homens de bem: o processo de conversão e salvação inicia-se com o convite do Senhor, mas tem de contar com a vontade e a adesão sinceras de cada um de nós. Deus conosco, havemos de devolver a Terra de Santa Cruz ao seu glorioso destino!
Rio de Janeiro, RJ, 27 de janeiro de 2008.
MARINHA DO BRASIL, PAIXÃO DE TODA UMA VIDA.
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino.
domingo, 27 de janeiro de 2008
CARTA DO CAP LOBO
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Exmº Sr Senador Crivella,
não consegui ouvir passivo as declarações de V Exª durante a propaganda eleitoral de seu partido, veiculadas na Rede Globo, às 20:30 h do dia 24 de janeiro de 2008, no intervalo do programa Jornal Nacional, na oportunidade em que versava sobre o Programa Cimento para Todos do Governo Federal.
V Exª afirmou que "o Exército Brasileiro está resgatando uma dívida histórica", decorrente das conseqüências da Guerra do Paraguai para com os escravos que participaram daquele conflito armado.
Dessas afirmações categóricas por parte de V Exª, envolvendo a Instituição Exército Brasileiro, venho humildemente perguntar-lhe:
1. O Sr já estudou História ?
2. O Sr conhece a história de nosso país ?
3. Caso a resposta às duas perguntas anteriores sejam negativas (e tenho quase certeza que são), pergunto se seus ilustres assessores historiadores freqüentavam as aulas da faculdade ou "vazavam" para tomar um chopinho inocente, por acharem o período do Império um tanto quanto fastidioso?
As perguntas possuem uma única motivação: nenhum cidadão com um mínimo de consciência ou de conhecimento histórico, e que tenha compromisso com a verdade histórica dos fatos, sentiu-se confortável com a descabida, infeliz e intempestiva declaração de V Exª.
Afinal de contas, a que dívida histórica o Sr se referia ?
Qual a responsabilidade do Exército Brasileiro sobre as condições deprimentes e desumanas às quais foram relegados aqueles ex-combatentes ?
Por algum acaso V Exª tem noção de quem define a política de desmobilização de uma tropa ao término de um determinado conflito?
Se V Exª (mais uma vez) não tem a resposta, vou procurar ajudá-lo: os governantes e políticos. Aqueles que, verdadeiramente, detém, em mãos, os desígnios de uma Nação.
Aqueles que, verdadeiramente, decidem como as coisas acontecem ou devem acontecer. E posso lhe assegurar que se tal poder de decisão estivesse nas mãos dos comandantes militares, que heroicamente lideraram aquelas operações, na segunda metade do século XIX, a desmobilização da tropa, e o tratamento dado aos ex-combatentes, seriam, incontestavelmente, diferentes.
Como sua declaração não tem o menor respaldo histórico, nem sequer um viés de verdade, resta apenas uma única explicação: a intenção do ilustre legislador foi apenas tentar, como tantos outros, denegrir a imagem da tradicional Instituição de maior credibilidade (e isso incomoda muita gente) de nosso país: o Exército Brasileiro.
Mesmo como potencial ignorante quanto aos aspectos e fatos da história de nosso país, o mínimo que se espera de um político "experiente" como V Exª é a noção e a consciência básicas de que quem legitima e decide pela guerra são os governantes e políticos, e não os militares.
Quem cuida da parcela orçamentária destinada às Forças Armadas são os governantes e políticos, e não os militares. E, não fugindo à regra, posso lhe assegurar que a política de desmobilização, àquela época, por ocasião do término daquela guerra, que redundou na situação humilhante à qual V Exª se referiu, relacionada aos ex-combatentes (e aí não estão inseridos apenas os ex-escravos), não foi definida pelos militares. E acho que até mesmo o Sr (a uma altura dessas) já deve ter adivinhado quem foram os verdadeiros responsáveis por aquele descaso.
Do exposto, como restou comprovado, pelo menos para mim, que o problema não é desconhecimento da História, nem de política (no caso de V Exª), mas sim a necessidade veemente de pequena, porém nefasta, parcela de nossa sociedade pseudo-intelectual, que insiste em tentar desonrar e denegrir a Instituição Exército Brasileiro, venho por meio deste e-mail fazer um singelo pedido: desista!
Não será V Exª, nem qualquer outra pessoa, por mais influente e manipulador de massas ou opiniões que seja, que conseguirá apagar, desmerecer ou manchar quase 360 anos de honra, glória, patriotismo, servidão, amor a essa Nação ou a memória dos incontáveis e verdadeiros heróis de nossa Pátria, muitos dos quais sacrificaram as próprias vidas naquele conflito! Lembrai-vos do Marechal Luís Alves de Lima e Silva (o Duque de Caxias), do Marechal Osório, do Brigadeiro Sampaio, do Almirante Tamandaré e de tantos outros!
Atenciosamente,
Alexandre Sobral Lobo Rodrigues [WINDOWS-1252?]– Capitão do Exército Brasileiro.
ALEXANDRE SOBRAL LOBO RODRIGUES - CAPITÃO
Exmº Sr Senador Crivella,
não consegui ouvir passivo as declarações de V Exª durante a propaganda eleitoral de seu partido, veiculadas na Rede Globo, às 20:30 h do dia 24 de janeiro de 2008, no intervalo do programa Jornal Nacional, na oportunidade em que versava sobre o Programa Cimento para Todos do Governo Federal.
