Bicada dos falcões
ELIANE CANTANHÊDE
BRASÍLIA - O deslumbramento com Barack Obama começa a murchar, provavelmente dentro e com certeza fora dos Estados Unidos.
Enquanto o discurso de Obama e a ação de Hillary Clinton, chefe do Departamento de Estado, é de paz, não-ingerência e redução da militarização, não é isso que o mundo começa a ver. Ou esse discurso só valia para o Iraque e o Afeganistão?
A Espanha engrossou ontem o coro da Venezuela, do Brasil e do Equador contra a ampliação da presença militar norte-americana na Colômbia, aqui nas nossas barbas. O pretexto é o combate ao narcotráfico, mas as Farc já não justificam mais nada.
A Colômbia é o segundo alvo dos bilhões de dólares da ajuda militar de Washington, só atrás do conflagrado Oriente Médio. E, agora, chega a notícia, meio enviesada, de que as forças norte-americanas vão poder usar três bases militares colombianas, de Malambo, Palanquero e Apiay, dentro do "Plan Colômbia", de combate às Farc.
Esse avanço na região ocorre justamente quando o Equador de Rafael Correa veta a renovação da única base formalmente militar dos EUA na América do Sul. O que, evidentemente, deixa todos, de diplomatas a oficiais brasileiros, com uma pulga atrás da orelha: os EUA saem do Equador e pulam de vez para a Colômbia? Combate ao narcotráfico ou plataforma militar?
Com a Colômbia vendendo seu território ao belicismo dos EUA e a Venezuela comprando armas da Rússia e ostensivamente se aliando ao Irã de Ahmadinejad, o risco é óbvio: a lógica da militarização e a corrida armamentista estão se instalando na América do Sul.
O Brasil acionou o sinal amarelo, e a preocupação sul-americana se alastra pela Europa, via Espanha. Foi o que o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, deixou claro ontem em Brasília.
O que todos se perguntam é quem está mandando, Obama ou os velhos falcões de sempre?
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Comandos vão redistribuir tropas
Comandos vão redistribuir tropas
De Brasília
As Forças Armadas preparam uma redistribuição espacial de suas tropas. O Comando da Aeronáutica resolveu abrir, nos próximos anos, sua primeira base permanente na região Norte. Será em Manaus e terá uma frota de caças F-5, modernizados pela Embraer, para dar combate imediato a qualquer ameaça em território amazônico. No comando da Infraero até agosto, o tenente-brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva acaba de concluir uma espécie de "permuta" com a FAB.
Em troca de um terreno para a expansão do aeroporto de Florianópolis, cederá áreas no aeroporto de Manaus para a construção da nova unidade militar. Uma segunda pista de pouso e decolagem, a ser construída em cerca de quatro anos, servirá tanto à aviação comercial quanto os caças, informou Nicácio, que assume no mês que vem o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, um dos principais postos da Aeronáutica. O brigadeiro deverá ser substituído por Murilo Barbosa, chefe de gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O Exército, no documento "Estratégia Braço Forte", detalha os seus planos de redistribuição. Foram criados dois programas - Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria - , que aumentarão o contingente de soldados e oficiais. O primeiro programa visa fortalecer a presença militar terrestre na região e ampliar a vigilância e o monitoramento das fronteiras amazônicas. Serão implementados 28 novos pelotões especiais de fronteira. Eles se somarão aos 21 existentes, que passarão por uma modernização.
O programa Sentinela da Pátria prevê o reforço das estruturas operacional e logística dos comandos militares de área. Inclui basicamente projetos relacionados à transferência, transformação e implantação de unidades. No curto prazo, até 2014, destacam-se os projetos em andamento de implantação da brigada de operações especiais em Goiânia, a transferência da 2ª brigada de infantaria de selva para São Gabriel da Cachoeira (AM) e a reestruturação da força de blindados.
No médio prazo, o programa contempla a transferência da brigada de infantaria Paraquedista para Anápolis (GO) e sua substituição, no Rio, por uma de infantaria leve. Haverá ainda criação de novas unidades de aviação (em Manaus e Campo Grande) e antiaérea (Brasília).
Na Marinha, as mudanças abrangem a criação de uma segunda esquadra e de uma divisão anfíbia no Norte/Nordeste, que também ganharão uma nova base naval. No geral, a Estratégia Nacional de Defesa sugere uma redistribuição territorial que permita o rápido deslocamento das tropas por todo o território brasileiro. A partir dos planos elaborados para cada um dos três comandos, o Ministério da Defesa proporá à Presidência da República um projeto de lei de equipamento e de articulação da Defesa Nacional. (DR)
segunda-feira, 27 de julho de 2009
A FORMAÇÃO DAS NOSSAS GUARDAS REVOLUCIONÁRIAS
A FORMAÇÃO DAS NOSSAS GUARDAS REVOLUCIONÁRIAS
Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda Refo Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Uma das características dos regimes de esquerda é o seu visceral matiz populista.
Na sua empreitada, usam e abusam de subterfúgios para atrair e cooptar para os seus projetos de poder, as massas humanas. Contudo, como sabem os seus condutores, a urbe é amorfa, inerme e de pouco ou nenhuma valia será para os seus planos.
Cabe, aquietar e adormecê-la com promessas e esmolas.
Ao populacho, cumpre dividi-lo em segmentos, mais fáceis de serem conduzidos (lembram-se de como são domesticados porcos selvagens?). Identificados os setores propícios, a sua cooptação poderá ser efetivada de diversas maneiras, inclusive pela exacerbação de suas reivindicações, e pela fomentação de posturas e posições intransigentes.
Depois, basta alimentar o novo monstrinho, afagá–lo, e propiciar-lhe os meios para torná-lo uma bomba ambulante.
A criação de uma miríade de Ministérios, principalmente os ligado à área social nos mostram como o desgoverno esta adiantado nesta área. Além disso, de forma legal (?), mas flagrantemente desonesta, e sem esconder suas reais intenções, através de Autarquias e Estatais como a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, sem esquecer os demais organismos que se prestam a este tipo de escamoteação, o desgoverno reverte às claras recursos para a sustentação destes movimentos subversivos.
As verbas, apesar de indecorosas, são repassadas sob a capa da real intenção de beneficiar aquelas entidades, todavia, não para o seu efetivo usufruto, mas para serem utilizadas e aos seus títeres e sua importância simbólica, em prol dos projetos do desgoverno.
Não sem razão, dias atrás emergiu na imprensa, um antigo recado do “nosso guia” para a área jurídica, e a ameaça da “metamorfose” foi, que se uma determinada decisão não acontecesse, conforme os seus desejos, ele colocaria o seu “bloco na rua”, referindo – se às estripulias que as entidades co - irmãs da esquerdalha poderiam fazer.
A ameaça procede, pois assim como na China de Mao, aquele líder açulou, quando conveniente, suas “Guardas Vermelhas”, constituídas por estudantes fanatizados, aqui, como no Irã, na Coréia do Norte, na Venezuela, em Cuba, e noutros países, os dirigentes comunistas, astutamente, desarmam as populações, e constituem e armam suas “legiões”, que designam de milícias populares, pretendendo que seu levante caracterize um clamor aceitável e, por conseguinte, legítimo.
Aqui, pouco a pouco, vamos formando e fortalecendo a(s) nossa(s) milícia (s), e estão certos aqueles que afirmam que o “golpe” em Honduras, não ocorreria por aqui. Hoje, o “nosso guia” possui tal poder, que se lhe der na telha, poderá assumir, tal como Fidel, em Cuba, a governança perpétua ou velada deste País.
Estamos seguros em afirmar que, com base no adestrado MST, o apoio da grande imprensa, o conluio do Congresso, a conivência do judiciário, o suporte da Força Nacional de Segurança, a mobilização dos sindicatos e o barulho dos estudantes (através da inefável UNE), o “nosso guru” poderá fazer desta Nação, o que lhe der na telha ou lhe for mais conveniente (já designou a sua sucessora).
Em Honduras, Zelaya foi impedido de dar o seu golpe, o do “Referendo” ao arrepio das leis, pois as demais instituições estavam atentas e repudiaram a tentativa. Nós, ao contrário, não temos as mesmas armas, nem qualquer arremedo de oposição, e as nossas instituições estão falidas, e não se atreveriam a contrariar os desígnios do “chefe”.
Mas, enquanto isso, o desgoverno, pelo sim ou pelo não, para evitar dissabores futuros, vai fortalecendo e adestrando suas milícias.
Não por acaso, MST, UNE, indígenas, gays e lésbicas, negros, quilombolas, sem teto, e uma infinidade de quistos e minorias sociais estão sob o guarda chuva da esquerda.
Um dia, caso a sociedade não se comporte, ela sentirá o peso das hordas petistas.
Brasília, DF, 27 de Julho de 2009.
Reunião NPOR - 30 anos
Colegas Militares da Reserva
Já temos o custo do nosso encontro: ( custos 1 )
Será de 12 Reais por Pessoa, incluindo:
1)Almoço ( Arroz Branco, Arroz à Grega, Feijão, Bife à Parmesiana, Salada Russa ( batata, cenoura, picles, salsicha, mostarda e maionese ), Salada Portuguesa ( alface, repolho roxo, rabanete e vinagrete ) ).
2) Aluguel do CTG Lenço Verde
3) Garçons
4) Som
5) Data Show
6) Infraestrutura ( pratos, copos, talheres, )
As Bebidas não está incluida no custo, ou seja, cada um pagará o seu consumo, ao CTG Lenço Verde.
Façam sua manifestação, dizendo quantas pessoas irão ao encontro.
Talvez amanhã a noite já teremos no ORKUT: NPOR – SG 30 ANOS – as fotos da galeria a ser inaugurada.
NESTE SÁBADO, REUNIÃO DA CASA DO TENENTE FIGUEIRA – 19H – ASSINEM O REVERTE.
GILBERTO TRINDADE DE OLIVEIRA
Consultor Regional
SR Centro Gaúcho, RS
(55)9927.0218
A VIÚVA DO CHE
A VIÚVA DO CHE
Ternuma Regional Brasília
General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva(*)
A esquerda radical tem obsessiva disposição por desgastar as Forças Armadas (FA) perante a Nação, pela derrota que lhe impuseram nos anos 70. Não é senso de justiça, mas revanchismo e tentativa de neutralizar um forte obstáculo ao seu eterno sonho de tomada do poder. Governo e Nação reagiram à luta armada e, após derrotá-la, deram início à abertura democrática, objetivo declarado pelos presidentes militares desde o contragolpe de 1964.
