CRISE DE LIDERANÇA
Ternuma Regional Brasília
Weslei Antonio Maretti
A atividade militar é mais que uma ocupação profissional. É um estilo de vida, que faz dos militares um segmento social diferenciado. A socialização militar visa desenvolver um tipo de profissional que cumpre a sua missão às últimas conseqüências, ou seja, imola a vida em sacrifício, quando necessário. Em combate, vencer um dos maiores instintos humanos, o da sobrevivência, somente é possível em razão de dois fatores básicos, a confiança inabalável na competência dos chefes e o espírito de camaradagem. Assim, valores como hierarquia, disciplina e dever são fundamentais para o profissional das armas.
A ideologia pode ser entendida como um conjunto de idéias que orienta o comportamento político e social, em razão dos valores e crenças que difunde. Desta forma, a visão da realidade é marcada pela ideologia que se escolhe para compreender o mundo e orientar as ações. É perfeitamente aceitável que fenômenos sociais e políticos sejam interpretados de forma diversa e sejam norteados pela ideologia que as pessoas adotam. Isso pode ser evidenciado por determinados grupos sociais e políticos que têm uma visão histórica, segundo a qual pessoas armadas que lutavam, na década de 60, para implantar uma ditadura de esquerda, conforme os moldes cubano ou chinês, eram democratas lutando pela liberdade. È aceitável, também, que esses grupos tentem rever a história questionando a Lei de Anistia que serviu para trazer o esquecimento às ações de agentes do Estado e militantes de movimentos revolucionários que cometeram crimes.
Difícil é entender a postura do atual Ministro da Justiça que procura reabrir feridas que, de alguma forma, já foram cicatrizadas e, ainda, permite trazer para a agenda política temas que não têm um clamor popular significativo, mas podem ter desdobramentos traumáticos. Não se pode esquecer que a principal atividade de um agente público do poder executivo é resolver problemas e não criá-los.
Inaceitável é a atitude das lideranças do Exército Brasileiro, no episódio do julgamento do coronel Brilhante Ustra, por supostos crimes cometidos, quando este desempenhava uma função militar, durante o período militar. Em momento algum, a atitude do coronel foi questionada por seus chefes militares, no que se refere ao cometimento de crimes ou transgressões disciplinares. A disciplina impõe o cumprimento de ordens e o responsável por elas é quem as determina. Por esse princípio, as ordens devem ser cumpridas sem serem questionadas, desde que não sejam claramente ilegais.
O problema não é o coronel Ustra ter cometido crime ou não, cabe à justiça, em suas diversas instâncias decidir. O inaceitável é a total omissão dos chefes militares ao verem ser reinterpretada a Lei da Anistia, atingindo militares que desempenharam uma missão determinada pelo Exército. Uma qualidade indispensável ao chefe militar é a coragem para enfrentar perigos e situações conflitantes, mas parece que, atualmente, é um atributo militar pouco cultuado. Tornar-se-á difícil para um tenente ou 3º sargento, bases do segmento profissional, cumprirem ordens, quando em operações de manutenção da lei e da ordem, ao perceberem que no futuro poderão ser responsabilizados, criminal e individualmente, por uma ação determinada pelos seus chefes.
É importante lembrar aos chefes militares que comandam homens que fizeram um compromisso de se dedicarem, inteiramente, ao serviço da pátria e disponibilizaram suas vidas para, se necessário, cumprirem as suas missões. Não é lógico que esse segmento, que detém a posse das armas, seja tratado de forma leviana.
Quem tem a incumbência de comandar os homens da guerra, no mínimo, deve ter a estatura moral que a função exige, estar disposto a ir até às últimas conseqüências. O apego aos cargos e às mordomias inerentes aos mesmos, como recebimento de diárias, ajudas-de-custo, viagens ao exterior e a possibilidade da ocupação de futuras funções na justiça militar ou em empresas estatais, podem fazer com que a defesa de subordinados se torne uma atividade arriscada para os projetos pessoais dos chefes atuais.
Enganam-se os que defendem a subserviência como uma forma de evitar uma crise institucional, ela é inerente ao processo político, quando visões de mundo se confrontam.
Em determinadas situações, a crise pode ter um caráter positivo para o fortalecimento institucional. Torna-se difícil imaginar como um tenente pode transformar-se em chefe militar, quando os atuais chefes têm como apanágio a falta de coragem e o desconhecimento das aflições dos seus subordinados.
Assim, pode ser necessário, em um futuro não muito distante, que o Brasil tenha necessidade de contratar, como fez, no início do século passado, uma missão militar estrangeira para ensinar as elites do Exército a serem militares.
Weslei Antonio Maretti – Professor Universitário, Cientista Político e Sociólogo – celwamaretti@hotmail.com
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
O Cadete do Exército Argentino e a Ministra
- Por Pedro Rafael Mercado, da Reserva do Exército Argentino.O fato aconteceu no Colégio Militar da Nação. A Ministro da Defesa, Nilda Garré, se encontra presidindo um filme-debate quepretende coroar a mudança cultural que prega, de seu Ministério para as Forças Armadas. Nesse sentido, vem trabalhando ativamente Martin Grass, um ex(?)-dirigente montonero, que conduz atualmente o setor educacional da área castrense.Acaba de terminar a projeção da película "Desobediência", um filme tendencioso que narra situações de guerra, onde soldados e graduados se negam a obedecer órdens presumidamente imorais. O objetivo: aprofundar a lavagem cerebral dos jovens Cadetes. O filme termina e um silêncio sepulcral se instala no salão.
Tentando romper o gelo, com um sorriso debochado no rosto, a Dra. Garré toma a palavra e pergunta: Aqui não se aplaude, como noscinemas?Um Oficial pede a palavra e expressa, com atitude, com respeito e com muita convicção o que todos pensam: que independente doconteúdo, aquele não era o âmbito adequado para passar aquela película; que os Cadetes estava se formando na disciplina para operar na forma de uma guerra regular e que a película nada indicava nesse sentido. Definitivamente: não servia para nada.A Ministra não acabara de absorver essa bofetada intelectual, quando um simples Cadete faz uso da palavra, resumindo o sentimento generalizado: -"Se estes são os valores que se pretendem impor para o novo Exército, eu peço baixa imediatamente".E o salão explodiu em um aplauso geral, que punha em evidência a magnitude do fracasso da política oficial, seguida pelos neo-montoneros.
Queriam mudar a alma do soldado... e o espírito castrense permanecia inalterado. Dominando seus nervos, Nilda Garré, já sem osorriso inicial, se perguntava como era aquilo de que no ambiente castrense não se costumava aplaudir........................................................................................................É de se esperar que os atuais Altos Comandos do Exército argentino tenham anotado esta lição da história. E na hora de formularestratégias, não deixem de lado a sensibilidade, a coragem e o valor dos quadros médios da instituição, que menos comprometidos com asintenções do poder, parecem estar mais perto das verdadeiras soluções.
Lula elogia terroristas
LULA ELOGIA TERRORISTAS, ASSASSINOS E ASSALTANTES DE BANCO
E DESDENHA OS NOSSOS VERDADEIROS HERÓIS
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Ao participar das solenidades relativas ao “Dia Nacional da Consciência Negra”, por incrível que pareça, o Presidente da República Federativa do Brasil, senhor Luis Inácio Lula da Silva, que por lei também é o Comandante das Forças Armadas, de maneira arrogante e desrespeitosa desprestigiou não só a Marinha de Guerra do Brasil como também nossos verdadeiros heróis e por fim afrontou a Nação Brasileira.
Ao discursar no Rio de Janeiro por ocasião dos 98 anos da revolta da Chibata, quando o Governo do Partido dos Trabalhadores (?) inaugurou uma estátua de João Cândido Felisberto na Praça 15, Lula, mais uma vez, o que aliás faz com muito freqüência, ultrapassou todos os limites do permitido a qualquer cidadão de bem, em particular, ao Presidente da Nação.
Ao brasileiro de conhecimento médio não é dado o direito de desconhecer que a Revolta da Chibata ocorrida em 22 de novembro de 1910, sob a liderança do marinheiro de primeira classe João Cândido Felisberto foi um dos muitos episódios tristes da nossa história. Pelo menos 2.000 marinheiros se sublevaram contra os castigos físicos que eram aplicados como ato disciplinar, o que a época ocorria na maioria das Marinhas do mundo. Ao final de quatro dias de revolta tinham sido massacrados e sacrificados vários oficiais, sargentos e marinheiros, principalmente no navio Minas Gerais, tendo seu Comandante sido assassinado por um revoltoso, que depois de tudo isto ainda urinou em seu corpo. Como conseqüência desses fatos meses depois João Cândido foi preso e expulso da Armada, tendo sobrevivido na pobreza.
Lula criou o “dia da consciência negra” e pretende transformar a data em feriado nacional; sancionou a anistia póstuma a João Cândido, prestigiou a inauguração da estátua do mesmo em via pública e no local onde ocorreu o forte da revolta e, por fim, discursou em homenagem àquele que o seu partido está chamando de “Almirante Negro”. Só falta promove-lo ao posto. Que fique claro que João Cândido não foi expulso da Marinha por ser negro e sim por ter liderado um motim, ou seja, uma revolta que provocou mortes. Portanto, transformou-se em um criminoso assassino. Não era um criminoso comum.
Mas durante seu discurso Lula foi além. Como Comandante das Forças Armadas qualificou o criminoso João Cândido de “herói” ao afirmar: “ precisamos aprender a transformar nossos mortos em heróis”. E não satisfeito também elogiou seqüestradores, terroristas, assaltantes de bancos e fábricas, citando nominalmente Carlos Marighella, afirmando que “as novas gerações precisam saber que Marighella não morreu por ser bandido, mas sim porque se opunha a ditadura militar. Morreu porque acreditava numa causa.”
Presidente, concordo com a afirmação de que Marighella morreu porque acreditava em uma causa. E como devo respeitar o seu posto de Comandante das Forças Armadas escrevo apenas que é uma inverdade de sua parte afirmar que o seu herói lutava contra a ditadura militar. Em verdade o que ele e seus seguidores queriam era implantar uma ditadura do proletariado no Brasil, exatamente aos moldes da instituída por Fidel Castro de quem Vossa Excelência é o principal parceiro dentro do Fórum de São Paulo, aliás criado por ambos, Frei Beto e tantos outros. Certamente o senhor sabe do que estou falando.
Em um só ato Vossa Excelência desprestigiou a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e menosprezou em público a Marinha de Guerra do Brasil. Prestigiou e enalteceu os atos de seqüestros contra embaixadores, de terrorismo e vários tipos de assaltos ocorridos no Brasil, tudo executado por marginais não diferentes dos que atuam hoje na favela da “rocinha” e outras. Não seria muito para um único dia?
Este seu discurso, por ser o senhor o Comandante das Forças Armadas, foi em verdade uma ofensa premeditada, covarde e inadmissível não só à Marinha mas às Forças Armadas que pelo previsto em lei combateram o terrorismo urbano e a guerrilha rural no País, violência revolucionária que fez 119/120 mortos e 343 feridos. Esta atitude foi uma verdadeira apologia a subversão da ordem. Aliás, o seu partido e, não tenho dúvidas sob sua orientação, vem a muito corrompendo este País para que após o caos e com um partido único sob sua liderança seja estabelecida a nova ordem ditatorial e proletária, que valerá para muitos dos seus companheiros de viagem que não sejam de seu verdadeiro agrado e para o povão. Para Vossa Excelência e a cúpula que o cerca a luxúria e charutos cubanos, não é mesmo? Se não der certo a Itália já está preparada para receber a família de braços abertos.
Ainda bem que a nossa Marinha de Guerra adotou posição digna de seu passado e de seu presente, pois se iludem aqueles que imaginam que as Forças Armadas de hoje são diferentes da de ontem, e não se fez presente em ato prestigiado pelo Presidente da República, que decidiu por homenagear figuras que desenvolveram atividades criminosas. Pobre Brasil.
O que o LULA e o Partido dos Trabalhadores fizeram com as nossas elites? E o que estão fazendo com a Nação brasileira?
Aluisio Madruga de Moura e Souza
Autor dos Livros: Guerrilha do Araguaia – Revanchismo A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Rodrigo Bartels - Aluno nota dez
Com média 10, aluno do CMPA é o 1º lugar nacional no concurso da EsPCEx
Com zero erros, ou seja, média 10, o aluno Rodrigo Bartels, da 3ª Série do Ensino Médio, classificou-se em primeiro lugar geral no concurso 2008 da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), concorrendo com mais de quinze mil jovens de todo o Brasil.Atleta de remo, membro da Legião de Honra, integrante do Projeto de Potencialização e Enriquecimento (PROPEN), Porta-Bandeira em 2008, irmão de Diego (Coronel-Aluno em 2002) e de Mariana (Coronel-Aluna em 2007), Rodrigo mantém assim a tradição de excelência da família Bartels no CMPA.Ombro a ombro com Rodrigo Bartels, sete outros alunos e dois ex-alunos compõem a seleta e honrosa galeria de aprovados e classificados para a EsPCEx. Por enquanto, também houve um aluno aprovado para a Escola Naval e para a EFOMM e dois alunos aprovados para o Colégio Naval.
Com zero erros, ou seja, média 10, o aluno Rodrigo Bartels, da 3ª Série do Ensino Médio, classificou-se em primeiro lugar geral no concurso 2008 da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), concorrendo com mais de quinze mil jovens de todo o Brasil.Atleta de remo, membro da Legião de Honra, integrante do Projeto de Potencialização e Enriquecimento (PROPEN), Porta-Bandeira em 2008, irmão de Diego (Coronel-Aluno em 2002) e de Mariana (Coronel-Aluna em 2007), Rodrigo mantém assim a tradição de excelência da família Bartels no CMPA.Ombro a ombro com Rodrigo Bartels, sete outros alunos e dois ex-alunos compõem a seleta e honrosa galeria de aprovados e classificados para a EsPCEx. Por enquanto, também houve um aluno aprovado para a Escola Naval e para a EFOMM e dois alunos aprovados para o Colégio Naval.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
OBRIGADA, BRASIL !
Queridos !!!O Haiti esta' vivendo ha' 02 dias mais uma de suas grandes tragédias.