V Exª afirmou que "o Exército Brasileiro está resgatando uma dívida histórica", decorrente das conseqüências da Guerra do Paraguai para com os escravos que participaram daquele conflito armado.
Dessas afirmações categóricas por parte de V Exª, envolvendo a Instituição Exército Brasileiro, venho humildemente perguntar-lhe:
1. O Sr já estudou História ?
2. O Sr conhece a história de nosso país ?
3. Caso a resposta às duas perguntas anteriores sejam negativas (e tenho quase certeza que são), pergunto se seus ilustres assessores historiadores freqüentavam as aulas da faculdade ou "vazavam" para tomar um chopinho inocente, por acharem o período do Império um tanto quanto fastidioso?
As perguntas possuem uma única motivação: nenhum cidadão com um mínimo de consciência ou de conhecimento histórico, e que tenha compromisso com a verdade histórica dos fatos, sentiu-se confortável com a descabida, infeliz e intempestiva declaração de V Exª.
Afinal de contas, a que dívida histórica o Sr se referia ?
Qual a responsabilidade do Exército Brasileiro sobre as condições deprimentes e desumanas às quais foram relegados aqueles ex-combatentes ?
Por algum acaso V Exª tem noção de quem define a política de desmobilização de uma tropa ao término de um determinado conflito?
Se V Exª (mais uma vez) não tem a resposta, vou procurar ajudá-lo: os governantes e políticos. Aqueles que, verdadeiramente, detém, em mãos, os desígnios de uma Nação.
Aqueles que, verdadeiramente, decidem como as coisas acontecem ou devem acontecer. E posso lhe assegurar que se tal poder de decisão estivesse nas mãos dos comandantes militares, que heroicamente lideraram aquelas operações, na segunda metade do século XIX, a desmobilização da tropa, e o tratamento dado aos ex-combatentes, seriam, incontestavelmente, diferentes.
Como sua declaração não tem o menor respaldo histórico, nem sequer um viés de verdade, resta apenas uma única explicação: a intenção do ilustre legislador foi apenas tentar, como tantos outros, denegrir a imagem da tradicional Instituição de maior credibilidade (e isso incomoda muita gente) de nosso país: o Exército Brasileiro.
Mesmo como potencial ignorante quanto aos aspectos e fatos da história de nosso país, o mínimo que se espera de um político "experiente" como V Exª é a noção e a consciência básicas de que quem legitima e decide pela guerra são os governantes e políticos, e não os militares.
Quem cuida da parcela orçamentária destinada às Forças Armadas são os governantes e políticos, e não os militares. E, não fugindo à regra, posso lhe assegurar que a política de desmobilização, àquela época, por ocasião do término daquela guerra, que redundou na situação humilhante à qual V Exª se referiu, relacionada aos ex-combatentes (e aí não estão inseridos apenas os ex-escravos), não foi definida pelos militares. E acho que até mesmo o Sr (a uma altura dessas) já deve ter adivinhado quem foram os verdadeiros responsáveis por aquele descaso.
Do exposto, como restou comprovado, pelo menos para mim, que o problema não é desconhecimento da História, nem de política (no caso de V Exª), mas sim a necessidade veemente de pequena, porém nefasta, parcela de nossa sociedade pseudo-intelectual, que insiste em tentar desonrar e denegrir a Instituição Exército Brasileiro, venho por meio deste e-mail fazer um singelo pedido: desista!
Não será V Exª, nem qualquer outra pessoa, por mais influente e manipulador de massas ou opiniões que seja, que conseguirá apagar, desmerecer ou manchar quase 360 anos de honra, glória, patriotismo, servidão, amor a essa Nação ou a memória dos incontáveis e verdadeiros heróis de nossa Pátria, muitos dos quais sacrificaram as próprias vidas naquele conflito! Lembrai-vos do Marechal Luís Alves de Lima e Silva (o Duque de Caxias), do Marechal Osório, do Brigadeiro Sampaio, do Almirante Tamandaré e de tantos outros!
Atenciosamente,
Alexandre Sobral Lobo Rodrigues [WINDOWS-1252?]– Capitão do Exército Brasileiro.
ALEXANDRE SOBRAL LOBO RODRIGUES - CAPITÃO
sábado, 26 de janeiro de 2008
SÓ FALTA PRIVATIZAR NOSSAS CASAS
Só falta privatizar nossas casas
CARLOS CHAGAS
BRASÍLIA - Vamos imaginar o cidadão comum, aquele que não agüenta mais pagar impostos, sofre com a prestação da casa própria comprada no subúrbio e protesta contra a perda aquisitiva de seu salário. Já tirou os filhos do colégio particular, vendeu o Fusquinha por conta da alta da gasolina e ignora como saldar os débitos com o cartão de crédito e o cheque especial.
De repente, surge diante dele um desses arrogantes cobradores e propõe a solução: a privatização. Por que o indigitado companheiro não privatiza o quintal, inclusive o galinheiro? Como não vai chegar, o remédio será privatizar a cozinha. Sua mulher não vai gostar na hora de fazer café ou preparar o almoço, pois precisará pedir licença aos novos donos e aguardar a hora de ferver a água, mas outra alternativa não há.
