Notícias Militares

quinta-feira, 30 de abril de 2009

OS ESTERTORES DE UMA DEMOCRACIA FALIDA


OS ESTERTORES DE UMA DEMOCRACIA FALIDA
Ternuma Regional Brasília


Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
No Congresso Nacional viceja e prolifera nas últimas décadas, às escâncaras, uma monumental e viscosa lama de podridão nunca dantes vista. A devassidão que degrada aquela casa de nobres representantes da população se espraia fora de seus muros espalhando os piores costumes, entronizando o mau caráter, a corrupção desenfreada e a impunidade. Ou seria a falta de valores comezinhos que grassa na sociedade nacional que avilta e apequena o Legislativo? O judiciário? O Executivo?
A quais segmentos representam aqueles poderes? A sociedade? Os ladrões? Os criminosos? Os corruptos?
Seriam eles, de fato, o retrato do povo? Ou a sua caricatura?
Ou, seria o Executivo, que espalhando uma teia de permissividade instila, contagia, promove e incentiva à sua volta a exacerbação da prática de deploráveis padrões de conduta.
E, assim, assiste à "débâcle" das instituições democráticas?
Impossível, lembrar a seqüência de escândalos que foram protagonizados nos últimos anos no lupanar do Congresso em vista de sua grandeza e quantidade. Apenas os descobertos soterram de vez qualquer esperança em nossos parlamentares. E os não-descobertos ou acobertados? Quantos serão realmente?
E as medidas punitivas? E as coercitivas? E as medidas regulatórias que poderão impedir ou inibir a realização de desmandos de toda ordem? A começar pelas normas de conduta ética, passando pelo rigor no controle nos recursos financeiros.
Diante dos que foram expostos, presumimos que apenas uma minoria alcança as manchetes da imprensa, portanto, podemos avaliar a quantidade dos que ainda permanecem escondidos nos desvãos daquela casa de espanto. Diante do volume de escândalos e do pernicioso passado, que nos contam a história do parlamento nacional nas ultimas décadas, tudo é possível.
Ao que parece, inibidos durante o período da "dita branda", atualmente, os representantes do povo, leves e soltos, decidiram retirar, a posteriori, o atraso.
Acreditamos que num país de mínimos princípios éticos, poucos (?) parlamentares teriam chance de escapar de uma salutar inquisição.
Corruptos e corruptores se acotovelam e, por vezes, se atritam na ânsia de abocanhar um pouco mais. Sem a menor ponta de vergonha se blindam e sobrelevam a importância do cargo, e auto-promovidos elevam-se acima das leis dos demais mortais. São os deuses do seu imundo Olimpo e senhores intocáveis num País de valhacoutos. Enquanto isso, na terra, ou na sua cloaca, uma caterva de gente, periodicamente, tem a obrigação de sacramentar, pelo voto, a escolha de seus eternos gigolôs.
É uma casa de vícios e viciados. Ali, se engana, e se mente se compra e se rouba, e o pior, cotidianamente, acobertados por normas e condescendências criadas e amamentadas pelos próprios beneficiários.
E roubam dinheiro e consciências. Criam facilidades, discursam com pompa e logram sem pestanejar.
No Judiciário, vaidades se incendeiam. Sob seus severos e pomposos olhos a justiça afunda no precipício da sua ignomínia e da sua parcialidade. E viva a impunidade.
Nas sombras, o Executivo sorri...! Nunca foi tão fácil, a democracia brasileira agoniza a olhos vistos.
Brasília, DF, 30 de abril de 2009

PEDIDO DE DESCULPAS


PEDIDO DE DESCULPAS
Ternuma Regional Brasilia
Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Amigos, o momento é de reflexão, e, portanto, de pedir esfarrapadas desculpas, seguindo o exemplo do nosso magnífico Ministro da Justiça.
Infelizmente, diante da derrocada da verdade, diante do cinismo e da incúria que nos cercam , peço desculpas em meu nome e, despudoradamente, e com a honra enlameada, pela minha falta de visão, assumo o "mea - culpa" por não ter lutado o bom combate.
Fomos dos tantos Cadetes, que em 31 de Março de 1964, saímos da AMAN, sob o Comando do General Garrastazu Médici, um visionário como nós, para participar da Contra-Revolução.
Pedimos desculpas aos nossos ouvintes e instruendos pelas inúmeras instruções e palestras proferidas enaltecedoras daquele Movimento, e esclarecedoras, acerca das verdadeiras intenções dos que pretendiam à tomada do poder. Lamentavelmente, buscamos plantar naqueles jovens, o repúdio, a prevenção e o temor contra os que, à época, valiam-se de todas as formas para dominarem os países não-comunistas.
Desculpem os que morreram lutando em prol da democracia. Realmente, em sua lembrança, eventualmente, envergonhados, rezamos, mas apenas rezamos e lamentamos.
Desculpem-nos seus pais e entes queridos, a esposa e os filhos dos que tombaram por uma causa perdida. Ingênuos, acreditaram em nós.
Como consolo, podemos afiançar que nós mesmos, acreditávamos em nós e na nossa MISSÃO.
Mil perdões aos feridos, aleijados e perseguidos.
Perdoem a nossa incapacidade em prover-lhes, ou aos seus familiares, substanciais reparos financeiros.
Perdoem-nos todos aqueles que foram inoculados com a certeza de que a nossa luta era justa. A cruzada parecia ser contra um inimigo sem face, oculto, que se valia do anonimato, da guerrilha implacável, traiçoeira, da pratica de atentados, assaltos e assassinatos, pois hoje, sabemos que lutávamos contra verdadeiros paladinos. Lutávamos contra verdadeiros guerreiros.
Perdoem-nos pela pobreza de espírito, em não imaginar que o terrorista de ontem, seria o herói de hoje.
Que nos perdoem os que não sofreram qualquer ferimento físico, mas que sentem o coração trespassado pela vergonha, pela decepção, e sofrem a dor da desilusão, da impotência e, hoje, a cada novo dia, constatam que foram enganados.
Amigos, perdoem, do fundo do coração, àqueles que, como nós, os conduziram para a fragorosa derrota.
Pedimos vênia aos que, perseguidos ao longo das ultimas décadas, sob a pecha de "torturadores", têm comido o pão que o diabo amassou.
Por derradeiro, que nos perdoem pela incapacidade e pela impotência em impedir que no futuro bebam o fel do cálice do infortúnio, que, certamente, ainda irão beber.
Brasília, DF, 30 de abril de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ACORDA SOCIEDADE BRASILEIRA!


ACORDA SOCIEDADE BRASILEIRA!



Doc 87/2009www.fortalweb.com.br/grupoguararapesA SOCIEDADE está acuada. Pois, nas circunstâncias atuais, está ameaçada de todos os lados. Mas o pior lado é o de onde vem o MST, esse movimento dito dos sem terra, embora boa maioria deles não são propriamente "sem terra", mas ativistas recrutados entre revoltados na pobreza, pobres coitados da sorte, ou vivendo aquém de suas expectativas, lembradas ou reativadas pelos ideólogos do socialismo-comunismo. Estes que não desistem de se apoderar de vez do governo, e a este agora servindo, como já tentaram diversas vezes, como em 1935, 64 e 68; mas sempre derrotados, vencidos pela SOCIEDADE, que não os aceita, porque não se convence de suas ideias, não tolera o marxismo-leninismo. Mas eles teimam, não descansam, persistem, não desistem.E hoje, numa nova estratégia, sabiamente idealizada e em plena execução, o MST invade a propriedade pública e privada, órgãos públicos e fazendas, nos meios urbano e rural, muitas vezes com a conivência de autoridades e até o apoio financeiro do próprio governo, por portas travessas de organizações, mesmo governamentais. Do próprio governo, onde estão os mesmos ideólogos, sob a máscara de estarem fazendo democracia, quando, valendo-se desta, só pretendem destruí-la, para chegar a um poder ditatorial socialista. Por isso animam e estimulam o MST, fazendo-o seu instrumento. Para fazê-lo crescer a um ponto que, amanhã, quando for tarde demais, enfrentará até as Forças Armadas, que, de reduzido efetivo, mal armadas e mal equipadas - de propósito, poderão não ter condições de contê-lo. E o objetivo dos que estão no poder - e do MST se servindo -, logo se concretizará. E o pior, no propósito jurado de defender a Pátria e as Instituições, com o sacrifício da própria vida, as FFAA se lançarão a um possível desastre pois poderemos ter uma carnificina – quem sabe(?) –, pior que em Canudos. São levas e levas, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, em todo o País; de homens e mulheres, - armados a pau, ferro e fogo, acompanhados inclusive de crianças, como escudos protetores, e muitas vezes enganados, a serviço de lideranças mal intencionadas.Os proprietários, de ordinário de fazendas produtivas, não contam com a segurança do Estado – e até têm o Estado contra eles, como nos recentes incidentes no Pará, onde a governadora - petista, se diga -, ao que se vê na mídia e na Internet, não manda cumprir, ou retarda o cumprimento de decisões da Justiça para reintegração de posse de propriedades invadidas. Os proprietários defendem-se como podem, fazendo despesas extraordinárias para pagar e armar seguranças, defendendo os seus bens, de vez que as forças do Estado lhes faltam para garantir-lhes a posse, direito que a Constituição lhes assegura.Muitos dos confrontos que o MST provoca têm sido da maior violência, inclusive com mortos e feridos, sendo exemplo marcante o chamado massacre de Eldorado de Carajás, quando a Polícia, depois julgada como assassina irresponsável, teve que reagir, em legítima defesa, acuada por contraventores da Lei, que aos policiais se lançavam, com paus, facões e foices (como se viu repetidamente nas TVs) e mesmo com armas de fogo, como se teria depois verificado.Os do MST invadem propriedades e nelas se instalam, usando e abusando dos bens alheios, matando rezes para se regalarem, ateando fogo em veículos - de simples transporte ou máquinas agrícolas de alto custo, destruindo ou furtando o que encontram pela frente. E o Executivo, tolerante e conivente, parecendo interessado no quanto pior, melhor, para os seus maus propósitos; e um Judiciário inerte e ausente, que parece também acuado, com receios, não se sabe de que (ministros contrariarem governo que os nomeou?); e um Legislativo acovardado, só receoso de perder votos.A SOCIEDADE precisa despertar e lembrar-se de que ela não está desprotegida. De que ela tem suas próprias armas e tem, mais, suas armas principais asseguradas no texto constitucional, para manterem a Lei e a Ordem. Armas a que a mesma SOCIEDADE já apelou mais de uma vez. Sempre que esteve em perigo. Armas que são do povo, QUE SÃO SUAS - pois que ela é POVO -, que jamais lhe faltaram, sempre acorrendo para o seu bem, que é o bem do BRASIL!Mas não há muito que esperar. Pode ficar tarde demais. E não valerá arrepender-se. ACORDA SOCIEDADE BRASILEIRA!