Essa esquerda se frustra ao ver as FA como exemplos de credibilidade em pesquisas como a da FGV, de fevereiro, onde elas aparecem à frente, inclusive, do presidente da República. As FA participaram com o povo da construção da nacionalidade brasileira, integrando-se à Nação numa história repleta de feitos e heróis esquecidos pela liderança política despreparada, que despreza D. Pedro II, Caxias e Rio Branco, estadistas artífices da coesão nacional, e enaltece mentores de lutas fratricidas como Marighella, Lamarca e Guevara.
Os ícones da viúva do Che – a esquerda radical – pensavam e agiam assim. Marighella: a única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas. Lamarca: deturpamos tudo para mostrar que a nossa linha é correta. Guevara: adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar.
Vários dos seus seguidores em posições importantes, que posam de defensores dos direitos humanos, pertenceram a grupos armados responsáveis por diversas execuções como as narradas a seguir, das quais muitos participaram.
“No Araguaia, esquartejaram um rapaz de 17 anos que fora guia da força legal. Na frente da família, cortaram as orelhas do rapaz, que urrava de dor. A mãe desmaiou. Eles continuaram. Cortaram os dedos, as mãos e, no final, lhe deram uma facada fatal”.
“No assassinato do capitão Chandler, do Exército dos EUA, os terroristas bloquearam seu carro com um Volks. Um dos terroristas saltou e disparou contra Chandler seis tiros de um Taurus 38. Outro assassino, com uma metralhadora, desferiu uma rajada de catorze tiros. A esposa e os filhos de Chandler assistiram a tudo”.
“No assassinato do tenente Mendes Júnior, prisioneiro de Lamarca, um terrorista se aproximou da vítima pelas costas, de surpresa, deu-lhe uma coronhada, depois outra e mais umas quatro até que o tenente morreu”.
Há uma campanha facciosa pela revisão da Lei de Anistia, orquestrada no ministério da Justiça e em sua secretaria de Direitos Humanos, para julgar apenas os que lutaram em defesa do Estado, da lei e da ordem. A busca dos corpos de mortos no episódio do Araguaia não tem um justificável e nobre propósito humanitário, mas sim o objetivo velado de motivar a sociedade para apoiar a revisão da Lei. Será retrocesso e inconseqüência, mas se houver que seja de acordo com o próprio espírito da Lei: ampla, geral e irrestrita.
A AGU posicionou-se a favor da abrangência irrestrita da anistia e o presidente da República considerou esgotado o assunto no Executivo. Como fica a autoridade do chefe da Nação?
Hoje, o Brasil é denunciado constantemente, pela ONU, pelo desrespeito aos direitos humanos por agentes do Estado. Em duas décadas de liberdades democráticas, houve mais vítimas da omissão ou da violência do Estado, legítima ou não, e de criminosos do que no regime militar. Entre elas, estão cidadãos honestos e suas famílias, massacrados por quadrilhas de bandidos ante a inépcia do Estado. Estão as vítimas em episódios como os do Carandiru, de Eldorado de Carajás e das zonas urbanas periféricas. Estão seres humanos em presídios onde são tratados como escória. Diferente de muitos que se envolveram na luta armada, essas vítimas não são das classes favorecidas, não têm “sobrenome”, não defendem a ideologia marxista e, assim, não contam com a solidariedade da esquerda radical – hipócrita – encastelada nos Poderes da República, nem são indenizadas pelas violações sofridas. Por outro lado, a fonte dos recursos do crime organizado – os senhores de colarinho branco – permanece incólume, pois se abriga em altos escalões. Esta sim é uma ameaça que teria de ser alvo do ministério da Justiça e dos falsos guardiões dos direitos humanos.
O ministério da Defesa prezará os valores da cultura militar se pretender, efetivamente, liderar as FA. Além de hierarquia, disciplina e outros, elas cultuam senso de justiça e lealdade. Chefes, em qualquer escalão, cumprem com a obrigação moral e funcional de defender os subordinados de injustiças, mesmo diante de riscos.
Se o Brasil mergulhasse numa guerra interna nos anos 70, quantos empresários, autoridades, políticos e militares, hoje em posições proeminentes, estariam exercendo seus cargos? Se caísse no regime totalitário, objetivo da esquerda radical, quantos estariam vivos? E os próceres da esquerda anistiados pelo regime militar, que ocupam cargos relevantes, escapariam aos expurgos e justiçamentos típicos do regime comunista? Se tudo isso não ocorreu, muito se deve aos que defenderam a continuação do processo de democratização contra os que tentavam implantar a ditadura do partido único. Se alguns infringiram a lei foram anistiados assim como os assassinos, sequestradores e terroristas, que aceitaram a anistia irrestrita enquanto não estavam no poder. Portanto, revisão, agora, é revanchismo.
É inconcebível abandonar irmãos de armas ante a injustiça que correm o risco de sofrer, pois caberia a quem estivesse no lugar deles a missão que cumpriram nos anos 70. Por outro lado, é hipocrisia a condenação de governos nos quais tenham ocorrido excessos na reação à luta armada, por sucessivos governos que remuneram, apóiam e confraternizam com o MST, cujas ações resultam, impunemente, em ameaças, invasões, destruições e mortes; que idolatram regimes totalitários e lideranças ditatoriais criminosas como as de Cuba e do Irã; que concedem asilo político a terroristas estrangeiros condenados ao mesmo tempo em que entregam a Cuba fugitivos daquela ditadura; e, ainda, pagam indenizações milionárias a assassinos, sequestradores e terroristas anistiados, e suas famílias, mas não às vítimas de seus crimes.
(*) Professor Emérito (atual) e ex-Comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
GENGHIS KHAN
Genghis Khan viveu entre 1162 e 1227 e foi o fundador do Império Mongol. Seu pai se chamava Yesukai o qual, ao vencer uma luta contra um chefe de outro clã mongól, deu ao filho (futuro Gengis Khan) o nome do derrotado, que era Temudjin. Yesukai seria envenenado por inimigos tártaros por volta de 1171.
A palavra mongól vem de um antigo dialeto falado na região.
Com a morte do pai a família de Temudjin ficou na miséria. Na época, o menino tinha entre 9 e 13 anos. Ajudada pelas demais a família de Temudjuin conseguiu superar as dificuldades.
Desde cedo o futuro Khan já mostrava inteligência e valor guerreiro. Da mesma forma que as outras crianças mongóis foi, desde cedo, treinado como arqueiro e cavaleiro (arqueiro montado).
Com o passar do tempo Temudjin foi conquistando posições de liderança entre seus iguais, mercê dos seus dotes e atributos guerreiros e com ajuda de seu amigo Togril, Khan (chefe) da tribo dos Queraítas.
Noivo da jovem Boerte, teve sua amada raptada pela tribo dos Merkits. Temudjin procurou e derrotou um a um os raptores, tomando sua noiva de volta com a qual casou e viveu até a morte. Tornou-se então conhecido e respeitado.
Em face de vitórias suas contra tribos rivais, no ano de 1206, aos 45 anos, foi proclamado como Gengis Khan, ou seja, o Khan dos khans. A partir daí, Gengis governou com muita competência, estabelecendo um sistema de governo e um conjunto de leis para impor ordem aos nômades, até então independentes e belicosos entre si. Organizou também o Exército.
Em 1208, obtém a submissão das tribos dos Merkits, dos Oirates e dos Quirguizes, conseguindo assim a unificação da Mongólia sob sua autoridade. O ponto de equilíbrio da nação mongol passou a ser ele próprio, Gengis Khan.
Das vitórias mongólicas sob Gengis Khan as principais foram contra os Hias tibetanos, os Caraquitãs, os turcos do Khwarism, os afegãos, os iranianos (persas), os russos e os Kin chineses, quando conquistou a capital, Pequim. Nesta capital, quando percebeu que as muralhas tinham doze metros de altura, intransponíveis para o seu exército, acampou ao redor e estabeleceu um cerco, impedindo que os chineses recebessem suprimentos, tomando estes para seu exército. Resolvendo atacar, construiu catapultas e outros artefatos bélicos, conseguindo conquistar a cidade.
Durante uma outra campanha, novamente contra os Hias e Tangutes, por volta de 1227, Gengis Khan estava caçando, caiu do cavalo e foi atingido por um javali. Ferido, foi acometido por uma hemorragia interna com febre alta, mal que o levou à morte. Tinha 65 anos. Sua morte foi mantida em segredo até a sucessão ser efetivada. Sepultado na Mongólia, o local exato é desconhecido.
Antes da morte Gengis já havia nomeado seu filho Ogdei como sucessor. Deixou outros filhos: Djagathai, Djoetchi e Tului. Os filhos de Djoetchi foram Orda e Batu, este, conquistador da Rússia. Os filhos de Tului foram Arik, Mongka, Hulagu e Kublai. Hulagu foi quem destruiu Bagdá em 1258. Kublai tornou-se Khan (Kublai Khan) e foi Imperador da China.
A extensão das conquistas de Gengis Khan, da China à Pérsia, representaram mais de quatro vezes o império de Alexandre Magno e o dobro do Império Romano. A única derrota que os mongóis sofreram foi contra os búlgaros do Volga, um grupo guerreiro que já estava em transição para o sedentarismo.
Em pesquisa feita pelo jornal Washington Post, em 1995, Gengis Khan foi escolhido o personagem mais importante do milênio.
