Notícias Militares

domingo, 16 de março de 2008

ACEGUEIRA DO GENERAL...


A CEGUEIRA DO GENERAL ANTE UM SILÊNCIO QUE É UM DISCURSO Anselmo Cordeiro de Oliveira

Suboficial Ref. da Marinha do Brasil “Fizeram o homem voltar do meio do caminho. Como é que a gente pode pôr um general de joelhos, proibindo-o de percorrer o próprio território que está sob o seu controle? Qualquer um pode ver que se trata de um castigo, uma consumada agressão à dignidade de um general e, por natural extensão, uma cusparada no brasão do glorioso Exército Brasileiro... Será que não estamos exagerando na dose?” Na mensagem do rabicho (vide abaixo), o Presidente do Clube Militar, Exmo. Sr. General-de-Exército Gilberto Barbosa de Figueiredo, manifesta o seu estranhamento por conta do silêncio do “prizidenti” Lula ante certos aspectos relacionados com o recente incidente entre a Colômbia, o Equador e, por tabela, o fanfarrão Hugo Chavez. O que o respeitável general estranha é o fato já conhecido de Lula nunca contrariar os seus amiguinhos esquerdistas Fidel, Chavez, Morales e, por extensão, o Presidente do Equador, que dá abrigo em seu território aos terroristas narco-traficantes das FARCS. Ora! Alguém precisa dizer ao digníssimo oficial-general que o silêncio de Lula representa, na verdade, um discurso completo, com início meio e fim. O início está lá no acontecido Fórum de São Paulo, evento promovido pelo PT, onde figuras destacadas das FARCS estiveram festivamente presentes. O meio do discurso está nesse velado apoio de Lula àqueles seus amiguinhos que apóiam os assassinos das FARCS. E o fim do discurso? Onde está? Está na preparação do esconderijo. Estranharam o termo “esconderijo”? É fácil explicá-lo. Senão, vejamos: Inicialmente, é preciso remover o véu que envolve o termo “esquerdismo”, que, tanto nas cabeças comuns como nas mais esclarecidas, tem a conotação de proteção aos pobres, justiça social e expressões parecidas, a indicarem que ser esquerdista é ser a favor dos menos favorecidos. O discurso é este, mas, se observarmos o que aconteceu e ainda acontece com as populações de países que caíram nas mãos dos tais esquerdistas, vemos que a realidade é bem outra, haja vista que os tais benefícios aos pobres nunca aconteceu em país algum onde eles, os esquerdistas, chegaram ao poder. O que vimos acontecer nos países da antiga URSS, Coréia do Norte, Albânia, Cuba e outros foi a democratização da miséria, o caos econômico, a estagnação tecnológica... o desastre completo. O esquerdismo beneficia, então, quem? Simples. Só beneficia os que fazem parte da cúpula de comando e os que ocupam posições-chaves no sistema repressor que sempre é implementado logo após a tomada total do poder. No Brasil, por exemplo, podemos, por comparação, dizer que os mais de 40 mil “cumpanheros” que foram indicados para cargos bem remunerados em órgãos do governo e nas estatais poderiam figurar como peões de proteção ao sistema. Para resumir a ópera, o tal governo esquerdista, quando chega ao poder, entra, para nele ficar eternamente, com os dirigentes gozando o “bem bom” da tal burguesia que eles sempre condenam, mas adoram. Ao povo, transformado em escravo mudo nos tais regimes de esquerda, restam as filas para obter mantimentos, os cartões de racionamento, os apagões, a burocracia, a mordaça, a perda da liberdade de ir e vir, a desinformação por conta da Internet bem censurada, senão totalmente proibida. O tal esquerdismo, portanto, não tem compromisso algum com progresso e bem-estar social do povo. Tem compromisso, sim, com a fome pelo poder, mas não para beneficiar o povo, tampouco para promover melhoramento algum, senão para benefício puramente material dos que fazem parte da quadrilha, tal como estamos assistindo quase que diariamente nos noticiários. Para alcançar aquele objetivo egoístico, vale tudo: mentiras; trapaças; traições; uniões temporárias e convenientes com políticos que, antes, eram tidos por inimigos; pouco caso com a Constituição; corrupção e, se necessário for, até assassinatos. Ora! Praticamente todas estas aberrações estamos vendo acontecer nas ações da quadrilha lulo-petista. No governo, a quadrilha já está fazendo o que bem entende, com o "prizidenti" entupindo o Congresso com medidas provisórias que não têm caráter emergencial algum, subtraindo da Casa do Povo a prerrogativa de legislar, afrontando, então e flagrantemente, dispositivos constitucionais. Por aí, sobra também para o Poder Judiciário, que se vê obrigado a engolir afronta de um Lula destrambelhado a um dos seus ministros. A quadrilha segue pintando e bordando, sem que ninguém lhe ponha freios, mas falta ainda o controle total. Por aí, vão comendo pelas beiradas, como quem come um mingau quente recém depositado num prato. Mas eu estava falando sobre o silêncio de Lula, que, como já disse, é um discurso completo com início, meio e fim, e ficou faltando falar sobre o fim. Pois bem. Ei-lo no próximo parágrafo: A tomada do poder pelos esquerdistas é, como vimos, uma aventura direcionada a um único objetivo, que, por ser egoísta, pois que visa o enriquecimento somente do grupo controlador, é condenável sob todos os aspectos. Eles podem mentir, enganar, falsificar dados medidores de eficiência, encomendar pesquisa de opinião desonesta, esconder despesas pessoais