Mesmo assim, não adiantará. Deve ele, então, privatizar a sala e o quarto dos filhos. Mesmo sujeito a ver a filha privatizada junto com os móveis, acaba cedendo. Não demora muito e a família será obrigada a se mudar para o quartinho da empregada, mas privatizar é a solução.
Guardadas as proporções, o País vive o mesmo drama. Sob a chancela do sociólogo, e com a adesão do torneiro-mecânico, privatizaram o subsolo, as telecomunicações, os portos, as rodovias, os bancos, os monopólios ligados à soberania nacional e, agora, avançam na agressão ao próprio território nacional.
Essas tentativas de invasão parecem cíclicas, mas de algumas décadas para cá avançam sobre a Amazônia. Fernando Henrique Cardoso autorizou o arrendamento, por quarenta anos, renováveis por mais quarenta, de quaisquer glebas na região, inclusive nas reservas indígenas. Quem pode se habilitar?
Quem quiser, como o Lula confirmou nos últimos quatro anos. Em especial estrangeiros, empenhados em manter a floresta intocada, como um vasto jardim, misto de botânico e zoológico, à disposição de turistas, cientistas, ONGs, multinacionais e grupos que se interessem por adquiri-la.
Como a demonstrar a veracidade dessa agressão, o secretário do Meio Ambiente do Reino Unido, cujo nome se perderá no lixo da História, acaba de fazer coro com antigos governantes dos países ricos. A exemplo do que pregam e já pregaram George W. Bush, Tony Blair, Margaret Thatcher, Al Gore, Mikail Gorbachev, François Mitterrand e Felipe Gonçalez, entre outros, o gringo defendeu esta semana a privatização da Amazônia.
Aqui para nós, depois de tomarem o quintal, irromperão pela cozinha, a sala e os quartos de nossos filhos. E quando formos todos amontoados no quartinho dos fundos, exigirão que nos retiremos. É a privatização.
Mais perto de 1964
A descoberta do fenômeno não se deve a nenhum sociólogo, mas ao colega aí do lado, Sebastião Nery. Foi ele a alertar pela primeira vez para certas semelhanças entre 1964 e 2008. Não todas, é claro, porque pelo que se saiba não há militares conspirando e nem o presidente Lula empenha-se numa campanha pelas verdadeiras reformas de base, como se empenhava João Goulart.
Naqueles idos, da mesma forma, não havia televisão colorida e podíamos fumar Hollywood sem filtro despojados de maiores sentimentos de culpa, muito menos de virmos a ser, os fumantes, discriminados, proscritos e considerados párias sociais. Pelo contrário, até as companhias de aviação distribuíam para os passageiros carteirinhas com quatro cigarros cada uma.
O problema é que, no resto, o nosso profeta de Jaguaguara acertou em cheio. O clima está muito parecido com as preliminares da "gloriosa". Aí está um governo populista e, mesmo, um pouquinho popular, mas desprezado pela classe média.
A dita sociedade organizada, ou seja, o cidadão comum, cada vez mais se vê envolta em sacrifícios e desilusões, obrigada a pagar impostos sempre maiores, enfrentar a perda do poder aquisitivo de salários e vencimentos, assistir ao aumento dos preços administrados e não administrados e verificar que os mesmos de sempre, ou seja, as elites, locupletam-se e se beneficiam de todos os tipos de favores e benesses concedidos pelo governo.
Mas tem mais. Lá e cá, a simpatia pela pessoa do presidente da República é parecida, assim como a falta de credibilidade neles. Igualam-se Lula e Jango, até mesmo nas origens, ambos guindados ao poder por movimentos sociais poderosos, fruto das mais belas campanhas político-institucionais da História. Um, pela resistência armada em favor da Constituição; outro, através de verdadeira revolução pelo voto, na crista da imensa onda nacional em prol de mudanças estruturais no País.
Ambos, no entanto, ficaram e ficam devendo. Não convenceram sequer todas as parcelas engajadas no peleguismo, de um lado, e no petismo, de outro.
Ontem, como hoje, sentia-se que alguma coisa estava para acontecer. Buscando agradar um determinado segmento social, o fazendeiro desagradava os demais, em rodízio. Atendendo à reivindicação de um determinado grupo organizado, o torneiro-mecânico deixa os outros desalentados e irritados.
Assim, gradativamente, neste e naquele tempo, a sociedade foi e vai passando da esperança à frustração, e desta, à indignação. Por certo que tudo acontece sob o envoltório da propaganda oficial desmedida, na qual muitos confiam, mas desconfiando porque mudanças, mesmo, na vida de cada um, muito poucas. Não será com o bolsa-família que se muda muita coisa.
Queixam-se os empresários, hoje, da absurda carga fiscal e dos juros estratosféricos que os fazem mais pobres, ou menos ricos, como queixavam-se seus antecessores da ação de movimentos grevistas e das ameaças de co-gestão e participação dos empregados no lucro das empresas. De nada adiantou, como de nada adianta, distribuir benesses a estes e àqueles, porque as elites reagem apenas pelo que perdem. Ou deixam de ganhar.
O Congresso limitava-se, como ainda se limita, à luta pelo poder deixado frouxo, registrando-se antes, como agora, a presença de minorias intransigentes em meio a maiorias ávidas de beneficiar-se eleitoral e financeiramente. Os partidos eram e são espectros fantasmagóricos, sempre divididos por dentro, trocando ideologias por interesses.
