Notícias Militares

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Liga atacaria Exército


'Liga' atacaria Exército Militares descobrem plano para roubar fuzis de Batalhão-Escola
Adriana Cruz e Maria Mazzei
Rio - Conhecido por ações ousadas — como fugir de Bangu 8 pela porta da frente —, o chefe da milícia 'Liga da Justiça', o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, planejava invadir o Batalhão-Escola de Engenharia Villagran Cabrita, em Santa Cruz, na madrugada do último dia 11. Há suspeite de que a ação teria apoio até de Policiais Militares. O objetivo da quadrilha era roubar 20 fuzis do alojamento do comandante da Guarda. O ataque foi abortado dia 9, quando o miliciano descobriu que o plano, incluindo um croqui detalhando a localização das armas, teria chegado aos Militares.A Polícia Civil investiga a relação do vazamento com a morte do cobrador de van Hélio Jorge de Andrade, 25. No mesmo dia 9, às 17h30, ele foi executado com tiros na cabeça, e Tiago Pereira, 62, foi atingido, sem gravidade, em Cosmos, Zona Oeste.Naquela noite, o Exército recebeu dados sobre o plano. Em nota, o Comando Militar do Leste informou que as unidades estão em alerta.
- "O setor de Inteligência do CML tomou conhecimento de um possível plano de ação contra o Batalhão-Escola de Engenharia. E foi determinado para todas as Prganizações Militares da área (...) uma intensificação de medidas orgânicas visando à proteção de pessoal e patrimônio".
O Ministério Público Militar também foi informado sobre o caso.
Batalhão teve guarda trocada
Uma das primeiras medidas de segurança adotadas pelo Exército foi trocar a Guarda de plantão e modificar o local dos paióis. Um militar chegou a ser ouvido; porém, não foi aberto Inquérito Policial Militar. Segundo o plano de invasão, o quartel seria tomado às 2h de domingo. Nesse horário, duas viaturas da PM estariam na Rua do Império, onde fica a Unidade, esquina com a Avenida Padre Guilherme Decaminhada, próximo à 36ª DP (Santa Cruz). De acordo com as investigações, o objetivo seria dar cobertura ao bando em caso de reação da Polícia e do Exército. Oito homens fardados, ocupando um Stilo verde e um Kadett prata, planejavam render o militar de guarda na guarita principal, a 50 metros do alojamento do comandante da guarda, onde ficam os fuzis. Os outros 12 guardas não ficam armados, para evitar roubos. Os milicianos tinham informações privilegiadas. Eles sabiam que os fuzis estariam guardados no alojamento, para ser usados pelos militares de plantão em caso de emergência.
VIATURAS DARIAM COBERTURA
Para fugir, o grupo deixaria as armas dentro das patrulhas da PM e depois seguiria para a Avenida Padre Guilherme Decaminhada, sentido Avenida Brasil. Toda a ação seria acompanhada por um Sargento do Exército encapuzado. Ele é acusado de ser o chefe da milícia no Conjunto Habitacional do Gouveia, onde Batman estaria escondido.Nos dados do plano obtidos pelo Exército, dois dias antes da suposta invasão dos milicianos, há informações de que um PM, conhecido como Barbosinha, participaria da ação em apoio ao grupo de Batman.Na tarde do dia 17, o cabo PM do 27º BPM (Santa Cruz) Carlos Jesias da Silva Barbosa — também conhecido como Barbosinha — foi emboscado por criminosos. A Polícia investiga se o ataque teria sido praticado por milicianos e se há relação entre a coincidência de apelidos e o plano de Batman. A assessoria de imprensa da PM informou que Barbosinha sofreu uma tentativa de assalto.

Segredo terrorista




Segredo terrorista
Cesare Battisti não recebeu apenas um asilo político do Brasil, mas uma promoção na hierarquia revolucionária. Deixou de ser executor na linha de frente para ser analista e planejador nas altas esferas. Ele é protegido porque é útil, não porque Carla Bruni, sua protetora na França, é bonitinha.

