Notícias Militares

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CRISE DE LIDERANÇA

Ternuma Regional Brasília

Weslei Antonio Maretti


A atividade militar é mais que uma ocupação profissional. É um estilo de vida, que faz dos militares um segmento social diferenciado. A socialização militar visa desenvolver um tipo de profissional que cumpre a sua missão às últimas conseqüências, ou seja, imola a vida em sacrifício, quando necessário. Em combate, vencer um dos maiores instintos humanos, o da sobrevivência, somente é possível em razão de dois fatores básicos, a confiança inabalável na competência dos chefes e o espírito de camaradagem. Assim, valores como hierarquia, disciplina e dever são fundamentais para o profissional das armas.

A ideologia pode ser entendida como um conjunto de idéias que orienta o comportamento político e social, em razão dos valores e crenças que difunde. Desta forma, a visão da realidade é marcada pela ideologia que se escolhe para compreender o mundo e orientar as ações. É perfeitamente aceitável que fenômenos sociais e políticos sejam interpretados de forma diversa e sejam norteados pela ideologia que as pessoas adotam. Isso pode ser evidenciado por determinados grupos sociais e políticos que têm uma visão histórica, segundo a qual pessoas armadas que lutavam, na década de 60, para implantar uma ditadura de esquerda, conforme os moldes cubano ou chinês, eram democratas lutando pela liberdade. È aceitável, também, que esses grupos tentem rever a história questionando a Lei de Anistia que serviu para trazer o esquecimento às ações de agentes do Estado e militantes de movimentos revolucionários que cometeram crimes.

Difícil é entender a postura do atual Ministro da Justiça que procura reabrir feridas que, de alguma forma, já foram cicatrizadas e, ainda, permite trazer para a agenda política temas que não têm um clamor popular significativo, mas podem ter desdobramentos traumáticos. Não se pode esquecer que a principal atividade de um agente público do poder executivo é resolver problemas e não criá-los.

Inaceitável é a atitude das lideranças do Exército Brasileiro, no episódio do julgamento do coronel Brilhante Ustra, por supostos crimes cometidos, quando este desempenhava uma função militar, durante o período militar. Em momento algum, a atitude do coronel foi questionada por seus chefes militares, no que se refere ao cometimento de crimes ou transgressões disciplinares. A disciplina impõe o cumprimento de ordens e o responsável por elas é quem as determina. Por esse princípio, as ordens devem ser cumpridas sem serem questionadas, desde que não sejam claramente ilegais.

O problema não é o coronel Ustra ter cometido crime ou não, cabe à justiça, em suas diversas instâncias decidir. O inaceitável é a total omissão dos chefes militares ao verem ser reinterpretada a Lei da Anistia, atingindo militares que desempenharam uma missão determinada pelo Exército. Uma qualidade indispensável ao chefe militar é a coragem para enfrentar perigos e situações conflitantes, mas parece que, atualmente, é um atributo militar pouco cultuado. Tornar-se-á difícil para um tenente ou 3º sargento, bases do segmento profissional, cumprirem ordens, quando em operações de manutenção da lei e da ordem, ao perceberem que no futuro poderão ser responsabilizados, criminal e individualmente, por uma ação determinada pelos seus chefes.