Perdão a torturados

Mais uma estúpida , grosseira, injusta e desnecessária agressão do ministro da Justiça contra as FFAA ,que se somam a tantas outras já cometidas.
Malta

Perdão a torturados
Tarso Genro pede perdão às vítimas da ditadura
Em nome do Estado brasileiro, o ministro da Justiça, Tarso Genro, pediu perdão às famílias dos desaparecidos e torturados durante a ditadura militar. Nesta terça-feira, Genro assinou termo que cria o Memorial de Anistia Política do Brasil, com um investimento de R$ 5 milhões. As informações são da Agência Brasil.
A sede do memorial será em Belo Horizonte, no prédio que pertenceu à Universidade Federal de Minas Gerais, e terá um acervo de quase 100 mil processos recebidos pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. “O Estado pede perdão para aqueles que foram torturados. Pedimos perdão às famílias que perderam algum parente. Este é o memorial das vozes que foram caladas. O Memorial de Anistia busca o direito à memória e à verdade, resgatando a importância da luta pela democracia. É a transição de uma política de reconciliação com o nosso passado”, declarou Tarso Genro.
De acordo com o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, as obras terão duas fases. A primeira será concentrada na melhoria do prédio da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, com a conclusão prevista para dezembro deste ano. Até julho de 2010 será finalizada a construção de um prédio para abrigar o centro de documentação e pesquisa.
Segundo Abreu, o objetivo do Memorial é de lutar pela implementação de políticas de reparação às pessoas que sofreram algum tipo de tortura durante o regime militar. "Nosso objetivo é promover uma reparação integrada aos perseguidos. É dever do Estado reparar o erro cometido no passado, pois é uma questão ética e moral. Uma vez que a anistia não pode ser esquecida pela sociedade”, disse.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Galula e nós


Galula e nós
Denis Lerrer Rosenfield

Muito tem se falado nos últimos tempos de uma mudança da atitude americana em relação ao Iraque e, subsequentemente, ao Afeganistão, como se a vitória de Barack Obama significasse uma ruptura, em termos militares, com a administração George W. Bush. Com a invasão do Iraque, os governantes americanos se viram diante de uma situação completamente nova. Ganhar a guerra foi fácil, pois os EUA são imbatíveis em termos de guerra clássica. O problema surgiu quando os vencedores tiveram de se enfrentar com um movimento de insurgência, para o qual não estavam minimamente preparados.
Um dos comandantes americanos que se defrontaram primeiro com essa situação foi o general Petraeus, enquanto administrador de Mossul, a segunda cidade do Iraque. Deu-se ele conta de que os instrumentos que tinha à sua disposição eram insuficientes para combater um movimento de insurgência, o terrorismo islâmico, que se constitui como um inimigo anônimo, que se alimenta de sua influência e de sua imagem perante a população. As armas convencionais mostraram-se aí insuficientes. De volta aos EUA, o general Petraeus foi designado para comandar, em Fort Leavenworth, a Divisão de Doutrina do Centro Combinado das Armas (CAC). Lá, com o general James Amos, comandante dos Fuzileiros Navais, ele empreendeu a revisão da doutrina militar americana, voltando-a para os problemas oriundos da contrainsurgência. Ora, todo esse trabalho, consubstanciado no Counterinsurgency Field Manual, do The U. S. Army e do Marine Corps, passou a orientar a atuação americana no Iraque e, agora, também no Afeganistão.
A revisão doutrinária levada a cabo partiu do livro de um tenente-coronel francês, David Galula, que na Guerra da Argélia se defrontou com a insurgência naquele país e, a partir daí, como comandante de uma cidade, começou a mudar a relação dos militares com a população. Tempos depois foi convidado a passar um tempo nos EUA, onde publicou, em 1963, o livro Counterinsurgency Warfare, Theory and Practice, que se tornou o texto de referência desta nova doutrina militar americana.
O livro de Galula, ao estudar as questões da insurgência no século 20 até 1960, refere-se aos problemas da guerra revolucionária, nos moldes marxistas, tal como esta se fez na União Soviética, na China e em Cuba. Analisa também as guerras anticolonialistas, tendo como referência os seus componentes "anti-imperialistas". Seu foco de reflexão reside em pensar como a guerrilha e os movimentos insurrecionais redefiniram os termos mesmos do que se considerava como sendo a guerra, exigindo, por sua vez, das forças militares uma readequação de sua luta e a revisão doutrinária correspondente. O problema não era mais somente militar no sentido tradicional do termo, voltado para a conquista de territórios e a eliminação de um inimigo visível, mas a conquista da população, diríamos hoje da opinião pública, tendo como contendor um inimigo invisível.
A insurgência enfrentada pelos americanos é a do terrorismo islâmico; a de Galula, a de um movimento nacionalista, fortemente ancorado na concepção comunista das guerras de libertação. Seus ensinamentos são atuais no que diz respeito ao terrorismo islâmico, porém poderíamos dizer também que sua atualidade para o Brasil consiste em que ele nos permite pensar uma insurgência operante entre nós: a do MST. Ou seja, a atuação e a organização do MST recortam várias das características que Galula atribui aos movimentos insurrecionais, numa analogia que ainda se reforça pelo fato de essa organização política compartilhar os mesmos pressupostos ideológicos dos movimentos revolucionários do século 20. O marxismo segue sendo a sua referência teórica e o objetivo a ser realizado é uma sociedade socialista autoritária, que pressupõe a eliminação do capitalismo, da democracia representativa e do Estado de Direito. A sua autoapresentação como movimento social consiste somente num disfarce, visando a ter uma influência maior na opinião pública, escondendo, dessa maneira, suas verdadeiras intenções.
Ao contrário de uma guerra convencional, uma guerra insurrecional segue regras distintas. Um movimento insurgente, sobretudo em seu começo, não necessita de um exército e utiliza poucas armas. Seu foco não reside inicialmente na conquista de um território, mas na conquista da população, da opinião pública, de tal maneira que possa desenvolver suas operações. Suas ações têm a característica de ser espetaculares, mostrando-se como contendores de respeito que inspirem poder na população em geral. O movimento contrainsurrecional não pode contar apenas com seu armamento convencional. Melhor: este se torna francamente insuficiente. Os seus meios de luta se tornam outros, voltados para a conquista da população e da opinião pública, o que significa também dizer por sua capacidade de garantir segurança e condições de bem-estar aos cidadãos em geral. Políticas sociais tornam-se meios da luta política.
Pode-se, portanto, melhor compreender a atração que o terrorismo islâmico (Al-Qaeda, Hezbollah, Hamas) exerce sobre certos partidos de esquerda e os movimentos sociais como o MST. Eles, na verdade, se reconhecem no terrorismo atual como fazendo parte de uma mesma linhagem revolucionária, agrupada no antiamericanismo, na luta contra o capitalismo. Ou seja, os que se reivindicam da revolução se reconhecem no terrorismo islâmico, exibindo uma afinidade eletiva. Eis por que a análise de Galula se reveste de particular importância para nós, na medida em que a América Latina se defronta com o renascimento de movimentos de cunho revolucionário. O terrorismo islâmico não tem, entre nós, atualidade política, mas o renascimento da tradição marxista, sim. O MST, no Brasil, é um exemplo disso, além da permanência dos irmãos Castro em Cuba e do surgimento do "socialismo do século 21" na Venezuela, fazendo discípulos na Bolívia, no Equador e no Paraguai.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS

domingo, 26 de abril de 2009

NOVOS CAÇAS


XXXNovos caças na mira do Brasil


Três modelos estão na disputa do projeto de 2 bilhões de dólares. Entre as funções, combate ao transporte de drogas
Ananda Rope e Marco Aurélio Reis
Rio - O novo modelo de caça das Forças Armadas está perto de ser escolhido. De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a decisão do governo sobre a compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira (FAB), chamado de projeto FX-2, deve ser anunciada em agosto. A Aeronáutica analisa modelos de aeronaves de três empresas — a francesa Dassault, a americana Boeing e a sueca Saab —, finalistas da licitação. Serão empregados 2 bilhões de dólares, e a entrega dos primeiros caças está prevista para 2014.“Não estamos nos armando por existência de ameaça ou inimigo, mas para promover a capacitação nacional. Queremos que o Brasil tenha capacidade tecnológica de construir esses aviões”, afirmou Jobim, em visita ao Rio, quarta-feira.A ideia principal do FX-2 é padronizar a frota de aeronaves de caça de múltiplo emprego da FAB que poderão ser usadas, por exemplo, no policiamento da Região Amazônica, para abordar aviões suspeitos de transportar drogas e armas. “Não temos preferido. A preferência será para o que apresentar a melhor proposta, melhor transferência de tecnologia e melhor análise custo e benefício”, revelou o comandante da Força, brigadeiro Juniti Saito. Das seis empresas pré-selecionadas, somente três modelos foram escolhidos: o caça F/A-18 E/F Super Hornet, da norte-americana Boeing; o Rafale, da francesa Dassault; e o Gripen, da sueca Saab. As 36 aeronaves deverão ser utilizadas por cerca de 30 anos. A aquisição de novos caças é uma necessidade porque os aviões usados hoje estão obsoletos: Mirage 2000, F-5M e A-1. Só 37% do pouco mais de 450 aviões da Aeronáutica têm condições de entrar em combate. Desses, 88% tem mais de 15 anos de uso, e parte deles são para transporte de cargas e tropas. Para combate, são 171 aviões — um para cada 50 mil quilômetros quadrados dos 8,5 millhões de quilômetros quadrados do território nacional: 12 unidades Mirage 2000 (França), 54 unidades F-5 M (EUA, modernizado pela Embraer), 55 unidades AMX ou A-1 (Embraer) e 50 unidades Super Tucano ou A-29 (Embraer). Helicópteros são 96.Fontes da Aeronáutica revelaram a O DIA que o favorito do governo para construção de caças no projeto FX-2 é o francês Rafale, da Dassault. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o francês Nicolas Sarkozy teriam até tratado do assunto, de forma reservada, antes da reunião econômica do G-20, no início deste mês.

República Federativa da Corrupção


REPÚBLICA FEDERATIVA DA CORRUPÇÃO. Doc. Nº. 82 – 2009



WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES Na situação em que se encontra o nosso País, o mais difícil é achar umapalavra que traduza o caos que estamos vivendo. Todos sabem que, nahistória universal, o homem comporta-se para satisfazer seus interesses,suas ambições e não quer saber das consequências que possam advir para oseu País ou mesmo para a humanidade. Há exemplos antigos e modernos que provam a MARCHA DA INSENSATEZ humana.Tivemos papa general que queria impor a fé pela espada e não pela VERDADEDA CRUZ. O mundo conhece as desgraças dos salvadores do mundo e que, comsuas promessas de transformação da humanidade, mataram milhões de pessoas.Hitler, Stalin, Mao, Fidel e outros assassinaram milhões, afirmando quedepois veria a felicidade. Todos sabem que quando a fórmula: DINHEIRO + SEXO + PODER = CORRUPÇÃOpassa a dominar a política, tudo é possível acontecer. Temos o domínio daINSENSATEZ e a razão deixa de existir. A POLÍTICA passa a ser um jogo defutebol, sem juiz e que a trave pode ser mudada de lugar para que o inimigonão faça gol. Tudo é válido e muitos acham que isto é DEMOCRACIA. No livroEUROPA NA GUERRA, encontramos o seguinte trecho: “Acima de tudo, a políticaé um jogo caótico, inescrupuloso e dinâmico, no qual os jogadores não sãoiguais, as traves frequentemente mudam de lugar”. O mais interessante detudo isso é que todos pensam que são sábios e que poderão enganar osadversários, que se julgam outros sábios. Vamos aos fatos. A farsa de nossa democracia se encontra nua quando relembramos: anões doorçamento, reeleição comprada, SUDAM, mensalão, sanguessuga, navalha,passagens aéreas, Celso Daniel, dólar na cueca, no avião e mala de dinheiroem hotel, ONGs, Waldomiro, cartões corporativos, Correios, Brasil Telecon,Daniel Dantas, FARC, Dossiê, Infraero e amantes e amantes com “casa de luz vermelha” e com dona de pensão alegre e outra coisas mais. Discursosinflamados, outros nem tanto. Tudo apurado e mingúem punido e o únicocriminoso de toda esta miséria humana é o FRANCENILDO que tem todascaracterísticas de um “imbecil”: não é cego, surdo e mudo mas além disso épobre. As farsas acima são até café pequeno diante do descalabro da COMÉDIAELEITORAL deste infeliz País. O GRUPO GUARARAPES fica perplexo quando secassa governador e os que assumem têm montes de processos contra eles.Grita-se contra a compra de votos e o governo federal compra voto com bolsafamília, e outras coisas mais. Governo estadual não pode usar dinheiropúblico para fazer propaganda e o governo federal gasta bilhões e aindaanda de avião para cima e para baixo com a sua candidata a presidente darepública a tiracolo.. Milhões de e-mails correm na Internet pedindo que as Forças Armadasassumam o governo; e os chefes militares calados; e o Ministro da Defesafalante gritando por democracia e não defende a decência na coisa pública. ESTAMOS SALVOS!. Os presidentes dos três Poderes da República assinaram umPacto Republicano. Apareceram na TV e deitaram falação e o povo não entendeo que é REPUBLICANO. Parece que ficou claro: REPUBLICANO É O NÃO USO DEALGEMA EM RICO mas só em POBRE.SALVE A REPÚBLICA! REPÚBLICA FEDERATIVA DA CORRUPÇÃO! ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº 12 5893, Cartório do 1º registro de títulos e documentos, em Fortaleza. Somos1.714 CIVIS – 49 da Marinha – 467 do Exército – 49 DA Aeronáutica; total2.279. In memoriam30 militares e 2 civis. http://br.mc336.mail.yahoo.com/mc/compose?to=batistapinheiro30@yahoo.com.br www.fortalweb.com.br/grupoguararapes 22. ABR. 09