Características da Mongólia e dos guerreiros mongóis: até Gengis Khan a Mongólia não tinha um sistema de escrita; a sociedade mongol estruturou-se pelo nomadismo e contrário ao sedentarismo; nas estepes mongólicas o cavalo era tudo, de instrumento de trabalho à arte da guerra; para a guerra, o uso do cavalo pelo arqueiro montado só se desenvolveu após a invenção do estribo (na Índia), e depois introduzido na Europa pelos hunos de Átila; o camponês tinha sua vida regida pelo tempo, enquanto os pastores ligavam-se à noção de espaço; os guerreiros nômades desprezavam os sedentários e os aniquilavam; as principais criações entre os mongóis eram de cavalos e ovinos; o cavalo usado pelos mongóis era o “duplo pônei”, um animal com cerca de 1,30 m na cernelha e pesando em torno de 350 Kg, já que cavalos comuns não resistiriam às exigência de clima, combate e alimentação; cada guerreiro levava várias montarias, para muda; os mongóis não tinham uma religião organizada. Os cultos eram xamânicos, ou seja, um conjunto de crenças ancestrais; a base da alimentação era carne e leite; o leite era o de égua, agitado até fermentar, formando o qumis; em determinadas situações, os guerreiros mongóis tiravam um pouco de sangue de seus cavalos para tomá-lo como alimentação; com o leite de cabra fazia-se uma coalhada seca chamada qurud; a carne era seca ao sol e ao vento, e depois prensada; a caça servia como alimentação, mas também como treinamento para a guerra; as armas eram arcos, sabres, maças, laços, armaduras, capacetes, couraças e jaezes (para as montarias); os arcos mongóis tinham dupla curvatura, exigiam uma tensão de 80 Kg e atiravam a até 300 m e tinham uma cadência de 12 flechas/minuto; as mulheres eram escassas, o que fazia do rapto um fato comum; a lealdade era a qualidade mais valorizada por Gengis Khan; os tártaros eram turcos mongolizados; dos filhos e netos de Gengis Khan (a maioria) tornaram-se generais do Império Gengiscânida; a palavra mongol começou a ser usada durante Gengis Khan, em 1206; o exército mongol não tinha infantaria; durante o Império Song (chinês), inimigo dos mongóis, houve a invenção da pólvora, responsável por forte desenvolvimento técnico-militar; com a conquista de territórios chineses, a Rota da Sêda caiu sob domínio mongol; a Muralha da China (seis mil Km) não foi obstáculo para Gengis Khan: em alguns lugares ele a contornou e em outros guardas chineses traídores lhe deram passagem; Gengis Khan conquistou Pequim em 1215; os mongóis influíram na formação do povo russo constituindo um traço marcante de seu caráter; Tamerlão (Timur i Leng = Timur, o coxo) viveu entre 1336 e 1405 e foi o conquistador, unificador e fundador do 2º Império Mongol. Pertencia à mesma estirpe de Gengis Khan.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Todo poder aos ladrões
Todo o poder aos ladrões
Olavo de Carvalho
Digesto Econômico, julho/agosto de 2009
No tempo dos militares, centenas de políticos passaram pela Comissão Geral de Investigações (CGI) e tiveram suas carreiras encerradas com desonra, por delitos de corrupção. Ao mesmo tempo, dos generais e coronéis que ocuparam altos postos na República, nenhum saiu milionário. O patrimônio que lhes sobrou é o que teriam adquirido normalmente com seus soldos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Com a Nova República, tudo mudou. Primeiro, o combate à corrupção deixou de ser um empreendimento discreto, levado a cabo por investigadores profissionais: tornou-se ocupação da mídia. Nos momentos mais intensos das CPIs nos anos 90, deputados e senadores confessavam que os jornais passavam por cima deles, investigando e descobrindo tudo antes que Suas Excelências tivessem acabado de tomar seu café da manhã. Tudo o que os parlamentares tinham a fazer era dar cunho oficial às sentenças condenatórias lavradas nas redações de jornais.
Segunda diferença: o partido que mais devotadamente se empenhou em denunciar corruptos, destruindo as carreiras de todos aqueles que pudessem se atravessar no seu caminho, e assim tornando viável, por falta de adversários, a candidatura presidencial de uma nulidade que de tanto sofrer derrotas já levava o título de “candidato eterno”, foi também aquele que, ao chegar ao poder, construiu a máquina de corrupção mais majestosa de todos os tempos, elevando o roubo a sistema de governo e provando que só conhecia tão bem as vidas e obras dos ladrões que denunciara por ser muito mais ladrão do que eles.
Essa transformação foi acompanhada de outra ainda mais temível: o crescimento endêmico do banditismo e da violência, que hoje atingem a taxa hedionda de 50 mil brasileiros assassinados por ano.
Completando o quadro, a classe política mais canalha que já se viu investiu-se da autoridade de educadora da pátria, impondo por toda a parte suas crenças e valores e destruindo os últimos resíduos de moralidade tradicional que pudessem subsistir na sociedade brasileira.
Definitivamente, há algo de errado no “combate à corrupção” tal como empreendido desde o retorno da democracia. Hoje em dia, espetáculos degradantes em que senhores de meia-idade, seminus, balançam suas banhas na Parada Gay são tidos como o auge da moralidade, o símbolo de direitos sacrossantos ante os quais a população, genuflexa, deve baixar a cabeça e dizer “amém”. O suprassumo da criminalidade reside em empresários que falharam em cumprir algum artigo de códigos labirínticos propositadamente calculados para ser de cumprimento impossível, criminalizando todo mundo de modo que os donos do poder possam selecionar, da massa universal de culpados, aqueles que politicamente lhes convém destruir, com a certeza de sempre encontrar algum delito escondido.
Ao mesmo tempo, juízes bem adestrados no espírito militante invertem a seu belprazer o sentido das leis, promovendo assassinos e narcotraficantes ao estatuto de credores morais da sociedade, e impõem como único princípio jurídico em vigor a “luta de classes”. Nesse quadro, qualquer acusação de corrupção, vinda da mídia ou do governo, é suspeita. Não que sempre os fatos alegados sejam falsos. Mas, por trás do aparente zelo pela moralidade, esconde-se, invariavelmente, alguma operação mais ilegal e sinistra do que os medíocres delitos denunciados.
A noção de “corrupção” implica, por definição, a existência de um quadro jurídico e moral estabelecido, de um consenso claro entre povo, autoridades e mídia quanto ao que é certo e errado, lícito e ilícito, decente e indecente. Esse consenso não existe mais. Quando uma elite de intelectuais iluminados sobe ao poder imbuída de crenças nefastas que aprenderam de mestres tarados e sadomasoquistas como Michel Foucault, Alfred Kinsey e Louis Althusser, é claro que essa elite, fingindo cortejar os valores morais da população, tratará, ao mesmo tempo, de subvertê-los pouco a pouco de modo que, em breve tempo, haverá dois sistemas jurídico-morais superpostos: aquele que a população ingênua acredita ainda estar em vigor, e o novo, revolucionário e perverso que vai sendo imposto desde cima com astúcia maquiavélica e sob pretextos enganosos.
Nesse quadro, continuar falando em “corrupção”, dando à palavra o mesmo sentido que tinha nos tempos da CGI, é colaborar com o crime organizado em que se transformou o governo da República.
Isso não aconteceria se, junto com a inversão geral dos critérios, não viesse também um sistemático embotamento moral da população, manipulada por uma geração inteira de jornalistas que aprenderam na faculdade a “transformar o mundo” em vez de ater-se ao seu modesto dever de noticiar os fatos. Quando um país se confia às mãos de uma elite revolucionária, sem saber que é revolucionária e imaginando que ela vai simplesmente governá-lo em vez de subvertê-lo de alto a baixo, a subversão torna-se o novo nome da ordem, e a linguagem dupla torna-se institucionalizada. Já não se pode combater a corrupção, porque ela se tornou a alma do sistema, consagrando a inversão de tudo como norma fundamental do edifício jurídico, ocultando e protegendo os maiores crimes enquanto se empenha, para camuflá-los, na busca obsessiva de bodes expiatórios. Sempre que o governo se sente ameaçado por denúncias escabrosas ou por uma queda nas pesquisas de opinião, logo aparece algum empresário que não pagou imposto, algum fazendeiro que reagiu a invasores, algum padre que expulsou um traveco do altar – e estes são apontados à população como exemplos máximos do crime e da maldade. Enquanto isso, o Estado protege terroristas e narcotraficantes, acoberta as atividades sinistras do Foro de São Paulo e lentamente, obstinadamente, sem descanso, vai impondo à população o respeito devoto a tudo o que não presta.
O mais abjeto de tudo, no entanto, é a presteza com que as próprias classes mais vitimizadas nesse processo – os empresários, as Forças Armadas, os proprietários rurais, as igrejas cristãs – se acomodam servilmente à nova situação, inventando os pretextos mais delirantes para fingir que acreditam nas boas intenções de seus perseguidores. Quando se torna institucional, a corrupção é ainda algo mais do que isso: é um veneno que se espalha pelas almas e as induz à cumplicidade passiva ou à adesão subserviente.
Pobres alunos, brancos e pobres
POBRES ALUNOS, BRANCOS E POBRES...
Sandra Cavalcanti*
Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio.Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15.
Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados.Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários.Elas compunham um quadro muito equilibrado. Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena. As brancas também eram diferentes. Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas.Enfim, um pequeno Brasil em cada sala.
Todas estavam ali por mérito!
O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências.Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos. Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele! Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário.
Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante. Eram os 50 anos da formatura delas!Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não.Lá estavam elas, muito felizes.Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas.Judias com aquele ruivo típico.E as nortistas, com seu jeito de índias.Na minha opinião, as mais bem conservadas. Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais.Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa.
Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra. Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo. Uma das minhas alunas hoje é titular na Uerj. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras. As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas são negras. Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu. O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa. A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza! Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível.
Perguntei: qual é o problema, então? É simples, mas é difícil.
A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos pelos brasileiros, ricos e pobres. Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, malcuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos. Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado.
Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo. Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa. Não é verdade! Todos os pobres são prejudicados: os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres! Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos. Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais. Acabar com essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado.
Não dá!
Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é um barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo. Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público. Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico.
O exemplo do esporte está aí: já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto? É claro que não. É na largada que se consagra a igualdade. Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério!Com elas, foi assim.
*Sandra Cavalcanti, professora, jornalista, foi deputada federal
constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Carlos Lacerda,
fundou e presidiu o BNH no governo Castelo Branco.
Sandra Cavalcanti*
quarta-feira, 22 de julho de 2009
"PRINCÍPIOS DA DOMINAÇÃO PELA PROPAGANDA"
“PRINCÍPIOS DA DOMINAÇÃO PELA PROPAGANDA”
Maria Lucia Victor Barbosa
22/07/2009
Durante quatro eleições presidenciais o PT tentou elevar ao cargo máximo da República o pernambucano Lula da Silva. Por que só na quarta eleição conseguiu? Por que finalmente o ex-sindicalista foi considerado carismático, gênio da raça, “luz do mundo”? A resposta é simples: porque nas três eleições perdidas a propaganda do PT era fraquíssima. Só quando Duda Mendonça entrou em cena foi que as coisas mudaram. O eleitorado cativo de 30% foi ampliado e eleitores antes avessos ao discurso incendiário do líder sindical se rederam à barba aparada, ao terno Armani, ao discurso conciliador que nada tinha mais a ver com o prometido e nebuloso socialismo petista que, diga-se de passagem, nunca foi esclarecido.
Na propaganda da quarta eleição e, sobretudo, na manutenção do poder petista, o marqueteiro real colocou em prática alguns princípios que ilustrarei com uns poucos exemplos para melhor compreensão das técnicas empregadas.
1 – Simplificação ou inimigo único. – É importante ter um símbolo e transformar o adversário em um único inimigo. Os símbolos tem se sucedido: Fome Zero, pré-sal, PAC. O adversário é a “elite”, apesar de Lula e companheiros serem hoje a elite do poder, econômica e política. Faz tempo que o PT largou o macacão e veste Armani. Mas para efeitos externos, elite é inimiga e coisa ruim e o presidente da República um pobre operário.