Olavo de Carvalho

Muitos se escandalizam com o asilo político concedido ao assassino Cesare Battisti, mas poucos tentam averiguar o que o episódio significa realmente. A sucessão de casos similares, a proteção concedida pela esquerda brasileira a praticamente todos os terroristas internacionais que aqui aportam – Achille Lollo, Olivério Medina e sua esposa, os seqüestradores de Abílio Diniz e Washington Olivetto – e o contraste que esses casos formam com a recusa de asilo aos dois boxeadores cubanos, deveriam alertar para a obviedade de que não se trata de episódios isolados, mas de uma atividade permanente, sistemática. Mas mesmo aqueles que o percebem hesitam em sondar a relação entre esses fatos e a estratégia petista.
Qual é exatamente a posição do Brasil no quadro da esquerda internacional em ascensão? A uma visão superficial, o Brasil é uma democracia de esquerda moderada, favorável ao livre mercado e respeitosa da ordem jurídica. Quase ninguém entende que o País precisa ser tudo isso precisamente para poder desempenhar a função nuclear que lhe cabe na estratégia esquerdista mundial. Também poucos querem enxergar que a democracia brasileira é hoje um puro formalismo jurídico a encobrir o poder monopolístico da esquerda e a total exclusão da simples possibilidade teórica de uma oposição conservadora, seja na política eleitoral, seja na mídia, seja até na pura esfera cultural.
Democracia sui generis, onde as liberdades legalmente constituídas coexistem pacificamente com a total impossibilidade de exercê-las, o Brasil é a origem e o centro de comando da revolução comunista na América Latina.
É da elite intelectual petista, fundadora do Foro de São Paulo, que emanam discretamente as instruções gerais destinadas a transformar-se em espetáculos de esquerdismo histriônico por meio dos Chávez, Morales e outros tantos, que às vezes nem mesmo compreendem as sutilezas dialéticas do processo e por isto acabam, com freqüência, exagerando no desempenho de seus papéis. Se a Venezuela e a Bolívia parecem estar na vanguarda da revolução, e o Brasil muito na retaguarda, é porque o comando, por definição, fica na retaguarda.
Por isso mesmo é que o Brasil se torna também o abrigo ideal para os revolucionários caídos em desgraça nos seus respectivos países. Se eles fossem para Cuba ou para a Venezuela, teriam de conservar sua identidade exterior de revolucionários e se tornariam inúteis para funções mais discretas e relevantes. Aqui, podem adquirir uma fachada de cidadãos pacíficos, aposentados de toda violência, e integrar-se, sem risco nenhum, nos altos círculos intelectuais que comandam o processo.
Só um idiota completo pode acreditar que o governo brasileiro aceitaria o risco de uma crise diplomática só para agradar a uma socialite. Tal como Achille Lollo e Olivério Medina, Cesare Battisti não recebeu apenas um asilo político, mas uma promoção, subindo na hierarquia revolucionária, do posto de executor na linha de frente para o de analista e planejador nas altas esferas. Ele é protegido porque é útil, não porque Carla Bruni é bonitinha.
Nenhuma análise séria dos fatos políticos pode-se fazer desde o ponto de vista liberal e conservador se este não absorve, primeiro, a perspectiva do adversário. Se você não está capacitado para fazer uma análise marxista da situação exatamente como a fariam os teóricos e estrategistas do movimento revolucionário, suas opiniões a respeito da política de esquerda serão sempre meras tentativas de projetar sobre ela categorias que lhe são estranhas, ajudando, portanto, a encobrir seus verdadeiros intuitos e a conferir o privilégio da invisibilidade quase absoluta às estratégias e táticas do esquerdismo.
Afinal, o marxismo não é só uma "ideologia": ele é uma estratégia da praxis revolucionária e, nesse sentido, é uma ciência – uma ciência extremamente sutil e complexa, da qual os formadores de opinião liberais e conservadores, no Brasil, não sabem praticamente nada. O deslocamento entre as categorias analíticas e a natureza do fenômeno estudado é garantia segura de incompreensão, e a incompreensão é por sua vez a origem dos erros estratégicos monstruosos que, ao longo dos últimos trinta anos, reduziram o liberalismo e o conservadorismo, de forças imperantes, a exceções doentias que só subsistem graças à tolerância provisória do sistema.
É fácil observar de fora os erros da economia marxista e pontificar que todo movimento baseado nela está condenado ao fracasso. Mas a estratégia do movimento comunista não é, de maneira alguma, uma decorrência direta e mecânica da sua economia. Principalmente, não o é na esfera da luta cultural, onde as manobras e rodeios da intelectualidade ativista vão, com freqüência, no sentido contrário daquilo que se poderia deduzir do economicismo marxista vulgar.
Trata-se de um ramo de conhecimento que tem sua própria autonomia e que não pode ser dominado senão mediante longos anos de estudo. É só aprendendo a pensar como os teóricos da revolução mundial que se pode, em seguida, transcender a sua visão das coisas e condená-la com fundamento. Atirar-lhe pedras desde fora é ficar abaixo dela e tornar-se vítima cega do processo revolucionário.
Olavo de Carvalho é jornalista, ensaista e professor de Filosofia

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ELITE PRIVILEGIADA



Desabafo de Luiz Nassif

Elite privilegiada

Muitos se dizem aviltados com a corrupção e a baixeza de nossos políticos.
Eu não, eles são apenas o espelho do povo brasileiro: um povo preguiçoso, malandro, e que idolatra os safados. É o povo brasileiro que me avilta !
Não é difícil entender porque os eleitores brasileiros aceitam o LULA e a quadrilha do PT como seus líderes. A maioria das pessoas deste país faria as mesmas coisas que os larápios oficiais: mentiriam, roubariam, corromperiam e até matariam.Tudo pela sua conveniência.
Com muitas exceções, os brasileiros se dividem em 2 grupos :
1) Os que roubam e se beneficiam do dinheiro público, e
2) Os que só estão esperando uma oportunidade de entrar para o grupo 1.
Por que será que o brasileiro preza mais o Bolsa Família que a moralidade?
Fácil : Com a esmola mensal do bolsa família não é preciso trabalhar, basta receber o dinheiro e viver às custas de quem trabalha e paga impostos.
Por que será que o brasileiro é contra a privatização das estatais?
Fácil: Em empresa privada é preciso trabalhar, ser eficiente e produtivo; senão perde o emprego. Nas estatais é eficiência zero, comprometimento zero e todos a receber o salário garantido, pago com o imposto dos mesmos idiotas contribuintes.
Para mim chega!
Passei minha vida inteira trabalhando, lutando e tentando ajudar os outros.
Resultado : Hoje sou chamado de 'Elite Privilegiada' .
Hoje a moda é ser traficante, lobista, assaltante e excluído social.
Por isso, tomei a decisão de deixar de ser inocente útil, e de me preocupar com este povo que não merece nada melhor do que tem.
Daqui pra frente, mudarei minha postura de cidadão.
Vou me defender e defender os direitos e interesses da nossa 'Elite Privilegiada'

1) Ao contrário dos últimos 20 anos, não farei mais doações para creches, asilos e hospitais. Que eles consigam os donativos com seu Querido 'governo voltado para o Social'.

2) Não contribuirei mais com as famosas listinhas de fim de ano para cesta de natal, de porteiros manobristas, faxineiros e outros (O ABILIO TINHA RAZÃO). Eles já recebem a minha parte pelo Bolsa-Família.

3) Não comprarei mais CDs e não assistirei a filmes e peças de teatro dos artistas que aderiram ao Lulismo (lembra, tem que por a mão na merda!).
Eles que consigam sua renda com as classes c e d, já que a classe media que os sustentou até hoje não merece consideração.

4) Não terei mais empregados oriundos do norte-nordeste (curral eleitoral petista). Por que eles não utilizam um dos 'milhões de empregos gerados por este governo'?

5) Depois de 25 anos pagando impostos , entrarei no seleto grupo de sonegadores. Usarei todos os artifícios possíveis para fugir da tributação, especialmente dos impostos federais (IR). Assim, este governo usará menos do meu dinheiro para financiar o MST, a Venezuela, a Bolívia e as 'ONG´s fajutas dos amigos do Lula'.

6) Está abolida toda e qualquer 'gorjeta' ou 'caixinha' para carregadores, empacotadores, frentistas, e outros 'excluídos sociais'. Como a vida deles melhorou MUITO com este governo de esquerda', não precisam mais de esmolas.

7) Não comprarei mais produtos e serviços de empresários que aderiram ao Lulismo. É só consultar a lista da reunião de apoio ao Lula, realizada em Setembro/06. Como a economia está 'uma beleza', eles não estão precisando de clientes da 'Elite Privilegiada' ..