PASSAGENS





Edição de segunda - feira do Alerta TotalPor Jorge SerrãoExclusivo - Não é só o Congresso Nacional quem promove a farra de gastos com as passagens aéreas para parentes, amigos, assessores ou lobistas. A Presidência da República torra uma média de R$ 270 mil reais por mês com despesas de viagem em vôos comerciais para filhos, parentes ou agregados do chefão Lula da Silva. Não se usa o Aerolula e os sucatinhas para não dar na pinta.Já vaza nos corredores do Congresso que a Presidência manda emitir de 40 a 65 passagens por mês para o deslocamento dos filhos de Lula pelo Brasil. Senadores ironizam que a turma do Planalto parece ter instituído uma ponte aérea subsidiada com Santa Catarina – onde moram a filha de Lula e o genro dele. Há registros de viagens emitidas para a Inglaterra, França, Grécia e Itália (país onde a primeira-dama Marisa Letícia e os filhos de Lula também têm nacionalidade reconhecida).A denúncia sobre a farra de passagens promovida pela turma do Lula pode vazar (ou não) a qualquer momento no Congresso. Os senadores e deputados ficaram pts da vida de se transformar nos únicos alvos da campanha da imprensa contra a farra das passagens. E já ameaçam divulgar, oficialmente, que o Presidente da República também comete seus pequenos abusos com as passagens subsidiadas pelo dinheiro público.Se a pequena farra vazar, Lula tem dois comportamentos previsíveis. Primeiro, negará que saiba de alguma coisa. Mas, caso seus aspones considerem tal procedimento normal, certamente vão utilizar argumentos de “segurança nacional” para justificar o financiamento de passagens aéreas para parentes do presidente. O General Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, que se prepare para mais dor de cabeça.

AVISO IMPORTANTE


AVISO IMPORTANTE


Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar! Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet. Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex. http://www.cartorio24horas/ .com.br Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância. DIVULGUE. É IMPORTANTE: AUXÍLIO À LISTA Telefone 102.... não! Agora é: 08002800102 Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes. .. NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO. SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO. Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo. Importante: Documentos roubados - BO dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA??? Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como: Habilitação (R$ 42,97); Identidade (R$ 32,65); Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11). Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao DETRAN p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP.

COMO SE DECOMPÕE UMA NAÇÃO

COMO SE DECOMPÕE UMA NAÇÃO
Percival Puggina
26/04/2009

Em seu relatório de 2008, a International Transparency situa o Brasil em 80º lugar, com nota 3,5 sobre 10, no ranking da corrupção. Estamos nivelados com Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia. Perdemos até para a Namíbia, Tunísia e Gana, países onde as práticas são consideradas mais corretas do que aqui. É constrangedor o que o mundo pensa de nós! Estou convencido, caro leitor, de que temos a obrigação moral de enfrentar essa pauta, refletindo sobre a realidade que os números refletem. É intenção deste artigo, portanto, identificar o que nos conduz a tão lamentável reconhecimento mundial.
Em contradição com a opinião de muitos, penso que o povo brasileiro é de boa índole. Nossa gente, em sua imensa maioria, tende a agir bem. Mas vem sendo submetida, essa boa gente, de modo sistemático, a uma estratégia perversora, cujo longo e tenebroso roteiro pode ser agrupado nos quatro conjuntos de ações que exemplifico a seguir, sem esgotar a pauta:
1. Ações pelo império do “politicamente correto”. Elas envolvem tolerar tudo, sempre, exceto a opinião do Papa. Combater a disciplina e jamais dizer “não” a si mesmo. Rejeitar a noção de limites. Inibir o exercício da autoridade nas famílias, escolas, instituições públicas e privadas. Abrandar as penas, tornar morosos os processos. Instaurar o império da impunidade. Assumir, como critério de juízo, a ideologia segundo a qual as vítimas da criminalidade são socialmente culpadas, ao passo que os bandidos são inocentes porque a sociedade os obriga a ser como são (tese do Marcola que coincide com o espírito da última Campanha da Fraternidade). Matreiro, Macunaíma, o herói sem caráter, piscará o olho.
2. Ações contra a identidade nacional. Elas envolvem reescrever a história do Brasil de modo a promover a cultura do ajuste de contas, da vingança e do resgate imediato de dívidas caducas. Denegrir o passado, borrar a imagem dos nossos grandes vultos, construir estátuas para bandidos e exibir, como novos modelos da nacionalidade, os peitos e bundas dos heróis e heroínas do BBB. Macunaíma esboçará um sorriso.
3. Ações contra a alma e a consciência das pessoas. Elas envolvem rejeitar, combater e, quando isso for inútil, tornar irrelevante a idéia de Deus. Sustentar que pecado é conceito medieval e que coisas como bem e mal são muito relativas, dependentes dos pontos de vista e da formação de cada um. Declarar obsoletos o exame de consciência, a coerência com a verdade e a retificação das condutas. Aceitar como válido que o erro de um sirva para justificar o erro de outro. Canonizar o deboche e debochar da virtude. Combater a Igreja desde fora, pela via do ateísmo militante, e desde dentro, invadindo os seminários com literatura marxista. Macunaíma rirá seu riso desalmado.
4. Ações contra a virtude. Elas envolvem atacar a instituição familiar, ambiente essencial à transmissão dos valores e assemelhá-la a uma coisa qualquer. Tornar abundante a vulgaridade. Servir licenciosidade e erotismo à infância e colocar a maior autoridade do país a distribuir camisinhas no carnaval. Evidenciar a inutilidade da Lei, tornando nítido, por todos os meios, que uns estão acima dela, que outros, sem quaisquer consequências, vivem fora dela e que outros, ainda, são credores do direito de a descumprir. Macunaíma, o herói sem caráter, rolará no chão, às gargalhadas.
ZERO HORA, 26 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

O BRASIL E A LÓGICA DO GENOCÍDIO



O BRASIL E A LÓGICA DO GENOCÍDIO
Maria Lucia Victor Barbosa
25/04/2009

A lógica do genocídio consiste na destruição total ou parcial de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Foi posta em prática pelo comunismo e pelo nazismo, sistemas que utilizaram, entre outros métodos, a revolta das massas contra determinados “malditos” que deveriam ser aniquilados ainda que isso fosse absurdo. “Creio porque é absurdo”, eis o primeiro princípio da crença ideológica formulada por Tertuliano em sua época.
A fé no absurdo se obtém através da mentira calcada num malabarismo vocabular, no qual as palavras são pervertidas para provocar um entendimento desfocado da realidade. Algo, como se nota, muito utilizado em propaganda e nos discursos de cunho totalitário.
Assim, os campos de concentração soviéticos seriam “obra de reeducação” e os carrascos “educadores aplicados em transformar os homens de uma sociedade antiga em homens novos”. Na China, a vítima do campo de concentração era denominada de “estudante que deveria estudar o pensamento justo do partido e reformar seu próprio pensamento imperfeito”. O nazismo pregava que “os judeus não são humanos”. Logo, estava justificado para os alemães o assassinato de judeus, inclusive de crianças judias, nas câmaras de gás, porque era como se dissessem: “vocês não têm direito de viver, vocês são judeus”.
A lógica terrorista do genocídio implica, pois, o exercício do terror através de um grupo designado como inimigo. Desse modo, a segregação baseada em classe se torna muito similar à segregação por raça. Tudo é justificado por um ideal, ainda que absurdo. A sociedade nazista deveria ser construída em torno da “raça pura”. A sociedade comunista futura com base no povo proletário, purificado de toda “escória burguesa”.
As monstruosidades cometidas pelo nazismo e pelo comunismo teriam ficado para trás, enterradas no século passado e servindo como advertência para que não se cometa mais abominações como a do holocausto? Teria o ser humano evoluído através da experiência aterrorizante dos horrores cometidos em passado recente? Estaria agora o homem mais compassivo, menos preconceituoso, menos sujeito à crença no absurdo na medida em que obteve espetacular evolução na ciência, na tecnologia, nos meios de transporte e de comunicação?
Nada indica que houve progresso em termos humanísticos. Exemplo disso foi a Conferência contra o Racismo (20/04 a 24/04) promovida pela ONU. Aberto o evento pelo presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, caiu por terra qualquer boa intenção que o Organismo possa ter tido, pois o que se ouviu se enquadrou na mais pura lógica do genocídio.
O déspota de fato do Irã mencionou amor e destilou ódio. Simulou humildade dizendo que perdoava os que o tinham insultado, mas os qualificou de ignorantes com sorrisos de escárnio. Acusou Israel de racista sendo ele ferrenho racista, contumaz torturador, opressor das minorias. Mas, segundo Ahmadinejad, se Israel é racista deve ser destruído. Como sempre ele negou o Holocausto, afirmando que o Estado de Israel foi criado “sob o pretexto do sofrimento de todos os judeus e da ambígua e duvidosa questão do Holocausto”. E aproveitando o momento, além de seus ataques a Israel o perigoso homenzinho defendeu o direito do Irã de controlar a tecnologia nuclear.
O discurso pleno de violência contra os judeus provocou a retirada coletiva dos representantes da União Européia e vários protestos, entre os quais, o do sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz, Elie Wiesel, que disse em relação a Ahmadinejad: “Sua presença é um insulto à decência e à humanidade”. O próprio secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, expressou seu constrangimento ao criticar o iraniano: “deploro o uso dessa plataforma pelo presidente iraniano para acusar, dividir e incitar.
A imensa delegação brasileira chefiada pelo ministro da igualdade racial, Edson Santos, não se moveu do salão de conferência e Santos ainda criticou a retirada dos europeus. Reação de se esperar, pois o Brasil, sob a influência de Marco Aurélio Garcia, nosso chanceler de fato, e sob o comando do governo petista de Lula da Silva, tem mostrado acentuada tendência ao antissemitismo. Note-se que Lula, que já deve ter dado volta ao mundo várias vezes, inclusive para visitar ditaduras islâmicas do Oriente Médio e ditaduras Africanas, nunca foi a Israel. Além disso, o Brasil votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, porém não condenou o governo genocida do Sudão. Aliás, nossa diplomacia sempre se absteve de tocar na questão dos direitos humanos, pisoteados em países como China, Cuba ou Coréia do Norte.
Dia 6 de maio, o Brasil receberá com pompas e honras o patrocinador terrorista do Hisbullah, do Hamas, da Jihad Islâmica. Será a consagração em solo pátrio da lógica do genocídio sob a aparência de negócios com o Irã. Indiferente, o povo pensará que está sendo homenageado um técnico importante de futebol. No encontro pode ser que Lula, num agrado ao companheiro Ahmadinejad, ataque de novo os irracionais brancos de olhos azuis, pois os petistas, sejamos justos, sabem de forma exponencial acusar, dividir e incitar.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br