O desmoronamento de uma escola numa ribanceira, com uma construção depéssima qualidade.Ninguém sabe exatamente o nu'mero de pessoas que havia la' dentro, masacreditamos que fossem cerca de 200 a 300 pessoas no ma'ximo, pelotamanho e pelas caracteri'sticas do local. Os mortos ja' chegam a 85confirmados e muito pouca gente conseguiu escapar com vida.Lê-se na imprensa mundial que estão aqui equipes de resgatenorte-americanas e francesas, que vieram inclusive com cães treinadospara resgatar pessoas vivas. Mas ninguém diz que eles se encontramhospedados aqui em nossa Base... e ninguém comenta sobre a atuação doBRABATT neste episo'dio.Pois bem, senhoras e senhores...Ontem o BRABATT/9 deu um show de competência, de capacidadetécnico-profissional e de coragem !!!Faço este elogio à minha equipe de Sau'de, pois conseguimos salvar comvida, depois de mais de 6 horas de um resgate drama'tico, 04 criançashaitianas, de 6 e 7 anos de idade, que se encontravam presas nosescombros do andar térreo da Escola, num tu'nel formado pelas vigas deconcreto retorcidas e amontoadas, que corria o risco de colapsar aqualquer momento !Com pedaços de cimento que cai'am sobre nossas cabeças, com caliça quesoterrava cada vez mais aquelas crianças e as enchia cada vez mais depânico !!!Todos os integrantes da equipe, composta por mim, pela Ten BELLINDA,Sgt A'UREO, Sgt PELEGRINI, Sgt WEINER, Cb CASTRO, Cb CLEDIMILSON, SdSIDNEY e o principal hero'i da jornada, o Cb RICARDO, entramos nolocal da tragédia sabendo do risco de vida que esta'vamos correndo,mas cientes da necessidade absoluta de nossa intervenção para salvaraquelas crianças, devido à extrema confusão e desorganização que haviano local !Nada mais gratificante do que a liberação destas quatro crianças, semqualquer necessidade de amputação de algum de seus membros ou deaparente seqüela !Nada mais gratificante do que as palmas dos haitianos junto aos seusgritos de VIVA BRASILIA !!!Nada mais gratificante do que a interrupção do choro desesperadodaquelas crianças... transferindo as la'grimas deles para os nossosolhos !!!!!!!!Que transbordaram de la'grimas de alegria, de dever cumprido, demissão de paz...Sinto-me extremamente orgulhosa e honrada por haver liderado estesmilitares, que lutaram contra o inimigo oculto nas sombras da morte,que nos rondava a todo momento !Obrigada DEUS, por nos haver enchido de força e de fé, para queacredita'ssemos em nossa capacidade !!!Obrigada General SANTOS CRUZ, por nos haver deixado permanecer emnosso posto de combate !!!!!!!Obrigada Coronel FIORAVANTE e Coronel CAIO, pelo exemplo a seguir !!!!!Obrigada Exército Brasileiro, por nos haver dado esta chance deestarmos aqui, neste momento, nesta exata hora...Obrigada BRASIL, por ser a nossa pa'tria amada e maravilhosa !!!!!!Obrigada pais, mães, maridos, esposas, namorados e namoradas, filhos efilhas, amigos e amigas... por haverem sempre acreditado em no's e porserem a nossa torcida invisi'vel de cada dia de nossa missão !!!Obrigada, por estar viva !!!!!!!E por ter ajudado a trazer de volta à luz a vida daquelas criancinhashaitianas indefesas !!!TUDO PELA PAZ !!!!SELVA !!!!BRASIL !!!!!!!!!!!! !!Cap Med CARLA MARIA CLAUSI
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Tenente- coronel WALTER
TENENTE-CORONEL WALTHER - 'Eu cometi o crime em defesa dos meus comandados'
Fernando KleinData: 22 de outubro de 1987. Horário: 10 horas. Cerca de 50 militares do 30ºBatalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz) desembarcam em quatro viaturas emfrente à Prefeitura de Apucarana, a 60 quilômetros de Maringá, cercam oprédio e impedem a entrada e saída de pessoas. Na frente dos homens armadoscom fuzis e pistolas está o capitão Luiz Fernando Walther de Almeida, de 34anos.Acompanhado por um grupo de soldados, ele invade o gabinete e entrega aoassessor do prefeito carta de protesto contra os baixos salários e adeficiência do atendimento de saúde aos militares. A atitude abala o Brasil,fazendo renascer o 'fantasma' da ditadura, ainda vivo na memória dapopulação. Imprensa e lideranças políticas da época repudiam a atitude, mastudo indica que o protesto surte efeito. Na mesma noite, o então presidenteJosé Sarney anuncia, em rede nacional, reajuste de 25% para todos osmilitares do Exército, Marinha e Aeronáutica. O comando do Exército, porém,diz que o aumento já estava programado.Aos 50 anos de idade, Walther, tenente-coronel da reserva, atua como chefede segurança do principal shopping do Rio de Janeiro, onde vive com a esposae três filhos. Do escritório do shopping, fala por telefone sobre o episódioe, pela primeira vez, dá a sua versão sobre a história. Lembrando de todosos detalhes daquela manhã do dia 22 de outubro de 87, ele garante: estavacerto. 'Me ensinaram nas escolas militares que o militar zela pelascondições de vida digna dos seus comandados, tanto quanto pela manutenção dadisciplina e dos deveres castrenses. Eu levei isso ao máximo, talvez além.Eu cometi o crime para chamar a atenção de uma situação injusta e hoje, semmedo de errar, negligente da época', afirma.Ele nega que queria reviver a ditadura e diz acreditar que, mesmo sem 'nuncater sido sindicalista' e apesar de o Exército negar, tenha conseguido umreajuste que nenhuma entidade sindical conseguiu até hoje no Brasil. Depoisde sair de Apucarana, Walther passou por Curitiba, Salvador, Brasília e Riode Janeiro, onde se aposentou no ano passado. Leia abaixo, na íntegra, aentrevista concedida pelo militar da reserva.Como surgiu a idéia de cercar a prefeitura e protestar contra os baixossalários da tropa?Eu saí de uma reunião (no 30º BIMtz) em que foram lidos alguns documentos,um dos quais dizia que o hospital não atenderia mais os conveniados do Fusex(Fundo de Saúde do Exército) a partir do dia 31 de outubro, porque acontribuição estava muito defasada. Outro documento informava que nósteríamos que pagar a mudança dos uniformes, obrigatória naquele ano. Parater uma idéia, uma jaqueta verde-oliva custava um terço do que ganhavalíquido um terceiro-sargento. Foi lido nesse dia ainda sobre a situação dafamília de um sub-tenente de Cascavel que havia falecido e deixado a viúvacom quatro ou cinco filhos, e a família estava em petição de miséria. Écerto que o clima já era de insatisfação. Havia alguns antecedentes, porexemplo, a mulher de um capitão que morava embaixo do meu apartamento teveuma fratura no braço ou na perna, e esse capitão não tinha dinheiro parabancar o atendimento. Os tenentes meus tinham bicicleta e não automóvel.Naquela manhã, quando saí do auditório e me dirigi a minha subunidade (1ªCompanhia de Fuzileiros), me reuni com os quatro tenentes da companhia ecomecei a falar com eles [sobre a situação]. Entrei num estado de desabafo,e eles ficaram quietos. Quando saíram da sala, disse ao último deles: toquea campainha de alarme. Aí ele tocou o alarme e eu mandei entrar em forma sócom o equipamento leve [munição 762]. Ato contínuo, puxei uma folha derascunho e escrevi o protesto de próprio punho em 20 segundos. Então,comecei a pensar o que faria. Três coisas me passaram pela cabeça: bloqueara rodovia em frente ao batalhão, fazer a operação em um meio de comunicaçãoou cercar a prefeitura. Nesse tempo que a tropa estava se preparando, eutirei várias cópias do rascunho - já tinha decidido onde seria o protesto.Pensou em desistir em algum momento?Senti três frios na espinha. Primeiro, quando vi a tropa pronta e liguei aviatura; podia ter mandado desembarcar todo mundo. A segunda, quando ia sairdo quartel, que poderia não ter saído e voltado. A terceira, quando peguei aestrada, que ainda dava para voltar, pois havia um retorno próximo aoquartel.E como foi ao chegar à prefeitura?Antes de sair, no quartel, os tenentes me perguntaram o que estavaacontecendo, porque estranharam minha reação quando a tropa estava pronta noquartel. Disse que era um treinamento: defesa de ponto sensível. Elesperguntaram onde. Disse que não sabia. Então, o tenente subcomandante dacompanhia disse que o exercício estava errado, porque ele, comosubcomandante, não podia sair sem saber para onde. Então, peguei uma folhade papel e esbocei para eles: aqui é a prefeitura, aqui a Câmara; o teupelotão cerca por fora aqui; o teu por fora ali; o teu ocupa a prefeiturapor dentro, as janelas; e o quarto pelotão, o de apoio [morteiro emetralhadora], não vai, porque vai ter uma tarefa especial: distribuir ospanfletos [na imprensa]. E tudo aconteceu entre 9 e 10 horas da manhã. Aação durou de 10 a 15 minutos.E a reação dos funcionários da prefeitura?Todos dizem que eu chutei a porta do prefeito, mas não foi bem assim. Estavacom a metralhadora cruzada no peito, no gabinete do prefeito, que éprecedido por três entradas, frontal e duas laterais; e quando chegamos nafrontal perguntei pelo prefeito, disseram que não estava; perguntei pelochefe de gabinete, me mandaram para a direita; não tinha ninguém, voltei efui para a esquerda, procurando o Zanoni [Ariovaldo Zanoni, chefe dogabinete], quando voltei na sala - você sob tensão faz coisas diferentes -em vez de bater com a porta, eu bati com o coturno embaixo. A minha intençãoera chamar atenção das pessoas para abrir a porta. Realmente bati com ocoturno debaixo da porta, mais forte do que com a mão em cima, mas nãoqueria derrubar a porta. O Kaminski [Wilson Kaminski, assessor do prefeito]então disse que eu tinha enfiado o pé na porta, o que não era verdade.Como foi a volta ao quartel?Quando voltei, me despedi e desarmei a tropa, procedimento normal deexercício. Passei o comando ao tenente e, nesse momento, a tropa soube quefiz o protesto. Só então falei para os soldados, elogiei a conduta deles edisse que, junto com o exercício, tinha feito um protesto, e que seriaseveramente punido por isso. Até me lembro bem que falei que fiz aquilo poramor ao Exército. Dirigi-me ao major [subcomandante da unidade] e ele meprendeu porque saí da unidade sem autorização. A partir daí, fiquei preso.Deixei-me punir, porque assinei flagrante depois de 24 horas.Como foi a punição? A carreira foi muito afetada?Na carreira, a única coisa que afetou foi a não-promoção a coronel (fui paraa reserva como tenente-coronel). Quanto à punição, fui a julgamento emCuritiba, na 5ª Circunscrição Judiciária Militar, tendo sido condenado atrês anos de prisão. Daí, fui julgado no Superior Tribunal Militar, emBrasília, onde a pena caiu para oito meses. Então, acabei beneficiado porindulto natalino e cumpri apenas cinco meses de prisão. Nesse período,fiquei deslocado da família por dois anos, porque o Exército cometeu váriosabusos. Me transferiram para Curitiba - um capitão do Exército com trêsfilhos pequenos, o mais velho com 10 anos -, e me fizeram deixar a famíliaem Apucarana, sem clima para ela. Em 88, a minha mulher e os filhos forammorar em Ribeirão Preto (SP). Eu ainda voltei em 89 para Apucarana, porqueme deixaram numa situação esquisita, esdrúxula; fiquei em Curitiba baseadocomo militar do 30º BIMtz, sem receber transferência, sem receber pelamudança. Fiquei lá à disposição da Justiça, deslocado.O reajuste concedido na época foi reflexo do protesto?Em uma entrevista à Folha (Folha de S. Paulo), o então ministro da FazendaBresser Pereira, demissionário do cargo, falou sobre esse aumento aosmilitares e disse que o reajuste foi um absurdo (a situação econômica doPaís não permitia). O Exército, por sua vez, disse que o aumento já estavagarantido...Como o senhor avalia as conseqüências?Me ensinaram nas escolas militares que o militar zela pelas condições devida digna dos seus comandados, tanto quanto pela manutenção da disciplina edos deveres castrenses. Eu levei isso ao máximo, talvez além. Eu cometi ocrime para chamar a atenção de uma situação injusta e hoje, sem medo deerrar, negligente da época. Hoje sou tenente-coronel e sei muito bem o queaquele capitão fez e eu sabia que ele ia pagar por aquilo; eu digo que elepagou o preço disso.O senhor faria de novo?[Hesitação] Olha, só digo que não tenho arrependimento. Já coragem parafazer [pausa], mas tive outras bravatas, na verdade, nunca deixei de seraquele capitão, não. Eu nunca deixei de ser. É claro que a idade pesa. Atépouco tempo, essa história me emocionava muito, mas o hoje o tempo fez comque esse episódio fizesse parte da lembrança boa da minha vida. Hoje, souconhecido por aquela atitude. Aquilo que fiz foi realmente ímpeto, coragem eética, porque decidi contra mim o tempo todo, contra a minha família. Osaldo foi positivo. Eu não dediquei ao Exército, apesar de ter dito aquilonaquela hora à tropa. Foi para quem eu comandava; eles sabem que fiz poreles. Quando lembro de certas coisas tenho certeza de que deveria ter feito.O meu subtenente, por exemplo. Ele servia numa cidade e a família noutra. Afamília estava em Curitiba. Nos 15 anos da filha dele - ele não esquece dafesta da filha -, porque não tinha condições financeiras nem o Exércitooferecia tratamento para corrigir os dentes da menina, que eram para afrente. Ele não tinha como resolver aquilo e sofria barbaridade por causadisso. Hoje, as coisas mudaram.O senhor acha que passou pela cabeça das pessoas e governantes da época ofantasma da ditadura?Não tive o menor apoio dos setores da esquerda local, como a própria Igreja,que me viram como filhote da ditadura e se equivocaram. Mas eu estavadefendendo os interesses dos mais simples e não de nenhum graúdo. Embora osgenerais também ganhassem 25% de reajuste naquela noite, não foi neles queestava pensando. Estava pensando nos meus comandados, que não tinhamdinheiro para cuidar dos dentes dos filhos. Nunca fui líder sindical (risos) mas acho que ninguém conseguiu um reajuste desses. Eles dizem que já tinhamdado o reajuste, mas...A repercussão surpreendeu o senhor?Esse episódio aconteceu às 10 horas da manhã. Quando saí da prefeitura, oKaminski ligou para o Scarpelini [Carlos Scarpelini, prefeito da época], queestava no gabinete do irmão [deputado José Domingos Scarpelini]. Um ligoupara o governador Alvaro Dias e outro para um deputado federal do Paraná emBrasília. Esse parlamentar, então, foi ao Congresso, onde estava sendodiscutida por deputados e senadores a Constituinte [aprovada em 88]; elepediu a palavra na tribuna e disse: 'senhores, eu acabo de tomarconhecimento que neste momento está havendo uma rebelião militar no Paraná,em Apucarana'. Quando o presidente José Sarney soube, o serviço deinformações do Exército ainda não sabia. O presidente ficou de 10h30 até às14h30 sem saber o que estava acontecendo de fato. Ninguém sabia por quatrohoras o que estava ocorrendo e isso é muita coisa! O presidente ficar porquatro horas sem saber o que estava acontecendo? Isso porque o ministro doExército estava na China; meu comandante não estava, tinha viajado paraMarechal Hermes (SC) para realizar reconhecimento da área onde ocorreriammanobras do Comando Militar do Sul. Neste reconhecimento, estavam também ocomandante do Comando Militar do Sul e o comandante da 5ª Brigada Militar,de Cascavel. Eles não tinham comunicação, pois estavam no meio do mato. Umavião então foi buscar o general do Comando. Enquanto os comandantes nãofalam, ninguém sabe o que acontece. O mais alto escalão do País, portanto,não sabia o que estava ocorrendo. Pode pesquisar: nesse dia estava previstaa posse de dois ministros, o que foi cancelado. Daí, às 20 horas, anunciapelo Jornal Nacional o reajuste de 25% aos militares e dizem que o aumentojá estava dado e que me precipitei, sei lá...O senhor encerrou a carreira como tenente-coronel. Isso não lhe frustrou?Eu poderia ter seguido. Eu fiz a Escola de Comando do Estado Maior doExército, que prepara os generais. O problema é que não me reabiliteijudicialmente. Achava que de alguma forma o Exército iria me reabilitar. Nãotenho mágoa por isso. Eu não pedi reabilitação judicial, o que deveria terfeito dez anos atrás e só fiz no ano passado, quando não tinha tempo útilpara reverter mais nada. Eu deixei o barco andar.Imagem/Arquivo Tribuna do NorteWalther, na época: 'Me viram como filhote da ditadura'* Entrevista de Fernando Klein publicada originalmente pelo jornal 'Tribunado Norte', de Apucarana, na edição de aniversário deste ano do município,comemorado no dia 28 de janeiro
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
REAJUSTE NOS SOLDOS
[image: O Dia Online]
*Reajuste de 81% nos soldos
*
*Com base em três decisões favoráveis, oficiais e praças estão recorrendo à
Justiça para obter o esperado aumento nos vencimentos. Ação considera os
ganhos no Superior Tribunal Militar*
*Ananda Rope e Djalma Oliveira
* [image: Ivone (E), presidente da União Nacional das Esposas, com as amigas
Marina e Shirley: aperto financeiro em casa.