O Comando Geral dos Trabalhadores radicalizava tanto quanto o MST radicaliza, iludidos ambos com a perspectiva de já se encontrarem no governo e de, logo depois, tornarem-se governo. Na realidade, significavam e significam apenas pretexto para a dominação das elites. Poderão desaparecer hoje, como desapareceram ontem, com um simples piparote por parte daqueles que realmente mandam. E que passaram a dispor, no passado, como hoje começam a dispor, do apoio das maiorias carentes e desiludidas.
Em 1964 as elites encontraram o gato para tirar, com suas patas, as castanhas do fogo. Foram os militares, envenenados pelas falsas ameaças do comunismo, que jamais ameaçou alguém entre nós, por sua fraqueza e sua ignorância olímpica das raízes nacionais.
Em 2008, que estruturas substituiriam os militares, hoje desiludidos, humilhados e sucateados pela falta de sensibilidade de sucessivos governos civis? Com certeza não serão os sindicalistas, com as centrais sindicais destruídas pelo egoísmo de só cuidarem de certas categorias privilegiadas e diante da obrigação de fidelidade ao seu líder tornado neoliberal.
A Igreja? Por ironia, em termos nacionais ela evoluiu bastante, mas vê-se na situação de um mingau quente comido pelas beiradas, através da colher das novas organizações evangélicas, por sua vez muito mais interessadas em cuidar-se do que cuidar do semelhante.
A Justiça? Houve tempo em que a única saída para o Brasil foi entregar todo o poder ao Judiciário, mas agora, apesar de investir truculentamente sobre as atribuições do Legislativo e dos partidos, como explicar greves de desembargadores protestando contra a redução de seus vultosos vencimentos e contra a proibição de nomear parentes para seus gabinetes e suas estruturas?
Também não dá para a universidade, ou seja, a intelectualidade, ocupar espaços que nunca teve. Acresce que de algumas décadas para cá o objetivo dos governos manipulados pelas elites foi desmanchar a universidade pública, desmoralizar professores através de ridículos vencimentos e limitar ao mínimo o debate e a livre criação científica. A evasão de cérebros virou rotina, num processo de ida sem volta, enquanto se limitou o conhecimento por baixo.
Muita gente supõe que fora das elites não haverá salvação. Mas não são elas as responsáveis pela erosão que nos assola? Não trarão, no seu âmago, o germe da própria destruição?
Sobra o quê, meu caro Nery, nesse video-tape de um período que esperávamos jamais voltasse? O que substituirá as carcomidas estruturas a um passo de se dissolverem pela própria natureza? Há um enigma dentro desse mistério, capaz de ser solucionado nos parágrafos acima.
CARLOS CHAGAS
BRASÍLIA - Vamos imaginar o cidadão comum, aquele que não agüenta mais pagar impostos, sofre com a prestação da casa própria comprada no subúrbio e protesta contra a perda aquisitiva de seu salário. Já tirou os filhos do colégio particular, vendeu o Fusquinha por conta da alta da gasolina e ignora como saldar os débitos com o cartão de crédito e o cheque especial.
De repente, surge diante dele um desses arrogantes cobradores e propõe a solução: a privatização. Por que o indigitado companheiro não privatiza o quintal, inclusive o galinheiro? Como não vai chegar, o remédio será privatizar a cozinha. Sua mulher não vai gostar na hora de fazer café ou preparar o almoço, pois precisará pedir licença aos novos donos e aguardar a hora de ferver a água, mas outra alternativa não há.
Mesmo assim, não adiantará. Deve ele, então, privatizar a sala e o quarto dos filhos. Mesmo sujeito a ver a filha privatizada junto com os móveis, acaba cedendo. Não demora muito e a família será obrigada a se mudar para o quartinho da empregada, mas privatizar é a solução.
Guardadas as proporções, o País vive o mesmo drama. Sob a chancela do sociólogo, e com a adesão do torneiro-mecânico, privatizaram o subsolo, as telecomunicações, os portos, as rodovias, os bancos, os monopólios ligados à soberania nacional e, agora, avançam na agressão ao próprio território nacional.
Essas tentativas de invasão parecem cíclicas, mas de algumas décadas para cá avançam sobre a Amazônia. Fernando Henrique Cardoso autorizou o arrendamento, por quarenta anos, renováveis por mais quarenta, de quaisquer glebas na região, inclusive nas reservas indígenas. Quem pode se habilitar?
Quem quiser, como o Lula confirmou nos últimos quatro anos. Em especial estrangeiros, empenhados em manter a floresta intocada, como um vasto jardim, misto de botânico e zoológico, à disposição de turistas, cientistas, ONGs, multinacionais e grupos que se interessem por adquiri-la.
Como a demonstrar a veracidade dessa agressão, o secretário do Meio Ambiente do Reino Unido, cujo nome se perderá no lixo da História, acaba de fazer coro com antigos governantes dos países ricos. A exemplo do que pregam e já pregaram George W. Bush, Tony Blair, Margaret Thatcher, Al Gore, Mikail Gorbachev, François Mitterrand e Felipe Gonçalez, entre outros, o gringo defendeu esta semana a privatização da Amazônia.
Aqui para nós, depois de tomarem o quintal, irromperão pela cozinha, a sala e os quartos de nossos filhos. E quando formos todos amontoados no quartinho dos fundos, exigirão que nos retiremos. É a privatização.