8) As revistas, jornais e tv´s que defenderam os corruptos em troca de contratos oficiais estão eliminadas da minha vida (Isto É, Carta Capital, Globo, etc). A imprensa adesista é um 'câncer a ser combatido'. As tv´s que demitiram jornalistas que incomodaram o governo (lembra da Record com o Boris Casoy?) já deixaram de ser assistidas em casa.

9) Só trabalho com serviços públicos privatizados. Como a 'Elite Privilegiada' defende a Privatização, usarei DHL ao invés dos Correios, não terei contas na CEF, B.Brasil e outros Órgãos Públicos Corruptos.

10) Estou avisando meus filhos : Namorados petistas serão convidados a não entrar em minha casa. E dinheiro da mesada que eu pago não financia balada e nem restaurante com petista. Sem Negociação.

11) Não viajo mais para o Nordeste. Se tiver dinheiro, vou para o exterior, senão tiver vou para o Guarujá. O Brasil que eu vivo é o da 'Elite Privilegiada' , não vou dar PIB para inimigo.

12) Não vou esquecer toda a sujeira que foi feita para a reeleição do 'Sapo Barbudo', nem os nomes dos seus autores. Os boatos maldosos da privatização ( Jacques Wagner, Tarso Genro, Ciro Gomes), a divisão do Brasil entre ricos e pobres ( Lula, José Dirceu), a Justiça comprada no STF (Nelson Jobin), a vergonha da Polícia Federal acobertando o PT (Tomás Bastos), a virulenta adesão do PMDB (Sarney, Calheiros, Quércia), a superexposição na mídia do Lula ( Globo) ..

Sugiro que vocês comecem a defender sua ideologia e seu estilo de vida, senão, logo logo, teremos nosso patrimônio confiscado pela 'Ditadura do Proletariado'
Estou de luto ! O meu país morreu !
- EU DESISTI DO BRASIL !!!
Luiz Nassif

Preparados para o que der e vier



Preparados para o que der e vier (Artigo)





O poder militar não é um luxo, mas uma necessidade ARMANDO VIDIGAL O Brasil é um país pacífico. Não ameaça ninguém e nem é ameaçado. Durante anos, isso nos foi dito e repetido tantas vezes que houve quem acreditasse na assertiva.
A História contribuiu para isso. Só não reconhecíamos o óbvio: o que nos deixava a salvo de ataques não era a nossa simpatia, mas sim era a nossa absoluta desimportância dentro do contexto político-estratégico internacional. Só que isso mudou. A atual crise financeira que está redesenhando o capitalismo mundo afora é apenas uma - e certamente a menor - das crises que se prenunciam nesse início do século XXI. Outras quatro estão por vir. E, em todas elas, a solução passa pelo Brasil. A primeira delas é a crise de energia. Até recentemente importador de petróleo, hoje nosso país destaca-se no cenário internacional não apenas pelas suas imensas reservas recém-descobertas do pré-sal. Temos também enormes reservas de Urânio. Detemos tecnologia de ponta, solo e climas perfeitos para nos tornarmos os maiores produtores de biocombustíveis. A segunda grande crise é a da água. Motivo de guerras na África e no Oriente Médio, ela já começa a escassear nos países ricos. No Brasil, ela abunda A terceira grande crise, associada ao problema da água, é a crise dos alimentos. Nesse ponto, novamente a solução passa pelo Brasil, o "celeiro do mundo". Finalmente, a quarta grande crise do século XXI: a do meio ambiente. Uma vez mais, o Brasil e a Amazônia, "pulmão do mundo", ocupam papel central nesse debate, em que a tese de internacionalização de nossas florestas ganha adesões a cada dia. Cada uma dessas crises realimenta as outras e é por elas realimentada. Não se trata de paranóia de militar. Vivemos um claro deslocamento do pólo estratégico mundial para o Atlântico Sul. E o Brasil, por todas as condições já mencionadas, encontra-se no foco das atenções. Por isso tudo, vem em boa hora a "Estratégia Nacional de Defesa" pelo governo federal, que percebeu a importância de recuperar nossas Forças Armadas e construir uma sólida base militar. Isso só será possível se houver, de fato, políticas que fortaleçam a indústria nacional de defesa - estatal e privada -, que, por sua vez, deve trabalhar em conjunto com as universidades e os centros de pesquisa para o desenvolvimento da nossa própria tecnologia para que não dependamos do conhecimento de quem pode se tornar hostil no futuro. O poder militar não é um luxo, mas uma necessidade. Se vamos utilizá-lo ou não, pouco importa. Mas só poderemos verdadeiramente descansar quando tivermos a certeza de que, se preciso for, estaremos preparados para o que der e vier.
ARMANDO VIDIGAL é professor do Centro de Estudos de Política e Estratégia da Escola de Guerra Naval.