Foto: Ananda Rope]BRASÍLIA E
RIO - Se os militares não conseguem aumento por meio das intermináveis
negociações com o governo, o aguardado reajuste dos soldos pode vir pela
Justiça. Uma lei de 1991, que não vem sendo cumprida, estabelece que a
categoria deve ter os vencimentos reajustados com base escalonada no aumento
salarial dos ministros do STM (Superior Tribunal Militar). Atualmente, o
percentual é de 81%.
Para conseguir a correção, o militar da reserva, ativa, ou pensionista,
precisa entrar com ação específica da área militar requerendo o reajuste em
desfavor da União, por não haver aplicado a revisão geral do funcionalismo,
conforme previa a Constituição de 1988, sobre o valor correto dos soldos. Um
tenente da Aeronáutica, por exemplo, ganharia cerca de R$ 150 mil só de
atrasados dos últimos cinco anos, prazo máximo de pagamento de retroativos
pela União.
O ideal é que o interessado em mover uma ação procure um advogado
particular, pois o processo vai tramitar mais rapidamente. Mas quem não
tiver condições de pagar poderá ir à Defensoria Pública. Para aliviar os
custos na primeira opção, o militar pode pedir isenção do pagamento das
despesas iniciais do processo, que, nesses casos, correspondem a 2% do valor
total da causa. "O juiz vai analisar o pedido, considerando não apenas a
renda, mas também os gastos fixos do requerente, como despesas com a família
e pagamento de parcelas de empréstimos consignados", explicou o advogado
Franklin Pereira da Silva, especialista em Direito Militar.
Ainda segundo ele, as chances de resultado favorável na ação são muito
grandes, pois já há três decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
determinando que o governo pague o reajuste aos militares. As ações devem
ser destinadas à Justiça Federal.
O processo terá como base as leis 7.923, de 1989, e 8.216, de 1991. A
primeira revogou um trecho de uma outra lei, de 1972, que extinguiu a
equivalência entre o soldo de almirante-de-esquadra e os vencimentos dos
ministros do STM, porém assegurou a manutenção dessa equivalência, a qual
retroagia a outubro de 1988, desde que respeitado o teto estabelecido na
Constituição.
O reconhecimento da vigência dessa equivalência até janeiro de 1989 resultou
em um parecer da Consultoria-Geral da República, reconhecendo que os
militares recebiam seus soldos reajustados de acordo com sua orientação, que
considerava um "soldo legal" (ultrapassava o limite constitucional) e um
"soldo ajustado" (dentro do limite constitucional).
*TODOS TÊM DIREITO*
Militares novos e antigos de todas as patentes podem requerer na Justiça
Federal o reajuste de 81%, relativo à isonomia dos soldos com os salários
dos ministros do STM. "Mesmo quem não está nas Forças Armadas desde 1991,
data de criação da lei, ou quem entrou no ano passado, por exemplo, pode
recorrer, e terá direito ao aumento e aos retroativos de cinco anos",
afirmou o advogado Franklin Pereira de Silva. Ele disse ainda que não vale a
pena ir aos Juizados de Pequenas Causas, já que ações desse tipo costumam
ter valores superiores a 60 salários mínimos, limite máximo que os juizados
pagam.
Não há prazo para entrar na Justiça, já que esse tipo de ação não prescreve.
"A Justiça considera esses casos como uma relação continuada e que causa
efeitos até hoje. Se os soldos atuais estão baixos, parte da
responsabilidade é do não-cumprimento da lei, que será contestado na
Justiça", afirmou Franklin. No entanto, quanto antes o militar propor sua
ação, mais rápido ele terá em mãos o dinheiro a que tem direito.
Para dar entrada na ação na Justiça Federal, o militar terá que apresentar
duas cópias da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e
último contracheque.
*`Dia D´ em defesa de vencimentos maiores*
Insatisfeita com os baixos salários e a demora na definição de um reajuste,
a família militar fará manifestações hoje em todo o País, em protesto
batizado de `Dia D´.
Os dois principais locais de mobilização serão Brasília e Rio.
Na capital fluminense, a concentração será às 16h, em frente ao
Comando Militar do Leste, no Centro, com possibilidade de caminhada até o 1º
Distrito Naval.
Militares da reserva, pensionistas e familiares estão convocados para a
manifestação, mas muitos da ativa vêm demonstrando interesse em marcar
presença, ainda que isso traga o risco de punições. Segundo um capitão do
Exército que está na coordenação do movimento, o protesto de hoje é* "fruto
de insatisfação geral".*
Ele afirmou que a situação da categoria chegou *"no limite do suportável"*.
"Como todos estão descontentes, não há a disposição de punir os
participantes, apesar de ainda não termos conseguido apoio mais efetivo das
patentes mais altas das Forças", disse o capitão.
*Opção para os ativos é a doação de sangue*
Há uma alternativa para os militares da ativa que quiserem marcar posição no
protesto de hoje sem o risco de punições futuras. A coordenação do movimento
está sugerindo doações de sangue no Hemorio ou no Inca, ambos no Centro da
cidade.
Uma das reivindicações da manifestação será exatamente isonomia salarial com
ministros do STM, como prevê a lei.* "Um PM do Distrito Federal ganha quase
o dobro do que um militar das Forças Armadas. Isso é um termômetro para
vermos como o nosso salário é ruim",* afirmou o capitão do Exército.
A presidente da Unemfa (União Nacional de Esposas de Militares das Forças
Armadas), Ivone Luzardo, disse que a orientação é que todos se mobilizem em
frente aos Comandos Militares, com faixas e apitos, às 16h, para iniciar o
protesto por melhores salários.
*Reajuste de 81% nos soldos
*
*Com base em três decisões favoráveis, oficiais e praças estão recorrendo à
Justiça para obter o esperado aumento nos vencimentos. Ação considera os
ganhos no Superior Tribunal Militar*
*Ananda Rope e Djalma Oliveira
* [image: Ivone (E), presidente da União Nacional das Esposas, com as amigas
Marina e Shirley: aperto financeiro em casa.
Foto: Ananda Rope]BRASÍLIA E
RIO - Se os militares não conseguem aumento por meio das intermináveis
negociações com o governo, o aguardado reajuste dos soldos pode vir pela
Justiça. Uma lei de 1991, que não vem sendo cumprida, estabelece que a
categoria deve ter os vencimentos reajustados com base escalonada no aumento
salarial dos ministros do STM (Superior Tribunal Militar). Atualmente, o
percentual é de 81%.
Para conseguir a correção, o militar da reserva, ativa, ou pensionista,
precisa entrar com ação específica da área militar requerendo o reajuste em
desfavor da União, por não haver aplicado a revisão geral do funcionalismo,
conforme previa a Constituição de 1988, sobre o valor correto dos soldos. Um
tenente da Aeronáutica, por exemplo, ganharia cerca de R$ 150 mil só de
atrasados dos últimos cinco anos, prazo máximo de pagamento de retroativos
pela União.
O ideal é que o interessado em mover uma ação procure um advogado
particular, pois o processo vai tramitar mais rapidamente. Mas quem não
tiver condições de pagar poderá ir à Defensoria Pública. Para aliviar os
custos na primeira opção, o militar pode pedir isenção do pagamento das
despesas iniciais do processo, que, nesses casos, correspondem a 2% do valor
total da causa. "O juiz vai analisar o pedido, considerando não apenas a
renda, mas também os gastos fixos do requerente, como despesas com a família
e pagamento de parcelas de empréstimos consignados", explicou o advogado
Franklin Pereira da Silva, especialista em Direito Militar.
Ainda segundo ele, as chances de resultado favorável na ação são muito
grandes, pois já há três decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
determinando que o governo pague o reajuste aos militares. As ações devem
ser destinadas à Justiça Federal.
O processo terá como base as leis 7.923, de 1989, e 8.216, de 1991. A
primeira revogou um trecho de uma outra lei, de 1972, que extinguiu a
equivalência entre o soldo de almirante-de-esquadra e os vencimentos dos
ministros do STM, porém assegurou a manutenção dessa equivalência, a qual
retroagia a outubro de 1988, desde que respeitado o teto estabelecido na
Constituição.
O reconhecimento da vigência dessa equivalência até janeiro de 1989 resultou
em um parecer da Consultoria-Geral da República, reconhecendo que os
militares recebiam seus soldos reajustados de acordo com sua orientação, que
considerava um "soldo legal" (ultrapassava o limite constitucional) e um
"soldo ajustado" (dentro do limite constitucional).
*TODOS TÊM DIREITO*
Militares novos e antigos de todas as patentes podem requerer na Justiça
Federal o reajuste de 81%, relativo à isonomia dos soldos com os salários
dos ministros do STM. "Mesmo quem não está nas Forças Armadas desde 1991,
data de criação da lei, ou quem entrou no ano passado, por exemplo, pode
recorrer, e terá direito ao aumento e aos retroativos de cinco anos",
afirmou o advogado Franklin Pereira de Silva. Ele disse ainda que não vale a
pena ir aos Juizados de Pequenas Causas, já que ações desse tipo costumam
ter valores superiores a 60 salários mínimos, limite máximo que os juizados
pagam.
Não há prazo para entrar na Justiça, já que esse tipo de ação não prescreve.
"A Justiça considera esses casos como uma relação continuada e que causa
efeitos até hoje. Se os soldos atuais estão baixos, parte da
responsabilidade é do não-cumprimento da lei, que será contestado na
Justiça", afirmou Franklin. No entanto, quanto antes o militar propor sua
ação, mais rápido ele terá em mãos o dinheiro a que tem direito.
Para dar entrada na ação na Justiça Federal, o militar terá que apresentar
duas cópias da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e
último contracheque.
*`Dia D´ em defesa de vencimentos maiores*
Insatisfeita com os baixos salários e a demora na definição de um reajuste,
a família militar fará manifestações hoje em todo o País, em protesto
batizado de `Dia D´.
Os dois principais locais de mobilização serão Brasília e Rio.
Na capital fluminense, a concentração será às 16h, em frente ao
Comando Militar do Leste, no Centro, com possibilidade de caminhada até o 1º
Distrito Naval.
Militares da reserva, pensionistas e familiares estão convocados para a
manifestação, mas muitos da ativa vêm demonstrando interesse em marcar
presença, ainda que isso traga o risco de punições. Segundo um capitão do
Exército que está na coordenação do movimento, o protesto de hoje é* "fruto
de insatisfação geral".*
Ele afirmou que a situação da categoria chegou *"no limite do suportável"*.
"Como todos estão descontentes, não há a disposição de punir os
participantes, apesar de ainda não termos conseguido apoio mais efetivo das
patentes mais altas das Forças", disse o capitão.
*Opção para os ativos é a doação de sangue*
Há uma alternativa para os militares da ativa que quiserem marcar posição no
protesto de hoje sem o risco de punições futuras. A coordenação do movimento
está sugerindo doações de sangue no Hemorio ou no Inca, ambos no Centro da
cidade.