Mais perto de 1964
A descoberta do fenômeno não se deve a nenhum sociólogo, mas ao colega aí do lado, Sebastião Nery. Foi ele a alertar pela primeira vez para certas semelhanças entre 1964 e 2008. Não todas, é claro, porque pelo que se saiba não há militares conspirando e nem o presidente Lula empenha-se numa campanha pelas verdadeiras reformas de base, como se empenhava João Goulart.
Naqueles idos, da mesma forma, não havia televisão colorida e podíamos fumar Hollywood sem filtro despojados de maiores sentimentos de culpa, muito menos de virmos a ser, os fumantes, discriminados, proscritos e considerados párias sociais. Pelo contrário, até as companhias de aviação distribuíam para os passageiros carteirinhas com quatro cigarros cada uma.
O problema é que, no resto, o nosso profeta de Jaguaguara acertou em cheio. O clima está muito parecido com as preliminares da "gloriosa". Aí está um governo populista e, mesmo, um pouquinho popular, mas desprezado pela classe média.
A dita sociedade organizada, ou seja, o cidadão comum, cada vez mais se vê envolta em sacrifícios e desilusões, obrigada a pagar impostos sempre maiores, enfrentar a perda do poder aquisitivo de salários e vencimentos, assistir ao aumento dos preços administrados e não administrados e verificar que os mesmos de sempre, ou seja, as elites, locupletam-se e se beneficiam de todos os tipos de favores e benesses concedidos pelo governo.
Mas tem mais. Lá e cá, a simpatia pela pessoa do presidente da República é parecida, assim como a falta de credibilidade neles. Igualam-se Lula e Jango, até mesmo nas origens, ambos guindados ao poder por movimentos sociais poderosos, fruto das mais belas campanhas político-institucionais da História. Um, pela resistência armada em favor da Constituição; outro, através de verdadeira revolução pelo voto, na crista da imensa onda nacional em prol de mudanças estruturais no País.
Ambos, no entanto, ficaram e ficam devendo. Não convenceram sequer todas as parcelas engajadas no peleguismo, de um lado, e no petismo, de outro.
Ontem, como hoje, sentia-se que alguma coisa estava para acontecer. Buscando agradar um determinado segmento social, o fazendeiro desagradava os demais, em rodízio. Atendendo à reivindicação de um determinado grupo organizado, o torneiro-mecânico deixa os outros desalentados e irritados.
Assim, gradativamente, neste e naquele tempo, a sociedade foi e vai passando da esperança à frustração, e desta, à indignação. Por certo que tudo acontece sob o envoltório da propaganda oficial desmedida, na qual muitos confiam, mas desconfiando porque mudanças, mesmo, na vida de cada um, muito poucas. Não será com o bolsa-família que se muda muita coisa.
Queixam-se os empresários, hoje, da absurda carga fiscal e dos juros estratosféricos que os fazem mais pobres, ou menos ricos, como queixavam-se seus antecessores da ação de movimentos grevistas e das ameaças de co-gestão e participação dos empregados no lucro das empresas. De nada adiantou, como de nada adianta, distribuir benesses a estes e àqueles, porque as elites reagem apenas pelo que perdem. Ou deixam de ganhar.
O Congresso limitava-se, como ainda se limita, à luta pelo poder deixado frouxo, registrando-se antes, como agora, a presença de minorias intransigentes em meio a maiorias ávidas de beneficiar-se eleitoral e financeiramente. Os partidos eram e são espectros fantasmagóricos, sempre divididos por dentro, trocando ideologias por interesses.
O Comando Geral dos Trabalhadores radicalizava tanto quanto o MST radicaliza, iludidos ambos com a perspectiva de já se encontrarem no governo e de, logo depois, tornarem-se governo. Na realidade, significavam e significam apenas pretexto para a dominação das elites. Poderão desaparecer hoje, como desapareceram ontem, com um simples piparote por parte daqueles que realmente mandam. E que passaram a dispor, no passado, como hoje começam a dispor, do apoio das maiorias carentes e desiludidas.
Em 1964 as elites encontraram o gato para tirar, com suas patas, as castanhas do fogo. Foram os militares, envenenados pelas falsas ameaças do comunismo, que jamais ameaçou alguém entre nós, por sua fraqueza e sua ignorância olímpica das raízes nacionais.
Em 2008, que estruturas substituiriam os militares, hoje desiludidos, humilhados e sucateados pela falta de sensibilidade de sucessivos governos civis? Com certeza não serão os sindicalistas, com as centrais sindicais destruídas pelo egoísmo de só cuidarem de certas categorias privilegiadas e diante da obrigação de fidelidade ao seu líder tornado neoliberal.
A Igreja? Por ironia, em termos nacionais ela evoluiu bastante, mas vê-se na situação de um mingau quente comido pelas beiradas, através da colher das novas organizações evangélicas, por sua vez muito mais interessadas em cuidar-se do que cuidar do semelhante.
A Justiça? Houve tempo em que a única saída para o Brasil foi entregar todo o poder ao Judiciário, mas agora, apesar de investir truculentamente sobre as atribuições do Legislativo e dos partidos, como explicar greves de desembargadores protestando contra a redução de seus vultosos vencimentos e contra a proibição de nomear parentes para seus gabinetes e suas estruturas?