sexta-feira, 24 de abril de 2009

AMAN


AMAN

Em 1808, a chegada do Príncipe Regente D. João e sua Corte ao Brasil trouxe uma nova fase de desenvolvimento no Brasil Colônia. Entre as iniciativas levadas a bom termo pelo Regente, destaca-se a Carta Régia de 4 de dezembro de 1810, por meio da qual foi criada a Academia Real Militar, raiz histórica da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Era Ministro da Guerra o Conde de Linhares, que providenciou a instalação daquele estabelecimento no Rio de Janeiro, na Casa do Trem, atual Museu Histórico Nacional, a 23 de abril de 1811 - data considerada como do aniversário da AMAN. Foi seu primeiro dirigente o Tenente-Coronel Carlos Antônio Napion, atual patrono do Quadro de Material Bélico do Exército. Em 1812, a Academia teve sua sede transferida para um edifício do largo de São Francisco, onde atualmente funciona a Escola de Engenharia. Foi ali que estudou, entre 1818 e 1821, Luiz Alves de Lima e Silva - o Duque de Caxias - patrono do Exército Brasileiro. Após a proclamação da independência do Brasil, a Academia passou a denominar-se Imperial Academia Militar, até 1832, quando teve seu nome modificado para Academia Militar da Corte. Em 1839, passou a ser denominada Escola Militar.
Já com a República instaurada no País, depois de um período agitado entre 1922 e 1930, foi nomeado comandante da Escola Militar, agora no Realengo, o então coronel José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque, que imprimiu profundas reformas na Escola: concedeu aos alunos o título de cadete, criou o Corpo de Cadetes e seu respectivo Estandarte azul turquesa, criou um uniforme específico para o cadete - o "azulão", cópia de um uniforme do Império - e idealizou o Espadim como arma de uso e privilégio exclusivo do cadete, materializando-a como cópia fiel reduzida da espada de campanha utilizada pelo Duque de Caxias como general - o símbolo da própria honra militar.
Em 1931, o coronel José Pessôa teve por ideal transferir a sede da Escola Militar para Resende, buscando maior espaço físico e melhor localização geoestratégica. Assim, uma vez que é importante sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade, iniciou-se a construção da nova Escola Militar em Resende em 1938. Foi então criada a Escola Militar de Resende e declarada extinta a Escola Militar do Realengo. Dessa forma, teve início, em 1944, o funcionamento da Escola sediada no município de Resende, sendo seu primeiro comandante o então coronel Mário Travassos.
Em 23 de abril de 1952, foi assinado um decreto que transformou a Escola Militar de Resende em Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concretizando a aspiração do general José Pessôa, germinada em 1931.
(http://www.aman.ensino.eb.br/)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

COMPRA DE AVIÕES MILITARES


Ministro confirma prazo para compra de aviões militares
23/04/2009 - 12:21 - Agência Estado




O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que está mantida para agosto a decisão sobre o processo de compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira, chamado de Projeto F-X2. A FAB analisa modelos de três empresas - a francesa Dassault, a americana Boeing e a sueca Saab -, finalistas da licitação. A entrega dos primeiros caças está prevista para 2014. Jobim voltou a defender a renovação da frota de caças. Segundo ele, isso representa importante oportunidade de impulsionar a indústria nacional. O acordo com a empresa vencedora vai prever a transferência de tecnologia para o Brasil.

SAUDAÇÃO AOS GENERAIS PROMOVIDOS



SAUDAÇÃO AOS GENERAIS PROMOVIDOS
Gen Darke - Ch EME

Senhores Generais recém-promovidos,
Nesta oportunidade solene, carregada de simbolismo e tradição, a Força Terrestre realiza, mais uma vez, o saudável e imprescindível revigoramento de seus quadros, ascendendo doze Coronéis ao posto de General-de-Brigada.
Após criterioso e exaustivo processo de avaliação e seleção, concorrendo com companheiros de turma de destacados e sólidos méritos, não promovidos somente em face do limite legal de vagas, Vossas Excelências foram alçados a um patamar ainda de maior relevância na hierarquia militar – o generalato.
No dia de hoje, a Instituição Exército Brasileiro formalmente lhes reconhece o valor profissional, a dedicação ao serviço e o exemplo pessoal de todos os senhores.
Ao longo de uma vida dedicada, com exclusividade, à atividade castrense, cada um dos agora promovidos ratifica as escolhas realizadas há algum tempo, ao fazer, da farda, uma segunda pele; dos companheiros, uma segunda família; do quartel, um segundo lar e do dever, a sagrada prioridade.
Em face desse relicário de valores positivos, o Exército Brasileiro, solenemente, confere-lhes a espada de General como símbolo da autoridade austera, mas humana; forte, mas solidária; altiva, mas humilde.
Recebam-na com justificado orgulho, pois ela é a síntese e a expressão mais viva e sublime das virtudes do soldado brasileiro, patenteada em carta de nosso Patrono ao Visconde do Rio Branco, oportunidade em que manifestou a vontade de quebrar sua invicta espada se não lhe pudesse mais servir para desafrontar e defender seu País.
O sabre de campanha do Duque de Caxias, modelo da espada que Vossas Excelências receberão, dentro em pouco, das mãos de seus paraninfos, foi forjado na rija têmpera da moral, da ética e da cidadania, tal qual a Força Terrestre.
A Nação Brasileira passa a depositar em seus ombros uma responsabilidade ainda maior − a de manter o Exército voltado para suas lides profissionais, fiel à sua destinação constitucional, apolítico, flexível em sua organização e moderno em sua concepção, sempre leal e parceiro dos mais puros anseios da sociedade brasileira e legítimo instrumento de nossa soberania.
Senhores Generais,
A força de um general, como sugere Clausewitz, deve ser animada por alguma grande razão, seja a ambição lúcida, como em César; o gosto pela vitória, como em Napoleão ou o orgulho frente a uma derrota, como em Frederico, o Grande. De Vossas Excelências, a Nação espera, ainda, outras motivações, seja o desprendimento de Sampaio, o respeito pelo oponente de Osório ou o espírito conciliador de Luiz Alves.
De Vossas Excelências, o Exército espera muito.
Meus caros Generais-de-Brigada recém-promovidos,
Impõe-se ao Chefe de hoje não perder de vista a realidade da Nação Brasileira, inserida no contexto do mundo globalizado. Ao enfrentarem os diversificados desafios do presente, inspirem-se nas conquistas de nosso passado, no exemplo daqueles que, com inexcedível dignidade, antecederam-nos e legaram-nos um Exército vitorioso, partícipe de nossa evolução histórica e formado por brasileiros de todos os segmentos de nossa sociedade, no qual credo, raça, origem ou nível social, longe de nos estratificarem, são matizes amalgamadores da gente verde-oliva.
A presença de jovens Cadetes, legítimos herdeiros do mais nobre legado castrense, representa unidade de pensamento e devotamento e traz um significado que transcende em muito a matéria, ressaltando os mais atávicos valores que, desde Guararapes, forjam a Força Terrestre.
Dirijo, agora, minha mensagem aos queridos familiares. A eles cabe significativa e decisiva parcela no êxito por todos obtido. Estiveram sempre presentes, nos momentos alegres e nos difíceis. A eles coube estimular e desafiar; orientar e encorajar; acalentar e confortar.
Na jornada que ora se inicia, semelhante papel os aguarda. A eles, o agradecimento penhorado do Exército.
Por fim, evoco Cícero. Quatro eram, a seu ver, os predicados que deveria ter um bom general: perícia militar, valor profissional, autoridade serena e proteção dos deuses. Os três primeiros, como é sabido, Vossas Excelências já os demonstraram sem limites; rogo, assim, ao Deus Único, que continue a iluminar o caminho de todos, ampliar mais e mais os novos horizontes, proteger as decisões, manter límpidas a razão e a emoção e impedir que o canto das sereias que ensandeceu Ulisses não os desvie do caminho da honra e do dever.

SERVIÇO VOLUNTÁRIO



COMISSÕES / CCJ22/04/2009 - 16h
CCJ aprova serviço voluntário para maiores de 18 e menores de 23 anos
Os maiores de 18 anos e menores de 23 anos, de ambos os sexos, poderão ser admitidos como voluntários à prestação dos serviços administrativos e auxiliares de saúde e de defesa civil nas polícias militares e nos corpos de bombeiros militares. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (22), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa.
Pela lei 10.029/00, podem prestar esse tipo de serviço voluntário homens, maiores de 18 e menores de 23 anos, que excederem às necessidades de incorporação das Forças Armadas, e mulheres nessa mesma faixa etária.
O projeto (PLS 316/03), de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), permite a admissão como voluntários dos menores de 23 anos, que tenham prestado serviço militar obrigatório, e maiores de 18 anos e menores de 23 anos, de ambos os sexos. O trabalho seria realizado mediante remuneração mensal.
"Com a nova redação, contempla-se, também, o efetivo que tenha prestado o serviço militar obrigatório, o qual, por este fato mesmo, já recebeu, em grande parte, o treinamento necessário à assunção de serviços de cuja falta se ressentem os Estados e o Distrito Federal", justificou Simon.
Em seu parecer, Ideli Salvatti (PT-SC) lembra que pela legislação, os voluntários têm direito ao recebimento de auxílio mensal de, no máximo, dois salários mínimos, conforme fixado pelo respectivo Estado ou pelo Distrito Federal.
Forças Armadas
Pedido de vistas adiou a votação, nesta quarta, de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 53/04) que proíbe, pelos próximos dez anos, quaisquer limitações à execução das dotações orçamentárias consignadas aos programas de reaparelhamento, modernização, pesquisa e desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas, bem como a constituição de reservas de contingências com recursos dos fundos vinculados à instituição.
A PEC (53/04), cujo primeiro signatário é o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), tramita em conjunto com a PEC 85/03, cujo primeiro signatário é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Em seu parecer, o relator, senador Pedro Simon, acata a PEC 53, por considerá-la mais abrange.
Durante a discussão da matéria, vários senadores se posicionaram contra o contingenciamento de recursos para as Forças Armadas. Romeu Tuma (PTB-SP) lembrou que recentemente as Forças Armadas foram obrigadas a reduzir seu efetivo por falta de recursos.Inácio Arruda (PCdoB-CE) acrescentou que dez anos é um prazo curto para atender as necessidades de reaparelhamento militar. Antônio Carlos Junior (DEM-BA) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ressaltaram a importância de a Câmara analisar proposta já aprovada no Senado, de se criar o Orçamento Impositivo. Atualmente, a lei orçamentária é autorizativo, o que significa que o Executivo não é obrigado a realizar as despesas previstas pelo Congresso.
- O orçamento hoje é uma peça de ficção. Gostaria de sugerir uma reunião do presidente do Senado com o presidente da Câmara para dar prosseguimento à votação da proposta naquela casa.
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal já determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve priorizar, no Orçamento, setores que não podem ser objeto de contingenciamento.