Uma das reivindicações da manifestação será exatamente isonomia salarial com
ministros do STM, como prevê a lei.* "Um PM do Distrito Federal ganha quase
o dobro do que um militar das Forças Armadas. Isso é um termômetro para
vermos como o nosso salário é ruim",* afirmou o capitão do Exército.
A presidente da Unemfa (União Nacional de Esposas de Militares das Forças
Armadas), Ivone Luzardo, disse que a orientação é que todos se mobilizem em
frente aos Comandos Militares, com faixas e apitos, às 16h, para iniciar o
protesto por melhores salários.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
TRUCULENTA SANHA
TRUCULENTA SANHA
Ternuma Regional Brasília
Agnaldo Del Nero Augusto – General de Divisão Reformado
“La vem, como o furacão/ A desabar da montanha./ E na truculenta sanha./ No torvo rancor eterno./ De recalcada vindita./ Vibra essa prosa maldita/. Como um corisco do inferno. “
Bulhões Pato (Livro do Monte)
O fanático, movido pela paixão, sobrepõe-se à lucidez e à razão. Atormentado com sua idéia fixa de vingança, amargurado por sua obsessão, ultrapassa os limites da lógica. O ministro Paulo Vannuchi ultrapassou a lucidez e todos os limites da ordem democrática, ao declarar que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes “não pode ser simpático à ditadura”. (O ESP 10/11/08). Extravasou o seu ódio pelo Ministro Mendes que, ao responder à pergunta de um jornalista sobre a imprescritibilidade do crime de tortura, afirmou que se tratava de uma discussão com dupla face: O texto constitucional diz que também o crime de terrorismo é imprescritível. Vannuchi teve a desfaçatez de perguntar “quem são os terroristas”? Ele não foi só simpático ao terrorismo, participou da ALN, organização terrorista liderada por Marighela, autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, que iniciava com a seguinte proclamação: “Hoje, ser ‘violento’ ou um ‘terrorista’ é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta contra a vergonhosa ditadura militar e suas atividades”. Marighela ao criar sua organização criminosa, expediu documento às demais organizações subversivas, onde critica as que buscavam evoluir na base do puro proselitismo e faz alerta claro: “Sendo o nosso caminho o da violência, do radicalismo e do terrorismo, os que afluem à nossa organização não virão enganados, e sim atraídos pela violência que nos caracteriza.”
Quando Vannuchi aderiu à ALN, aderiu, automaticamente, a esses preceitos, ou foi enganado, era um ignorante, um inocente inútil?
Consta que teve um parente morto na luta armada, cuja família já recebeu indenização, por ter perdido a guerra. Alguém já disse, em certo momento, que já não se sabia se essa era uma nobre luta, ou um bom investimento. Com a criação da ‘Bolsa Ditadura’, além de terroristas, tornaram-se sicários.
Um juiz não tem que expressar simpatia nenhuma, tem que interpretar a lei. Se a interpretação é contrária ao desejo, aos propósitos dos revanchistas, vem a contestação, não a contradita, não a alegação forense, mas a tentativa de desqualificação, ou mesmo a injúria. Não foi assim com o parecer da Advocacia Geral de União sobre o mesmo tema? Não se fez pressão sobre os advogados, inclusive com a interferência do apedeuta-mór? O senhor Vannuchi, em documento enviado a AGU, não só contestou o parecer, mais do que isso, desqualificou o Ministério Público, que, no seu conceito, não é competente para atuar na área dos direitos humanos. Ele é competente, o assunto é do interesse de todos. Com respeito, atendo-se ao texto da lei, a AGU contestou a ação do Ministério Público Federal.
Nessa entrevista, com o maior cinismo, o Sr Vannuchi, perguntou: quem são os terroristas? Como se eles não existissem. Alguns são seus colegas de Ministério. Muitos foram seus companheiros de militância. Abram os Arquivos e saberão quem são os terroristas. São tantos que é inviável nominá-los em um artigo, mas eles têm sido indicados, com nome, sobrenome e seu(s) respectivos codinomes no site do TERNUMA, que ele bem conhece. Não surpreende, se com o mesmo impudor, amanhã perguntar: que atos terroristas? De que atos de terror vai querer saber? Do primeiro, realizado na manhã de 31 de março de 1966, no Parque Treze de Maio, em Recife, ou o mais impactante, realizado em 25 de julho, desse mesmo ano, marco inicial da luta terrorista, perpetrado no Aeroporto Internacional de Guararapes, também em Recife, com duas mortes e onze feridos, entre eles três mulheres e uma criança. Das ações contra organizações militares, do estraçalhamento do corpo do sentinela Mario Kozel Filho ou o massacre do tenente Alberto Mendes Jr. Dos assassinatos do Major Edward Von Westenhagem, do capitão Charles R. Chandler, do marinheiro inglês David Cutthberg. Do terrorismo seletivo, de que foram vítimas o industrial Henning Albert Boilesen, o delegado Dr Octávio G Moreira Junior, o comerciante Manoel H de Oliveira. O Dr Vannuchi sabe o que é o terrorismo seletivo e com que propósito são perpetrados.
Voltemos às suas declarações. Que objetivos tinha ao lançar essa injúria pública ao eminente juiz, presidente do Tribunal, que ao fim deverá por cobro à polêmica? São várias as hipóteses. Deixo à reflexão do leitor a escolha da mais adequada.
A ofensa à dignidade ou decoro de um juiz é da maior gravidade. Em especial se parte de um ministro, e se essa ofensa é dirigida, publicamente, ao presidente do Supremo Tribunal Federal. Quebra-se a harmonia e arranha-se a independência entre os poderes, princípio basilar da democracia e faz periclitar o Estado de Direito.
Mexeram no vespeiro e quando se aproxima a hora da verdade, bate o desespero e expõem sua truculenta sanha.
Ternuma Regional Brasília
Agnaldo Del Nero Augusto – General de Divisão Reformado
“La vem, como o furacão/ A desabar da montanha./ E na truculenta sanha./ No torvo rancor eterno./ De recalcada vindita./ Vibra essa prosa maldita/. Como um corisco do inferno. “
Bulhões Pato (Livro do Monte)
O fanático, movido pela paixão, sobrepõe-se à lucidez e à razão. Atormentado com sua idéia fixa de vingança, amargurado por sua obsessão, ultrapassa os limites da lógica. O ministro Paulo Vannuchi ultrapassou a lucidez e todos os limites da ordem democrática, ao declarar que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes “não pode ser simpático à ditadura”. (O ESP 10/11/08). Extravasou o seu ódio pelo Ministro Mendes que, ao responder à pergunta de um jornalista sobre a imprescritibilidade do crime de tortura, afirmou que se tratava de uma discussão com dupla face: O texto constitucional diz que também o crime de terrorismo é imprescritível. Vannuchi teve a desfaçatez de perguntar “quem são os terroristas”? Ele não foi só simpático ao terrorismo, participou da ALN, organização terrorista liderada por Marighela, autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, que iniciava com a seguinte proclamação: “Hoje, ser ‘violento’ ou um ‘terrorista’ é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta contra a vergonhosa ditadura militar e suas atividades”. Marighela ao criar sua organização criminosa, expediu documento às demais organizações subversivas, onde critica as que buscavam evoluir na base do puro proselitismo e faz alerta claro: “Sendo o nosso caminho o da violência, do radicalismo e do terrorismo, os que afluem à nossa organização não virão enganados, e sim atraídos pela violência que nos caracteriza.”
Quando Vannuchi aderiu à ALN, aderiu, automaticamente, a esses preceitos, ou foi enganado, era um ignorante, um inocente inútil?
Consta que teve um parente morto na luta armada, cuja família já recebeu indenização, por ter perdido a guerra. Alguém já disse, em certo momento, que já não se sabia se essa era uma nobre luta, ou um bom investimento. Com a criação da ‘Bolsa Ditadura’, além de terroristas, tornaram-se sicários.
Um juiz não tem que expressar simpatia nenhuma, tem que interpretar a lei. Se a interpretação é contrária ao desejo, aos propósitos dos revanchistas, vem a contestação, não a contradita, não a alegação forense, mas a tentativa de desqualificação, ou mesmo a injúria. Não foi assim com o parecer da Advocacia Geral de União sobre o mesmo tema? Não se fez pressão sobre os advogados, inclusive com a interferência do apedeuta-mór? O senhor Vannuchi, em documento enviado a AGU, não só contestou o parecer, mais do que isso, desqualificou o Ministério Público, que, no seu conceito, não é competente para atuar na área dos direitos humanos. Ele é competente, o assunto é do interesse de todos. Com respeito, atendo-se ao texto da lei, a AGU contestou a ação do Ministério Público Federal.
Nessa entrevista, com o maior cinismo, o Sr Vannuchi, perguntou: quem são os terroristas? Como se eles não existissem. Alguns são seus colegas de Ministério. Muitos foram seus companheiros de militância. Abram os Arquivos e saberão quem são os terroristas. São tantos que é inviável nominá-los em um artigo, mas eles têm sido indicados, com nome, sobrenome e seu(s) respectivos codinomes no site do TERNUMA, que ele bem conhece. Não surpreende, se com o mesmo impudor, amanhã perguntar: que atos terroristas? De que atos de terror vai querer saber? Do primeiro, realizado na manhã de 31 de março de 1966, no Parque Treze de Maio, em Recife, ou o mais impactante, realizado em 25 de julho, desse mesmo ano, marco inicial da luta terrorista, perpetrado no Aeroporto Internacional de Guararapes, também em Recife, com duas mortes e onze feridos, entre eles três mulheres e uma criança. Das ações contra organizações militares, do estraçalhamento do corpo do sentinela Mario Kozel Filho ou o massacre do tenente Alberto Mendes Jr. Dos assassinatos do Major Edward Von Westenhagem, do capitão Charles R. Chandler, do marinheiro inglês David Cutthberg. Do terrorismo seletivo, de que foram vítimas o industrial Henning Albert Boilesen, o delegado Dr Octávio G Moreira Junior, o comerciante Manoel H de Oliveira. O Dr Vannuchi sabe o que é o terrorismo seletivo e com que propósito são perpetrados.
Voltemos às suas declarações. Que objetivos tinha ao lançar essa injúria pública ao eminente juiz, presidente do Tribunal, que ao fim deverá por cobro à polêmica? São várias as hipóteses. Deixo à reflexão do leitor a escolha da mais adequada.
A ofensa à dignidade ou decoro de um juiz é da maior gravidade. Em especial se parte de um ministro, e se essa ofensa é dirigida, publicamente, ao presidente do Supremo Tribunal Federal. Quebra-se a harmonia e arranha-se a independência entre os poderes, princípio basilar da democracia e faz periclitar o Estado de Direito.
Mexeram no vespeiro e quando se aproxima a hora da verdade, bate o desespero e expõem sua truculenta sanha.
JULGADORES FACCIOSOS
Correio Brasiliense – 04/11/2008
Julgadores facciosos dos direitos humanos
Jarbas Passarinho
Julgadores facciosos dos direitos humanos
Jarbas Passarinho
Guardo a lição de Franklin Delano Roosevelt quando expressou serem as liberdades fundamentais sintetizadas em não ter fome, não ter medo, livre culto religioso e o respeito à privacidade das pessoas. A liberdade de não ter medo embasa-se no direito de expressar livremente o pensamento. Não lutaram as facções comunistas pela democracia, mas por ditadura do proletariado, segundo a cartilha marxista. Protestou, indignado com a mentira, Daniel Aarão Reis, ex-guerrilheiro, preso e exilado, hoje professor universitário. É paradoxal o defensor do partido único invocar honestamente direitos humanos que nega, se no poder.
O ministro Vanucchi foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Marighella, que defendeu o terrorismo em seu manual. Ouço que teve um parente morto na luta armada e cuja família já recebeu indenização por ter perdido a guerra! Racionalmente, julgo-o um revanchista que também perdeu a guerra e é hoje ministro de um presidente que não foi guerrilheiro. Antecessor seu na comissão foi outro militante de guerrilha comunista vencida, como todas. Mas o objetivo deles tem sido muito claro: é queixar-se de torturas na luta armada e esconder o crime também hediondo do terrorismo que praticaram. Falta-lhes, pois, substância moral para queixa mesclada de ódio.
Se evidenciamos não poder ser juiz quem é faccioso, insinuam que defendemos a tortura. Calúnia, mas eles defendem o terrorismo. Só em indenizações já deferiram mais de R$ 2 bilhões a beneficiados. Nem um centavo para famílias dos mortos e mutilados no atentado terrorista no aeroporto do Recife em 1966, primeiro ato da luta armada que desencadearam. Pensão vitalícia, remuneração por atrasados e emprego livre de Imposto de Renda foi obtido por um dos terroristas que lançaram carro-bomba contra o quartel do Exército em São Paulo e estraçalharam o corpo de um soldado de sentinela.
Os filhos do povo, vigilantes de bancos, segurança de embaixadores, os oficiais estrangeiros mortos à traição (e até por engano!), esses não tinham pais, nem mães, nem esposas, nem filhos. Reconhecendo lisamente que houve excessos de ambas as partes na luta armada, a anistia incluiu na graça os crimes conexos, assim tidos pelo Congresso em 1979 como a tortura e o terrorismo. Mas depois de terem os bolsos recheados de indenizações, atrasados e emprego vitalício, cresceu-lhes a ambição. Apareceram ‘‘juristas’’ que descobriram não ser a tortura prescritível. Nenhuma palavra sobre o terrorismo. Caluniam o então major Licio Maciel, que cumpriu a Convenção de Genebra. Prendeu José Genoíno sem praticar violência. Falto de algemas, mandou amarrá-lo numa árvore enquanto perseguia guerrilheiros, tortura, gritam os energúmenos. Baleado traiçoeiramente ao atender uma guerrilheira ferida, por pouco não morreu gravemente ferido. Orgulha-me tê-lo comandado na Aman.
O ministro ameaça demitir-se (que perda para o país!) se o parecer da AGU reconhecendo a anistia para os crimes conexos for mantida. Pensando constranger o presidente, publica declaração dele que claramente se reporta aos cadáveres dos desaparecidos há 40 anos, no clima quente e úmido da Amazônia. As Forças Armadas salvaram o Brasil da tirania comunista, pela qual lutaram todas as facções esquerdistas na luta armada. Têm seu caráter forjado nos princípios da trilogia: pátria, honra e dever. Diante da agressão armada dos comunistas, de 1967 a 1974, os militares cumpriram seu juramento: defender a pátria com o sacrifício da própria vida. Venceram, e porque venceram apoiados pela opinião pública, os vencidos almejam tratá-los como réprobos, num governo conquistado democraticamente por um sindicalista que não foi guerrilheiro nem terrorista, e é hoje o comandante supremo das Forças Armadas.
