Notícias Militares

domingo, 16 de março de 2008

ANOS DE CHUMBO


de março de 2008 N° 15539AlertaVoltar para a edição de hoje
Anos de Chumbo
Militares e vítima reagem a indenização para Diógenes
Ex-petista receberá pagamento por período como foragido


A concessão de uma indenização de R$ 400 mil ao ex-dirigente do PT Diógenes Carvalho Oliveira, por meio da Lei da Anistia, provocou reação de militares e de uma vítima do ataque liderado por ele em 1968. Diógenes é ex-presidente do Clube da Cidadania do Rio Grande do Sul e pivô da CPI da Segurança Pública em 2001.Orlando Lovecchio Filho, de 62 anos, perdeu a perna esquerda na explosão de uma bomba usada em ataque ao consulado americano em São Paulo. Diógenes, na época membro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), responsável pelo atentado, garantiu o recebimento de R$ 1.627,72 mensais, além de pagamento retroativo de R$ 400 mil. Lovecchio teve a inclusão na lei negada e recebe uma pensão de R$ 571 ao mês. Ele diz não ter rancor dos participantes do atentado, mas pede justiça. Anistiado político, Diógenes receberá o pagamento referente ao período de junho de 1966 e outubro de 1979, no qual teria trabalhado como auxiliar administrativo da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE) se não estivesse foragido por motivos políticos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de 24 de janeiro. Diógenes está ligado à polêmica aquisição, pelo Clube de Seguros da Cidadania, em 1998, do prédio que serviu de sede para o PT do Rio Grande do Sul até 2002. Em 2001, a CPI da Segurança Pública da Assembléia Legislativa gaúcha acusou o clube de ter adquirido o prédio de R$ 310 mil com recursos de doadores anônimos, inclusive bicheiros. Ele foi processado e absolvido. Em 2001, Diógenes desligou-se do PT.O general Francisco Torres de Melo, coordenador do Guararapes, grupo de ex-oficiais de Exército, Marinha e Aeronáutica, condenou a decisão:- Indeniza-se quem matou, jogou bomba, esfolou. O Brasil bate palmas para bandidos, ladrões, sanguessugas, mensaleiros. O país, do jeito que vai, se transformará em uma republiqueta.

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