DILMA ROUSSEF



21/04 - Dilma Roussef e as organizações terrorista nas quais militou-1ª Parte


Produzido pela editoria do site http://www.averdadesufocada.com/ - Autorizada a divulgação desde que mantido o texto na íntegra e o nome do site. "Dilma questiona autenticidade de ficha sobre sua prisão pelo regime militar
PAULO PEIXOTO da Agência Folha, em Belo Horizonte
Texto completo
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) questionou a autenticidade de um dos documentos referentes à sua prisão pelo regime militar publicado, com outros quatro, em reportagem da Folha no dia 5. Segundo a ministra, a ficha em que ela aparece qualificada como "terrorista/assaltante de bancos" e da qual consta o carimbo "capturado" sobre a sua foto é uma "manipulação recente". Dilma disse que o documento não consta dos arquivos em que ela mandou pesquisar. "A ficha é falsa, é uma montagem. (...) Estou, atualmente, numa discussão, tentando ver com a Folha de S.Paulo de onde eles tiraram aquela ficha, porque até agora ela não está em nenhum dos arquivos que pelo menos nós olhamos. Então, ela não é produto nem daquela época, ela é produto recente, manipulado, de órgãos ou de interesses escusos daqueles que praticaram esses atos no passado", disse a ministra em entrevista à radio Itatiaia, de Belo Horizonte.
Ex-integrante do movimento VAR-Palmares, adepto da luta armada contra a ditadura, Dilma negou participação em ações criminosas realizadas em São Paulo e atribuídas a ela na ficha. "Eu nunca militei em São Paulo nesse período que eles relatam na ficha. Eu morava em Minas. Tem datas aí [na ficha], de 1968, que eu não só morava aí [em BH] como estudava na Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Tinha endereço certo e sabido."
Na sua reportagem, a Folha informava, na legenda sob a reprodução do documento, que a ministra não havia cometido crimes a ela imputados. Dilma disse ainda que, embora tenha ficado presa por seis anos, "infelizmente ou felizmente", nunca foi julgada por participação em ações armadas. "Nunca fui julgada por nenhuma ação armada ou por um assalto a banco, porque as minhas circunstâncias foram essas, não os cometi." (...)
(...)Dilma completou: "Muitas vezes as pessoas eram perseguidas e mortas... E presas por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas. O meu caso não é de ação armada. O meu caso foi de crime de organização e de opinião, que é, vamos dizer assim, a excrescência das excrescências da ditadura".
Nota da Redação - Tão logo a ministra colocou em dúvida a autenticidade de uma das reproduções publicadas, a Folha escalou repórteres para esclarecer o caso e publicará o resultado dessa apuração numa próxima edição.
Comentário do site:
Diante dessa polêmica o site www.averdadesufocada.com resolveu publicar uma série de matérias sobre as organizações subversivo-terroristas em que em que a ministra Dilma Rousseff militou de forma bastante ativa - a POLOP, o COLINA , a VPR e a VAR-Palmares. Quanto a veracidade da ficha em questão, deixamos aos nossos leitores dados para que façam uma avaliação a respeito da responsabilidade da militante Dilma Rousseff ao aderir âs organizações que praticaram assaltos, assassinatos, sequestros, "justiçamentos", atentados a bombas, sabotagens e outros crimes. Como os leitores do site podem observar as pessoas dessas organizações não eram presas por crime de opinião. Algumas, mesmo não participando dos atos propriamente ditos, eram presas por crime de apoio logístico, planejamento e organização das ações armadas.
Leia nesse site o artigo "Operação Limpeza de Arquivo" na sessão Vale a pena ler de novo

Dilma Rousseff e sua turma
A Política Operária – POLOP
A primeira organização que encantou a adolescente Dilma Rousseff foi a POLOP.
A Política Operária - POLOP-, que teve origem no Partido Socialista Brasileiro, foi fundada em 1961, e já agia muito antes da Contra-Revolução de 1964. Em 12 de março de 1963, apoiou e orientou a subversão dos sargentos em Brasília - 600 militares , entre cabos, sargentos e suboficiais da Marinha e Aeronáutica, apoiados pelo dirigente da POLOP Juarez Guimarães de Brito, que se deslocou do Rio de Janeiro para Brasília, se rebelaram e ocuparam a cidade. Dominada a rebelião duas pessoas estavam mortas;o soldado Divino Dias dos Santos e o motorista civil Francisco Moraes. Ainda nessa época, a POPLOP concitou o PCB, através de uma "Carta Aberta", a romper com o reformismo e com o governo de João Goulart.
Logo após, a POLOP passou por uma fase de muita polêmica quanto às linhas de ação a serem seguidas para decidir o melhor método para implantação do comunismo no Brasil. Uma ala defendia a formação de uma Assembléia Nacional Constituinte e outra dava prioridade à luta armada .
Em 1965, com 17 anos, Dilma entrou para Escola Estadual Central, um centro de agitação do movimento estudantil secundarista, e começou sua doutrinação. Dois anos depois militava na Política Operária - POLOP-, influenciada, entre outros movimentos, pelo livro que incendiou o mundo - Revolução na Revolução - de Régis Debray, que difundia a teoria do foquismo" - a guerrilha de pequenos grupos - os focos -, para expropriar e terminar com a burguesia. Dilma, aos 20 anos, inclinou-se para a luta armada e juntou-se ao grupo que optou pela violência.
Em abril de 1968, os militantes da POLOP de Minas Gerais e da Guanabara, e do Movimento Nacional Revolucionário - MNR - de Brizola se reuniram e entabularam negociações para a criação de uma nova organização político militar. Ao mesmo tempo, o pessoal da POLOP/GB realizou uma Conferência, na qual foi aprovado o documento "Concepção da Luta Revolucionária", onde ficou praticamente aprovada a linha política da futura Organização Político Militar - OPM. O documento definiu a revolução brasileira como sendo de caráter socialista e o caminho a seguir o da luta armada, através do foco guerrilheiro, visto como "a única forma que poderá assumir, agora, a luta armada revolucionária do povo brasileiro".
O processo para a tomada do poder iniciar-se-ia com a criação de um pequeno núcleo rural -: o foco -, que, através do desencadeamento da luta armada no campo, cresceria e se multiplicaria com a conscientização das massas, até a constituição de um Exército Popular de Libertação. As cidades eram vistas como fontes para o apoio logístico e a guerrilha urbana nelas desencadeadas serviria para manter ocupadas as forças legais. Os atos de terrorismo e sabotagem deveriam obedecer a um rígido critério político, estabelecido pelo comando da OPM.
Criação do Comando de Libertação Nacional – COLINA
Em julho de 1968, esses dissidentes da POLOP realizaram um Congresso Nacional num sítio em Contagem, Minas Gerais no qual foi criado o Comando de Libertação Nacional – COLINA -, com o seu Comando Nacional – CN - integrado por Ângelo Pezzuti da Silva e Carlos Alberto Soares de Freitas, em Minas Gerais, e Juarez Guimarães de Brito e Maria do Carmo Brito, na Guanabara.
Diretamente ligado ao Comando Nacional - CN -, foi criado:
Setor Estratégico, subdividido em:
a- Comando Urbano que era constituido pelo Setor Operário e Estudantil. Esse setor era o responsável pelo trabalho de massa nas fábricas, empresas, sindicatos, faculdades, etc. Esse trabalho era executado pelas células, por meio das atividades de recrutamento e de agitação e propaganda. O setor editava o jornal "O Piquete".
b- Comando militar era composto pelos Setores de Levantamento de Áreas; Inteligência; Expropriação; Terrorismo e Sabotagem; e Logistico.
- Setor de Levantamento de Áreas era encarregado de estudar e selecionar as áreas favoráveis à implantação dos focos guerrilheiros.
- Setor de Inteligência falsificava documentos e planejava as ações armadas, levantamento de locais e hábitos de personalidades.
- Setor de Expropriação era o responsável pela execução das ações armadas, como os assaltos e os sequestros, que visavam obter recursos financeiros e material bélico para a organização.
- Setor de Terrorismo e Sabotagem era o encarregado da preparação dos engenhos explosivos e da execução dos atos terroristas e sabotagem.
- Setor Logístico preocupava-se em dar apoio à organização, como o estabelecimento de aparelhos e a distribuição de recursos materiais.
A partir de setembro de 1968 o Setor de Levantamento de Áreas deu início a uma série de viagens pelo interior do país, a fim de selecionar as regiões mais favoráveis à instalação de guerrilhas. Após estudar mais de sete estados, o COLINA se decidiu, em junho do ano seguinte, por uma região de mais de 100 mil km2 , englobando diversos municípios do Maranhão e de Goiás - Imperatriz, Porto Franco, Barra do Corda e Tocantinópolis
Dilma Rousseff e Comando de Libertação Nacional- COLINA
Os dissidentes que optaram pela luta armada reuniram-se em torno da nova organização. Entre esses dissidentes estava Dilma Rousseff., filha de Peter Rousév, um advogado, filiado ao Partido Comunista Búlgaro, que, no Brasil, mudou seu nome para Pedro Rousseff. Em Minas, Pedro Rousseff casou, teve três filhos, e fixou-se em Belo Horizonte, onde ganhou dinheiro com obras na Siderúrgica Mannesmann.
Dilma e os dois irmãos tinham uma vida de família de classe média alta, eram atendidos por três empregadas e moravam em uma casa espaçosa. Dilma estudou no colégio Sion, de freiras, onde as moças só falavam com as professoras em francês.
Continuando sua capacitação política, um dos seus doutrinadores foi Apolo Hering, dirigente do Colina. Ele lhe ministrava aulas de marxismo, quando Dilma ainda era secundarista.
No meio subversivo conheceu o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, que também optara pela luta armada. Galeno serviu ao Exército por três anos e, também militou na POLOP. Atuou ativamente na sublevação dos marinheiros. Esteve preso por cinco meses na Ilha das Cobras, durante a Contra-Revolução. Depois disso, obteve Habeas Corpus, foi solto e voltou a Belo Horizonte, onde foi trabalhar no jornal Ultima Hora, tendo como chefe Guido Rocha, um dos principais líderes da POLOP, que Galeno conhecera quando ambos estiveram presos.
Dilma e Galeno um ano depois se casaram. Firmava-se a Dilma guerrilheira, correndo da polícia, fazendo passeata para apoiar os operários em greve em Contagem e enfrentando a polícia. A dupla prometia. Galeno, em entrevista à revista Piaui, declarou que aprendera a fabricar bombas na fármácia de seu pai.
Ela tinha tarefas específicas no COLINA: a confecção do Jornal O Piquete, a preparação das aulas de marxismo absorvidas na doutrinação do dirigente do COLINA, Apolo Hering. Tinha também aulas sobre armamentos, tiro ao alvo e explosivos. Grande parte dessas aulas era ministrada nos arredores de Belo Horizonte pelo ex-sargento da Aeronáutica João Lucas Alves .Além de dar instruções de técnicas de guerrilha à Dilma, Galeno, em entrevista à Revista Piauí, demonstra mais que uma simples relação de militância com João Lucas Alves ,e sim intimidade, quando declara :
"O João Lucas ficava hospedado em nossa casa".
Para quem não sabe, João Lucas Alves foi um dos executores do major do exército alemão Edward Ernest Tito Otto Maximilian von Westernhagen, em 01/07/68, que fazia curso de Estado Maior, na Praia Vermelha, RJ, e que foi morto por engano, ao ser confundido com um militar boliviano, que também fazia o mesmo curso e que era acusado de ter morto Che Guevara. O crime ficou sem autoria declarada até bem poucos anos. Foi preciso Jacob Gorender, também militante da luta armada – PCBR - , em seu livro Combate nas Trevas, publicar um segredo guardado a sete chaves: a organização responsável por este assassinato foi o COLINA , e o nome de dois dos quatro autores do crime .Leia nesse site o artigo " dentificado o terceiro assassino do Major alemão", na Sessão Vale a pena ler de novo.
Dilma e Galeno viviam perigosamente rodeados de gente que não pretendia, como motivação principal, derrubar o governo militar, mas instalar um regime marxista leninista, como pregavam os estatutos da organização na qual militavam ativamente. Seu apartamento era visitado pela cúpula do COLINA. Derrubar o regime militar era o pretexto para atrair militantes para a causa principal - instalar uma ditadura nos moldes de Cuba -, que para ser melhor aceita era rotulada de regime socialista. Para isso, faziam treinamentos práticos e de capacitação política.
Gilberto Vasconcelos afirma que conheceu Dilma "em um desses cursos de revolução".
Observação: o filho de Gilberto Vasconcelos, Giba para os íntimos, é hoje Subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil.( Revista Piauí )
Embora o COLINA tivesse conseguido recrutar adeptos em Porto Alegre, Goiania e Brasília nunca deixou de ser uma organização política militar tipicamente mineira, com um núcleo na Guanabara – RJ -, onde havia recrutado um grupo de ex-militares que já tinha atacado duas sentinelas: a primeira , em 17 de março de 1968, no Museu do Exército, na Praça da República , a qual foi baleada por Antonio Pereira Mattos e teve o seu FAL roubado; e a segunda em 23 de maio do mesmo ano, na Base Aérea do Galeão, quando foi roubada a sua pistola.45.
Dentre as ações do COLINA , em 1968, podem ser destacadas: em 28 de agosto, assalto ao Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, agência Pedro II , em Belo Horizonte; em 4 de outubro, assalto ao Banco do Brasil, na cidade industrial de Contagem, em MG; em 18 de outubro, dois atentados a bomba em Belo horizonte, nas residências do Delegado Regional do Trabalho e do Interventor dos Sindicatos dos Bancários e dos Metalúrgicos; em 25 de outubro, no Rio de Janeiro, Fausto Machado Freire e Murilo Pinto da Silva assassinaram Wenceslau Ramalho Leite, com quatro tiros de pistola Luger 9mm, quando lhe roubavam o carro; e, em 29 de outubro, assalto ao Banco Ultramarino, agência de Copacabana, no Rio de Janeiro.
A Organização de Dilma tinha algumas armas, algum dinheiro e algumas dezenas de militantes dispostos a tudo No dia 14 de janeiro de 1969, praticaram, simultâneamente, dois assaltos: aos Bancos da Lavoura e Mercantil de Minas Gerais, em Sabará, onde roubaram 70 milhões de cruzeiros. Participaram dessas ações os seguintes militantes do COLINA: Ângelo Pezzuti da Silva, Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Antonio Pereira Mattos, Erwin Rezende Duarte, João Marques Aguiar, José Raimundo de Oliveira, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, Nilo Sérgio Menezes Macedo, Maria José de Carvalho Nahas, Pedro Paulo Bretas e Reinaldo José de Melo.
Nessa mesma noite, Ângelo Pezzuti da Silva, principal dirigente do COLINA, foi preso. Suas declarações possibilitaram a prisão de diversos membros do COLINA, dentre os quais, José Raimundo de Oliveira, do Setor de Terrorismo e Sabotagem, e Pedro Paulo Bretas e Antonio Pereira Mattos, do Setor de Expropriação.
Esses depoimentos levaram a polícia a desbaratar três "aparelhos" do COLINA, em Belo Horizonte, na madrugada de 29 de janeiro de 1969. A uma hora, onze policiais dirigiram-se ao "aparelho" da Rua Itaí, "entregue" por Ângelo Pezzuti, onde só encontraram documentos da organização. Às duas horas e trinta minutos, foram para o "aparelho" delatado por Pedro Paulo Bretas, na Rua XXXIV, número 31 onde encontraram explosivos, armas e munições. Às quatro horas, reforçados por três guardas-civis, de uma rádiopatrulha, os policiais chegaram ao terceiro "aparelho", na rua Itacarambu, 120, também entregue por Pedro Paulo Bretas. No local sete militantes estavam reunidos planejando uma linha de ação para resgatar Ângelo Pezuti da prisão.
No local, ao se prepararem para invadir o "aparelho", os policiais foram recebidos por rajadas de uma metralhadora Thompson, disparadas por Murilo Pinto da Silva, irmão de Ângelo Pezzuti. Esses tiros atingiram mortalmente o Subinspetor da polícia Cecildes Moreira de Faria e o Guarda-Civil José Antunes Ferreira, e feriram gravemente o investigador José Reis de Oliveira. No local foram encontrados armas munições, fardas da PM, documentos do COLINA e dinheiro dos assaltos. Na ação foram presos os seguintes militantes: Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Maurício Vieira de Paiva (ferido com dois tiros), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, Jorge Raimundo Nahas e sua esposa Maria José de Carvalho Nahas.
O ano de 1969 seria crítico para o COLINA. Uma sequência de prisões debilitaria a organização forçando a sua fusão por um pequeno período com a VPR e, posteriormente, a formação da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares – VAR-Palmares.
Após o assalto ao Banco da Lavoura de Sabará, o cerco começou a apertar. Dilma e Galeno começaram a tomar mais cuidado passando a dormir cada noite em um lugar diferente. Como Ângelo Pezzuti e outros membros do COLINA frequentavam o apartamento de Dilma e Galeno, eles destruiram documentos e tudo que pudesse ligá-los à organização e naquela noite já não dormiram em casa. Passaram algum tempo escondidos. Depois a organização determinou sua ida para o Rio de Janeiro. Primeiro seguiu Galeno, depois Dilma, ambos de ônibus. Entravam para a clandestinidade.
No Rio de janeiro, o casal fazia parte dos "deslocados" - militantes transferidos de outros locais por serem procurados. Entre eles estava Fernando Pimentel, que viria a ser prefeito de Belo Horizonte.
Quem recebeu os "deslocados" do COLINA no Rio de Janeiro foram os dirigentes Juarez Brito e Maria do Carmo, mas, como eram muitos, não havia como alojá-los . Dilma e Galeno moraram em um pequeno hotel e depois em um apartamento, até Galeno ser transferido pela organização para atuar em Porto Alegre, em contato com uma célula dissidente do "Partidão".
Dilma continuou no Rio, ajudando a direção do COLINA. Transportava armas, dinheiro e munição para os militantes. Participava de reuniões, redigia documentos e discutia ações da organização. Em uma dessas reuniões conheceu o advogado Carlos Franklin Paixão Araújo e começaram um namoro que a levou ao fim seu casamento com Galeno.
Próximos capítulos : Dilma, a VPR e a VAR-Palmares
Fonte
Projeto Orvil
Revista Piauí
A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça.- Carlos Alberto Brilhante Ustra