EXPEDIÇÃO GAÚCHA NO AMAZONAS



Expedição gaúcha no Amazonas quer chamar a atenção para a “soberania”05 de janeiro de 2009.
TEFÉ (AM) – Depois de percorrer mais de 700 quilômetros em rios, pequenos lagos, furos e paranás em plena floresta Amazônica a bordo de caiaques, a expedição gaúcha intitulada “Projeto-Aventura Desafiando o Rio-Mar” agora navega na foz de um dos afluentes do rio Solimões, em uma região situada entre as cidades de Tefé e Coari, distante pouco mais de 300 quilômetros de Manaus.A expedição, iniciada no último dia 1º de dezembro, no município de Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), é comandada pelo militar Hiram Reis e Silva, de 57 anos, coronel de reserva do Exército, e acompanhada pelo professor de educação física Romeu Henrique Chala, de 48 anos.Os dois aventureiros trabalham no Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), de onde a expedição pode ser acompanhada via satélite, no site da instituição.Entre pernoites nos caiaques, nas margens escuras dos rios ou em aposentos cedidos por alguma prefeitura ou por unidades do próprio Exército, o coronel e seu acompanhante fazem relatos quase diários (sempre que possíveis) no blog Diário Rio-Mar, onde contam em detalhes as riquezas naturais do que vêem e do contato com os povos ribeirinhos.Em uma dessas paradas, a dupla atendeu ao pedido do Portal Amazônia para um rápido bate-papo, transcrito a seguir:Portal Amazônia – Qual o objetivo ou motivação da expedição?Hiram Reis – O objetivo principal é trabalhar os corações e mentes dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) para que, com conhecimento de causa, tenham capacidade de interpretar as medidas tomadas em relação à região e apresentar sugestões de modo a frear as ações que comprometem a Amazônia Brasileira nos aspectos de meio ambiente e soberania.PA – Que tipo de provisões levaram?HR – Levamos alimentos simples de preparar, como massas e enlatados, além de muito líquido.PA – Quais equipamentos vocês dispõem?HR – Tendo em vista o alto custo dos equipamentos e a falta de patrocínio por parte de instituições públicas e privadas, contamos somente com rastreamento remoto via satélite (GPS), gentilmente oferecido por uma empresa de Porto Alegre (RS), câmera fotográfica e gravador. Os caiaques são oceânicos e fabricados por uma empresa de Santos (SP).PA – Como fazem os relatos para a Internet?HR – A transmissão de dados pela Internet é feita quando chegamos a uma localidade que disponha dessa facilidade, geralmente por gentileza do prefeito local.PA – Vocês têm experiência em longas jornadas na selva? Já realizaram outras missões semelhantes?HR – Já vivi cinco anos na Amazônia e possuo o curso de operações na selva, do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), mas a experiência náutica importante foi no lago Guaíba, em Porto Alegre, que oferece obstáculos similares ou maiores dos que os do Solimões. O Romeu (Chala), embora não possua vivência na Amazônia, é canoísta experiente e possui um condicionamento físico invejável.PA – O que vocês esperam com o fim da aventura?HR – Embora o termo aventura faça parte do título do projeto, a proporção de 12 dias de planejamento para um de execução mostra a preocupação que tomamos em relação à sua execução, buscando evitar ou pelo menos minorar quaisquer surpresas desagradáveis durante o percurso.O objetivo final é de que os alunos, familiares e a população gaúcha conheçam a realidade Amazônica pelos olhos e ouvidos de brasileiros e patriotas, e não de estrangeiros ou ONGs que procuram mostrar apenas o lado sombrio das complexas questões que afligem a região.PA – Houve alguma surpresa "agradável" ou "desagradável" durante a expedição?HR – A surpresa agradável foi constatar a enorme hospitalidade dos amazonenses. O carinho, a acolhida sincera e descontraída em todos os níveis foi, sem dúvida, o ponto alto da expedição até agora.Prefeitos, instituições municipais e estaduais, empresários e a população ribeirinha em geral, todos foram incansáveis na atenção para conosco, nos abrigando, alimentando e estimulando a prosseguir. Não tivemos nenhuma surpresa desagradável a relatar e esperamos que assim permaneça até o fim da expedição.PA – Quais as maiores dificuldades (técnicas, naturais, pessoais) encontradas no percurso?HR – A dificuldade técnica já esperada era a de encontrar sensíveis diferenças entre as fotografias aéreas e as do terreno. Os rios de planície apresentam a tão propalada "inconstância tumultuária" relatada por Euclides da Cunha, isto é, estão em constante modificação, criando ilhas aqui destruindo outras mais adiante, fechando a foz de furos e paranás de um lado e as ampliando em outro.Tudo isso exige do navegador a habilidade de saber interpretar o terreno e imaginar nele as modificações que ocorreram desde a tomada daquela fotografia.PA – Existe algum apoio formal do Comando Militar da Amazônia (CMA) ou do Ministério da Defesa na empreitada?HR – O Exército, como um todo, tem nos apoiado no que lhe é possível. Hoje mesmo (dia 1º) estamos instalados no Hotel de Trânsito dos Oficiais, em Tefé, com liberdade de acesso à Internet para reportar nossos artigos e baixar as fotos.PA – Meses atrás, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, afirmou em entrevistas que a política indigenista do governo Lula era equivocada (referindo-se à demarcação contínua da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol), e que estaria facilitando possíveis ocupações do território nacional por parte de nações estrangeiras. O que você, enquanto militar, pensa disso?HR – Embora entenda as preocupações do Presidente, concordo inteiramente com o General Heleno.PA – Você acha que nossas fronteiras estão seguras?HR – Sim, temos orgulho em afirmar que os soldados da Amazônia são os melhores guerreiros de selva do mundo e estão aptos a defender nossas fronteiras contra qualquer eventual ameaça.PA – Você vê algum tipo de ameaça no processo de militarização de nações vizinhas, como a Venezuela?HR – Qualquer militarização de uma nação vizinha, que ultrapasse o necessário para a defesa de seu território e de seu povo, preocupa os países que lhe fazem fronteira. O Brasil não é exceção.
Fonte: Mário Bentes, especial para o Portal Amazônia

CORONEL GAÚCHO CRITICA FUNAI....



Coronel gaúcho critica Funai e diz que Raposa Serra do Sol é “apartheid”27 de janeiro de 2009.
MANAUS –