2 – Método de Contagio – Imprescindível reunir vários adversários numa só categoria. Por isso se fala em “oposição” que não deixam o coitado do Lula governar. A realidade mostra que não existe oposição para valer ao governo petista. Tudo está comprado, cooptado, dominado.
3 – Transposição – Carregar sobre os adversários os próprios erros e responder ataque por ataque faz parte da dominação, é importante. Assim, os outros são corruptos, imorais, inimigos da pátria. O PT é o único partido ético e sabe reagir ao menor esbarrão. Truculência é antiga lição aprendida em sindicatos e dá medo.
4 – Exagerar e Desfigurar – Quem já não ouviu que o impeachment de Lula da Silva, a defenestração de Sarney, a CPI da Petrobrás põem em perigo a governabilidade? Mais uma mentira em que se acredita piamente
5 – Vulgarização – Pela boca de Lula o discurso é adaptado ao nível dos menos instruídos. O PT sabe que a capacidade receptiva da massa é limitada, que o povo tem grande facilidade em esquecer e um mínimo de esforço mental, que uma mentira repetida vira verdade e que quanto maior a mentira mais o povo nela acredita.
6 – Orquestração – Repetir um numero reduzido de idéias é importante. Para isso se cria um bordão: “nunca antes nesse país”, que vem acompanhado das realizações que só Lula fez desde o descobrimento do Brasil, algo que converge sempre para o culto da personalidade do presidente,
7 – Renovação – Informações e argumentos devem seguir ritmo rápido de modo que quando o adversário criticar o público já está interessado em outro fato. Isso tem acontecido, inclusive, com a sucessão de escândalos de corrupção do governo, de tal forma vertiginosa que quando surge um o outro já está esquecido.
8 - Verossimilhança – Outro princípio que se baseia na construção de argumentos a partir de fontes diversas, através de informações fragmentárias. Exemplo: para ajudar o compañero e presidente do Paraguai, o bispo célebre por sua incontinência sexual, Lula da Silva romperá o Tratado de Itaipu onerando mais ainda os brasileiros pelo uso da eletricidade. Nesse caso, Celso Amorim justifica o injustificável com um malabarismo verbal ao dizer que o Tratado restringe a comercialização de energia a “entes” dos dois países – Eletrobrás e Ande – “mas não diz que é cada um em seu país”. Estranhas explicações também foram dadas nos casos da Bolívia, Venezuela, Argentina, quando interesses do Brasil foram sacrificados em nome do projeto de poder de Lula da Silva na América Latina.
9 – Silenciação – As questões para as quais não se tem argumentos devem ser encobertas e dissimuladas com a ajuda dos meios de comunicação. Exemplo: enquanto pessoas morrem em corredores de hospitais Lula da Silva diz diante de câmaras e microfones que a Saúde brasileira está perto da perfeição.
10 – Transfusão – É necessário criar um complexo de ódios que possam arraigar-se em atitudes primitivas. Lula e seu governo têm, com êxito, estimulado o ódio de negros contra brancos, de pobres contra ricos. A culpa de tudo é dos “brancos de olhos azuis”.
11 – Unanimidade – Muitos devem ser convencidos de que pensam como todo mundo, de modo a criar a falsa impressão de unanimidade. Isso é visto claramente nas pesquisas de opinião, quando Lula da Silva aparece com altos índices de aprovação.
Estes “Princípios de dominação pela Propaganda”, publicados em 24/06/2009 no Ex-Blog de Cesar Maia, não foram elaborados por Duda Mendonça ou qualquer outro marqueteiro do PT, mas por Joseph Goebbels, chefe de propaganda de Hitler. E se na adiantada Alemanha o Holocausto foi aceito com naturalidade, por que Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel e nega o Holocausto, não pode ser recebido de braços abertos por Lula da Silva, tão afeito aos déspotas mundiais? Como dizia Boris Casoy: “Tá tudo dominado”.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
terça-feira, 21 de julho de 2009
CM ENTREVISTA O DR HEITOR DE PAOLA
CM entrevista o Dr Heitor de Paola
“O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador” (Rui Barbosa, 8 de março de 1919)
Entrevista à Revista do Clube Militar
- Dr Heitor De Paola
O Dr Heitor De Paola, 64, é médico psiquiatra e psicanalista, membro da International Psycho-Analytical Association e do Board of Directors da Drug Watch International e Diretor Cultural da BRAHA, Brasileiros Humanitários em Ação, articulista e escritor, com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, e um livro. No passado, pertenceu a organização Ação Popular (AP) da esquerda revolucionária. Em entrevista à Revista do Clube Militar, o Dr De Paola falou sobre sua experiência passada, sobre seu desencanto com a esquerda, e sobre sua visão atual dos acontecimentos políticos no Brasil, na América Latina e no mundo. Articulista do jornal eletrônico Mídia Sem Máscara, dos Jornais Inconfidência e Visão Judaica, e do site Ternuma.
CM: Dr De Paola, inicialmente pediríamos que o senhor nos relatasse algo sobre sua experiência como militante de organização de esquerda.
De Paola: Minha participação começou já em 1959 quando a esquerda da JEC (Juventude Estudantil Católica, versão secundarista da JUC) conquistou pela primeira vez a UGES (União Gaúcha de Estudantes Secundários), com uma campanha ardilosa. Inicialmente fiquei limitado ao mundo estudantil até a renúncia de Jânio. A partir de então engajei na campanha da “legalidade” de Leonel Brizola, então Governador do RS, posteriormente na campanha pelo plebiscito para a volta do presidencialismo (janeiro de 1963). Neste mesmo ano, já universitário, mantive minha participação estudantil, participei do Congresso da UNE que elegeu José Serra Presidente e neste ano começaram meus contatos com a Ação Popular (AP) e com a Juventude Trabalhista.
Senti que eu precisava entender melhor no que estava me metendo e me inscrevi num curso de marxismo do PCB e facilmente fui fisgado por aquela cantilena mágica que fornecia meia dúzia de regrinhas para explicar tudo o que se quisesse. Entrei para a AP pouco depois do comício da Central (13/03/64) e no dia 1º de abril liderei uma greve que atingiu quase todas as faculdades de Pelotas, RS, com exceção da agronomia, onde predominavam filhos de fazendeiros que nos expulsaram a pauladas! Esta greve era coordenada com a Casa do Trabalhador, reduto do PCB.
Em 65 fui eleito Vice-Presidente da UNE num Congresso cercado pelo DOPS e pela Força Pública, no Centro Politécnico de SP. Na campanha da UNE Volante, em outubro, fui preso em Fortaleza, CE, ficando até dezembro no 23º BC. A Diretoria foi desbaratada, sobrando apenas um dos Vices. Em janeiro 66 haveria um Congresso na União Internacional de Estudantes (UIE) na Mongólia ao qual não consegui comparecer.
Nos dois anos seguintes levei uma vida dupla: como já estava visado, abandonei a política estudantil e integrei o Comando Zonal Sul da AP, encarregado principalmente de Rio Grande, RS. Lá, organizei duas células operárias e uma camponesa e ainda ajudei a montar o esquema de passagem Brasil-Uruguai via Jaguarão-Rio Branco. Em janeiro de 68 saí. Os estudos teóricos, geralmente com estrangeiros clandestinos, versavam sobre Mao, Ho Chi Minh, Giap, Régis Debray.
CM: E como se deu o desencanto com a esquerda?
De Paola: Desde que entrei para a AP rebelei-me contra o extremo autoritarismo que reinava entre seus membros, disfarçado de livre discussão – a “luta interna”. Eu já havia estudado Marx e Lenin e conhecia teoricamente o conceito de “centralismo democrático”, mas jamais o havia experimentado ao vivo. No entanto logo ocorreu a contra-revolução de 64 e me convenci que, num movimento clandestino, ele é fundamental, pelo menos por razões de segurança.
Outro fator foi quando, em 65, sendo Vice-Presidente da UNE, percebi a enorme hipocrisia de reuniões para promover a revolução proletária em mansões de altíssimo luxo com farta distribuição de bebidas importadas e carros idem. Numa delas encontramos com altos dirigentes da AP, inclusive o Coordenador Nacional, Herbert José de Souza, o Betinho e eles me pareceram plenamente satisfeitos e adaptados ao local.
Eu percebia, também, um absoluto desprezo pelos outros, os quais só serviam enquanto fossem úteis à causa ou a propósitos mais sórdidos dos dirigentes. Um dos operários que eu “ampliara” foi despedido, ninguém – nem eu – o ajudou, passou a beber, foi abandonado pela família. Outro, um camponês, foi mandado para um encontro no Nordeste e jamais voltou e passou a ser proibido perguntar por ele. Mas não quero passar por inocente: só saí em função da luta armada, que não aceitei. Não fosse isto eu teria permanecido mais tempo, não sei quanto.
CM: Pode-se afirmar que há sinceridade nas afirmações de ex-terroristas, quando alegam que pegaram em armas para salvar a democracia no Brasil?
De Paola: Absolutamente nenhuma sinceridade! A “luta armada” começara ainda durante o governo democrático de João Goulart, em 1961 e, se teve que ver com alguma ditadura, foi com a cubana. No dia 1º de maio daquele ano a revolução cubana abraçou oficialmente o comunismo e tornou-se uma cabeça de ponte soviética na América Latina. Note-se também que neste ano houve uma radicalização da guerra fria e a construção do Muro de Berlim. A exportação da revolução para o resto do continente começou imediatamente visando, primariamente, a Venezuela – por causa do petróleo – e o Brasil – por seu imenso território e importância estratégica em função da industrialização que avançava lentamente, mas de forma segura. E também por possuírem as Forças Armadas mais capacitadas do continente e era necessário vingar-se de 35. A esquerda brasileira, que tinha um pé firme no governo federal, imediatamente aliou-se a Cuba com a finalidade de implantar um regime idêntico aqui.
Três mentiras precisam ser desfeitas:
a. De que a “resistência democrática” começara após o “golpe” de 64. Na verdade, este movimento cívico-militar só ocorreu em conseqüência do grau que já alcançara o avanço revolucionário sobre o poder.
b De que a luta armada foi desencadeada após o AI-5. Agitações, atos terroristas, focos guerrilheiros precederam a promulgação do mesmo e foram a sua causa.
c De que a esquerda revolucionária lutava para restaurar a democracia. Não conheci – e continuo quarenta anos depois sem conhecer – nenhum esquerdista democrata. A esquerda visa, ao contrário, implantar o comunismo. Só. O resto é balela.
CM: O senhor ao passar a defender princípios contrários aos que esposava no passado sofreu algum tipo de reação traumática em seu relacionamento pessoal?