quarta-feira, 22 de abril de 2009

DIA DO EXÉRCITO



Dia do Exército


O Exército Brasileiro surgiu com a vitória do País na 1.ª Batalha dos Guararapes, em 19 de abril de 1648, expulsando os invasores holandeses, nos Montes Guararapes, no Estado de Pernambuco.Desde os primórdios da colonização portuguesa na América, desenvolveu-se em terras brasileiras uma sociedade marcada pela intensa miscigenação. O sentimento nativista aflorou na gente brasileira, a partir do século XVII, quando brancos, índios e negros, em Guararapes, expulsaram o invasor estrangeiro.Os momentos épicos ali vividos encerram profundo significado para o Exército. Representam ideais cultuados há 361 anos no coração e na alma de cada um dos seus integrantes: fé, bravura, honra e Pátria.O Exército, sempre integrado por elementos de todos os matizes sociais, nasceu com a própria Nação e, desde então, participa ativamente da história brasileira. Na atualidade, o Exército Brasileiro consolida sua individualidade. Exercita e desenvolve uma doutrina militar genuinamente nacional, gerada com base em perspectivas de emprego realistas, e tem procurado evoluir sua concepção estratégica de maneira compatível com as demandas do futuro.No dia 19 de abril, o Exército comemora o aniversário de sua formação. Fará este ano 361 anos e a 6.ª Circunscrição de Serviço Militar (6.ª CSM) e o Tiro de Guerra de Bauru (TG 02-054) comemorarão a data com uma formatura hoje, 17 de abril de 2009, às 9h15, no Pátio de Formatura do Tiro de Guerra. A atividade contará com a participação da Banda de Música do 37.º Batalhão de Infantaria Leve (37.º BIL), de Lins/SP, e de uma exposição de material militar. O evento será aberto ao público e às escolas. O autor, Tenente-coronel Henrique Ribeiro Rhoden, é chefe da 6.ª Circunscrição do Serviço Militar - CSM
Tenente-coronel Henrique Ribeiro Rhoden

A ATUAÇÃO DA FEB NA ITÁLIA


MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DO EXÉRCITO


A ATUAÇÃO DA FEB NA ITÁLIA

Cumpriremos a tarefa de dissertar sobre os feitos da FEB nos campos da Itália, dividido em quatro tópicos.
Inicialmente, veremos as Preliminares da Guerra. A seguir abordaremos a Organização da FEB, para passarmos à atuação de nossa Força nas quatro fases por ela vividas em solo italiano. Daremos um destaque especial aos combates de MONTE CASTELLO e MONTESE para, finalmente, concluirmos.

A) PRELIMINARES DA GUERRA

Ao final da década de 30, ideologias totalitárias se expandiam pela Europa. Hitler denunciou os Tratados de Locarno e Versalhes, tachando-os de "diktat" – "ditado" e não tratado; e, sentindo-se espoliado em terras e em soberania, levantou a Alemanha para a derrubada daqueles Protocolos. Em seis anos de poder, de 1933 a 1939, preparou a nação germânica para a Guerra. Recuperou a Renânia e anexou a Áustria e os sudetos da Tchecoslováquia. Assinou com Stalin, em 1939, um pacto de não agressão e invadiu a Polônia através do corredor de Dantzig.
Os Aliados, após fracassadas as gestões diplomáticas, declararam guerra à Alemanha.
Em 1940, os alemães desfecharam a ofensiva aos Países Baixos que se renderam, contra a França que capitulou e à Inglaterra que sofreu sistemáticos ataques aéreos.
Ao tempo dessas ações, a Itália de Mussolini aliou-se à Alemanha e desencadeou operações militares contra a Grécia e a África. O Japão, em 1941, atacou a base norte-americana de Pearl Harbor, fazendo com que os Estados Unidos da América, até então neutro, participasse do conflito.


Em vista do Tratado de Havana, de 1930, o Brasil solidarizou-se com os EUA – que havia sido atacado e rompeu relações com o Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
Diante dessa atitude, não levou muito tempo para sofrermos as represálias do inimigo. Em sete meses, pagávamos o preço da solidariedade continental, hipotecada por força de Tratado: foram afundados 19 navios brasileiros, particularmente ao longo de nosso litoral. 740 vidas foram ceifadas, sem declaração de guerra, pelos torpedos de submarinos inimigos. O clamor público se fez sentir em todo um país de 40 milhões de habitantes, fruto de uma comoção generalizada.
Assim, é declarado, em 22 de Agosto de 1942, o estado de guerra contra os países do Eixo, quando os exércitos inimigos venciam na África, Europa e Ásia, com os nazistas ameaçando Moscou. Estávamos em guerra...
Mister se faz, para que possamos compreender o esforço hercúleo despendido pelo Brasil, naquela época, que recordemos o que era o nosso País quando da declaração do estado de beligerância.
Deixemos a palavra com o Gen Octávio Costa que escreveu, em 1975, valioso livro sobre a FEB, de título: "Trinta Anos Depois da Volta":
"O Brasil continuava sendo o eterno país do futuro. Éramos uma nação extremamente pacifista, cujo Exército havia disparado seu último tiro, em 1870, nos campos do Paraguai. Desde o início da década de 20, aqui estava uma operosa Missão Militar Francesa, que montara, no Exército, o admirável sistema de ensino militar que responde pelo excelente nível cultural de nossos oficiais.
A organização, os regulamentos, os processos de combate, a doutrina, afinal, era francesa, fortemente impregnada de conceitos defensivos.
O armamento, de diferentes procedências. Os canhões eram alemães e franceses, Krupp ou Schneider 75mm, o fuzil Mauser 1908, morteiro Brandt, metralhadora Madsen ou Hotckiss – quase tudo viera da Europa, salvado na I Guerra de 1914 a 1918. A Marinha de Guerra limitava-se quase exclusivamente, aos velhos e obsoletos encouraçados "Minas Gerais" e "São Paulo" e a Aeronáutica, ainda vinculada às forças de terra e mar, mal começava a nascer.

