Bom Dia Cabo Félix - Manaus - AM Defesa nega a opção pelo caça francês
Rafale seria o preferido do presidente Lula e do ministro Jobim por causa de aspectos políticos
O Ministério da Defesa divulgou nota em que afirma ainda não estarem concluídas as análises sobre os 36 aviões (caças) de combate que serão adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Ontem, tanto o presidente Lula, quanto o ministro da Defesa, Nelson Jobim, negaram que o governo já tenha escolhido a empresa francesa Dassault, construtora do caça RafaleNa nota, o ministério disse que recebeu o relatório técnico da Aeronáutica há quase um mês – no dia 6 de janeiro – e que, desde então, técnicos vêm avaliando as conclusões da comissão. Após a análise, o ministério da Defesa irá submeter suas conclusões ao Conselho de Defesa e ao presidente Lula, a quem caberá a decisão final.O ministério destacou que a escolha final envolve a análise do pacote tecnológico ofertado pelas empresas concorrentes, e não apenas o preço das aeronaves. E reafirma que a decisão final levará em conta também os aspectos políticos, estratégicos e financeiros envolvidos na negociação. As outras duas empresas que disputam a concorrência são a sueca Saab, fabricante dos modelos Gripen NG, e a norte-americana Boeing, do F-18 Super Hornet.As propostas apresentadas estão sendo avaliadas em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação; participação da indústria nacional e aspectos operacionais e comerciais.Segundo reportagem publicada na quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, Lula e Jobim teriam batido o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão teria sido tomada depois de a francesa Dassault reduzir de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) o pacote da compra dos 36 aviões.O próprio ministro Jobim teria viajado a Paris, no último sábado, para negociar a redução do valor do negócio. O Rafale ficou em último no relatório técnico da FAB, que trouxe em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é “parceiro estratégico” do Brasil, com o qual assinou grande acordo militar em 2009.Brasília