De Paola: Logo no início sim. Quando me recusei a prosseguir no caminho revolucionário, exatamente em função da aprovação da luta armada pela AP em janeiro de 68, sofri ameaças de meus antigos “companheiros”, que incluíam pessoas a mim chegadas. Mas eu ainda não defendia princípios contrários. Permaneci alguns anos numa espécie de limbo ideológico, a convalescença veio bem mais tarde, como já expliquei em artigos, conferências e livro. Durante alguns anos eu ainda era procurado por antigos companheiros, inclusive após minha mudança para o Rio. É impressionante como me localizaram rapidamente. Mas não houve mais ameaças, apenas tentativas de arregimentar-me outra vez e contribuições para o sustento do pessoal clandestino.
CM: Que considerações o senhor faz sobre o Foro de São Paulo?
De Paola: A principal consideração não é minha, mas dos próprios fundadores do FSP: é uma organização que reúne as esquerdas da América Latina na tentativa de recuperar neste continente o que fora perdido do Leste Europeu. Ora, o que se perdeu lá – se é que se pode dizer que tenha havido alguma perda? O comunismo. Portanto é uma falácia dizer que o FSP é um clube de amigos, apenas um fórum de debates, cujas decisões não são mandatórias. Segundo seu próprio idealizador, fundador e por anos Secretário-Geral, Marco Aurélio Garcia, trata-se da refundação do comunismo, não mais como uma “revolução proletária”, mas seguindo os ensinamentos de Antonio Gramsci, privilegiando a revolução cultural. Pode dar a impressão de não haver unidade já que o grau de evolução é distinto nos diversos países, mas Hugo Chávez já explicou claramente que, enquanto ele vai de Ferrari, outros são obrigados a ir mais devagar: “O gradualismo é uma estratégia necessária dos governantes esquerdistas para se fazerem aceitar aos poucos”. É ainda MAG quem disse: “Primeiramente temos que dar a impressão de que somos democratas. No início teremos que aceitar certas coisas. Mas isto não durará muito tempo”.
O regime que virá a se estabelecer é a ditadura de terceira geração: a repressão não mais generalizada, como o paredón de Fidel, mas seletiva. São atacadas algumas pessoas ou organizações cuidadosamente selecionadas e o resto se intimida. Veja-se o que ocorre na Venezuela e mais recentemente no Equador, na Nicarágua e na Bolívia.
Apenas secundariamente o FSP foi fundado para tirar Cuba da situação em que se encontrava após o fim da mesada soviética, sendo a última Resolução da OEA cancelando a expulsão de 1962, um dos objetivos secundários plenamente atingidos pelo FSP.
CM: Como o senhor analisa o chamado socialismo bolivariano?
De Paola: Fiquemos com o substantivo porque o adjetivo é falso: socialismo, a fachada de sempre para esconder o fato de que é o velho comunismo. O “bolivarianismo” é uma falácia, uma mistura de elementos incompatíveis para enganar a população e unir comunismo com orgulho nacionalista – ou latinista, pois se pretende implantá-lo em todo o continente – enquanto sua pseudo-doutrina é marxista-leninista e maoísta na origem, nos meios e nos objetivos. Em 1858, em contundente artigo denominado Simón Bolívar, Karl Marx ataca o Libertador com sua costumeira fúria e mordacidade. O desprezo de Marx por Bolívar era tão profundo que, no verbete biográfico que escreveu para a New American Encyclopaedia, ele analisa em detalhes cada uma de suas campanhas, nega suas aptidões militares e, pior ainda, nega-lhe a valentia. Segundo Marx, Bolívar sempre abandonou seus homens em batalha para fugir covardemente. Como então juntar Marx e Bolívar na mesma mixórdia ideológica de Chávez? É só para inglês – ou americano – ver!
CM: Como o Senhor vê a verdadeira lavagem cerebral que os estudantes brasileiros têm sido submetidos nas escolas brasileiras, em todos os níveis de ensino?
De Paola: Como parte essencial da revolução cultural, da “longa marcha para dentro dos aparelhos de hegemonia da burguesia”: educação, mídia, sociedades científicas, Igreja Católica e Forças Armadas, visando modificar o senso comum (as bases tradicionais do pensamento e dos valores ocidentais). Obviamente a educação é primordial, pois abrange desde a mais tenra idade, como já se vê ocorrer com as crianças que, submetidas à doutrinação marxista, já se voltam contra os pais e a família.
A obra maléfica de Paulo Freire, A Pedagogia do Oprimido, começou a ser utilizada na década de 60, antes mesmo do livro que consolidou o pensamento freiriano, principalmente nas escolas de monges capuchinhos, jesuítas e dominicanos. Doutrinando, ao invés de ensinar, foi destruindo lentamente e de forma sutil, toda a educação clássica e formando robôs com “consciência social” e não mais pessoas eruditas. A juventude de hoje sequer consegue articular frases coerentes, mas sabe muito bem quem são os “opressores e os oprimidos” não conhece – ou desdenha – os heróis nacionais, mas cultua Che, Mao, Fidel, etc. desconhece a rica literatura brasileira e portuguesa, mas conhece bem a reles pseudo-literatura dos Best Sellers. A atual geração de pais e mães já foi deformada de modo que não podem ser “opressores” dos próprios filhos e deixam a eles decisões que não têm condições de tomar. Já estamos perto do caos total e isto se reflete nos baixíssimos índices que a educação brasileira vem obtendo.
CM: O senhor lançou recentemente o livro “O Eixo do Mal Latino-Americano”, um estudo minucioso da evolução do comunismo entre o pós-guerra e o Foro de São Paulo. Que comentários pode fazer sobre mais essa obra sua?
De Paola: Deixo a palavra com o Professor Ivanaldo Santos que, recentemente, elaborou uma resenha do livro: “Neste livro Heitor De Paola apresenta, a partir de sólida documentação, como milhões de pessoas estão sendo submetidas a um sistema de profunda lavagem cerebral e, por conseguinte, de total anestesia política. Esse sistema é financiado pelos governos esquerdista-liberais, por ONGs e fundações internacionais. Além de amplas fontes de recursos financeiros existe a cumplicidade de setores estratégicos da sociedade como, por exemplo, a grande mídia, parte da intelectualidade universitária e setores da Igreja que se auto proclamam de “progressistas” e “esclarecidos”. Entre esses setores ganha destaque a Teologia da Libertação (TL). Uma teologia de inspiração marxista e ateísta que, na prática, funciona como a quinta coluna, a qual tem por finalidade minar e, se possível, destruir a Igreja por dentro, ou seja, a partir de seus sólidos alicerces evangélicos e filosóficos. (...) Por fim, afirma-se que o livro de Heitor De Paola é fundamental para a compreensão da história e das atuais estratégias planetárias de implantação de um governo único e, com isso, acabar com a liberdade. Este livro pode ser o primeiro passo de um processo de esclarecimento e contra-revolucionário na América Latina e no mundo. Justamente o processo que a atual sociedade precisa para novamente poder compreender e experimentar a liberdade e a dignidade humana”.
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
QUEM CALA CONSENTE !
QUEM CALA CONSENTE !!!!!!!
Esta semana estava com um grupo de pessoas, profissionais liberais em sua grande maioria, idade média de 35 a 45 anos, quando no meio da conversa, que versava sobre os descaminhos e corrupção do atual governo, uma jovem senhora afirmou que preferia este governo, com todas as suas mazelas, a uma “ditadura”, sanguinária e com militares torturadores e corruptos, como a que ocorrera após o “golpe de 64”. Imediatamente, iniciei uma contestação ao que a Senhora acabara de afirmar, quando fui interrompido por um professor universitário que disse: “ O Sr. leu a entrevista do Coronel Curió ? Ele mesmo conta que, na Guerrilha do Araguaia, durante a revolução, quarenta e tanto jovens combatentes, aos quais Curió afirma respeitar pelo idealismo que demonstravam, foram assassinados, friamente, após a prisão respectiva. O Sr. sabia que lutavam pelo retorno do País à democracia, contra a ditadura, opressão e brutalidade dos militares ?” Em resposta, disse-lhes que não conheciam a verdadeira história que abrangia um tempo em que ainda eram crianças. Que aqueles que estavam no Araguaia eram revolucionários marxistas, treinados na China comunista, em 1962, antes do que chamavam de golpe militar de 64, com o ideal de instalar a luta armada no Brasil, a partir do campo, por meio de uma guerrilha rural, objetivando, finalmente, a implantação de uma ditadura comunista no País. Que o Curió havia se esquecido que tal idealismo não se coadunava com os anseios de liberdade do Povo Brasileiro. Que o Exército lá estava cumprindo o seu dever para com a Nação brasileira, impedindo que um bando de tresloucados levassem, a todo o País, a violência das armas, possibilitando regime que matou milhões de inocentes em grande parte do mundo. O que chamava de idealismo não passava de fanatismo, construído por doutrinação marxista e lavagem cerebral criminosas, explorando a ignorância, a boa fé e a motivação de alguns moços. Que em qualquer guerra, principalmente numa guerra irregular como a de guerrilhas, não se combate com flores, mas com armas que ferem e matam pessoas, em ambos os lados, dependendo de inúmeras circunstâncias e das pessoas presentes no caos que é o combate, difícil de ser administrado. Falei sobre a morte do tenente da PM paulista, morto a coronhadas, no Vale da Ribeira, pelo comunista e ex-capitão Lamarca. Mostrei que a contra-revolução, feita por civis e militares, o foi atendendo aos apelos, temores, anseios e desejos da maioria povo brasileiro, manifestados nas ruas de todo o Brasil. Muitos retrucaram que jamais tinham ouvido semelhante História nos meios de comunicação, colégios, universidades e até mesmo nas igrejas. Que os políticos sempre traduziram a intervenção das Forças Armadas (FA) como um grande golpe na democracia, instaurando uma ditadura que matou e torturou intensamente. Na propaganda eleitoral, dizer-se preso ou cassado pelo regime militar tem-se com fato altamente positivo. Que os livros que tratam da História do Brasil, usados por seus filhos, com o aval do governo, corroboram tais idéias e mostram o socialismo como solução para os problemas que afligem a população e o capitalismo como forma de exploração humana. Que os militares, embora acusados, quase que diariamente, nada falam, parecendo fragilizados. Respondi-lhes que os meios de comunicação, parcela da Igreja dominada pela Teologia da Libertação, universidades, colégios e sindicatos foram, inteligentemente, infiltrados, difundindo-se, então, de forma generalizada, versão deturpada dos fatos históricos que transformaram comunistas, que desejavam para o País uma ditadura policial, usando da violência armada, incluso do terrorismo, de assassinatos, assaltos e de justiçamentos, em amantes da Paz, da Justiça, dos Direitos Humanos e da Democracia. Para os militares, que salvaram a Nação de um regime sanguinário e desenvolveram o País, colocando-o entre as 10 maiores economias do mundo, as pechas destinadas foram as de torturadores e de golpistas. Não contrariar isso, está dentro das normas de patrulhamento ideológico do cidadão, traduzidas pelo que é chamado de politicamente correto. Quem contrariar o estabelecido não será visto com bons olhos. Em qualquer debate, o contrário será abatido não por argumentos, mas pela desqualificação pessoal, principalmente por aqueles que dominam a mídia. Fácil é para o jornalista ou intelectual, sentado numa escrivaninha, sem nunca ter arriscado a vida no cumprimento do dever, escrever sobre o que não viu ou sentiu, principalmente quando tem o objetivo de desmoralizar e denegrir aqueles que não concordam com o seu viés ideológico.