Também não dá para a universidade, ou seja, a intelectualidade, ocupar espaços que nunca teve. Acresce que de algumas décadas para cá o objetivo dos governos manipulados pelas elites foi desmanchar a universidade pública, desmoralizar professores através de ridículos vencimentos e limitar ao mínimo o debate e a livre criação científica. A evasão de cérebros virou rotina, num processo de ida sem volta, enquanto se limitou o conhecimento por baixo.
Muita gente supõe que fora das elites não haverá salvação. Mas não são elas as responsáveis pela erosão que nos assola? Não trarão, no seu âmago, o germe da própria destruição?
Sobra o quê, meu caro Nery, nesse video-tape de um período que esperávamos jamais voltasse? O que substituirá as carcomidas estruturas a um passo de se dissolverem pela própria natureza? Há um enigma dentro desse mistério, capaz de ser solucionado nos parágrafos acima.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
SISTEMA COLÉGIOS MILITARES
No vestibular 2008 para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Colégio Militar de Porto Alegre obteve um recorde histórico de aprovações (sete pontos percentuais acima do recorde anterior, obtido em 2007) . Dos 122 alunos da 3ª Série/2007 que prestaram o concurso, 63 obtiveram aprovação em primeira chamada, totalizando 51,63%. Fora dessa contabilização, encontram-se ainda 11 alunos da 2ª Série/2007 e 1 aluno da 1ª Série/2007 que realizaram o vestibular como "treino" e também foram aprovados.
O resultado final no vestibular 2008 da UFRGS traduz a excelência do ensino no CMPA e no SCMB. Veja abaixo as razões do sucesso dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre, postadas em seu portal Internet:
A expressiva e histórica aprovação no vestibular 2008 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a qual repercute hoje na grande imprensa do Estado e em clipagens nacionais, não se deveu a fatores isolados ou conjunturais. É fundamental constatar que, devido à modernização do ensino nos estabelecimentos educacionais do Exército, implantada pela alta direção de ensino da Força a partir do final do século passado, o incremento nos índices de aprovação em concursos e nos resultados de olimpíadas educacionais vem apresentando um incremento sensível ano após ano.
Prova disso são os expressivos resultados de alunos do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) em olimpíadas de Matemática, Física, Astronomia, Química e Informática, bem como a aprovação desses em vestibulares considerados muito difíceis, como os do ITA, IME, UNICAMP, USP, etc. Somando-se a isso os resultados do ENEM nos últimos dois anos, quando o SCMB despontou como o sistema educacional melhor posicionado em todos os estados brasileiros onde há um Colégio Militar, é possível verificar que uma escola de excelência não é produto de uma conjuntura específica, mas sim de um conjunto de fatores que, agindo sinergicamente durante um largo período de tempo, produz resultados vitoriosos.
Em uma análise criteriosa, é possível elencar os vários fatores que contribuíram para o sucesso dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre:
- A preparação dos alunos para vida cidadã - aí incluídos os diversos concursos que esta pode lhe exigir - se inicia no 6º Ano do Ensino Fundamental (antiga 5ª Série), pois nas séries iniciais é formada a base de conhecimentos que será decisiva para a continuação dos estudos. Tal preparação prossegue nas demais séries do EF e nas duas primeiras do Ensino Médio;
- No 3º Ano do Ensino Médio, o aluno cursa o chamado PREVEST (pré-vestibular), onde estuda as matérias dessa Série e também tem seu estudo dirigido para os vestibulares locais, especialmente o da UFRGS;
- Em 2006, por iniciativa dos professores e com o aval do Colégio, foi planejado e desenvolvido um projeto especial e experimental, chamado de "Vestibular 2008", onde os voluntários do então 2º Ano foram grupados em uma turma de 30 alunos e passaram a ter aulas especiais à tarde, assumindo o compromisso de permanecer no projeto, apesar da grande carga de trabalho que lhes seria exigida. Após o resultado do vestibular, esse projeto foi considerado um sucesso, pois 22 dos 30 alunos (73,33%) foram aprovados;
- Embora ainda não se tenha computado o percentual, acredita-se que o sistema de cotas tenha também participação no índice obtido. No entanto, é necessário esclarecer dois aspectos:
houve alunos que, embora estivessem dentro do universo permitido, optaram por não fazer parte das cotas;
embora o CMPA esteja no universo dos colégios públicos, muitos de seus alunos não podem ingressar como cotistas, pois o índice de transferência dos filhos de militares é bastante elevado, o que faz com que esses alunos não tenham cursado todo o Ensino Médio e, pelo menos, metade do Fundamental em escolas públicas;
o CMPA, há vários anos, aprova na UFRGS mais de 40% dos concludentes do 3º Ano do Ensino Médio. Em 2007, por exemplo, a aprovação foi de mais de 44% e, em 2006, de mais de 42%.
- Mais de 50% dos docentes do CMPA são mestres ou doutores. O Colégio busca e incentiva, incessantemente, o aperfeiçoamento profissional de seu corpo docente.
- A estrutura de ensino contempla um criterioso planejamento e organização do ano letivo e das avaliações. A existência de uma Supervisão Escolar, de Seções e Subseções de Ensino, de uma Seção Psicopedagógica e de uma Seção Técnica de Ensino fornece a infra-estrutura que suporta o rigoroso planejamento, organização e condução da educação.