O coronel da reserva do Exército Hiram Reis e Silva afirmou na última segunda-feira (26) que a reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, representa um “apartheid em solo brasileiro” e um “campo de concentração”, já que, segundo ele, a demarcação impede a miscigenação entre a população indígena e as pessoas que o militar chamou de “civilizados”.– Nós estamos num país que sempre se caracterizou pela miscigenação, e isso não pode estar acontecendo com aval do Supremo Tribunal Federal, o que demonstra total desconhecimento no que acontece na reserva – declarou o militar, poucos minutos depois de encerrar, em Manaus, a expedição “Projeto-Aventura Desafiando o Rio-Mar”, que percorreu 34 cidades e comunidades do interior do Amazonas.Como referência, Hiram Reis citou o caso de um casal formado por uma índia e um “civilizado”, que tiveram de se separar por conta da proibição de não-índios na reserva. Ele conta que o marido da índia teve de ir morar em Boa Vista (RR), enquanto ela permaneceu na Raposa Serra do Sol.Coronel Hiram Reis (de branco) é recebido por militares logo após desembarque em Manaus. Foto: Mário Bentes/Portal Amazônia.Críticas à FunaiO militar gaúcho também criticou veementemente a Fundação Nacional do Índio (Funai) por supostos “empecilhos” que a instituição federal teria criado para o Exército em regiões de fronteira demarcadas como reservas indígenas.– A Funai já tentou impedir que os militares entrassem nos pelotões de fronteira. Ela está extrapolando seus limites. A Funai mais parece um governo paralelo que sistematicamente tem criado empecilhos para a realização de exercícios militares em áreas de reserva – disparou.O presidente da Funai, Márcio Augusto Freitas de Meira, está em Belém (PA) participando do Fórum Social Mundial, e não pôde ser contatado pela reportagem para comentar o caso. Mas a assessoria de comunicação do órgão, em Brasília, informou que vai se posicionar oficialmente assim que conseguir “acionar seus coordenadores”.ONGs estrangeiras também são alvo de críticasEm relação às atividades de Organizações Não-Governamentais estrangeiras com atuação em áreas indígenas, o coronel foi incisivo: “Em áreas pobres, não há nenhuma ONG. Basta dizer que se descobriu ouro em uma reserva que vai chover de ONG por lá”, afirmou o militar, ressaltando a existência de ouro e diamante dentro da reserva Raposa Serra do Sol.– Estão todos de olho naquela região. Então a intenção dessas organizações não é outra senão criar enclaves na área. Nós temos uma área de fronteira enorme, todo ele bloqueado por reservas, e é uma área extremamente vulnerável – alertou.Acionado pela reportagem do Portal Amazônia para comentar as declarações do coronel, o Comando Militar da Amazônia (CMA), responsável pelas atividades do Exército nos estados da região Norte do país mais o estado do Mato Grosso e parte do Maranhão, preferiu não comentar o caso.ExpediçãoAo lado do professor de educação física Romeu Chala, o coronel estava participando da expedição “Projeto-Aventura Desafiando o Rio-Mar”, que passou por 34 cidades e comunidades do interior do Amazonas abordo de dois caiaques, percorrendo cerca de 1,7 mil quilômetros.Iniciada no dia 1º de dezembro do ano passado, em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), a expedição gaúcha tinha como meta, segundo o coronel Hiram Reis, levar conhecimento sobre a região Amazônica para os alunos do Colégio Militar de Porto Alegre.– A idéia é levar o conhecimento para o Colégio Militar de Porto Alegre porque essa gurizada que está hoje no colégio pode vir a assumir um posto de comando mais tarde. E tem a questão da soberania da Amazônia. Para você tomar decisões a respeito de uma região, você tem que conhecê-la – explicou.Para saber mais detalhes sobre a expedição, confira a entrevista exclusiva concedida por Hiram Reis e Romeu Chala ao Portal Amazônia, no último dia 5 de janeiro, quando a dupla estava no município de Tefé (AM).
Fonte: Mário Bentes, especial para o Portal Amazônia

O MINISTRO DA INJUSTÍÇA





O MINISTRO DA INJUSTIÇA


por Rodrigo Constantino
"Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito." (Cardeal Retz)


A simpatia de determinados membros do PT por terroristas e ditadores é antiga e conhecida. No entanto, não deixa de ser mais chocante quando esta simpatia é transformada em medidas oficiais do governo, colocando o país numa situação vergonhosa perante a diplomacia internacional. Foi justamente o que aconteceu com a recente decisão do ministro da Justiça Tarso Genro, ao oferecer abrigo para o assassino italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua pela Justiça de seu país. Battisti era do grupo de esquerda Proletários Armados para o Comunismo, e carrega em seu histórico pelo menos quatro homicídios. Viveu exilado na França durante a era socialista de Mitterrand, e quando Chirac assumiu a presidência, Battisti fugiu para o paraíso dos bandidos, o Rio de Janeiro. Encontrou em seu camarada de ideologia Tarso Genro, um ombro amigo, disposto a tratá-lo como exilado político. Sejamos francos: não há nada mais ridículo do que o conceito de "crime político". Crime é crime! O ato criminoso é o meio, e o fim depende do que o criminoso deseja com seu crime. Se ele rouba e mata para comer, para sentir adrenalina, para usufruir do fruto do roubo ou para "salvar a humanidade", isso não importa muito para suas vítimas. Quem foi morto não poderá se sensibilizar com as "nobres" motivações de seu assassino. Mas os comunistas foram espertos em apelar para esse refúgio de "crime político", blindando seus atos nefastos contra a força da lei. Para os comunistas, os seus fins sempre justificaram quaisquer meios, incluindo terrorismo e assassinato. E não bastava a ausência de culpa em suas consciências: era preciso eliminar a culpa legal também. Eles conseguiram, para a infelicidade dos indivíduos íntegros. A ajuda oficial do governo a criminosos não é novidade. Em 2006, o governo brasileiro concedeu ao líder das FARC Francisco Antonio Cadenas Collazzos a condição de refugiado. O "Padre Medina", como Collazzos era conhecido, tinha sido preso pela Polícia Federal em 2005, e o governo da Colômbia desejava sua extradição. Mas o governo da Colômbia não era um aliado político do PT, ao contrário dos terroristas e traficantes das FARC, que são parceiros do PT no Foro de São Paulo desde 1990. Ao lado de outros partidos de esquerda, o PT fez campanha pela soltura do criminoso colombiano, acusado de homicídio, seqüestro, rebelião e terrorismo. Como fica claro, nada disso é visto como crime pelos membros do PT, se realizado em nome do comunismo. Matar inocentes não tem problema, contanto que seja com uma foice e um martelo! Não dá para exigir uma postura muito diferente de um partido que pretende colocar uma ex-assaltante como candidata à presidente. Afinal, a ministra Dilma Rousseff sente orgulho de seu passado no crime, já que ela lutava pela "causa nobre", tentando implantar uma ditadura no estilo cubano no país. Mas quem pensa que o "magnânimo" ato de ajuda ao assassino italiano é uma característica geral do governo brasileiro, disposto a estendê-lo para vários criminosos internacionais, engana-se. Durante os Jogos Pan-Americanos do Rio, dois boxeadores cubanos pediram abrigo ao governo brasileiro. Seu grande "crime" foi não desejar voltar para a ilha-presídio, propriedade privada dos irmãos Castro. Todos sabem que a liberdade básica de ir e vir foi abolida em Cuba há 50 anos, desde o começo da ditadura de Fidel. Os cubanos não são cidadãos, mas súditos, escravos dos irmãos Castro. Dois escravos conseguiram fugir do cárcere caribenho, pediram ajuda ao governo brasileiro, mas o ministro Tarso Genro nem pensou duas vezes: extraditou ambos de imediato, sem processo algum. O camarada Fidel Castro, longo aliado do PT, agradece. Os pugilistas "criminosos" não. Um deles, felizmente, conseguiu fugir depois para a Alemanha. Sorte dele o ministro da Justiça de lá não ser um Tarso Genro! Justiça é um conceito que deve ser objetivo e isonômico, válido igualmente para todos. Por isso a imagem da Justiça é uma estátua com os olhos vendados. Ela julga o crime em si, sem olhar a cor, sexo, renda, credo ou ideologia do criminoso. Homicídio é homicídio, não importa se foi praticado por um comunista ou um fascista. A gestão Lula ficará marcada como aquela onde a Justiça foi totalmente abandonada. Nunca valeu tanto a máxima dos poderosos: aos amigos tudo; aos inimigos, a lei. Alguém tem alguma dúvida de que a postura de Tarso Genro seria totalmente diferente se o criminoso em si fosse um seguidor de Pinochet? Dois pesos e duas medidas, justamente o princípio da injustiça. E adotado por ninguém menos que o próprio ministro da Justiça. O Brasil está seguindo um rumo extremamente perigoso. Até quando vamos tolerar tantas atrocidades? http://rodrigoconstantino.blogspot.com/