Instituições permanentes cultuam os que morreram nos pântanos do Paraguai, nos montes gelados da Itália e na Floresta Amazônica, defendendo a pátria. Nossa juventude castrense norteia-se pelo exemplo histórico de seus chefes. Recentemente, os jovens aspirantes a oficial, graduados pela Academia Militar de Agulhas Negras, julgaram a história. Tomaram como patrono de sua turma o general e presidente Emilio Médici.
Partaguai - Brasil
veterano jornalista Carlos Chagas foi o único da imprensa brasileira a comentar o assunto do contencioso Paraguai - Brasil, mesmo que tardiamente. Surpreende a omissão da imprensa brasileira no assunto.O EditorUm recado militar ao ParaguaiCarlos ChagasBRASÍLIA - Caso Barack Obama se disponha mesmo a mudanças, e se incluir nelas um novo tipo de relacionamento dos Estados Unidos com a América Latina, seria bom que visitasse o Paraguai, ou pelo menos telefonasse para o presidente Fernando Lugo, recomendando-lhe cautela. Porque o ex-bispo vem se referindo ao Brasil com palavras de baixo calão, ditas abertamente, acusando-nos de imperialistas, exploradores e usurpadores da soberania de seu país. Mais ainda, manda seus esbirros não pouparem o próprio presidente Lula, como fez o representante paraguaio na diretoria de Itaipu, em entrevista a um jornal local. Querem o impossível, os detentores do poder em Assunção, ou seja, o rompimento do contrato assinado quando da construção da usina, para a qual contribuíram apenas com a água do rio. Exigem aumento desmesurado na energia a que têm direito e não utilizam, revendendo-a para o Brasil. Pretendem fazer leilão, contrariando o acordo, para vender à Argentina e ao Chile essa energia produzida por nós. Ameaçam, xingam e intranqüilizam. Por conta dessa provocação, duas semanas atrás o Exército brasileiro programou e realizou nas instalações de Itaipu manobra de rotina, mas eivada de simbolismo. Nossos soldados ocuparam a usina numa operação de comandos, simulando sua retomada diante da ocupação fictícia "de um grupo de sem-terras". Nada de surpreendente, porque o MST já ocupou mais de uma usina, nos últimos tempos. No entanto, foi um recado aos paraguaios, de que se tentarem algo inusitado a pretexto de defender suas prerrogativas serão derrotados em quinze minutos. O lance pitoresco nessa história correu por conta do embaixador brasileiro no Paraguai, Valter Pecly, que sem a menor sensibilidade lamentou que as manobras do Exército brasileiro não tivessem sido feitas em conjunto com o Exército paraguaio, já que o presidente Fernando Lugo não gostou nem um pouco da nossa movimentação.Compreensões históricasArriscou-se o ministro da Justiça, Tarso Genro, quando quis separar tortura de terrorismo, acentuando que este é compreensível historicamente. Repetiria isso diante de representantes dos parentes das mais de seis mil vítimas do ataque às Torres Gêmeas de Nova York? Ou dos pais do sentinela que foi explodido num quartel de São Paulo, décadas atrás? Que tal aos filhos dos agentes de segurança executados durante a temporada de seqüestro de embaixadores, no Rio? Violência não, repetia Gandhi. Tortura também não, dizia D. Helder Câmara. São igualmente incompreensíveis.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Penúria dos militares
Marcelo Itagiba: Dignidade já!
Deputado federal pelo PMDB-RJ
Deputado federal pelo PMDB-RJ
Rio - Diante da absurda situação de penúria dos militares, tomei a decisão de elaborar proposta de emenda constitucional (nº 245) para resgatar a dignidade salarial da categoria. Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, a PEC 245 tem recebido apoio de todas as patentes, será analisada por uma comissão especial e posta em votação.
Ela incluirá em caráter definitivo na Constituição os novos patamares salariais dos militares, acabando com a humilhante passagem de pires, a cada governo, por reajustes. A PEC 245 estabelece que os ocupantes dos mais altos cargos das Forças Armadas passarão a receber 95% (R$ 21 mil) do que ganham os ministros militares do Superior Tribunal Militar, que permanecem na ativa até os 70 anos – razão pela qual os considero o verdadeiro paradigma da carreira. Com o vínculo, quando houver aumento para o Judiciário, os militares serão beneficiados.
A proposta não deixa nenhum militar de fora. A partir da nova referência (R$ 21 mil), haverá um escalonamento vertical até as mais baixas patentes. Sugiro que a diferença salarial entre cada graduação seja de, no mínimo, 5% e, no máximo, 30%. Uma lei específica fixará os percentuais.
É falsa a tese de que a fixação dos salários desestimulará o ingresso em cursos que servem para aumentá-los. É óbvio que, em busca da promoção para obter melhores salários, ninguém deixará de fazer cursos que elevam na hierarquia.
Uma semana após apresentar a PEC 245, apareceu uma quase igual, apenas com percentuais diferentes, que foi apensada à minha. Como a aprovação de projetos exige margens de negociação, a 245 é a mais viável. O meu desejo é que prevaleça o que for melhor para a família militar. Brasil acima de tudo!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
ASSASSINO INVISÍVEL
Assassino invisível
Marli Nogueira*
Tenho ouvido as mais disparatadas opiniões a respeito do seqüestro em Santo André, inclusive de pessoas que, em razão de sua autoridade, tinham a obrigação de não ser tão superficiais. Há quem diga, por exemplo, que ele resultou de uma "arraigada cultura machista". Mentira! Ele resultou, isso sim, de uma paixão, doença da alma que, na ausência de antídotos fortes que só podem ser produzidos mediante uma excelente formação moral que dê estrutura ao indivíduo, acaba extravasando de seus bordos e causando tragédias como essa. Paixão, como essas autoridades deveriam saber, deriva do termo grego pathos, que significa exatamente "doença". Dele vêm os demais termos ligados ao mesmo tema, como "patologia" e "patológico". E, como doença da alma, pode acometer homens ou mulheres. Aliás, não são tão raros assim os casos de mulheres que matam seus maridos por ciúmes, exatamente como fez o rapaz de Santo André. Pretender utilizar esse caso para estimular mais desavenças, colocando mulheres contra homens, é, no mínimo, uma irresponsabilidade.
Outra opinião completamente distorcida é a de que o crime decorre da "permissão exagerada" do uso de armas. Mais uma mentira da grossa! Ou será que alguém imagina que o seqüestrador-assassino comprou a sua arma em um estabelecimento comercial autorizado, mediante a apresentação do porte de armas e, ainda por cima, a registrou regularmente? Ele mesmo afirmou que "comprar uma arma é facílimo". E é mesmo. Basta contatar um bandido qualquer, pagar-lhe o preço solicitado e pronto. Esse papo de desarmamento (que fatalmente voltaria à baila após o "sucesso" da Lei Seca) é conversa mole para boi dormir. O Brasil somente poderá aceitar uma política de desarmamento no dia em que o governo conseguir impedir por completo a entrada de armas contrabandeadas no país. E não só isso. Deverá, primeiro, retirar as armas de todos os bandidos. Onde já se viu deixar a população desarmada em meio a milhares (ou milhões, talvez) de bandidos que as utilizam para matar cada um de nós? Desproteger os justos enquanto não se toma medida alguma contra os injustos é o cúmulo da injustiça.
Não sejamos hipócritas! Na verdade, o grande responsável pela morte da adolescente Eloá foi o "politicamente correto", esse assassino invisível de valores, que tantas conseqüências desastrosas já acarretou. Se a sociedade entendesse que o correto é punir o agressor e defender a vida da vítima, ela certamente não estaria morta agora. Seu seqüestrador sim, poderia estar em seu lugar. É exatamente para preservar a vida da vítima em mãos de bandidos como ele que a polícia possui atiradores de escol. Mas ai da polícia se resolvesse se valer de algum desses atiradores para, à custa da vida de seu seqüestrador, salvar a menina-refém! Toda a turma dos Direitos Humanos e dos defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente estaria, agora, vociferando contra a instituição.
Essa gente parece não compreender que a partir do momento em que alguém decide, deliberadamente, infringir todas as regras da boa convivência, deve arcar com os custos dessa decisão. Punir os maus e defender as suas vítimas não é favor algum, mas uma obrigação. Até os antigos gregos já sabiam disso. Ensina Platão que quando Hermes indagou a Zeus se deveria distribuir a arte da justiça e do respeito a todos os homens, indistintamente, este respondeu: "A todos. Que todos os compartilhem, porque as Cidades não poderiam surgir se apenas poucos homens os detivessem, assim como acontece com as outras artes. Aliás, em meu nome, estabeleça como lei que aquele que não sabe compartilhar o respeito e a justiça seja morto como um mal da Cidade".
Mas como há séculos a humanidade vem se afastando cada vez mais dos valores que plasmaram a nossa civilização, a própria vida se encarrega da cobrar-lhe por esse desatino, e de maneira impiedosa. Casos como esse só podem mesmo resultar em tragédias, com imensa dor não apenas para a família das vítimas, como para todos os homens e mulheres de bem que ainda se pautam pelos poucos valores que ainda nos restam. Mas esses casos não constituem mais novidade alguma. Cada vez se tornam mais freqüentes e também mais violentos. E assim continuará sendo até que a sociedade, cansada de iniqüidades e dos discursos retóricos que lhes dão ensejo, resolva pôr um basta a esse estado de coisas, retomando os valores que permitiram sua agregação. E um deles é, justamente, o de fortalecer (em todos os sentidos) aqueles que, como a polícia, existem para protegê-la.
*A autora é Juíza do Trabalho em Brasília.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
FALSOS E MENTIROSOS CHAMAM DE "HERÓIS"
Porto Alegre,RS,16 de outubro de 2008.
RUI GARAVELO MACHADO
FALSOS E MENTIROSOS CHAMAM DE "HERÓIS"
QUEM TRAIU À PÁTRIA
*...os que assim falaram... não merecem fé...
Em AZUL , a seguir , um (excelente) Artigo de DORA KRAMER publicado recentemente n'O ESTADÃO .
Não há o que criticar no referido escrito , salvo , é claro , a delicadeza com que a Articulista tratou o Sr TARSO GENRO - abjeta pessoa.
Ressalvado o tratamento imerecido ( o bom tratamento , pois merecia palavras até de baixo calão ) a Articulista atingiu na mosca ao dizer o que é , em verdade , o Sr TARSO GENRO : um fazedor de nada , só promete e não realiza , fala coisas inoportunas e inverdades , enfim , é um parlapatão.
Com relação aos " heróis " que ele ( Sr TARSO ) e o Sr DIRCEU (pior que o Sr TARSO) diziam ser os baderneiros/guerrilheiros/terroristas/agitadores e outros de mesmo tipo , estou a reproduzir , a seguir , alguns Editoriais de jornais e revistas de então , com relação ao Movimento de Março de 1964 .
Só reproduzi - em cor VERMELHA - alguns , porque são das Publicações mais séria e de maior circulação à época .
Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade ... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas”(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 1º de Abril de 1964)
“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade.Ovacionados o governador do estado e chefes militares.O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte , pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (...), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade”(O Estado de Minas - Belo Horizonte - 2 de abril de 1964)
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos”“Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais”(O Globo - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento”(O Dia - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas.Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou., o Sr João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conheceu”(Tribuna da Imprensa - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“A paz alcançadaA vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil”(Editorial de O Povo - Fortaleza - 3 de Abril de 1964)
“Ressurge a Democracia !Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições”“Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada ...”(O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)
“Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República ...O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve”(Correio Braziliense - Brasília - 16 de Abril de 1964)
“Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas”“Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento”(A Razão - Santa Maria - RS - 17 de Abril de 1964)
“Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se.Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”.(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 31 de Março de 1973)
“Sabíamos, todos que estávamos na lista negra dos apátridas - que se eles consumassem os seus planos, seríamos mortos. Sobre os democratas brasileiros não pairava a mais leve esperança, se vencidos. Uma razzia de sangue vermelha como eles, atravessaria o Brasil de ponta a ponta, liquidando os últimos soldados da democracia, os últimos paisanos da liberdade”O Cruzeiro Extra - 10 de Abril de 1964 - Edição Histórica da Revolução - “Saber ganhar” - David Nasser
“Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria.. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada”. Jornal do Brasil, edição de 01 de abril de 1964."Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada". Editorial do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal "O Globo", edição de 07 de outubro de 1984, sob o título: "Julgamento da Revolução". 31/03/64 – FOLHA DA TARDE – (Do editorial, A GRANDE AMEAÇA)"... cuja subversão além de bloquear os dispositivos de segurança de todo o hemisfério , lançaria nas garras do totalitarismo vermelho, a maior população latina do mundo ..."31/03/64 – CORREIO DA MANHÃ – (Do editorial, BASTA!): "O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!"31/02/64 – JORNAL DO BRASIL – "Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto a do Sr. João Goulart a partir do comício de 13 de março..."
Por aí se verifica que A SOCIEDADE estava cansada das coisas do Governo do Sr GOULART e seus apaniguados.
Os Militares lideraram um Movimento que tinha o aplauso e se constituía no desejo da Sociedade Civil Organizada e só aos comunistas não interessava.
Agora , tipos desprezíveis e falsos como o Sr TARSO GENRO , JOSÉ DIRCEU , NILMÁRIO MIRANDA , VANUCCHI e tantos outros de igual falta de honestidade intelectual , dizem que são " heróis " os agitadores/baderneiros/terroristas/guerrilheiros .
Pobre País.
RUI GARAVELO MACHADO
Atenciosamente
RUI GARAVELO MACHADO
Amigos para sempre e um pouco mais
RUI GARAVELO MACHADO
FALSOS E MENTIROSOS CHAMAM DE "HERÓIS"
QUEM TRAIU À PÁTRIA
*...os que assim falaram... não merecem fé...
Em AZUL , a seguir , um (excelente) Artigo de DORA KRAMER publicado recentemente n'O ESTADÃO .