- As provas bimestrais são confeccionadas pelos respectivos professores, mas passam por mais cinco crivos: chefe de Subseção (cadeira), chefe de Seção de Ensino, Seção Técnica de Ensino, Subdiretor de Ensino e Diretor de Ensino. No final do processo, a prova não é apenas responsabilidade do professor, mas sim do Colégio Militar.
- À semelhança da vida cidadã futura que encontrará após sua formatura, os alunos são submetidos a um sistema meritocrático de merecimento, onde se destacam aqueles que mais se dedicam e estudam, bem como os que melhor se conduzem dentro dos parâmetros exigidos pelo Colégio. Dentro desse contexto é que existe o Batalhão Escolar, onde os alunos têm uma classificação hierárquica de grau, e a Legião de Honra, para a qual são convidados os que mais se destacam em comportamento, procedimentos e aplicação.
- A carga horária anual é superior à mínima estabelecida pelo MEC.
- Além dos conteúdos disciplinares, são oferecidas ao aluno atividades extra-classe, como: diversas modalidades de esporte, xadrez, astronomia, coral, banda de música, teatro, clubes de disciplinas (matemática, história, literatura, ciências, filosofia, etc.) e grêmios sócio-recreativos. É incentivada a participação em olimpíadas educacionais, como: astronomia, física, biologia, matemática, etc., e em projetos sócio-assistenciais de apoio a pessoas carentes.
- A adoção de uniforme para todas as atividades possibilita que os alunos se destaquem apenas pelo que verdadeiramente são, e não pelo que vestem ou ostentam.
- Alunos, profissionais ou grupos que obtenham qualquer tipo de atuação positiva destacada intra ou extra-Colégio, recebem o reconhecimento do CMPA através de destaque em reuniões de alunos, de profissionais ou de ambos, ou ainda a citação em Boletim Interno e/ou na página Internet da instituição.
- A educação não se limita aos conteúdos das disciplinas. São também trabalhados e cultuados valores, como: respeito, ordem, organização, honestidade, honra, princípios morais, lealdade e responsabilidade pessoal e social, mas sempre dentro de um clima de amizade e camaradagem. Esse fato motiva uma forte e perene ligação afetiva entre alunos e ex-alunos com o Colégio Militar.
- A educação está baseada na harmonia e interação, profícua e constante, entre três vetores: escola, aluno e família.
- Historicamente, o CMPA trabalha com cerca de trinta alunos em cada sala de aula, admitindo, em casos excepcionais, um máximo de trinta e cinco alunos, possibilitando ao professor controlar e acompanhar o processo individual de ensino/aprendizagem.
- O Colégio possui uma excelente infra-estrutura de apoio, alicerçada na administração militar. Como integrante do Sistema Colégio Militar do Brasil, beneficia-se da troca de experiências e vivências, educacionais e administrativas, entre os doze colégios militares que compõem o sistema.
- O Casarão da Várzea possui mais 95 anos de tradição como colégio e 124 anos como escola, tendo um extenso rol de ex-alunos que se destacaram no cenário nacional. Durante esse longo período, forjou-se a tradição de um ensino de excelência, a qual implica em maior responsabilidade para os profissionais de hoje.
- Muitos dos profissionais são ex-alunos, o que traz uma relação afetiva que potencializa de maneira positiva as atividades e relações profissionais.
Um abraço,
CEL Araujo -PROF CMPA
O resultado final no vestibular 2008 da UFRGS traduz a excelência do ensino no CMPA e no SCMB. Veja abaixo as razões do sucesso dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre, postadas em seu portal Internet:
A expressiva e histórica aprovação no vestibular 2008 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a qual repercute hoje na grande imprensa do Estado e em clipagens nacionais, não se deveu a fatores isolados ou conjunturais. É fundamental constatar que, devido à modernização do ensino nos estabelecimentos educacionais do Exército, implantada pela alta direção de ensino da Força a partir do final do século passado, o incremento nos índices de aprovação em concursos e nos resultados de olimpíadas educacionais vem apresentando um incremento sensível ano após ano.
Prova disso são os expressivos resultados de alunos do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) em olimpíadas de Matemática, Física, Astronomia, Química e Informática, bem como a aprovação desses em vestibulares considerados muito difíceis, como os do ITA, IME, UNICAMP, USP, etc. Somando-se a isso os resultados do ENEM nos últimos dois anos, quando o SCMB despontou como o sistema educacional melhor posicionado em todos os estados brasileiros onde há um Colégio Militar, é possível verificar que uma escola de excelência não é produto de uma conjuntura específica, mas sim de um conjunto de fatores que, agindo sinergicamente durante um largo período de tempo, produz resultados vitoriosos.