VERDADE, HONRA, VERGONHA


VERDADE, HONRA, VERGONHA
Maria Lucia Victor Barbosa
28/01/2009

Nosso relativismo moral vem de longe. É obra cumulativa de séculos. A acachapante aprovação nacional de Lula da Silva, sem contar com sua eleição e reeleição, demonstra que já chegamos aos píncaros das conseqüências históricas com requintes de caos. E diante do que se passa na atualidade, lembremos de Gregório de Matos e Guerra (1636-1696) advogado e poeta, alcunhado Boca do Inferno ou Boca de Brasa. Em Epílogos, ele retrata a paisagem moral de Salvador, Bahia, nossa capital na época colonial. Mudando a palavra cidade para país, teremos a paisagem moral atual em alguns dos versos do poeta:

“Que falta neste pais? Verdade.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha”.

“O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama o exalte,
Num país onde falta
Verdade, honra, vergonha”.

Nunca nos faltou tanto verdade, honra, vergonha. Convivemos alegremente com “mensaleiros”, sanguessugas, transportadores de dólares em cuecas e até os reelegemos. Somos antiamericanistas doentes, mas volta e meia vamos aos Estados Unidos para fazer turismo, comprar, estudar, trabalhar, cuidar da saúde, além dos milhões de brasileiros que partem em busca da América, América e lá permanecem clandestinos, mas ganhando o que jamais ganhariam aqui. Odiamos os judeus porque preferimos o Hamas dos Palestinos. Como bons latino-americanos somos de esquerda e por isso idolatramos Fidel Castro, não importando ser ele um ditador implacável que nunca respeitou os direitos humanos. Se Lula da Silva, o grande pai de seu povo, põe o Brasil de joelhos diante de Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Fernando Lugo, Cristina Kirchner, nos inclinamos também perante as lideranças populistas que infestam a América Latina sempre imersa em sua mentalidade do atraso, em suas mazelas, em seus fracassos. A corrupção faz parte de nossa história e aprovamos governos corruptos ao dizer que se estivéssemos lá faríamos as mesmas coisas. Afinal, somos espertos, malandros e nossa satisfação em passar os outros para trás não tem limites. Indiferentes ou ignorando o que ocorre no Congresso Nacional ou no âmbito da Justiça seguimos cantando o samba de Zeca Pagodinho que nosso presidente da República tanto aprecia: “Deixa a vida me levar”. Futebol, carnaval e Big Brother são nosso alimento espiritual. Acreditamos que o MST é um movimento social pacífico que não esbulha proprietários rurais destruindo maquinário, roubando gado, pilhando, queimando sedes de fazendas. Do mesmo modo admiramos as sanguinárias Farcs, idealizadas como heróicas e defensoras do povo colombiano.
No momento dois fatos empolgam os noticiários. O primeiro diz respeito ao caso do terrorista Cesare Battisti, que a Itália quer de volta, mas que já foi perdoado por nosso ministro da Justiça com o acordo de Lula da Silva. Não devolveremos Battisti de jeito nenhum, o criminoso é nosso. Também estamos de braços abertos para receber os terroristas de Guantánamo. Aplausos para a Justiça brasileira, pois aqui o crime compensa. Do jeito que a coisa vai, pode ser que Lula da Silva crie o Ministério do Terrorismo e convide Osama Bin Laden para ministro. Seria mais uma vez delirantemente aplaudido pelo povo e seu prestígio subiria como atestado em pesquisa.
O segundo fato é relativo ao Fórum Social Mundial, que ocorre em Belém do Pará. O governo investiu milhões na festividade, inclusive, em camisinhas. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte, ou seja, estamos financiando a esbórnia que atrai pessoas de todo o Brasil e do exterior. Presentes ao festival estarão Lula da Silva, ministros, assessores, figuras como João Pedro Stédile, além dos caudilhos Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa. Fernando Lugo, que fazem Lula sonhar com outro mandato possível. Lula não irá ao Fórum Econômico Mundial em Davos. Ficará em Belém dançando o Carimbó.
Aliás, não faltarão ao carnavalesco evento, além das camisinhas, muita cachaça e folia. Naturalmente, os participantes se posicionarão contra o capitalismo que os sustenta, contra a liberdade que permite a festividade, contra a riqueza que almejam para si. Dizem que no globalizado Fórum será dada oportunidade aos participantes, se os eflúvios etílicos permitirem, de perceberem que os problemas que assolam o mundo derivam da competição pelo poder e do acúmulo de bens materiais. Ou seja, tudo que eles mesmos fazem ou almejam. Em suas utopias delirantes as esquerdas clamarão pela volta do socialismo, nem que seja o do século XXI. E enquanto a crise avança sobre o planeta, em Belém do Pará se dançará o Carimbó, pois o tal outro mundo possível nunca foi definido nesses fóruns onde acontece de tudo, menos idéias.
Sem dúvida, esse "Fórum Socialista" faz recordar as proféticas palavras de Ortega y Gasset em A Rebelião das Massas: “A vida toda se contrairá. A atual abundância de possibilidades se converterá em efetiva míngua, escassez, em impotência angustiante, em verdadeira decadência. Porque a rebelião das massas é a mesma coisa que Rathenau chamava de ‘a invasão vertical dos bárbaros”.
No Brasil essa invasão começou faz tempo, mas diante dela nos quedamos indiferentes porque nos falta verdade, honra e vergonha ou, talvez, porque sejamos nós os bárbaros.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A CRISE DO ESTADO E O CAPITANISMO