Disse-lhes que o grande problema é que as Forças Armadas, principalmente, o Exército, venceram a luta armada, mas perderam a batalha da propaganda, adotando uma política de mudez e postura acuada. Ora ! Quem cala consente ! Não se faz ouvir e nem se difunde o que é a verdade. Assim, não adianta apenas falar e reclamar, o que se faz quase sempre pela internet e apenas entre militares, que as FA estão sendo achincalhadas moral e materialmente. É necessário agir, falar e, se preciso, confrontar. É necessário fazer com que a Nação ouça a voz das FA, em momentos de dificuldades, influenciando as grandes decisões de caráter nacional, tradição histórica, e por seus verdadeiros chefes, soldados de carreira e não por embusteiros temporários. Estes, quase sempre, fazem da função passageira trampolim para alcançar objetivos pessoais ou de grupos, ou ainda, fazer-se presente na mídia, vendendo imagens que não são verdadeiras. O caso da demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, que afeta a Soberania Nacional e a mudez dos grandes responsáveis por esta última, é emblemático.
Para reforçar meus argumentos de como, hoje, a verdadeira História é modificada por imagens e verdades distorcidas, mostrei-lhes o jornal Estado de Minas que, então, publicava reportagem sobre o lançamento do livro “Diários do Horror”, escrito por Frei Beto, baseado em bilhetes escritos pelo ex-preso, frei dominicano, Fernando Britto, clandestinamente,“nos porões da ditadura Militar”. A reportagem e a entrevista com o Frei Fernando, apresentado como um idealista injustiçado, não mostram claramente o motivo da sua prisão : apoiava com outros freis, usando o hábito e o convento, violentando princípios religiosos, o sanguinário guerrilheiro comunista, Carlos Marighella, chefe da mais violenta organização revolucionária, a ALN, autor de inúmeros assassinatos, assaltos e atos de terrorismo. Frei Fernando, traça a imagem do assassino Marighella : “ Marighella não era somente um grande líder revolucionário, mas também um grande amigo. Uma pessoa de muita ternura, de muita preocupação com a gente .” O Delegado que matou Marighella, em emboscada, com informações dadas pelos dominicanos presos é chamado, pelo Frei Fernando, de “ facínora” e seu cúmplice de subversão, que contribuiu para inúmeras das ações violentas da ALN, comandadas pelo bandido Marighella, é descrito como o “doce Frei Mateus Rocha”.
Sem dúvida, como vem acontecendo há anos, criou-se uma nova estória. Se não há quem diga o contrário de fatos como estes, isto é, a verdade, a mentira se tornará a verdade. E esta mentira, agora verdade, é que será do conhecimento dos leitores, mais um fato da nova estória, consolidando assassinos em heróis e heróis em bandidos, pois, quem cala, consente !
Gen Marco Antonio Felicio da Silva
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Reflexões de um " Rabo de Turma "
Reflexões de um “Rabo de Turma”
Prezados Amigos Militares
Sou Aspirante a Oficial da turma Marechal Mascarenhas de Moraes, formada na AMAN no ano de 1972. Fui o 82º colocado em uma turma de 116 oficiais da Arma de Infantaria, o que me torna, no jargão militar, um (perdoem o termo chulo) “rabo de turma”, denominação usada no meio castrense para aqueles que se encontram no ultimo quarto de sua turma de formação. As idas para o Rio de Janeiro, infelizmente, sempre sobrepujaram a minha vontade de estudar. Assim, mercê de meu destino de apedeuta juramentado (rotulado já na década de 70), como diria o saudoso Odorico Paraguaçu, sinto-me muito à vontade para escrever essas linhas. Caso alguém concorde, será lucro. Caso discordem, poderão dizer: “ah, também, não se poderia esperar nada alem disso de um rabo de turma”! Creio que ninguém no nosso meio irá discordar que nós, militares, estamos um uma situação muito inferior em todos os aspectos às demais carreiras de Estado, incluídos aí os funcionários de órgãos criados pelos próprios governos militares, como a Policia Federal, por exemplo ou, até mesmo, a vetusta Policia Rodoviária Federal. As Forças estão sucateadas com viaturas velhas, embarcações obsoletas, aeronaves sem manutenção adequada, salários arrochados e, em função dessas mazelas, as vocações anestesiadas. Qual o aluno brilhante de um dos nossos Colégios Militares quer, nos dias de hoje, deseja seguir a carreira das Armas? Poucos, muito poucos, posso afirmar. Nos anos de 1994 e 1995 servi na DFA (Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento) e, já naquela época, constatei alguns fatos no mínimo preocupantes. Exemplo: a Arma mais procurada na escolha era (ou ainda é, não saberia afirmar agora, após 13 anos de reserva) a Intendência. Não tenho absolutamente nada contra a Rainha de Logística, que realiza trabalho absolutamente edificante, mas entendo que, em principio, seria mais normal para um jovem que procura a carreira militar, escolher uma Arma combatente, por sua característica mais guerreira. Fui investigar por conta própria e, com a ajuda de alguns amigos, verifiquei que aquela escolha devia-se ao fato de os jovens cadetes identificarem na Intendência a Arma que lhes daria melhores condições para ocupar cargos no meio civil (?) ou maiores chances em concursos públicos. Mas, e a carreira militar? Ah, essa, em grande parte, seria apenas o primeiro degrau para outra caminhada. Fui verificar, então, que os cursinhos preparatórios para tais concursos estão apinhados de militares de todos os postos e graduações (especialmente os oficiais subalternos e intermediários e os sargentos mais modernos) e de todas as Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica). A Academia de Concursos na Cinelândia, no Rio de Janeiro, em suas turmas noturnas, é um exemplo. Quem quiser confira.
E, afinal, qual a (s) explicação (ões) para tudo isso? Vou arriscar, como “rabo de turma”, elencar algumas poucas. Os jovens militares não vêem boas perspectivas financeiras para o futuro, não enxergam líderes incontestes (peço mil perdões aos meus amigos Generais) e, de quebra, sentem em alguns casos que correm o risco de, ainda no meio da carreira, mesmo se esforçando, ficarem relegados a segundo plano. No Exército, por exemplo, caso um jovem major não logre êxito em ingressar logo na ECEME (Escola de Comando e Estado Maior), será obrigado a levar sucessivas “caronas” (ser ultrapassado na promoção por oficiais mais modernos) daqueles que possuem o curso. Um eventual insucesso irá tirar o seu “élan” no meio da carreira. Porque essa odiosa diferença entre QEMAS e “mangas lisas”, denominação jocosa que denigre tantos jovens brilhantes? Porque não cursarem todos, como na Aeronáutica, onde basta um requerimento? Cabe observar que o concurso em questão, salvo melhor juízo, avalia principalmente os oficiais que redigem bem e possuem bom poder de síntese. Cito meu exemplo, que, como “rabo de turma”, passei no primeiro concurso, enquanto o primeiro da minha turma de Comunicações fez três concursos e não passou e o segundo da minha turma de Artilharia, que ficou reprovado em um e se recusou a prestar sequer um segundo. Isso, para ficar em apenas dois exemplos ocorridos com militares brilhantes. Poderia citar centenas de outros. Creio que, se Napoleão Bonaparte ressuscitasse no Brasil, teria certa dificuldade em ser aprovado na ECEME, haja vista que o pequeno Corso reconhecidamente não era pródigo nas letras. Era, pura e simplesmente, um gênio militar. Bem, no nosso Exército ele, provavelmente, permaneceria como cabo de Artilharia.
A essa altura, todos já devem estar entediados com tanta prolixidade e se perguntando: aonde ele quer chegar? E, agora, vou entrar na parte mais polêmica, que é externar a principal razão de nossas angústias. NÓS, MILITARES, ESTAMOS ASSIM, PRINCIPALMENTE, PORQUE SOMOS EXTREMAMENTE DESUNIDOS. Alguns falarão: “poxa, Saint-Clair, você esta pegando pesado demais. O que é isso, companheiro?” E eu vou explicar porque vejo as coisas dessa maneira. Após ir para a reserva, fui trabalhar na área de segurança no meio civil. Meu tempo na Policia do Exército e os cursos que tive oportunidade de realizar nessa área me proporcionaram essa oportunidade. Mercê dessas tarefas, lido diuturnamente com policiais civis, militares e federais. Todos, dentro de suas respectivas Forças, são extremamente corporativos (para o bem e, infelizmente, algumas vezes para o mal). Possuem, ainda, significativa representação parlamentar e sindicatos fortes, que lutam com vigor e sucesso em prol de suas agremiações. E nós? Ah, não podemos ter sindicatos, é verdade! Todavia, sempre que temos oportunidade de obter algum êxito, jogamos pela janela. Vou, mais uma vez, exemplificar. Em 2006 tivemos a eleição para a Presidência do Clube Militar do Rio de Janeiro, de longe a maior e mais forte agremiação de nosso meio. Tínhamos dois candidatos: o General de Exército R/1 Gilberto Figueiredo e o General de Brigada R/1 Paulo Assis. O primeiro, com sua chapa “Consolidar e Modernizar” tinha como principal objetivo revigorar o quadro do clube mediante a captação de novos sócios, motivando os recém formados na AMAN para ingresso no clube. Declarou na época: “em cada 500 Aspirantes que se formarem, se conseguirmos 60 será um bom percentual”. Nada tenho contra o General Figueiredo, mas, isso é um objetivo ambicioso? Tentar aumentar um pouco o quadro social?