Não há o que criticar no referido escrito , salvo , é claro , a delicadeza com que a Articulista tratou o Sr TARSO GENRO - abjeta pessoa.
Ressalvado o tratamento imerecido ( o bom tratamento , pois merecia palavras até de baixo calão ) a Articulista atingiu na mosca ao dizer o que é , em verdade , o Sr TARSO GENRO : um fazedor de nada , só promete e não realiza , fala coisas inoportunas e inverdades , enfim , é um parlapatão.
Com relação aos " heróis " que ele ( Sr TARSO ) e o Sr DIRCEU (pior que o Sr TARSO) diziam ser os baderneiros/guerrilheiros/terroristas/agitadores e outros de mesmo tipo , estou a reproduzir , a seguir , alguns Editoriais de jornais e revistas de então , com relação ao Movimento de Março de 1964 .
Só reproduzi - em cor VERMELHA - alguns , porque são das Publicações mais séria e de maior circulação à época .
Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade ... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas”(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 1º de Abril de 1964)
“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade.Ovacionados o governador do estado e chefes militares.O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte , pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (...), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade”(O Estado de Minas - Belo Horizonte - 2 de abril de 1964)
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos”“Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais”(O Globo - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento”(O Dia - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas.Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou., o Sr João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conheceu”(Tribuna da Imprensa - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)
“A paz alcançadaA vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil”(Editorial de O Povo - Fortaleza - 3 de Abril de 1964)
“Ressurge a Democracia !Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições”“Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada ...”(O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)
“Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República ...O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve”(Correio Braziliense - Brasília - 16 de Abril de 1964)
“Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas”“Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento”(A Razão - Santa Maria - RS - 17 de Abril de 1964)
“Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se.Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”.(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 31 de Março de 1973)
“Sabíamos, todos que estávamos na lista negra dos apátridas - que se eles consumassem os seus planos, seríamos mortos. Sobre os democratas brasileiros não pairava a mais leve esperança, se vencidos. Uma razzia de sangue vermelha como eles, atravessaria o Brasil de ponta a ponta, liquidando os últimos soldados da democracia, os últimos paisanos da liberdade”O Cruzeiro Extra - 10 de Abril de 1964 - Edição Histórica da Revolução - “Saber ganhar” - David Nasser
“Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria.. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada”. Jornal do Brasil, edição de 01 de abril de 1964."Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada". Editorial do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal "O Globo", edição de 07 de outubro de 1984, sob o título: "Julgamento da Revolução". 31/03/64 – FOLHA DA TARDE – (Do editorial, A GRANDE AMEAÇA)"... cuja subversão além de bloquear os dispositivos de segurança de todo o hemisfério , lançaria nas garras do totalitarismo vermelho, a maior população latina do mundo ..."31/03/64 – CORREIO DA MANHÃ – (Do editorial, BASTA!): "O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!"31/02/64 – JORNAL DO BRASIL – "Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto a do Sr. João Goulart a partir do comício de 13 de março..."
Por aí se verifica que A SOCIEDADE estava cansada das coisas do Governo do Sr GOULART e seus apaniguados.
Os Militares lideraram um Movimento que tinha o aplauso e se constituía no desejo da Sociedade Civil Organizada e só aos comunistas não interessava.
Agora , tipos desprezíveis e falsos como o Sr TARSO GENRO , JOSÉ DIRCEU , NILMÁRIO MIRANDA , VANUCCHI e tantos outros de igual falta de honestidade intelectual , dizem que são " heróis " os agitadores/baderneiros/terroristas/guerrilheiros .
Pobre País.
RUI GARAVELO MACHADO
Atenciosamente
RUI GARAVELO MACHADO
Amigos para sempre e um pouco mais
PROJETO AUMENTA SOLDO DE GENERAIS
Projeto aumenta soldo de generais em 209%
CCJ da Câmara aprovou emenda que vincula salário de altos oficiais das três forças ao de ministros do STM
Evandro Éboli
CCJ da Câmara aprovou emenda que vincula salário de altos oficiais das três forças ao de ministros do STM
Evandro Éboli
BRASÍLIA. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou ontem a admissibilidade de uma proposta de emenda à Constituição que vincula os vencimentos dos oficiais generais das Forças Armadas ao salário de ministros do Superior Tribunal Militar. A proposta ainda tem de ser votada em outras comissões, antes de ir a plenário. Se for aprovada, almirantes, brigadeiros e generais terão direito a 95% do salário de um ministro do STM. Seus atuais soldos saltariam de R$7.143 para R$22.111 (aumento de 209%).
A proposta ainda beneficia todas as demais patentes das Forças Armadas, inclusive da reserva. A emenda pode provocar um efeito cascata de aumentos na folha dos militares toda vez que houver reajuste no Judiciário. A remuneração de ministro do STM, que passaria a ser a referência nas Forças Armadas, está vinculada ao teto dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
A emenda, do deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), foi anexada a outros dois projetos, dos parlamentares Laerte Bessa (PMDB-DF) e Jair Bolsonaro (PP-RJ). A criação de uma comissão especial para discutir e votar o assunto depende da boa vontade e do interesse do governo, que tem maioria na Câmara.
Hoje a remuneração é composta pelo soldo básico mais gratificações por cursos, indenizações e outros adicionais. Pela proposta, o militar receberia somente seu salário, sem extras.
A proposta dividiu os militares: a Marinha é a favor, a Aeronáutica não tem posição, o Comando do Exército e o Ministério da Defesa são contra. Oficiais do Exército e da Defesa argumentam que as medidas poderão provocar impactos negativos, porque a remuneração constituída de parcela única, além de não admitir acréscimos, será um desestímulo na busca do aperfeiçoamento profissional. Ou seja, com o salário garantido, praças, tenentes, coronéis e capitães não se empenhariam por fazer cursos, critério utilizado hoje para estabelecer salário.
O governo já olha com desconfiança para o projeto. O líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), cuidadoso, disse que é preciso ter muito cuidado com vinculação de salário:
- Essas vinculações precisam ser bem mensuradas. Não podemos assumir despesas que desestruturem o equilíbrio fiscal, ainda mais neste momento de incertezas no mercado. Agora é que não podemos emitir sinais de desvio da rota fiscal.
Itagiba afirmou que o projeto resolve o impasse de todo ano sobre reajuste dos militares. Ele afirmou que o governo vive um bom momento de arrecadação de impostos e tem sim recursos para pagar esse reajuste:
- O governo está com superávit de caixa fantástico. Tem dinheiro para tanta coisa e não vai ter para nossos militares?!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Inimigos não mandam flores
15/10 - INIMIGOS NÃO MANDAM FLORES
Por Grupo Anhanguera
Matéria extraída do site www.averdadesufocada.com
O Cel do Exército Brasileiro, CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA acaba de ser condenado pelo Juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, a "ostentar" o título de torturador, num estranho processo sobre fatos supostamente ocorridos há cerca de 40 anos atrás, quando cumpria a missão que lhe foi determinada pelo Governo Brasileiro, através do Exercito, de presidir o Centro de Operações de Defesa Interna do Estado de São Paulo (DOI-CODI).
Texto completo
Incomoda aos ouvidos de todos. o silêncio do "grande mudo", a respeito do assunto. Afinal o Cel Ustra sempre foi elogiado, pelo Exército, por cumprir bem e corretamente suas missões, inclusive no DOI-CODI. Preferimos acreditar que, por questão de tática, é que ele, "o mudo", entalado com milhões de sapos engolidos nos últimos anos, esteja silencioso e que, quando desengasgar e gritar, o fará de forma ampla e profunda, para fazer tremer os vendilhões da Pátria. Deus queira.
Vivemos atualmente num País da Mentira, Num País do Faz de Contas, Num País do Não Sei de Nada, Num País dos dólares em cuecas, de mensalões e dos mensalinhos, das negociatas que passam por barracos e por palácios, das jogadas que misturam bandidos, polícias e justiça e que transformam assassinos, assaltantes de cofres, e terroristas de todas as espécies, em heróis ricamente indenizados, etc etc etc.
Seria ingenuidade se esperar que num País, onde os bandidos são homenageados como heróis, o cel Ustra, que recebeu a missão de os combater, tivesse alguma chance de ser visto de forma diferente da que foi apelidado.
Num Brasil atual, apenas para se exemplificar com militares, citamos o tratamento do atual governo ao Capitão Lamarca, oriundo do mesmo Exército, que assaltou o seu próprio quartel, desertou de sua instituição, assassinou friamente, inclusive um ingênuo e abnegado tenente da Polícia Militar Paulista, além outra inúmeras barbarias cometidas em nome da causa marxista, é promovido pelo governo a coronel com vencimentos de general e destacado como herói nacional, pelo "mérito" de haver se enveredado pelas teias do crime e da violência em nome da causa comunista Esse governo, jamais vai ter o mínimo de respeito, isenção e honestidade, ao julgar um dos que estavam do lado oposto de Lamarca e outros bandoleiros daquela época e que eram seus companheiros.
As pretensas vitimas do Cel Ustra não trazem nenhuma marcas no corpo ou no espírito, para configurar as ditas torturas, muito pelo contrário. As vítimas do coronel/general Lamarca, embabadas em sangue que ficaram nas ruas e estradas, só são lembradas por seus órfãos e parentes, diante de uma justiça literalmente cega.
O pior de tudo isso é que os internacionalistas de ontem, que queriam entregar o Brasil ao marxismo Russo, Chinês, Cubano ou Albanês, hoje continuam internacionalistas, só que apaixonados pelo capitalismo internacional e preocupados em se tornarem rapidamente ricos empresários, potentes fazendeiros ou hábeis doleiros. Na realidade, acima das ideologias, como se diz por aí, o lema deles é : "tudo por dinheiro"
Só não perdoam os militares que retardaram seus sonhos de enriquecimento e poder.
Assim sendo o Cel Ustra não deve se preocupar, surpreender e importar com o apelido que lhe deram seus inimigos vicinais.
Pior seria se o houvessem confundido com os bandidos de ontem e os ladrões de hoje e o tivessem elogiando. Aí seria extremamente constrangedor e grave.
No Brasil do faz de conta e da mentira, de hoje, o vergonhoso é ser chamado de herói, é receber medalhas e condecorações ao lado de homenageados indevidos, é ter de assistir o dinheiro do povo ser desviado para indenizar bandidos e assassinos, ao lado de algumas possíveis vítimas de 1964, é se constatar o roubar impunemente,
Enquanto isso a "esquerda capitalista" , usando a linguagem surrada da bandeira rasgada do ideais marxistas de luta contra o vil metal, interligando espertamente as opostas vertentes do "Foro de São Paulo" com o "Diálogo Interamericano", tal como o "Samba do Crioulo Doido do saudoso Stanislaw Ponte Preta, domina a mídia e "encanta" os nossos ingênuos empresários.
Um dia, quando passar esse festival de besteiras e mentiras que assolam o Brasil atual, a verdade será restabelecida. Os heróis serão realmente os heróis. Os bandidos realmente os bandidos e os que transformaram este País numa mistura de circo e de palco de falsas encenações globais, serão chamados prestar contas a uma história verdadeira e implacável.
Tenha paciência cel Ustra e outros militares, vítimas da mentira e da insanidade própria dos bandidos que infestam e dominam o atual cenário político brasileiro. Sua missão foi cumprida com honra, equilíbrio e dignidade. Não pediu e nada ganhou a mais pela luta bem lutada, nem mesmo sua família, muito pelo contrário.
Nunca devemos nos esquecer que inimigos não mandam flores, especialmente os desqualificados, desonestos e mentirosos e os que, pela causa marxista, não tem honra, dignidade, ética, amor ao próximo, equilíbrio e qualquer sentimento de brasilidade/
Esta é uma singela manifestação de solidariedade do G Anhanguera ao Cel Ustra, seus familiares e extensiva a todos os que lutaram e lutam pelo Brasil Verde e Amarelo e nunca aceitaram e aceitam serem subjugado pelo marxismo ou pelo capitalismo internacional, ou ainda pior, por ambos cumpliciados./
* G Anhanguera: "Lealdade sim... Cumplicidade nunca!"
Por Grupo Anhanguera
Matéria extraída do site www.averdadesufocada.com
O Cel do Exército Brasileiro, CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA acaba de ser condenado pelo Juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, a "ostentar" o título de torturador, num estranho processo sobre fatos supostamente ocorridos há cerca de 40 anos atrás, quando cumpria a missão que lhe foi determinada pelo Governo Brasileiro, através do Exercito, de presidir o Centro de Operações de Defesa Interna do Estado de São Paulo (DOI-CODI).
Texto completo
Incomoda aos ouvidos de todos. o silêncio do "grande mudo", a respeito do assunto. Afinal o Cel Ustra sempre foi elogiado, pelo Exército, por cumprir bem e corretamente suas missões, inclusive no DOI-CODI. Preferimos acreditar que, por questão de tática, é que ele, "o mudo", entalado com milhões de sapos engolidos nos últimos anos, esteja silencioso e que, quando desengasgar e gritar, o fará de forma ampla e profunda, para fazer tremer os vendilhões da Pátria. Deus queira.
Vivemos atualmente num País da Mentira, Num País do Faz de Contas, Num País do Não Sei de Nada, Num País dos dólares em cuecas, de mensalões e dos mensalinhos, das negociatas que passam por barracos e por palácios, das jogadas que misturam bandidos, polícias e justiça e que transformam assassinos, assaltantes de cofres, e terroristas de todas as espécies, em heróis ricamente indenizados, etc etc etc.
Seria ingenuidade se esperar que num País, onde os bandidos são homenageados como heróis, o cel Ustra, que recebeu a missão de os combater, tivesse alguma chance de ser visto de forma diferente da que foi apelidado.
Num Brasil atual, apenas para se exemplificar com militares, citamos o tratamento do atual governo ao Capitão Lamarca, oriundo do mesmo Exército, que assaltou o seu próprio quartel, desertou de sua instituição, assassinou friamente, inclusive um ingênuo e abnegado tenente da Polícia Militar Paulista, além outra inúmeras barbarias cometidas em nome da causa marxista, é promovido pelo governo a coronel com vencimentos de general e destacado como herói nacional, pelo "mérito" de haver se enveredado pelas teias do crime e da violência em nome da causa comunista Esse governo, jamais vai ter o mínimo de respeito, isenção e honestidade, ao julgar um dos que estavam do lado oposto de Lamarca e outros bandoleiros daquela época e que eram seus companheiros.