que foram pagas com o dinheiro dos contribuintes... Podem ocultar tudo, menos sobre a real finalidade da chegada ao poder, vez que, no íntimo de cada um, a verdade mal oculta sussurra o tempo todo: “o que vocês esquerdistas querem é o poder pelo poder, a locupletação, o roubo, o absolutismo... Com esse discurso enganador de povo pra lá, povo pra cá, o que vocês querem mesmo é transformar o País inteiro em quintal das galinhas de ovos de ouro, para beneficiar a si, aliados e descendentes”. Esta é a verdade que eles tentam esconder, mas que a história das nações que estiveram sob o jugo de iguais mostra claramente. Ora! Quem pratica uma imoralidade, um crime, algo condenável, sempre sabe que corre o risco de ser descoberto e, em sendo descoberto, ser perseguido pelas forças do Bem; e é aí que aparece a pergunta fatal: “e se não der certo? Todos os passos errados que damos são descobertos... A excelente idéia do “mensalão”, para comprar o Congresso, melou, por causa da birra do Zé Dirceu em não dar aqueles 20 milhões ao Jefferson. Foi uma idiotice. Muito mais que os 20 milhões podemos ganhar. A ninguém mais engana essa baleba de que o “prizidenti não sabe de nada”, com o filho enriquecendo por detrás dos panos; a própria filha, ministros e apadrinhados se esbaldando em gastos com cartões de crédito corporativo... Daqui a pouco, o povão, que nem sabe direito o que é cartão de crédito, fica sabendo que quem paga a conta dos cartões é ele, o povão, no imposto que carregamos no preço do saquinho de feijão, no botijão de gás, na luz que ilumina parcamente a moradia humilde alugada... e como é que o “prizidenti” não sabe de nada? Tentamos calar a Imprensa com aquele plano do Conselho de Jornalismo, mas não deu certo; a imprensa aliada faz o que pode, mas não dá para declarar abertamente que está com a gente. E a Internet? O lance de regulamentar a navegação cibernética foi outra furada, e quem anda na Internet sabe tudo o que os jornais amigos omitem. Agora há pouco, por exemplo, o Mangabeira Unger proibiu um general da ativa de acompanhá-lo a região do país, que seria percorrida pela comitiva do governo, dizendo que era ordem do Ministro da Defesa. O fato foi noticiado apenas por um jornal de Roraima, nenhum grande jornal falou do assunto, mas a notícia já está percorrendo a Internet, que é a inimiga nº 1 do nosso projeto de poder. Está lá na página... http://www.folhabv.com.br/noticia.php?editoria=politica&Id=36733. Fizeram o homem voltar do meio do caminho. Como é que a gente pode pôr um general de joelhos, proibindo-o de percorrer o próprio território que está sob o seu controle? Qualquer um pode ver que se trata de um castigo, uma consumada agressão à dignidade de um general e, por natural extensão, uma cusparada no brasão do glorioso Exército Brasileiro... Será que não estamos exagerando na dose? Já não basta a negativa e as enrolações para conceder aos milicos o reajuste salarial a que têm direito líquido e certo? O general desfeiteado engoliu bem a afronta, mas... e os seus colegas? E se houver reação, como aquela de 1964? De repente, vai que aparece um maluco fardado, brandindo a Constituição, evocando aquele palavreado mágico de "defesa da Pátria", "missão constitucional dos militares", "defesa do Estado de direito"... Esses "caras" juram defender a tal pátria com o sacrifício da própria vida. Nós aqui não acreditamos nesse juramento, mas vai que seja verdadeiro? E aí? Como é que fica? Caraca! Os milicos, quando entram em ação, não vêm para brincadeiras. Como é que ficaremos? Teremos que fugir... mas... fugir para onde?” Os que leram até aqui sabem, agora, o porquê do termo “esconderijo” que usei lá no início: uma solitária palavra que, no silêncio do “prizidenti” ante as trapalhadas dos seus amiguinhos esquerdistas, configura o fim do seu discurso, um manifesto claro, que o digníssimo mas desatento general chama de silêncio, sem sequer desconfiar que o perigo não está no silêncio “prizidencial”; está no fim do discurso que ele não vê, ou, melhor dizendo, na alteração do seu final, quando o termo “esconderijo” for substituído por aquela outra palavrinha que ainda ecoa na memória dos que um dia foram abordados por um assaltante: "fica frio aí, ô mané! tu perdeu!" O general, por acaso, já soube de alguma primeira-dama de qualquer outro país que, na condição de esposa do presidente da república, tenha solicitado dupla cidadania? Pois é... Elementar; né, meu general? "Caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém", mas, se esse dito popular serve bem à quadrilha que chegou ao poder, serve muito mal àqueles que têm a missão constitucional de defender a Nação contra os que, claramente, em atendimento aos seus desígnios inconfessáveis, querem dar fim ao estado de direito, às regras morais mais elementares, à liberdade e às instituições republicanas. Essa imobilidade incompreensível, escudada numa suposta cautela daqueles que têm sobre os ombros a obrigação defender a Pátria, já de há muito deixou de ser cautela, para delinear-se sobre termo, cujo significado, bem diferente de prudência, fico impedido de dizer, por conta do respeito e admiração que ainda tenho pelos irmãos de farda que, comigo, fizeram aquele mesmo juramento solene.

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