Em contrapartida, o General Paulo Assis, com sua chapa, tinha, entre muitos objetivos, os seguintes: “participar do processo político em defesa dos valores éticos e morais, concitando a sociedade brasileira a expurgar do cenário político indivíduos envolvidos em crimes contra estes valores”, “afirmar que a solução da crise brasileira encontra-se no caminho do exercício do sistema democrático da escolha pelo voto” e outros objetivos semelhantes. Como o estatuto do Clube Militar veta o proselitismo político aberto, o General entendeu que não deveria ser muito explicito em certos aspectos. Mas, como a oportunidade já passou, posso revelar. A idéia era que fossem reunidos todos os clubes e círculos militares de oficiais e de subtenentes e sargentos do Brasil para que, juntos, indicássemos um representante comum em cada Estado da Federação (metade graduados e metade oficiais) e fizéssemos uma bancada com 27 Deputados Federais. Aí, teríamos uma força imensa no Congresso, com uma das maiores bancadas. Teríamos votos de sobra para tal, apenas com as famílias dos militares. Os objetivos eram tão elevados que o General Paulo Assis obteve o apoio dos Grupos Ternuma, Inconfidência, Emboabas, ANMFA e outros. Cabe acrescer que esse Estatuto do Clube é uma balela, pois todos tem conhecimento que a República e as Revoluções de 1922, 1924, 1930 e 1964 foram planejadas dentro do mesmo.
Aí, começaram as manobras políticas sujas, que incluíram a divulgação de uma declaração que o Paulo Assis deu de forma brincalhona na Brigada Pára-quedista quando falou que “PQD vota em PQD” e que foi divulgada por um PQD da outra chapa como uma ofensa a todos os pés-pretos.
Após todos esses acontecimentos e calúnias, a chapa de Paulo Assis foi derrotada por uma diferença mínima: 1998 votos para o General Figueiredo contra 1884 para o General Paulo Assis. Por curiosidade perguntei a alguns coronéis e generais indecisos em quem iriam votar e a imensa maioria declarou que votaria no General Figueiredo por ELE SER QUATRO ESTRELAS! A antiguidade, para alguns de nossos companheiros, parece ser mais importante que os nossos destinos a aspirações. E assim, por meros 114 votos em um colégio eleitoral de 11.500 associados, podemos dizer, como na música do João Nogueira, “foi mais um sonho que ficou para trás”.
Então, resta-nos seguir com essa vidinha de sempre, recebendo eventualmente um editorial da revista (que ninguém lê) do Clube tecendo algumas críticas ao governo, ver alguns dos nossos chefes lutarem por seu quinhão (vide José Albuquerque como Conselheiro da Petrobrás) e os libelos dos grupos acima descritos, que tem o efeito de um rato que ruge. Vamos nos contentar com o Bolsonaro vociferando sozinho para uma platéia de deputados desinteressados e abúlicos e fazer de conta que acreditamos que as coisas vão melhorar...que pena!
Agora cresce um movimento em torno de General Heleno, meu velho amigo do Tijuca Tênis Clube e, de longe, a maior liderança atual de Exército, para que o mesmo seja candidato a Presidente. É um delírio total. Será que, pelo menos o nosso estimado, genial e respeitado General Heleno não poderia tentar ser o próximo Presidente do Clube Militar para tentar viabilizar o que o General Paulo Assis tentou? Não sei. Afinal, sou apenas um “rabo de turma”.
Abraços a todos.
Saint-Clair Peixoto Paes Leme Neto – Tenente Coronel Inf QEMA
Coloco abaixo o meu telefone e o meu e-mail para eventuais críticas.
E-mail: saintpl@uol.com.br
Telefone: 8884-9681
sexta-feira, 17 de julho de 2009
POR DE TRÁS DAS OSSADAS
POR DE TRÁS DAS OSSADAS
Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda Refo Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Transcrevemos abaixo, missiva anônima recebida (por debaixo da porta). A carta (bilhete?) era apócrifa. As intenções do remetente, desconhecemos.
“Prezado Chefe,
Por aqui, tudo muito bem. Não achamos, até agora, uma “falanginha” sequer, mas o estrago na fama da organização antagônica, conforme esperado, será arrasador.
A campanha publicitária, através da imprensa, é total e parcial, de acordo com o planejado.
Chefe, humildemente, desejo cumprimentá–lo. Só mesmo um batuta como o senhor poderia, através de sentença judicial (SIC), cavada com persistência franciscana, oficializar a 14ª expedição de busca de ossadas. Na verdade, nem é bom achar, pois poderemos ter uma 15ª, uma 16ª...
Decretar que fosse a entidade adversa a responsável, foi o tiro de misericórdia. Nem Maquiavel...
Aqui no Grupo, só dá gente nossa. E a junção dos esforços do Comitê Especial sobre Falecidos e Desamparados Políticos (CEFDP) com o suporte precioso da Agremiação de Juízes Especiais da Pátria (AJE) e a virulenta ação do Ildo (“Partidão”) promete render os melhores frutos. Felizmente, para aumentar o nosso “cacife”, os representantes dos Governos do Puruá e do EC são simpáticos à causa.
A participação de familiares dos mortos, uma soberba colaboração, tem causado “frisson” na imprensa, sempre interessada em divulgar “histórias dolorosas e comoventes”. Tudo, conforme, ou melhor, do que o esperado.
Com a indenização aos camponeses, trunfo conquistado graças a sua influência junto à Bolsa-Terrorismo, denúncia é o que não falta. Com o boato de que, quanto mais “sofreu”, maior a indenização, o que não falta são camponeses alegando que padeceram “horrores” nas mãos da opressão, e sempre foram obrigados a trabalhar para eles. Não vamos pré-julgar, ninguém é de ferro, e um dinheirinho não faz mal.
Como fato novo e auspicioso, devemos citar a excepcional colaboração do “Mané Catingoso” que perguntado sobre “as crianças” deitou falação. Começou falando de uma, depois a coisa foi aumentando e chegamos ao excelente dado de oito crianças seqüestradas pelos desalmados.
O mateiro “Mané Catingoso” merece uma estátua. O homem é demais. Só fala, mas a cada palavra, afunda mais o nosso alvo.
Graças a “Central de Boatos” e ao apoio financeiro a alguns nativos, a cada dia aumenta o número de mortos. Já chegamos a 69, e podemos aumentar, mas é bom não exagerar.
Acredito que o próximo passo seja obrigar aos “verdugos” que participaram da repressão a sentarem no banco dos réus (desculpe, sejam “ouvidos”). Essa será moleza, contamos, inclusive, com a pressão dos Procuradores da República em Mirabel.
Gostaria de saber, para transmitir aos companheiros, como vai indo o CD - ROM elaborado em parceria com a Universidade Federal de Ourolandia sobre os mortos e desaparecido durante o regime de opressão. Foi acertada a parceria com o Ministério de Ensino e com as Secretarias Estaduais de Lavagem Cerebral para distribuição do CD?
Espero que o material seja distribuído para a rede escolar, conforme acertado, até agosto. Sei que é para pesquisa dos alunos da 1ª Série. Duvido muito que a gurizada pesquise, a menos que, com a nossa decisiva orientação, os professores “induzam” a alunada.
Finalmente, temos cantado, diariamente, a “Internacional Comunista”. Alguns camponeses, para causar boa impressão e, quem sabe, ganhar algum, já sabem até a letra”.
Ah, ia me esquecendo. Viva o “Curió”!
Recebido em junho de 2009, e só divulgada nesta data, para evitar interpretações equivocadas.
Brasília,DF, 17 de julho de 2009
MILITARES E CONSTITUIÇÃO
Militares e Constituição
sexta-feira, 10 de julho de 2009 | 3:49
Afirmei ontem que tenho muitos leitores que são militares e que tenho orgulho disso.
E logo apareceram os espadachins da reputação alheia: “Ah, claro, você gosta de militares; queria um golpe também no Brasil”. Por partes.
“Também” por quê? O de Honduras não foi golpe, mas contragolpe.
E é bom saber: se Lula ou qualquer outro resolver afrontar a Justiça e o Congresso, contra a Constituição, e ainda der uma ordem inconstitucional e ilegal às Forças Armadas, o mínimo que eu espero das gloriosas é que ponham um freio em Lula ou em qualquer outro, entenderam?
E elas o fariam no melhor interesse da Constituição. Não seria golpe. São guardiãs da Constituição. Leiam a Carta.
Aí o apressadinho dirá: “Peguei o Reinaldo! No Brasil, tem de haver o devido processo legal, com impeachment etc”.
Isso se a ação deste suposto presidente fora da lei não ameaçar a ordem interna com uma convulsão social. Se o espertalhão da hora resolver, por exemplo, optar pela guerra civil ou pelo confronto entre facções das Forças Armadas, sabem o que vai acontecer? Será posto na rua pela Justiça e pelo Congresso, e os militares vão garantir a legalidade.
Igualzinho se faz em Honduras. Ah, sim: seria um erro levar o sujeito para fora do país: o melhor lugar, havendo leis para tanto, é a cadeia.
Mas e se ele tentar golpear a Constituição com a ajuda do Congresso?
Restará a Justiça para dizer o “não pode”.
E, caso insista, as Forças Armadas, de novo, deixarão claro que não pode.
“Mas e se estiverem juntos o presidente, a Justiça e o Congresso contra a Constituição?”
Ainda restarão os soldados constitucionalistas. “E se eles também estiverem no rolo, Reinaldo? Todos envolvidos na barbárie?”
Duvido que isso fosse possível. Mas, caso acontecesse, restaria fugir do país ou, como diria Manuel Bandeira no poema Pneumotórax, a única coisa a fazer seria tocar um tango argentino…
Lá vou eu lembrar para os finórios o caput do Artigo 142 da Constituição do Brasil:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Está compreendido?
O presidente é a autoridade suprema nas Forças Armadas nos limites do que prevê a lei. No Brasil, como em Honduras, qualquer um dos Poderes - Legislativo e Judiciário também - pode apelar aos militares, se necessário, para garantir a lei e a ordem.
Nada impede que seja contra, se necessário, o próprio presidente da República.
Afinal, sua “autoridade suprema” se extingue no momento mesmo em que decide transgredir a Constituição que jurou respeitar.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
AÍ EU PERGUNTO:
COMPRAR OS VOTOS DO CONGRESSO COM O MENSALÃO, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
QUEM COLOCOU O ZÉ DIRCEU NO COMANDO DO PAÍS EM SEU LUGAR, NÃO FOI O PRESIDENTE????
QUEM MANDA É RESPONSÁVEL!!!!!!!!