As pretensas vitimas do Cel Ustra não trazem nenhuma marcas no corpo ou no espírito, para configurar as ditas torturas, muito pelo contrário. As vítimas do coronel/general Lamarca, embabadas em sangue que ficaram nas ruas e estradas, só são lembradas por seus órfãos e parentes, diante de uma justiça literalmente cega.
O pior de tudo isso é que os internacionalistas de ontem, que queriam entregar o Brasil ao marxismo Russo, Chinês, Cubano ou Albanês, hoje continuam internacionalistas, só que apaixonados pelo capitalismo internacional e preocupados em se tornarem rapidamente ricos empresários, potentes fazendeiros ou hábeis doleiros. Na realidade, acima das ideologias, como se diz por aí, o lema deles é : "tudo por dinheiro"
Só não perdoam os militares que retardaram seus sonhos de enriquecimento e poder.
Assim sendo o Cel Ustra não deve se preocupar, surpreender e importar com o apelido que lhe deram seus inimigos vicinais.
Pior seria se o houvessem confundido com os bandidos de ontem e os ladrões de hoje e o tivessem elogiando. Aí seria extremamente constrangedor e grave.
No Brasil do faz de conta e da mentira, de hoje, o vergonhoso é ser chamado de herói, é receber medalhas e condecorações ao lado de homenageados indevidos, é ter de assistir o dinheiro do povo ser desviado para indenizar bandidos e assassinos, ao lado de algumas possíveis vítimas de 1964, é se constatar o roubar impunemente,
Enquanto isso a "esquerda capitalista" , usando a linguagem surrada da bandeira rasgada do ideais marxistas de luta contra o vil metal, interligando espertamente as opostas vertentes do "Foro de São Paulo" com o "Diálogo Interamericano", tal como o "Samba do Crioulo Doido do saudoso Stanislaw Ponte Preta, domina a mídia e "encanta" os nossos ingênuos empresários.
Um dia, quando passar esse festival de besteiras e mentiras que assolam o Brasil atual, a verdade será restabelecida. Os heróis serão realmente os heróis. Os bandidos realmente os bandidos e os que transformaram este País numa mistura de circo e de palco de falsas encenações globais, serão chamados prestar contas a uma história verdadeira e implacável.
Tenha paciência cel Ustra e outros militares, vítimas da mentira e da insanidade própria dos bandidos que infestam e dominam o atual cenário político brasileiro. Sua missão foi cumprida com honra, equilíbrio e dignidade. Não pediu e nada ganhou a mais pela luta bem lutada, nem mesmo sua família, muito pelo contrário.
Nunca devemos nos esquecer que inimigos não mandam flores, especialmente os desqualificados, desonestos e mentirosos e os que, pela causa marxista, não tem honra, dignidade, ética, amor ao próximo, equilíbrio e qualquer sentimento de brasilidade/
Esta é uma singela manifestação de solidariedade do G Anhanguera ao Cel Ustra, seus familiares e extensiva a todos os que lutaram e lutam pelo Brasil Verde e Amarelo e nunca aceitaram e aceitam serem subjugado pelo marxismo ou pelo capitalismo internacional, ou ainda pior, por ambos cumpliciados./
* G Anhanguera: "Lealdade sim... Cumplicidade nunca!"
terça-feira, 14 de outubro de 2008
USTRA....A LUTA DE UM BRAVO
Em 12 de outubro recebi o seguinte e-mail do meu correspondente CMG Refdo. Cesar Augusto Santos Azevedo . Como este e-mail está circulando em várias listas da internet., encaminho abaixo a minha resposta ao Cesar Augusto,
Atenciosamente
Carlos Alberto Brilhante Ustra
-----Mensagem Original-----
De: Cesar
Para: CABU
Cc: TERNUMA BRASÍLIA ; EB ; CLUBE DA AERONÁUTICA ; CLUBE MILITAR ; CLUBE NAVAL
Atenciosamente
Carlos Alberto Brilhante Ustra
-----Mensagem Original-----
De: Cesar
Para: CABU
Cc: TERNUMA BRASÍLIA ; EB ; CLUBE DA AERONÁUTICA ; CLUBE MILITAR ; CLUBE NAVAL
Enviada em: domingo, 12 de outubro de 2008 16:34
Assunto: Re: Claudio Humberto, 11/10/2008
Amigo Ustra, eu sempre estive ao seu lado por entender que sua atuação como Comandante do DOI CODE do II EX foi uma atuação marcada pelo profissionalismo e pela justiça firme e estava de acordo com as orientações recebidas de seus legítimos Comandantes.
Apenas não posso estar de acordo com este manifesto que teria sido lançado pela ONG Ternuma, a qual sempre prestigiei, e que agora não posso concordar, pelas razões pelas quais eu passo a explicar, a saber:1) Achei injusto terem classificado de Covarde e Omissa a atuação do nosso Exército e digo nosso por entender ser ele não apenas daqueles que fazem parte de sua constituição e sim de todos nós brasileiros.
2) Qualquer demonstração de desunião entre nós, entre a reserva e a ativa, dificultarão as nossas ações e nos enfraquecerá. A hierarquia e a disciplina, pilares basilares de nossas Instituições, poderão ficar comprometidos
3) Sou, como vc sabe muito bem, oficial de Marinha, CMG Refdo e que tive minha formação inicial feita no saudoso CMRJ, onde solidifiquei os meus princípios morais recebidos naquele educandário militar e que inicialmente recebi de minha família, em especial de meus pais.
4) Naquela época escolar fui colega de turma e amigo do atual general Enzo Martins Peri, companheiro que desde os bancos escolares do CM, passei a adimirar por suas qualidades pessoais e morais. Era sem dúvida um dos mais capacitado moralment. Estudante, inteligente, semprer destacado entre os demais de minha turma. Amigo cordial com que convivi naquele tempo do CMRJ.
5) Ustra, eu pude acompanhar a sua luta e de sua esposa na tentativa de você cumprir a difícil tarefa de comandar o Doi Code do II EX, designação que você nada fez para conseguir. Você terminara a ECEME e se apresentara ao II EX e fora designado oficialmente. Suas qualidades morais atestadas por meu falecido primo, Cel Art Castro Pinto, serviram para que eu passasse a adimira-lo e defende-lo contra as acusações orquestradas, primeiramente pela artista global Beth Mendes, que fazendo parte da comitiva do então Presidente Sarney a uma viagem ao Uruguai, onde você exercia a função de adido militar brasileiro, teceu acusações diretamente pela mídia daquele país, deixou você e sua família constrangidos e numa situação delicada. Caberia a meu ver ao então ministro, General Leonidas, ter cortado qualquer tentativa de vingança gratuita junto ao Presidente contra você e contra o Exército que você representava naquele País amigo e que fora designado por indicação do próprio Exército. Você acabou se envolvendo e servindo de alvo para as futuras ações revanchistas destes terroristas criminosos que hoje fazem parte do atual Governo. Aquela teria sido a oportunidade de uma vez por todas de se por um fim as ações de revanchismo que hoje proliferam contra as Forças Armadas pela ação firme do então ministro Leonidas e seus pares. Deixaram a cobra se criar diante da fraqueza de um Sarney que fora alçado a Presidência contra a vontade política do presidente Figueiredo, quando do falecimento do eleito Tancredo Neves. Mas isto é história e na realidade disto ficou apenas a tentativa que se perpetuou pela vingança bem orquestrada de uma esquerda terrorista contra o movimento de março de 1964 e suas repercussões iniciadas em 1968.
6) Você sabe tão bem como todos nós que o general Enzo, não poderia deixar que sua "tropa" viesse tomar a sua defesa pública num processo judicial que está em marcha e que ainda cabe recursos. Isto poderia por certo vir inclusive a lhe prejudicar, digo a você, Ustra. A meu ver caberia ao Clube Militar e a seus co-irmãos a defesa de tudo aquilo que diz respeito as nossas instituições e a defesa de seus associados no que diz respeito as ações decorrentes do Movimento de 1964, movimento este democrático e que foi conduzido pela ação da Instituição Militar e portanto dentro da esfera dos Clubes Militares, na impossibilidade atualmente desta defesa ser feita diretamente pelos Comandantes de Forças. Muitos colegas acham que o envolvimento dos Clubes seria o início da sindicalização destas instituições. Eu acho que não. Primeiro, desde os primórdios da nossa frágil república, os clubes sempre tiveram um envolvimento político em tudo que dizia respeito aos interesses das Forças Armadas. Segundo, seus Presidentes sempre foram eleitos democraticamente pelo corpo de associados e portanto eles têm a legitimidade de agir em nome da classe militar.
Por outro lado, desde que nossos ex Ministros deixaram de ser "2º escalão" na esfera Federal de Governo, eles perderam força política junto ao governo. Com isto, s.mj, os nossos clubes deveriam ganhar a força que eles perderam ao serem nomeados apenas Comandantes de Forças. Os clubes poderiam sim agir em tudo aquilo que hoje, pela natureza política, nossos Comandantes se sintam "impedidos" de fazê-lo. Observe que hoje em dia o governo quando quer inibir os Comandantes, citam sempre a disciplina e a hierarquia como forma de neutralizar as ações de nossos Comandantes. Assim, e nestes casos, com uma ação inteligente e coordenada, eles, os clubes, através seus Presidentes, deveriam agir ,não para desmerecerem ou tirarem forças dos Comandantes mas para preserva-los inclusive.
Portanto eu advogo que os Clubes MIlitares deveriam agir na sua defesa e na defesa de tudo aquilo que dissesse respeito as ações revanchistas movidas contra militares. Aliás, isto eles têm procurado fazer em conjunto, não talvez com a firmeza que todos nós gostaríamos de ver mas pelo menos dentro do possível. A sociedade civil tem pela classe militar um grande respeito e a palavra dos Clubes Militares é sempre respeitada e acatada pela maioria da sociedade como representativa do meio militar, inclusive pela mídia nacional. Esta seria uma estratégia inteligente de defender-nos contra este revanchismo.
Atenciosamente,
Cesar Augusto Santos Azevedo, CMG Refdo.
PS- Estou enviando cópia por CC aos Presidentes dos Clubes, ao Comandante do EB, ao Grupo Ternuma por tecer considerações que envolviam estas Instituições e por CCO para alguns militares da reserva, alguns mais antigos, para que todos saibam o que eu penso sobre este assunto.
Prezado Cesar Augusto
Sempre recebi e soube de seu apoio à situação em que me encontro, juntamente com minha família. Mas, o que mais me angustia é ver a história ser reescrita, enxovalhando as Forças Armadas, especialmente o Exército , ao qual dediquei praticamente toda minha vida.
Não é apenas opinião minha , mas essa campanha visa muito mais à desmoralização das Forças Armadas do que a mim mesmo. Sou apenas o bode expiatório que carregará todo o peso dos "pecados" que os órgão de segurança possam ter cometido.
Como você mesmo afirma, fui designado oficialmente para uma função que poderia ter sido ocupada por qualquer oficial que tivesse os pré-requisitos exigidos. Procurei cumpri-la com afinco, com firmeza, tentando ser humano e justo. Estive por três anos e quatro meses confrontando uma guerrilha, na qual os combates aconteciam com muita freqüência. O inimigo era perigoso, desconhecido, camuflado no meio da sociedade, treinado e ideológicamente fanatizado. Você bem sabe que a motivação não era a derrubada do regime militar. Nada se passou no DOI que não fosse do conhecimento dos Comandantes da Área, que, evidentemente, repassavam as informações para seus superiores. Cumpri ordens e procurei cumpri-las bem.
1- Quanto ao manifesto do Ternuma - não fui eu que o escrevi -, creio ser um desabafo de quem imagina um subordinado, que cumpriu as ordens recebidas de seus superiores, ser acusado apenas com testemunhos de pessoas envolvidas com a mesma ideologia,e vê seu comandante (ainda que não seja o mesmo) não defendê-lo ou, pelo menos, não defender a Instituição a qual ele pertence.
Não sei se está exagerado ou não. Sou suspeito para falar. Pode não ser covardia, mas a omissão é inegável.
2- Você sabe qual foi minha primeira atitude ao receber o 1º processo (por enquanto são 3) ?
Em primeiro lugar comunicar ao Exército, para saber o que fazer.
Você sabe qual foi o apoio que recebi do Exército ? Nenhuma resposta, nem uma chamada para uma conversa franca, nem um conselho, nenhuma porta se abriu, nada. Foi a maior decepção de minha vida. Afinal, eu não estou sendo processado por um ato pessoal, particular. Estou sendo processado por atos que na época me renderam uma medalha do Pacificador com Palma.
Qual é a demonstração de união entre a ativa e a reserva que existe? Onde está o programa "Conversando com a reserva" ?
Será que não imaginaram como eu me senti? Será que não imaginaram o que minhas duas filhas sentiram ? De minha mulher eu nem falo, porque partiu dela, sempre muito lúcida, companheira e lutadora, a idéia de primeiro comunicar ao Exército para receber orientações e não quebrar a hierarquia.
3- Como você, tive minha formação inicial feita na Escola Preparatória de Porto Alegre onde, também, solidifiquei os meus princípios morais recebidos naquele educandário militar e que inicialmente recebi de minha família, em especial de meus pais. Sempre fui considerado um oficial tranqüilo, ponderado, calmo, cumpridor de ordens e respeitador da hierarquia. Talvez, pelo meu passado, tenha sido escolhido para o cargo.
4- Não tive oportunidade de cruzar em minha vida profissional, nem particular com o General Enzo, mas sei de suas qualidades morais e profissionais, o que não me impede de -, talvez por estar no olho do furacão, engolindo sapos, amarguras e execração pública - imaginar que sua atitude poderia ser outra. Não sei qual. Talvez, nem seja defender-me, mas defender a Instituição. Talvez você entenda a minha posição, se se colocar no meu lugar, vendo seu nome envolvido nesse escândalo, sua família sofrendo e a Marinha dividida em Marinha de ontem e Marinha de hoje.
5- Realmente qualquer um poderia estar no meu lugar. Foi bastante difícil para mim e minha família suportar a tensão desse período.
Não sabia que o saudoso Castro Pinto era seu primo. Tivemos uma boa convivência.
Quanto ao caso Bete Mendes, você está enganado.