É importante lembrar aos chefes militares que comandam homens que fizeram um compromisso de se dedicarem, inteiramente, ao serviço da pátria e disponibilizaram suas vidas para, se necessário, cumprirem as suas missões. Não é lógico que esse segmento, que detém a posse das armas, seja tratado de forma leviana.
Quem tem a incumbência de comandar os homens da guerra, no mínimo, deve ter a estatura moral que a função exige, estar disposto a ir até às últimas conseqüências. O apego aos cargos e às mordomias inerentes aos mesmos, como recebimento de diárias, ajudas-de-custo, viagens ao exterior e a possibilidade da ocupação de futuras funções na justiça militar ou em empresas estatais, podem fazer com que a defesa de subordinados se torne uma atividade arriscada para os projetos pessoais dos chefes atuais.
Enganam-se os que defendem a subserviência como uma forma de evitar uma crise institucional, ela é inerente ao processo político, quando visões de mundo se confrontam.
Em determinadas situações, a crise pode ter um caráter positivo para o fortalecimento institucional. Torna-se difícil imaginar como um tenente pode transformar-se em chefe militar, quando os atuais chefes têm como apanágio a falta de coragem e o desconhecimento das aflições dos seus subordinados.
Assim, pode ser necessário, em um futuro não muito distante, que o Brasil tenha necessidade de contratar, como fez, no início do século passado, uma missão militar estrangeira para ensinar as elites do Exército a serem militares.

Weslei Antonio Maretti – Professor Universitário, Cientista Político e Sociólogo – celwamaretti@hotmail.com

8 comentários:

Anônimo disse...

Pois é



enquanto ficam na frente do PC postando belos artigos, a Vanda se prepara pra ser a çuprema xefa de vocês:


http://i285.photobucket.com/albums/ll71/tal1963/dilma.jpg



isso é surreal

Anônimo disse...

http://www.nivaldocordeiro.net/queroirparaalua


QUERO IR PARA A LUA

24 de novembro de 2008

Anônimo disse...

Enquanto as FFAA preservam a governabilidade a

roubabilidade prospera


dá pra acreditar num país desse?

José de Araujo Madeiro disse...

Esse assunto já deveria ter sido superado. O escrombos da história, já estão assentados e não há como removê-los. Seus atores já se foram. Não se corrige o passado, somente deve ser refletido para não ser repetido. Constroe-se sim o presente com a visão de futuro. Esse aloprados parecem que não tem o que fazer, a não ser praticar ilicitudes como o dinheiro público. Mas quem mexe com m... pode sujar as mãos.

Anônimo disse...

Ainda não dimensionaram o tamanho da enrascada em que o Brasil está metido?

se ainda não viram, vejam aqui:

http://www.vtv.gob.ve/videos-destacadas-en-video/11926


Burguesía de Brasil busca convertir a EEUU en ``Hermano Mayo`` de Latinoamérica

Noviembre 27, 2008 - 00:01 (orodriguez)

Anônimo disse...

O ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) voltou a defender hoje a punição dos torturadores da ditadura por entender que a Lei de Anistia não os beneficiaria. Para Vannuchi, essa defesa tem de ser feita para honrar a biografia do presidente Lula.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u473823.shtml




Serviço feito pela metade, dá nisso-


honrar a biografia do presidente Lula
honrar a biografia do presidente Lula

honrar a biografia do presidente Lula


PERCEBERAM?????

Anônimo disse...

E tu sabes, soldado, o que motivou militares do Exército a se transformarem em carrascos de companheiros de farda?

Pois, soldado, foi a cegueira produzida por aquela ideologia marxista-leninista, também chamada de comunismo, cujo veneno penetrou no sangue, nas veias e nas artérias de tantos, inclusive daqueles a quem também cabia velar pela Pátria. Seguidores da doutrina da sanguinária e já sepultada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, filiados ou simpatizantes de um também já sepultado partido comunista, preferiram substituir o sagrado verde e amarelo pelo vermelho internacionalista que propugnava pela luta de classes. Jogavam-se operários contra patrões, subordinados contra chefes, pobres contra ricos, filhos contra pais, negros contra brancos, nativos contra descobridores, irmãos contra irmãos, em nome da chamada sociedade sem classes, na qual todos seriam iguais. Pobres de espírito aqueles que acreditaram no canto da sereia!


ternuma

Anônimo disse...

Esta a ser preparada uma manifestação altamente interessante confiram neste site serão homegeados pelo Grande Oriente do Brasil alguns heroir aida vivos. Justo e em tempo diga-se de passagem, dia 30. o4.2009

www.godf.org.br


Pedro Henrique Bougleux