CRIAR COTAS PARA NEGROS, ABERTAMENTE E COM TODO O APOIO DA MÁQUINA PÚBLICA, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
DISTRIBUIR BOLSAS ESMOLAS PARA COMPRAR VOTOS E MANTER POPULARIDADE ALTA, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
NÃO CUMPRIR A LEI NO CASO DE INVASÕES, ASSALTOS E DEPREDAÇÕES PELO MST E AINDA APOIÁ-LO COM VERBAS PÚBLICAS, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
O USO ABUSIVO E SISTEMATICO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS, BLOQUEANDO AS ATIVIDADES DO CONGRESSO, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
FAZER CAMPANHA ELEITORAL FORA DO PRAZO PERMITIDO NA LEI E UTILIZANDO VERBAS E PROGRAMAS PÚBLICOS, NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
COLOCAR UM ASPONE PARTICULAR (M. A. GARCIA) SEU PARA TRATAR DE RELAÇÕES EXTERIORES E AINDA COORDENAR A ATUAÇÃO DO GOVERNO EM APOIO À FORÇAS GUERRILHEIRAS E CRIMINOSAS DE OUTRO PAÍS (FARC), NÃO É GOLPEAR À CONSTITUIÇÃO????
E TEM MUITO MAIS... É SÓ PROCURAR...ELES AGEM ÀS CLARAS E IMPUNEMENTE!!!!!
NÃO VOU ENCHER UM MONTE DE PÁGINAS DE CRIMES DOS NOSSOS GOVERNANTES!!!
E O QUE O LULA AINDA FAZ COMO PRESIDENTE?????
E PORQUE AS FORÇAS ARMADAS NÃO AGIRAM, SE ESTÁ COMPROVADO QUE O CONGRESSO E O STF ESTÃO COMPRADOS E NAS MÃO DO EXECUTIVO E DO PT?????
SERÁ QUE AINDA EXISTE ALGUMA DÚVIDA DOS CRIMES CONTRA A CONSTITUIÇÃO????
Euro Brasílico Vieira Magalhães - 17JUL2009
CONVÊNIO FUSEX - UNIMED
Subject: Convênio FUSEX - UNIMED
Com muito prazer difundo a seguinte Informação:
Soube de fonte fidedigna , em curto prazo, estará entrando em vigor um convenio do FUSEX com a UNIMED, que visa atender os militares e dependentes que residem em localidades onde não existe OM do EB.
Por meio desse instrumento, todos os procedimentos simples serão liberados, ficando os casos mais complexos sujeitos à autorização prévia, exceto nos casos de urgência/emergência.
Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref
quinta-feira, 16 de julho de 2009
STM
deu em o globo
Militares fazem lobby para evitar corte no STM
Proposta de reforma do Judiciário na Câmara reduz número de ministros de 15 para 11; comando das forças reage
De Evandro Éboli:
O lobby dos militares entrou em cena para evitar a redução do número de ministros do Superior Tribunal Militar (STM) de 15 para 11 integrantes. A proposta está na pauta de votação da Câmara e integra a reforma do Judiciário. Em nota técnica conjunta, os Comandos do Exército, da Aeronáutica e da Marinha pedem aos deputados o veto ao artigo. Argumentam que, se aprovada, a medida vai provocar graves consequências nas Forças Armadas, como dificuldade para impor a disciplina e a administração na ca
serna.
Dos 15 ministros do STM, dez são generais das três forças, nomeados para o tribunal no topo da carreira e prestes a ir para a reserva. No tribunal, continuam na ativa, mas passam a receber salários que equivalem a 95% do que ganha um ministro do STF, o que representa um vencimento de R$ 23,2 mil. Com a reforma, o número militares cairia para sete e o de civis para quatro.
No documento, os assessores parlamentares dos três comandos militares afirmam que a redução influenciará na qualidade e celeridade dos processos, "uma vez que os ministros militares são dotados de experiência e conhecimento das peculiaridades da vida militar". Em outro trecho, os três assessores apelam à Estratégica Nacional de Defesa, que aumentará o número de soldados das forças.
"As Forças Armadas sofrerão um aumento no seu efetivo, o que naturalmente provocará aumento nas demandas da Justiça Militar", afirma a nota assinada pelo tenente Alberto Neves Neto, da Aeronáutica; pelo capitão de fragata Carlos André Macedo, da Marinha; e pelo major do Exército Otávio Souto Maior. Leia mais em O Globo
O EXÉRCITO É O MESMO DE ANTES
''O Exército é o mesmo de antes, apenas se adapta''
Responsável pela logística das buscas no Araguaia, ele discorda de que nova geração de oficiais é diferente da antecessora
Leonencio Nossa
Com experiências em missões complexas no exterior, o general Mário Lúcio Araujo, responsável pela logística da expedição de buscas de corpos de guerrilheiros do Araguaia, recebeu muitos avisos de que entraria num novo campo minado no Pará. Ele evita polêmicas ideológicas e prefere não fazer comentários de um episódio que marcou em definitivo a vida de uma geração de militares. A todo momento, um batalhão de jornalistas e representantes de entidades políticas e sociais quer ouvir dele, um oficial formado no pós-guerrilha, precisamente em 1977, a opinião sobre o conflito no Bico do Papagaio.
Em rápida entrevista num restaurante de beira de estrada, no exato local onde existia um posto policial atacado em 1973 pelos guerrilheiros - maior feito dos comunistas no Araguaia -, ele cobra compreensão das atitudes dos militares durante o conflito, pede respeito aos oficiais que participaram dos combates e diz que todas as experiências, especialmente a inteligência desenvolvida durante a guerrilha, são úteis na doutrina e na formação dos quadros das Forças Armadas.
O general, que estudou história, discorda da tese de que a geração atual de oficiais não tem vínculos com a que a antecedeu. É como um interessado na história que ele enxerga o conflito. "O Exército de hoje é o mesmo de antes, apenas se adapta a novas realidades."
Embora o senhor seja ''apenas'' o responsável pela logística, não teme pelo fracasso dos trabalhos, mesmo dando uma satisfação à Justiça?
Primeiramente, quem está à frente do trabalho é Ministério da Defesa, que ativou o Exército para apoiar na logística e administrativamente o grupo de especialistas. É esse grupo que vai aos locais determinados tentar localizar e identificar os restos mortais das pessoas envolvidas na chamada Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Não gostaria de falar em fracasso. Estamos trabalhando para que a missão tenha êxito.
Para o Exército vai ser bom encontrar os restos mortais dos guerrilheiros?
O Exército Brasileiro reconhece os anseios das famílias que tiveram parentes envolvidos nesse episódio e cujos corpos não foram localizados. Encontrar restos mortais dessas pessoas é bom para todos. Assim, vamos virar uma página da história e seguiremos em frente.
Qual a lição que o Exército tirou da atuação contra a guerrilha?
Meu trabalho aqui é dar apoio ao grupo.
O senhor mantém o cronograma de começar as escavações em agosto?
Posso adiantar que estava previsto que estaríamos neste local neste terceiro dia de trabalho de reconhecimento de áreas. A fase de escavações pode começar por volta do dia 10 de agosto. Estamos trabalhando, nesta fase de reconhecimento, em 14 pontos predeterminados. Novos locais poderão ser agregados.
Qual é a diferença deste trabalho para outras missões de que o senhor participou?
Do ponto de vista militar, estamos acostumados realizar este tipo de operação. É um trabalho de apoio logístico, de aproximar técnicos, para que consigam atingir seus objetivos.
Dizem que o senhor gosta muito de estudar história. O capítulo do Araguaia o atrai?
Quando eu cheguei aqui para comandar a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, responsável por toda a área de Imperatriz, Marabá, Tucuruí e Itaituba, passei a realizar leituras sobre o assunto. É uma literatura muito interessante.
As experiências e a inteligência no Araguaia são úteis na academia militar?
Todas as experiências de guerra não-convencional influem na doutrina. É assim no caso do Vietnã, de Angola, do Haiti. A doutrina é uma ciência viva, estamos aprendendo todos os dias. Há questões importantes para serem estudadas, como o fator de decisão, a inteligência, o terreno, o tempo, os meios
BRAÇO FORTE E MÃO AMIGA ?
Braço forte e mão amiga???
por Márcio Del Cístia - Terça-feira, 14 de julho de 2009
Se considerarmos, como eu faço, que a vida, a liberdade e a busca da felicidade são valores absolutos, eternos e imutáveis e que 'os governos são instituídos para preservá-los', então, sempre que 'um governo tenta destruir esta finalidade, é um direito do povo alterá-lo ou aboli-lo para instituir um novo governo que seja fundado naqueles princípios'."
Heitor De Paola
Os representantes do Foro de São Paulo aboletados no planalto não se movimentaram para detonar o item constitucional que limita o número de mandatos presidenciais... AINDA! Mas, desde 1994, iniciando com FHC e turbinando-se com a dominância suíno-petista vêm seguida, repetida e descaradamente estuprando nossa Carta Magna.
Aparelharam todo o estamento estatal, corromperam os Três Poderes, e sua maciça hegemonia em todos os campos de influência irá fatalmente permitir-lhes o mandato eterno... Se não forem impedidos pela força.
Entendo que o silêncio das Forças Armadas - única instância capacitada à reação - ante os recorrentes atentados às leis e ao vero espírito de nossa já cambaleante democracia, é um crime de omissão aos seus deveres constitucionais e enquanto tal, também de manifesta e ominosa cumplicidade na atual construção de estado comuno-totalitário e de traição ao povo que jurou defender.
Alega-se que para repetir o contra-golpe de 1964 seria imperioso - sine qua non!!! - que o povo em peso, manifestasse este desejo, em claro apoio à reparadora ação militar.
Considerando o fato conhecido - inclusive e especialmente pelos atuais comandantes - que os governos militares permitiram que os comunistas ocupassem e usassem as mídias e escolas e, hoje, praticamente todos os meios de esclarecimento e divulgação, a um ponto tal que reduziram nossa gente a uma massa de alienados zumbis - sem consciência, sem conhecimento e sem voz - o argumento acima é singularmente hipócrita.
Há décadas nossa gente vem sofrendo uma guerra surda, sub-reptícia, visando sua destruição intelectual e moral, com crescente e manifesto êxito.E isto acontece com pleno e cabal conhecimento dos Altos Comandos das FFAA.
Ao longo deste tempo permitiram, aceitaram passiva e vergonhosamente a solerte agressão ao espírito do povo brasileiro, tanto quanto a humilhante castração de seu campo de influência e de sua capacidade operacional.
O livre desenvolvimento dos planos de domínio comuno-petistas apontam fatalmente para a completa submissão de nossos soldados, a serem eventualmente usados como instrumentos de tirania sobre esta mesma gente brasileira que juraram defender à custa de suas vidas, se necessário.
Nossa derradeira esperança é que Honduras lhes sirva de exemplo e estímulo - se ainda têm "huevos" e vergonha nas caras.
Não conseguiria exprimir a imensidão da tristeza que é assistir afundar no lodo da infâmia e da desonra aquele Exército, que com tanto orgulho, confiança e carinho, víamos como o "braço forte e mão amiga".
Senhor meu Deus!!!
Enviado por Márcio Del Cístia – "Blog do M".
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