O General Leônidas foi um leão em minha defesa. Não aceitou que eu fosse recambiado antes que terminasse o meu tempo de adido e determinou ao CComSEx que soltasse uma nota, publicada nos jornais e depois publicada no meu livro, em que me elogiava e dizia que eu permaneceria no cargo até o fim da missão. Quando voltei do Uruguai escrevi o meu 1 º livro, ainda na ativa. Por esta atitude, quando a turba exigia que eu fosse preso, o então Ministro Leônidas disse pela TV , mais de uma vez, em alto e bom tom, que era um direito meu defender minha honra e a honra de minha família.
Foi o último Ministro a tomar uma atitude nesses casos. Veja o que aconteceu depois com o Avólio...
Você diz : Você acabou se envolvendo e servindo de alvo para futuras ações(...)
Pergunto-lhe, como não me envolver? Quem cala consente. Dou graças a Deus de ter me dado forças para escrever os dois livros, principalmente o último. Pelo menos, alguns jovens têm lido e o retorno tem sido maravilhoso. É pouco, mas é alguma coisa.
A oportunidade para se pôr fim a essas ações revanchistas foi perdida depois que o Ministro Leônidas deixou o ministério. Se cada vez que as Forças Armadas sofressem um ataque houvesse um rebate, se os crimes deles fossem mostrados, se se acabasse com o mito dos "estudantes que lutavam desarmados pela liberdade", isso não teria chegado onde chegou. A culpa vem de longe.
Ganhamos a luta armada mas perdemos a guerra das palavras. A mídia foi toda formada por eles.
Não foi o General Leônidas e seus pares que deixaram a cobra se criar. Foram seus sucessores.
6- Jamais esperei, nem queria, que o General Enzo deixasse sua tropa tomar minha defesa pública num processo judicial (eu diria político e, principalmente, mesmo que eu tivesse cometido os crimes de que me acusam, contra a Lei da Anistia). Você diz que isso poderia vir a me prejudicar .
Pergunto-lhe: o que pensará um jovem capitão ao ver um comandante deixar seu subordinado que cumpriu suas ordens, solto às feras e sem defendê-lo?
Poderão dizer, mas o comandante que deu as ordens não foi o general Enzo. Isso justificaria tamanha omissão? O Exército não é o mesmo? Os tempos é que são outros? Que garantia os oficiais da ativa terão de que com eles não acontecerá o que está acontecendo comigo, caso recebam ordens de empregar a sua tropa?
Serei eu o prejudicado ?
Cesar Augusto, não tenho nada mais a perder. Só não posso perder o respeito de minha família e o respeito por mim mesmo. E é isso que estou tentando manter, apesar de estar quase perdendo as forças.
Realmente venho me decepcionando com alguns chefes. Venho me decepcionando ao longo desses 20 anos, com as Forças Armadas mudas, acuadas, omissas, não especificamente com o meu caso, mas com a defesa das Instituições.
Agradeço sua preocupação e sua sugestão de que os Clubes Militares deveriam agir na minha defesa e na defesa de tudo aquilo que disser respeito às ações revanchistas movidas contra militares (e pode ter certeza que outros virão), mas pode crer que o que me preocupa é justamente o respeito que a sociedade civil tem pela classe militar que acabará abalada por todos esses escândalos.
Creia, eles querem a minha cabeça, mas querem mais, querem o corpo, a alma das Forças Armadas. E, escreva (espero não ver) , acabarão conseguindo.
Atenciosamente
Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref
PS: Envei cópias para os mesmos a quem você enviou este e-mail
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A crise financeira chegará ao Brasil
A crise financeira chegará ao Brasil
O economista Adriano Benayon garante que manutenção de modelo no qual transnacionais controlam os principais setores da economia deixa país tão vulnerável quanto antes; mas acredita que a crise é uma oportunidade de buscar desenvolvimento independente
O economista Adriano Benayon garante que manutenção de modelo no qual transnacionais controlam os principais setores da economia deixa país tão vulnerável quanto antes; mas acredita que a crise é uma oportunidade de buscar desenvolvimento independente
10/10/2008
Luís Brasilino, da Redação
“Bancos e monopólios continuam mandando”
No dia 3, o Congresso dos Estados Unidos aprovou e o presidente George W. Bush sancionou um pacote de 850 bilhões de dólares de socorro às instituições financeiras afetadas pela crise. A medida, porém, não acalmou os mercados que vivem dias turbulentos. Desde o início do mês até o dia 7 (data de fechamento desta edição), o índice Dow Jones, que mede as ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, acumulou queda de 13%. No Brasil, os abalos foram ainda mais fortes. Entre os dias 2 e 7, a Bovespa sofreu uma perda de 19,4%.
Com isso, perdem força as análises que sustentam que o país está blindado contra a crise. Para o economista Adriano Benayon, não há nenhuma possibilidade de o “colapso financeiro”, como prefere, não afetar o capitalismo brasileiro. Nesta entrevista sobre a conjuntura econômica, o professor da Universidade de Brasília (UnB) analisa ainda os motivos da crise e afirma que ela já extrapolou a esfera financeira e está atingindo o setor produtivo.
Brasil de Fato – "Quebradeira geral", "caos" etc. Assim, a imprensa corporativa vem noticiando a queda das Bolsas de valores em todo o mundo e, especialmente, no Brasil. Por outro lado, o cotidiano dos brasileiros ainda não foi alterado e poucas pessoas parecem estar cientes desse "caos". Enfim, como (ou quando) a crise financeira afeta a economia familiar?
Adriano Benayon – A imprensa corporativa ocupa-se demais das Bolsas e pouco de coisas mais importantes para a economia. As Bolsas estão registrando quedas expressivas nas ações, e isso não vai parar aí. Mas quebradeira mesmo é com os bancos, financeiras e seguradoras.
Não chamo de crise o que está ocorrendo, porque são crises sucessivas formando o colapso financeiro em curso que se amplia e aprofunda. Os que fazem aplicações já têm sofrido perdas, não só em ações, mas também em outros títulos. Além disso, esse colapso já contaminou a economia real nos EUA e na maior parte dos países da Europa. Essa seqüência certamente ocorrerá também no Brasil.
A crise, então, já atingiu o setor produtivo?
Como frisei, o colapso financeiro atingiu o setor produtivo em muitos países e de modo sério. É questão de tempo isso se agravar, inclusive no Brasil. As bolhas financeiras acabam rompendo-se, como as formadas por títulos com conexão cada vez mais longínqua (derivativos) com os ativos imobiliários, fiduciários, cartões, títulos de crédito, opções e futuros de ações, de commodities etc.
Começa a haver queda de renda real dos devedores, mesmo porque a concentração econômica leva a criar quantidades colossais de ativos financeiros e mais ainda de derivativos supostamente lastreados nesses ativos, enquanto que a base real da economia, espelhada, por exemplo, nos salários permanece praticamente estagnada.
Intensificando-se as inadimplências, o crédito encolhe, bancos e financeiras vão ficando com ativos sem retorno, tentam passá-los adiante e não conseguem. Muitos e cada vez mais vão tendo que escriturar prejuízos, vem a corrida aos depósitos e por aí vai. É claro que, nessa dinâmica para baixo, o setor produtivo sofre tanto por causa da queda da procura nos mercados de bens e de serviços, como por dificuldades e custos mais altos para o crédito. O aperto do crédito atinge tanto consumidores como empresas produtoras de bens e de serviços. Nesse contexto, as cotações da grande maioria das ações de empresas caem e esse é mais um fator de perda de patrimônio das pessoas e mais um fator de retração da procura.
Entretanto, professor, em entrevista ao Brasil de Fato (edição 292), o economista Nildo Ouriques, da Universidade Federal de Santa Catarina, afirmou que a crise não afetou o lucro do setor produtivo estadunidense, pois as transnacionais estão repatriando dividendos da periferia capitalista. O senhor discorda?
Provavelmente Ouriques está reportando algo correto, mas é uma afirmação genérica demais. Algumas transnacionais certamente já vão lucrar menos em função da retração nos EUA e na Europa. Além disso, dentro de algum tempo, haverá também menos ganhos para enviar da periferia (nem digo repatriar, porque elas ganham na periferia infinitamente mais do que nelas investiram).
O Congresso estadunidense finalmente aprovou o pacote (que havia sido rejeitado pela Câmara no dia 29 de setembro), agora de 850 bilhões de dólares (antes eram 700 bilhões de dólares, mas na votação do Senado, no dia 1º, foram incluídos outros 150 bilhões em isenções fiscais), de socorro aos bancos, uma forma de socializar as perdas com os contribuintes. Apesar disso, o senhor acredita que esse pacote é necessário ou, mais ainda, pode ser benéfico para os trabalhadores?
De forma nenhuma. Os analistas independentes e competentes nos Estados Unidos e na Europa têm qualificado esse pacote como bandalheira. Os bancos beneficiados são grandes doadores das campanhas de ambos os candidatos à presidência [Barack Obama e John McCain], os quais recomendaram a seus partidos a aprovação no Congresso. O secretário do Tesouro [Henry Paulson, o autor do pacote,] é ex-sócio diretor de um deles, o Goldman Sachs.
Penso que o pacote é ruim para a economia dos Estados Unidos e para a economia mundial. Claro que é pior ainda para os trabalhadores. Ele apenas livra a cara de alguns banqueiros que abusaram de jogadas gananciosas, ganharam centenas de bilhões de dólares com essas jogadas e não vão ter que reparar o estrago que causaram.
Ele faz com que o governo dos EUA compre títulos sem valor ou de escasso valor para limpar os balanços de bancos e financeiras atolados nesses títulos, cuja manutenção nas suas carteiras significa a bancarrota. Se houvesse democracia nos EUA, essas instituições teriam que passar para o controle de interventores do Estado e os recursos do contribuinte seriam usados na aquisição de ações delas bem desvalorizadas, como já ocorre em função dos maus negócios (agora) para elas.
Outra coisa. Somente os ativos podres do setor imobiliário nos EUA são estimados em 7 trilhões de dólares, de modo que o tal pacote pode cobrir só um pouco mais de 10% dos rombos. Além disso, se se incluir os demais ativos com grande potencial de virar pó, a conta poderá atingir mais de 100 trilhões de dólares. Para que os leitores tenham idéia do problema, o valor nominal dos derivativos, em dólares e euros, principalmente, passa de 500 trilhões de dólares.
Portanto, o que estão fazendo é jogar mais lenha na fogueira da inflação, sem resolver nada na economia produtiva, pois não é aí que estão investindo. O sistema concentrador, que comanda a política econômica em quase todos os países do mundo, abusou das ideologias econômicas do tipo neoliberalismo, globalização, desregulamentação, Estado mínimo etc.
Agora recorre à intervenção do Estado, porque controla discricionariamente o Estado (malgrado a aparência de eleições presidenciais, votações no Congresso etc.). Aí surge a usual louvação infundada ao keynesianismo, uma doutrina que, como mostrou [o economista e ex-senador, falecido em 2003] Lauro Campos, preconiza guerras de grande porte, com mobilização de muitos soldados (como a 2ª Guerra Mundial), para sair da depressão econômica.
O economista Reinaldo Gonçalves, em entrevista ao Correio da Cidadania, apóia o pacote do governo dos Estados Unidos, porque entende que ele procura "travar uma crise financeira que abrange todo o mundo", oferecendo recursos para estabilizar as empresas e bancos envolvidos. O que o senhor acha dessa posição?
Mantendo o que afirmei na resposta anterior, creio que, nesse ponto, o excelente economista Reinaldo Gonçalves não está bem informado.
Existe alguma possibilidade de uma crise nos Estados Unidos não afetar o capitalismo brasileiro?
A meu ver, nenhuma.
Os fundamentos da economia brasileira (reservas) são realmente sólidos ou o Brasil continua tão vulnerável quanto antes?
Continua tão vulnerável quanto antes. Basta dizer que, mesmo antes de o colapso financeiro mundial não poder ser mais escondido, o déficit de transações correntes do Brasil com o exterior já era altíssimo.
O mercado interno brasileiro pode absorver as perdas do setor primário-exportador?
Isso só me parece possível mediante uma mudança completa de modelo econômico, com o Estado fortalecendo empresas médias e pequenas e acabando com os brutais subsídios em favor de transnacionais concentradoras, que controlam os principais e quase todos os setores da indústria, sem falar no agronegócio.
O governo Lula tem propagandeado uma política de comércio exterior que procura reduzir a dependência do Brasil com relação aos Estados Unidos, ao passo que estimula trocas com países do "Sul". Até que ponto isso é verdade? Essa mudança pode proteger o país da crise estadunidense?
Sob o atual modelo, a orientação do comércio exterior do Brasil depende mais das transnacionais e de algumas outras empresas concentradoras do que da política econômica do governo, mesmo porque esta é talhada segundo os interesses desses grupos dominantes na economia.
A política econômica do governo atual (de juros altos, liberalização financeira, câmbio flexível e superávit primário elevado) ajuda ou piora as condições do país nesta hora de crise?
Não tem feito outra coisa até hoje senão piorar as condições do país. Claro que sob conjuntura mundial adversa o dano vai ser exponenciado.
O senhor acredita que, para o Brasil, essa crise significa uma oportunidade para alcançar um desenvolvimento mais independente?
Acredito que ela oferece oportunidade preciosa ao Brasil de buscar o desenvolvimento independente (sem o comparativo, porque, primeiro, o modelo econômico é radicalmente dependente, segundo, embora haja algum crescimento, não há desenvolvimento real).
Por que?
Porque, nessa situação, pode-se entender melhor que convém desatrelar-se da economia mundial controlada por oligarquias de potências hegemônicas, as quais, de resto, controlam também a economia brasileira em sua atual estrutura.
A Revolução de 1930 foi uma resposta ao anterior grande colapso econômico mundial. Sua seqüência, embora só conseguisse autonomia parcial, foi grandemente positiva e as lições dessa experiência devem ser aproveitadas, inclusive no sentido de não repetir erros.
Adriano Benayon é formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutor em economia pela Universidade de Hamburgo (Alemanha). É diplomata de carreira, tendo trabalhado na Alemanha, Bulgária, Estados Unidos, Holanda e México, além de no próprio Itamaraty. Foi professor da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Rio Branco e é consultor na área econômica da Câmara e do Senado, além de ser autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, Editora Escrituras.