A CRISE DO ESTADO E O CAPITANISMO

27/01/2009


A rigor, esse artigo poderá perfeitamente ser colocado como a continuação daqueles que já escrevi, não apenas sob o título de “A crise do Estado”, mas também sob outros títulos sobre a crise nas Forças Armadas, a um tempo instrumento do Estado e seu suporte. Vamos aos fatos e às considerações. Em 1963, uma facção daquele partido que pretendia subverter a ordem constitucional e estabelecer um regime fosse comunista, fosse “sindicalista” como alardeava Brizola, promoveu a “Revolta dos Sargentos”. À época, escrevi que a sublevação respondia a uma visão deformada do processo social e político no Brasil e do que fosse a organização militar. É que os teóricos do movimento, pretendendo agravar a crise política e intelectual (especialmente esta), diziam que os Sargentos representavam a “classe operária” e os Oficiais, “a burguesia”, os dominantes. A pronta reação sufocou o movimento no nascedouro, à custa de algumas mortes e de um profundo abalo no meio militar. Os que viveram aquele período recordar-se-ão de que os Oficiais, nos quartéis, passaram a dormir com as pistolas debaixo dos travesseiros, e que os responsáveis pelo armamento redobraram sua vigilância e seu controle para assegurar-se ao fim do dia de que não faltava alguma arma no arsenal da unidade. Foram dias dramáticos, só superados (na aparência) em 31 de março de 1964 e por uma severa política de disciplinamento da tropa aplicada depois da edição do Ato Institucional nº 1. Os Sargentos, durante o período dos Governos militares (1964-1979) não mais causaram problemas disciplinares da envergadura daquele. O que não significou que o mal-estar tivesse sido superado, na medida em que o motivo da revolta e sublevação era político. Apesar do que dispunha a Constituição em vigor, a de 1946, que proibia sua candidatura, os Sargentos consideravam-se cidadãos antes que militares e, portanto, com o direito de ser candidatos e eleitos. A idéia-força do Soldado-Cidadão, presente na Questão Militar de 1887 e na ação de muitos entre os que conduziram à proclamação da República, essa idéia esteve novamente presente em 1963. Há outro fato que convém recordar, apesar de a necessidade de manter inabalável a disciplina fundada no Princípio do Chefe ter contribuído para que ele não fosse recordado em muitas das análises feitas sobre os momentos que levaram ao gesto do General Mourão: a disciplina e a hierarquia foram violentadas no dia 31 por este General de Divisão. Mais ainda − e para isso chamo atenção − não fosse a pressão de Capitães, Majores e Coronéis, em pequenos grupos em cada grande unidade, e o General Mourão não teria tido condições de ver triunfar seu movimento no mesmo dia em que deixou Juiz de Fora. Foram os Coronéis que forçaram o General Kruel a solidarizar-se com o General Costa e Silva, que assumira o comando no Rio de Janeiro; e foram os Capitães, organizados desde 1962 e demonstrando na sua organização profundo desprezo pela hierarquia, que contribuíram decisivamente para que o IV Exército se colocasse ao lado da esperada Revolução, vencendo a hesitação dos Generais em comando. Tive contato com alguns desses Capitães em 1962, reunidos sob a orientação (talvez a liderança) de um Capitão da Reserva; um deles, em 1965, ainda desejava fazer a revolução contra os Generais, certo de que seria capaz de levantar a 6ª. Região Militar. Por que reavivo a lembrança desses dois momentos da crise? Porque a idéia-força do Soldado-Cidadão volta a penetrar a consciência de muitos Oficiais − não pretendendo fazer de um marxismo-leninismo de araque a teoria a orientar sua ação, mas invocando os direitos que a Constituição assegura aos cidadãos, o que torna a questão muito mais complicada. Refiro-me ao movimento chamado de Capitanismo. O jornal “Folha de S. Paulo” publicou, em sua edição de 28 de dezembro último, extensa matéria sobre o movimento. Em duas páginas! Na primeira, diz o que ele é; na segunda, traz uma entrevista do Capitão Luís Fernando Ribeiro de Sousa, que discorre sobre os objetivos do Capitanismo (páginas 4 e 6 daquela edição). A primeira coisa a notar na entrevista do Capitão Luís Fernando é que, para ele, o período 1964/1985 foi uma “ditadura militar”: “A gente não tem nada a ver com a ditadura militar. Eu não quero entrar no mérito se foi certo ou errado. Cabe a nós pensar para frente, somos capitães, tenentes”. O Exército, para o Capitão Luís Fernando, não tem história e não é uma organização com passado, presente e futuro. É uma organização como outra qualquer, na qual ele e os demais que pensam como ele se encontram, não para manter as tradições e o espírito da Força, mas para ter expressão política: o movimento surgiu para fazer “Mudanças que poderiam melhorar as Forças Armadas, para que ela tenha (sic) papel importante só acontecem por meio de participação política. Qualquer coisa que a gente pode fazer passa pela via política. Precisamos de deputados e senadores para promover qualquer transformação. Assim começamos a nos organizar”. Nesse espírito, o Exército é, para os membros do Capitanismo, uma organização que lhes permite uma “situação”, e por isso o passado não conta, nem o presente; apenas conta o futuro que querem construir. Aliás, é preciso assinalar que o passado não apenas não conta como eles, os membros do movimento, nada querem ter com ele. Isso apesar de que, quando ingressaram na carreira militar tinham (ou deveriam ter) consciência do que se dizia nos meios intelectuais à esquerda e liberais de uma maneira geral sobre o que tinha acontecido depois de 1964. O que indica que permanecem na carreira, chegando ao posto de Capitão, fazendo por desconhecer o passado da instituição a que pertencem por livre escolha. O que significa que o Exército nada significa para eles como vocação e missão. O Capitão Luís Fernando afirma nada querer dizer sobre a “ditadura militar”, mas usa a expressão, seguramente sabendo que, ao usá-la, toma partido na grande crise em que se debatem as Forças Armadas. Por que digo isto? Porque há tempos, Oficial General na Reserva, amigo meu, falou-me de sua surpresa ao ouvir de jovens Oficiais da Marinha que eles faziam questão de desvincular-se de 1964. Essa observação, já antiga, liga-se à “ditadura militar” do Capitão Luís Fernando e uma e outra apenas traduzem aquilo que escrevi, para espanto de muitos, por ocasião do infausto episódio que envolveu um Tenente do Exército no Rio de Janeiro: que o Exército está − e agora digo as Forças Armadas estão — vivendo um processo de anomia. Uma das características da anomia é que a idéia que une os membros de uma dada organização já não é a mesma para todos os seus membros. Outra, é que alguns membros do grupo rejeitam as normas que regulam o comportamento dos que ao grupo