Esse era o Brasil de antes da guerra, contemplativo e pobre, pessimista e preguiçoso, inquieto e contraditório, marcado de preconceitos e complexos, às vezes visionário, quase sempre "Jeca Tatu" (Personagem de Monteiro Lobato).
Foi nesse quadro, nada alentador, que recebera nosso País a incumbência de preparar um Corpo de Exército de 60.000 homens (3 Divisões de Infantaria) para envio ao TO (Teatro de Operações) Europeu e de continuar apoiando seus aliados, por meio de matérias-primas e da utilização de bases aéreas, particularmente as do Nordeste – tão vulnerável após a conquista do Norte da África, pelos alemães.
Célere, 180.000 homens são mobilizados para a guerra. O saliente nordestino, em vista de sua grande vulnerabilidade, é densamente mobiliado por Unidades recém-criadas.
As dificuldades são enormes. Das 3 Divisões de Infantaria anteriormente cogitadas, nosso País consegue armar e adestrar, a duras penas, somente uma Divisão.
Os agentes da quinta-coluna desencadearam violenta campanha contra a FEB.
Eram tempos de super-valorização do que era alienígena – tempos de se cantar tangos e boleros, de se admirar o que era francês e norte-americano. Nos estados sulinos existiam quistos raciais, favorecendo as ações pan-germanistas. Havia cidades em que até o ensino era ministrado em alemão. O Reich Nazista estimava contar, no Brasil, com 900.000 simpatizantes de sua ideologia... Tudo isso facilitava a propaganda contra a FEB. Diziam que era mais fácil uma cobra fumar do que a FEB partir.
Mas a reação brasileira não se fez esperar: a própria cobra fumando, mote do desdém de apátridas, foi o símbolo de nossa tropa. O grande vate Guilherme de Almeida que já cantara em versos a terra paulista e a sua Bandeira, além da Revolução Constitucionalista de 1932, compôs a letra da "Canção do Expedicionário", miscelânea de versos e trechos de autores nacionais de renome e das modinhas de então.
Foi finalmente constituída a Força Expedicionária Brasileira, para o desagravo da honra nacional e, em 09 de agosto de 1943, era fixada a seguinte Organização:

B) ORGANIZAÇÃO DA FEB

-CMDO E EM: GEN DIV JOÃO BAPTISTA MASCARENHAS DE MORAES
-INFANTARIA DIVISIONÁRIA: CMDO E EM/ID GEN BDA EUCLIDES ZENÓBIO DA COSTA
1º RI – RIO DE JANEIRO – RJ
6º RI – CAÇAPAVA – SP
11º RI – SÃO JOÃO DEL REY – MG
-ARTILHARIA DIVISIONÁRIA: CMDO E EM/AD: GEN BDA OSWALDO CORDEIRO DE FARIAS
1º ROAR – RJ
1º GOAR – RJ
1ª/1º RA – RJ
2º ROAR – SP
-ÓRGÃOS DIVISIONÁRIOS: CMDO E EM: GEN BDA OLÍMPIO FALCONIÈRE DA CUNHA
Esqd Rec Mec – RJ
Esquadrilha de Ligação e Observação da FAB – RJ (não confundir com o 1º G Av Caça do 350º G Av C – NA)
9º BECmb de Aquidauana – MT
1º BS – RJ
1ª Cia Transmissões – RJ
Tropas Especiais: Banda de Música, PE, etc.
Efetivo total: 25.334 homens, (RJ: 6.094 h – SP: 3.889 h – MG: 2.947 h – Estado RJ:1.942 h – RS:1.880 h – PR: 1.542 h – SC:956 h – BA:686 h – MT:679 h – PE: 651 h – CE 377 h. Outros estados: menores efetivos, computados ainda, 25 capelães, 28 funcionários do Banco do Brasil e 67 enfermeiras.

C) ATUAÇÃO DA FEB

-Em 02 Jul 44, transportou-se, por via marítima, o primeiro escalão expedicionário; em 22 Set, partiu o 2º; em 23 Nov, o 3º, para, em 08 Fev 45, seguir a última leva de tropas, em 2 outros escalões.
Na Península Itálica 4 fases caracterizaram a nossa atuação:
1ª fase: Operações no vale do rio SERCHIO
2ª fase: Operações no vale do rio RENO
3ª fase: Operações no vale do rio PANARO
4ª fase: Operações de perseguição ao sul do Rio PÓ.
À chegada do primeiro escalão, foi constituído o destacamento da FEB, que é, de imediato, engajado na frente de combate, no vale do rio SERCHIO.
O XV Grupo de Exércitos Aliados, composto pelo V Exército norte-americano e VIII exército inglês, vinha desde a Sicília, sul da Itália, empurrando os alemães para o Norte.
Estes, articulados em 3 Exércitos (o X, o XVI e o da Ligúria) se instalam defensivamente na chamada "Linha Gótica", uma frente de cerca de 280 km, do Mar Tirreno ao Adriático, tendo como ponto forte as alturas que dominavam BOLONHA.
O objetivo estratégico era o de liberar, antes da chegada do inverno, o norte italiano, fazendo-se junção com as tropas que operavam na França. Entretanto, a ofensiva é detida, porquanto são retirados do V Exército N.A., sob comando do qual iria a FEB atuar, o VI Corpo de Exército (3 Divisões de Infantaria) e o Corpo Expedicionário Francês (7 Divisões) para serem empregados na frente francesa, que era, assim, substancialmente reforçada, após o desembarque aliado na Normandia. Havia já três meses que americanos e ingleses acometiam sem sucesso BOLONHA – acidente capital da defensiva alemã. BOLONHA resistia e, em ferozes contra-ataques, as tropas alemãs infligiam as mais severas perdas, aos V Exército N.A. e VIII exército inglês. Criou-se o mito da inexpugabilidade da linha Gótica.
Nosso Destacamento chegou nessa fase crítica da guerra e se incorporou ao IV Corpo de Exército, sob o comando do Gen Willis Crittenberger, subordinado ao então desfalcado V Exército N.A., sob o comando do Gen Mark Clark.
Assim, como se pode concluir, é bem verdadeiro o que disse o Gen Mascarenhas de Moraes em seu livro "A FEB pelo seu Comandante": "Para os que não sabem avaliar o esforço da FEB, pois não se situaram, como nós, na mais cruenta frente de batalha da Europa Ocidental, só posso dizer uma coisa: a FEB não teve um só dia de descanso, em sua campanha na Itália".
-Na primeira fase de sua atuação (de 15 Set a 30 Out 44) no vale do rio SERCHIO, o destacamento da FEB (6º RI, II/1º ROAR, 9º BECmb e tropas diversas), logo foi empregado. Sua missão era cerrar sobre os postos avançados da Linha Gótica, substituindo tropas norte-americanas.
Nossa primeira vitória se deu em CAMAIORE, a 18 Set 44. A 26 Set 44, atingíamos Monte Prano. Daí até 30 Out 44, conquistou o destacamento da FEB inúmeras vilas e cidades como: Massarosa, Monte Acutto, Fabriche, Fornaci, Gallicano, Barga e San Quirico.
Foi um avanço de 40 km, onde foram efetuados 208 prisioneiros. Eram os primeiros feitos gloriosos.
-Passaria a FEB à segunda fase das operações no vale do rio RENO. Foi a mais terrível fase da campanha expedicionária. Cerrávamos sobre os contra-fortes dos bastiões de Belvedere, Monte Castello e Castelnuovo. Não fosse a culminância de Monte Castello conquistada, seria impossível às forças do IV Corpo de Exército prosseguirem em direção à BOLONHA, grande desafio do XV Grupo de Exércitos. Era objetivo dos aliados liberar Bolonha, antes do cair das primeiras nevascas. Entretanto, tal objetivo só se concretizaria se fosse utilizada a rodovia 64, barrada em 32 km, pela linha de alturas, de posse dos alemães: Monte Della Torraccia – Belvedere, Mazzancana, Monte Castello (ponto culminante), Torre di Nerone – Castelnuovo.
Assim, em 24 Nov 44, foi dada a missão de conquistar as elevações de Monte Belvedere – Monte Castello, à Task Force 45 do Exército americano, que recebeu um Batalhão do 6º RI, o Esqd Rec Mec e apoio da Artilharia.
O inimigo, superiormente instalado, repeliu este ataque. Nova tentativa é feita no dia seguinte, 25 Nov 44, com êxito parcial, pois apenas Monte Belvedere foi conquistado pelos norte-americanos.
O terceiro ataque foi planejado para o dia 29 Nov 44 – apenas quatro dias depois dos primeiros insucessos. Tal ataque a Monte Castello seria de inteira responsabilidade da 1ª DIE. Foi organizado um Grupamento composto de 3 batalhões brasileiros (I/1º RI, III/11º RI e III/6º RI), com apoio de 3 Grupos de Artilharia (2 brasileiros e um norte-americano) sob o comando do Gen Zenóbio da Costa.
Apesar do primoroso planejamento, fato inesperado ocorreu a 28 Nov 44, véspera do ataque: a 232ª DI alemã contra-ataca vigorosamente e desaloja a Task Force 45 de Monte Belvedere.
Estaríamos com o flanco terrivelmente exposto. Entretanto é dado ordem para, assim mesmo, o ataque ser desencadeado. As condições climáticas e meteorológicas daquele 29 Nov 44, não poderiam ser piores: chovia intensamente e o céu encoberto e a lama não permitiam o uso da Força Aérea e dos Carros de Combate, como combinado.
Às 07:00 da manhã iniciava-se a ofensiva. No final da tarde, após feroz contra-ataque inimigo, nossas tropas retrocederam às posições iniciais.
As condições adversas decorrentes do flanco exposto de Monte Belvedere permaneciam. Apesar de ponderações do Comando da 1ª DIE, é lacônica a resposta escrita do Gen Crittenberger: "Cabe à 1ª DIE capturar e manter a crista do Monte Della Torracia – Monte Belvedere".
Assim, a 12 Dez 44, investem ao assalto 2 batalhões do 1º RI e 2 batalhões do 11º RI apoiados por 3 Grupos de Artilharia.
Outra vez a chuva persistente, inviabilizando o emprego da aviação, o frio, o lamaçal escorregadio, impedindo o emprego de Carros de Combate e, principalmente, o nutrido fogo inimigo partido do flanco exposto, fadam ao insucesso mais essa tentativa de nossas Forças.
Iniciam-se as nevascas e há estabilidade em toda frente. O plano de libertar Bolonha antes da caída da neve, esvai-se.
Há frustração na 1ª DIE. Entretanto, o IV Corpo de Exército, finalmente se convence de que só com proteção de flanco e forte apoio de fogo, a 1ª DIE lograria êxito.
Então, 70 dias se passaram desde o malogro do quarto ataque a Monte Castello. Chegada a primavera, outra vez é a 1ª DIE empregada. Desta feita à 10ª Divisão de Montanha – N.A. é dada a missão preliminar de conquistar Monte Belvedere e Mazzancana (que foi bombardeada pelos aviões do 1º G Av C da FAB) enquanto à 1ª DIE coube a conquista de Monte Castello –Torre Di Nerone – Castelnuovo.
Em 19 Fev 45, é desencadeada a ofensiva da 10ª Divisão de Montanha que, no dia seguinte, conquista o Monte Belvedere, Gorgolesco e Mazzancana e se prepara para o prosseguimento, em 21 Fev 45, sobre o Monte Della Torracia, concomitantemente com o ataque brasileiro. Estava assim desimpedido, o terrível flanco oeste da FEB. A 1ª DIE investiria o até então inexpugnável Monte Castello.
-05:30 da manhã de 21 Fev 45: a 1ª DIE atacaria com o 1º RI desenvolvendo a ação principal, secundado pelo II/11º RI, com o apoio de toda a artilharia brasileira. Em reserva, o 11º RI, o Esqd Rec Mec e demais tropas de apoio. O 6º RI em defensiva face a Torre di Nerone e Castelnuovo, que só poderiam ser atacados após a conquista de Monte Castello, em face da vulnerabilidade de flanco e da dominância daquela elevação.
Eram 17h 30 min de 21 Fev 45. Na vanguarda, os I e III/1º RI têm a glória de ver a cor dos olhos do inimigo: é atingido o topo de Monte Castello, após 12 horas de batalha e 3 meses de ingentes esforços que nos roubaram 263 preciosas vidas e nos fizeram mais de um milhar de feridos.
Era o momento mais emocionante da FEB. A vitória contra as tropas alemãs significava a glorificação do soldado brasileiro.
Em 24 Fev 44, o II/1º RI em impetuosa ofensiva iniciada no dia anterior, conquista La Serra, enquanto a 10ª Divisão de Montanha conquista Della Torracia.
Mas a missão da FEB, nessa fase, não terminara. Restava o inimigo em Torre Di Nerone e Castelnuovo.
Após a consolidação de Monte Castello, Della Torracia e La Serra, ao meio dia de 05 Mar 45, o 6º RI, secundado pelo 11º RI, lança-se ao ataque, conquistando, às 19:00 horas do mesmo dia, as elevações de Nerone e Castelnuovo.
Era a apoteose da FEB: estava quebrada a continuidade da Linha Gótica... A 10ª de Montanha e a 1ª DIE do IV Corpo de Exército puderam finalmente, utilizar a rodovia 64 para desfechar o golpe final sobre Bolonha, já se deslocando por aquela rodovia no dia seguinte à queda de Monte Castello.