Em uma análise criteriosa, é possível elencar os vários fatores que contribuíram para o sucesso dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre:
- A preparação dos alunos para vida cidadã - aí incluídos os diversos concursos que esta pode lhe exigir - se inicia no 6º Ano do Ensino Fundamental (antiga 5ª Série), pois nas séries iniciais é formada a base de conhecimentos que será decisiva para a continuação dos estudos. Tal preparação prossegue nas demais séries do EF e nas duas primeiras do Ensino Médio;
- No 3º Ano do Ensino Médio, o aluno cursa o chamado PREVEST (pré-vestibular), onde estuda as matérias dessa Série e também tem seu estudo dirigido para os vestibulares locais, especialmente o da UFRGS;
- Em 2006, por iniciativa dos professores e com o aval do Colégio, foi planejado e desenvolvido um projeto especial e experimental, chamado de "Vestibular 2008", onde os voluntários do então 2º Ano foram grupados em uma turma de 30 alunos e passaram a ter aulas especiais à tarde, assumindo o compromisso de permanecer no projeto, apesar da grande carga de trabalho que lhes seria exigida. Após o resultado do vestibular, esse projeto foi considerado um sucesso, pois 22 dos 30 alunos (73,33%) foram aprovados;
- Embora ainda não se tenha computado o percentual, acredita-se que o sistema de cotas tenha também participação no índice obtido. No entanto, é necessário esclarecer dois aspectos:
houve alunos que, embora estivessem dentro do universo permitido, optaram por não fazer parte das cotas;
embora o CMPA esteja no universo dos colégios públicos, muitos de seus alunos não podem ingressar como cotistas, pois o índice de transferência dos filhos de militares é bastante elevado, o que faz com que esses alunos não tenham cursado todo o Ensino Médio e, pelo menos, metade do Fundamental em escolas públicas;
o CMPA, há vários anos, aprova na UFRGS mais de 40% dos concludentes do 3º Ano do Ensino Médio. Em 2007, por exemplo, a aprovação foi de mais de 44% e, em 2006, de mais de 42%.
- Mais de 50% dos docentes do CMPA são mestres ou doutores. O Colégio busca e incentiva, incessantemente, o aperfeiçoamento profissional de seu corpo docente.
- A estrutura de ensino contempla um criterioso planejamento e organização do ano letivo e das avaliações. A existência de uma Supervisão Escolar, de Seções e Subseções de Ensino, de uma Seção Psicopedagógica e de uma Seção Técnica de Ensino fornece a infra-estrutura que suporta o rigoroso planejamento, organização e condução da educação.
- As provas bimestrais são confeccionadas pelos respectivos professores, mas passam por mais cinco crivos: chefe de Subseção (cadeira), chefe de Seção de Ensino, Seção Técnica de Ensino, Subdiretor de Ensino e Diretor de Ensino. No final do processo, a prova não é apenas responsabilidade do professor, mas sim do Colégio Militar.
- À semelhança da vida cidadã futura que encontrará após sua formatura, os alunos são submetidos a um sistema meritocrático de merecimento, onde se destacam aqueles que mais se dedicam e estudam, bem como os que melhor se conduzem dentro dos parâmetros exigidos pelo Colégio. Dentro desse contexto é que existe o Batalhão Escolar, onde os alunos têm uma classificação hierárquica de grau, e a Legião de Honra, para a qual são convidados os que mais se destacam em comportamento, procedimentos e aplicação.
- A carga horária anual é superior à mínima estabelecida pelo MEC.
- Além dos conteúdos disciplinares, são oferecidas ao aluno atividades extra-classe, como: diversas modalidades de esporte, xadrez, astronomia, coral, banda de música, teatro, clubes de disciplinas (matemática, história, literatura, ciências, filosofia, etc.) e grêmios sócio-recreativos. É incentivada a participação em olimpíadas educacionais, como: astronomia, física, biologia, matemática, etc., e em projetos sócio-assistenciais de apoio a pessoas carentes.
- A adoção de uniforme para todas as atividades possibilita que os alunos se destaquem apenas pelo que verdadeiramente são, e não pelo que vestem ou ostentam.
- Alunos, profissionais ou grupos que obtenham qualquer tipo de atuação positiva destacada intra ou extra-Colégio, recebem o reconhecimento do CMPA através de destaque em reuniões de alunos, de profissionais ou de ambos, ou ainda a citação em Boletim Interno e/ou na página Internet da instituição.
- A educação não se limita aos conteúdos das disciplinas. São também trabalhados e cultuados valores, como: respeito, ordem, organização, honestidade, honra, princípios morais, lealdade e responsabilidade pessoal e social, mas sempre dentro de um clima de amizade e camaradagem. Esse fato motiva uma forte e perene ligação afetiva entre alunos e ex-alunos com o Colégio Militar.
- A educação está baseada na harmonia e interação, profícua e constante, entre três vetores: escola, aluno e família.
- Historicamente, o CMPA trabalha com cerca de trinta alunos em cada sala de aula, admitindo, em casos excepcionais, um máximo de trinta e cinco alunos, possibilitando ao professor controlar e acompanhar o processo individual de ensino/aprendizagem.
- O Colégio possui uma excelente infra-estrutura de apoio, alicerçada na administração militar. Como integrante do Sistema Colégio Militar do Brasil, beneficia-se da troca de experiências e vivências, educacionais e administrativas, entre os doze colégios militares que compõem o sistema.
- O Casarão da Várzea possui mais 95 anos de tradição como colégio e 124 anos como escola, tendo um extenso rol de ex-alunos que se destacaram no cenário nacional. Durante esse longo período, forjou-se a tradição de um ensino de excelência, a qual implica em maior responsabilidade para os profissionais de hoje.
- Muitos dos profissionais são ex-alunos, o que traz uma relação afetiva que potencializa de maneira positiva as atividades e relações profissionais.
Um abraço,
CEL Araujo -PROF CMPA