-Analisando-se com imparcialidade a atuação brasileira em Monte Castello, pode-se concluir que se prevalecesse a idéia, sempre sustentada pelo Gen Mascarenhas de Moraes, de que aquela elevação só poderia ser conquistada com a devida proteção de flanco, o terrível Monte estaria nas mãos dos aliados, desde novembro de 1944 e, talvez, a vitória aliada na Europa tivesse se antecipado. São os fados da História...
Os ataques mal sucedidos da 1ª DIE, contra um adestrado inimigo, devem ser creditados mais, no dizer do Comandante da FEB, a inflexíveis decisões do IV Corpo de Exército do que ao valor profissional do soldado brasileiro – que deu o máximo de si em todas as situações vividas.
A 3ª fase da atuação da FEB, após as conquistas de Monte Castello, La Serra, Torre di Nerone e Castelnuovo, seria o prosseguimento para o norte, a fim de operar no corte do rio PANARO.
-Em 14 e 15 Abr 45, os V Exército americano e o VIII Exército inglês convergiram, com suas melhores tropas sobre BOLONHA, objetivo estratégico do XV Grupo de Exércitos, o qual veio a cair, finalmente, em 21 Abr 45.
-Em 14 Abr 45, nossa Divisão recebe a missão de atacar as elevações ao norte de MONTE CASTELLO dentre as quais MONTESE, Cota 888 e MONTELLO.
-Nas ações preliminares para a operação, morreu em combate, o campeão das patrulhas, o bravo Sargento MAX WOLFF FILHO.
-MONTESE era um maciço de 1.200m de altitude.
Os alemães empenhavam-se em manter a posse daquelas alturas, que eram de vital importância para eles.
-Eram 10 h e 15 min de 14 Abr 45, quando as primeiras patrulhas brasileiras foram lançadas, no justo momento em que a 10ª Divisão de Montanha iniciava o ataque. O inimigo reagiu com violência, bombardeando toda a região, mas os nossos pelotões avançaram, apesar de tudo.
-Apenas o Pelotão do Ten ARY RAUEN, não conseguiu atingir o seu objetivo em face do violento fogo que sofreu e que ocasionou inúmeras baixas, uma das quais, a do bravo Tenente.

-O ataque propriamente dito se iniciou às 13 h e 30 min, precedido de compacta preparação de Artilharia e contando com o apoio de uma Cia CC e uma Cia Mrt Químicos americanos.
O Comandante do 1º Batalhão do 11º RI impulsionou a 1ª Cia Fzo através dos Pelotões dos Ten IPORAN e MALHEIROS.
A certo momento não mais se teve notícias do Pelotão do Ten IPORAN e eis que ele próprio anuncia pelo rádio que suspendessem os tiros de Artilharia, pois o Pelotão se encontrava no interior daquele "ninho de águias", a 1.200 metros de altitude, que era a cidadela de Montese. Foi a euforia geral, pois já se supunha que o Pelotão tivesse sido desbaratado pelo inimigo. Antes de escurecer, Montese estava em nossas mãos.
Fôra um dura jornada em que os brasileiros enfrentaram as minas traiçoeiras e os mais violentos bombardeios de toda a Campanha, eis que Montese recebera mais granadas de Artilharia inimiga do que todo o restante da frente do IV Corpo de Exército. Capturamos 107 prisioneiros e o Gen Crittenberger, assim se pronunciou sobre a vitória brasileira:

"Na jornada de ontem, só os brasileiros merecem as minhas irrestritas congratulações; com o brilho de seu feito e seu espírito ofensivo, a Divisão Brasileira está em condições de ensinar às outras, como se conquista uma cidade".

-Eis aí, em rápidas e imperfeitas pinceladas, a epopéia de Montese, que, repetimos, foi a mais sangrenta batalha travada por nossa Força Expedicionária. Nessa 3ª fase não poderia haver perda de tempo e a 1ª DIE, célere, se deslocou para o Norte em direção a Zocca, importante nó rodoviário. O inimigo retraía sempre e tentou defender as localidades de Marano e Vignola, inutilmente, pois a 23 Abr 45, elas estavam de posse da 1ª DIE. As populações dessas cidades confraternizaram-se com os nossos soldados.
-A 4ª fase, com o inimigo já batido e em desabalada fuga, deu-se ao Sul do rio Pó. Foi a perseguição, desenvolvida na direção geral Vignola – Alexandria.
Em 27 Abr 45, a 1ª DIE chocou-se com resistências inimigas em Collechio – Fornovo – Respicio, e em duplo envolvimento, inicia o cerco às tropas alemãs. Combateu-se durante toda a noite de 27 e 28 Abr 45. Em 29 Abr 45, o Comandante do 6º RI confiou ao vigário de Neviano di Rossi a incumbência de levar um "ultimatum" de rendição incondicional aos alemães. Uma hora após chegou a resposta alemã que nada definia. Então, o Comandante do Regimento decidiu atacar, com um destacamento composto por tropas dos três RI da 1ª DIE, o que foi feito durante toda a tarde e primeira parte da noite de 09 Abr 45, com o apoio da Artilharia Divisionária. Às 22:00 horas, bandeira branca em punho, apereceu o Chefe do EM/148º DI alemã e uma escolta. Era a rendição. Amanhecia o dia 30 Abr 45, quando surgiu o grosso da Divisão e remanescentes das 90ª Divisão Panzer Granadier e Bersaglieri Itália, ao comando do Gen Otto Fetter Pico, acompanhado de 31 oficiais de seu Estado-Maior. O Comandante, escoltado pelo Gen Falconière da Cunha, foi encaminhado ao QG do V Exército Americano.
-A história, naquele momento, registrava fato ímpar: a rendição, em combate, de "super-homens" nazistas à única tropa sul-americana presente no TO europeu.
Aprisionamos 14.779 homens, 4.000 animais, 2.500 viaturas, além de grande quantidade de armamento e equipamento.
Mas a FEB prosseguiu em seu avanço. A perseguição e limpeza do vale do rio Pó foram aceleradas. A 30 Abr 45, foi ocupada a região de ALESSANDRIA e feita junção com a 92ª Divisão do Exército N.A. A 1º Mai 45, após ultrapassar a cidade de TURIM, outra junção é realizada com tropas francesas em SUSA.
Estava praticamente finda e bem cumprida a missão. Daí para frente, tivemos os trabalhos de ocupação, até 03 Jun 45, quando a tropa se deslocou para o Sul da Itália, onde aguardaria seu regresso ao Brasil.
Encerrava-se, com glória, uma das mais brilhantes páginas de nossa história militar. Completava-se o memorável périplo descrito por brasileiros em terras do Velho Continente... Perderamos em combate 451 militares; 1.577 homens foram feridos, 1.145 acidentados, 58 extraviados e 35 feitos prisioneiros, em 239 dias de empenho diuturno.
Muito já foi dito sobre o que significou a FEB em termos de renovação de costumes e de desenvolvimento, em todos os campos do Poder Nacional.
De seus quadros saíram um Presidente (Castello Branco), um Vice-Presidente (Adalberto Pereira dos Santos), um Presidente do Senado (Paulo Torres), quatro governadores (Cordeiro de Farias, Paulo Torres, Emílio Ribas e Luiz Mendes da Silva), treze Ministros de Estado (Zenóbio da Costa, Cordeiro de Farias, Amaury Kruel, Segadas Viana, Nelson de Melo Moraes Ancora, Ademar de Queiroz, Lyra Tavares, Albuquerque Lima, Dale Coutinho, Hugo Abreu, Belfort Bethlehem e Celso Furtado) além de outros destacados políticos, militares, homens públicos, etc.

D) CONCLUSÃO

Antes das batalhas diziam os legionários romanos: "Ad Sumus, Sursum Corda"! Aqui estamos, corações ao alto! Sim, corações ao alto pois a hora é de alegria pela comemoração do 65º aniversário da participação da FEB, na II Guerra Mundial, mas também é hora de tristeza, hora de lembranças, de memória, de veneração a bravos, de prece.
Lembremo-nos de heróis: do Asp Francisco Mega, gritando, moribundo, a seu pelotão: "minha vida nada vale – prossigam na ação"!; do Sgt Max Wolff Filho – o campeão das patrulhas, morrendo ao dar o exemplo, à frente de seu grupo de combate, ao partir num lanço, desassombradamente em direção ao inimigo; dos três soldados: Geraldo Rodrigues de Souza, Arlindo Lúcio da Silva e Geraldo Baeta da Cruz, do 11º RI, em Montese, que desgarrados de uma patrulha, foram mortos e enterrados pelo inimigo, que fincou uma cruz com os seguintes dizeres em alemão: "Três Heróis Brasileiros".
Muitos não retornaram. Partiram jovens e idealistas para a luta do Bem contra o Mal. Quis Deus, entretanto, que ficassem nos campos escarpados da Itália, no cumprimento do dever, fardados, coturnos calçados, deixando como testemunhos de acendrado patriotismo, seus corpos inermes.
Em Pistóia, centenas de cruzes brancas, durante longo tempo, assinalaram, em solo europeu, a presença de heróis brasileiros. Porém, os restos mortais desses heróis retornaram à Pátria, em 1960, e estão sepultados, com toda veneração e carinho, em terras brasileiras, "ad perpetuam rei memoriam", no Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.
A câmara fúnebre desse monumento abriga 468 jazigos de mármore preto nacional com tampas de mármore branco de Carrara, com a gravação do nome, da graduação ou posto, unidade, data de nascimento e morte daqueles bravos. 15 jazigos não possuem dados de identificação, pois se referem a desaparecidos e a mortos não reconhecidos. Escrito lá está: "Aqui jaz um herói da FEB – Deus sabe o nome". E aos que retornaram, nosso preito de gratidão, ao recordarmos as palavras do Mar Mascarenhas de Moraes: "Regressamos com feridas ainda sangrando dos últimos encontros, mas nunca, pela nossa atuação, prestígio e nome do Brasil periclitaram ou foram comprometidos".
E, meus Senhores: cultuar o passado na glorificação dos que mais lidaram por encher os anais da pátria de cintilações astrais, não é apenas ação louvável: é dever precípuo de todo povo que aspira a se fazer merecedor da reverência e da admiração do mundo.
Quando um povo entra a esquecer, nos prazeres fugacíssimos da vida, dos vultos mais salientes, das figuras mais relevantes, dos varões mais respeitáveis de seu passado, dos que mais se sublimaram pelo saber, pela santidade, pelo heroísmo ou pelo martírio, ninguém deve maravilhar-se de vê-lo, um dia, desagregado, desvirilizado, desacreditado, e, ainda por maior desdita, escravizado pelos outros povos. É a lição triste da História, a mestra da vida, a mestra das mestras...
Assim, máxime nos dias hodiernos, na convicção de possuirmos um Exército invicto, orgulhemo-nos de nossa Força Expedicionária, que soube aos olhos do mundo, ser a lídima herdeira das gloriosas tradições vindas dos Guararapes e a nós legadas por Caxias, Osorio e tantos outros maiores de nossa História Militar.

Muito obrigado!

MANOEL SORIANO NETO - Cel Inf QEMA
Chefe do C Doc Ex
"MA FORCE D'EN HAUT!"