pertencem. Insisto em “rejeitam”, porque não se trata de discordar, acatando as normas. Rejeitam-nas porque vêem nelas um elemento impeditivo da afirmação de sua individualidade, que julgam estar sendo negada pela organização. No momento em que essa consciência de rejeição se forma, os indivíduos que vivem esse processo de afastamento das normas gerais do grupo irão buscar fora dele, preferencialmente em outra organização ou na sociedade, normas outras que lhe permitam justificar a rejeição e que lhes permitam ou continuar pertencendo ao grupo ou dele se afastar. Há mais. A anomia manifesta-se também quando o aparelho formal que controla o grupo pouco faz para que os membros dele tenham sempre presente a história da organização e, mais importante, sua missão. Uma organização que ao longo de sua história teve condições de afirmar-se como grupo diferenciado na sociedade por ter uma missão específica não se estrutura para oferecer a seus membros uma situação que sirva de trampolim ou passagem para outra situação mais confortável e menos onerosa em termos de compromissos e obrigações. Os partidos políticos − sobretudo quando se corromperam enquanto instituição − são o exemplo de organização-situação. À medida que a história da organização se perde pela inércia do aparelho formal que a dirige, é apenas natural que a idéia de missão tenda a desaparecer. Ela se esvanecendo, os membros da organização não têm mais laços que os prendam a ela ou entre si, a não ser aqueles materiais (no sentido mais rasteiro da palavra) e se julgam com direito a invocar normas mais gerais para afirmar sua individualidade dentro e fora da organização. Invocam essas normas seja para alterar de cabo a rabo a organização, ou dela se afastar com glória ou ”martirizado” ao ser expulso. A rejeição das normas é um ato individual; o esquecimento da História e do sentido de missão é coletivo, mas a responsabilidade maior pelo fato recai sobre os Comandos, se considerarmos as Forças Armadas.
É importante procurar estabelecer a semelhança ou diferença entre os Capitães de 1962 e os que integram, agora, o chamado Capitanismo. Em 1962, Capitães, Majores e até mesmo Coronéis organizavam-se para oferecer resistência a qualquer movimento que, tendo início no Governo Goulart ou vindo de forças políticas organizadas fora do Governo, mas contando com seu apoio, pretendesse destruir a forma de governo e de organização da sociedade de então. Os que viveram aqueles meses sabem que a doutrina que inspirava os grupos que procuravam se organizar no País, sem coordenação praticamente até março de 1964, era em muitos casos defensiva − podendo, em alguns poucos deles, ser defensivo-ofensiva, como se evidenciou na ação dos Generais Luís Carlos Guedes, logo seguida (e sob o comando do comandante da IV RM) pela do General Mourão. Não se invocavam direitos constitucionais para legitimar qualquer ação contra as autoridades da época; invocava-se, isto sim, o sentido de missão das Forças Armadas, sobretudo do Exército. Para os que se organizavam, as Forças Armadas não poderiam permitir uma transformação abrupta da ordem social e política, muito menos da essência da organização militar, como se evidenciara na revolta dos marinheiros e na reunião no Automóvel Clube do Rio de Janeiro no dia 30 de março de 1964. Houve, ao longo do processo que se estendeu de 1965, quando se editou o Ato Institucional nº 2, até o início do Governo Figueiredo, tensões de vulto nas Forças Armadas, a maior delas se refletindo na edição do AI-5 em dezembro de 1968. A causa delas, se podemos dizer assim, nunca foi o reclamo de direitos constitucionais, direitos-cidadãos por parte dos jovens Oficiais e Coronéis que conduziram o processo, sem comandá-lo. A pressão que se exercia, e que por vezes esteve a ponto de, mais uma vez, quebrar a hierarquia e o General-Presidente ser ultrapassado, decorria da sensação de que a organização militar estava faltando a seu dever, à sua missão, e de que o Estado corria, por isso, risco de ser empolgado pelos mesmos homens contra cuja ação se fizera o movimento de março de 1964. O Capitanismo é totalmente diferente; assemelha-se mais ao movimento dos Sargentos de 1963 (ainda que mais no pensamento do que na ação) do que ao dos Capitães de 1962. Pelo que se depreende da entrevista do Capitão Luís Fernando, o movimento tem distintos objetivos. Um é eleger militares para que as Forças Armadas, especialmente o Exército, tenha quem as represente no Congresso. Sendo assim, o Capitanismo inscreve-se no corporativismo consagrado pela Constituição de 1988: os advogados com a OAB, as Polícias Militares, os Corpos de Bombeiros militares, a Polícia Militar Rodoviária, a Polícia Militar Ferroviária (federais) e outras organizações presentes enquanto tal na Constituição. Realizado o objetivo primeiro do Capitanismo, as Forças Armadas seriam, de fato, uma corporação igual às outras, com objetivos próprios e específicos, elegendo seus representantes para defender seus interesses corporativos − portanto, exclusivos — no que são apoiados por confusos e desavisados Oficiais Superiores da Reserva. O Capitanismo, no entanto, não se limita à pretensão eleitoral. Se assim fosse, não seria necessário organizar movimento algum; bastaria que os Capitães que desejassem eleger-se seguissem a Constituição, que lhes garante esse direito como, aliás, a qualquer Oficial da Ativa. O objetivo real é transformar as relações entre superiores e subordinados nas Forças Armadas de tal forma que a disciplina interna não seja mais regida pelo RDE, mas pelo artigo da Constituição que confirma os direitos individuais, cuidando, em especial, de como se deve dar a detenção ou prisão de quem viola as normas disciplinares. Em outras palavras, que a detenção ou prisão de militares seja decidida por um Juiz de Direito. O que caracteriza as Forças Armadas e as torna, enquanto organização, diferentes das organizações civis é que se regem por normas disciplinares que têm em vista as condutas individuais numa situação de combate. O Capitanismo pretende uma inversão: as normas disciplinares devem ser regidas pela Constituição que é, concordamos todos, elaborada para situações de paz. Na situação de combate, as ordens devem ser obedecidas sem interpretação de qualquer tipo, porque é da obediência delas que se espera garantir a vida da maior parte dos que se engajaram na luta armada. Dessa perspectiva, a vigência das normas disciplinares na paz tem função pedagógica, isto é, as normas vigoram para que aqueles que a ela estão submetidos se habituem (esta a expressão) a um tipo de relação que será vital para a organização (e para os indivíduos que a compõem) quando da paz se passar à guerra, da inércia guerreira para o confronto armado. Sendo assim, pretender que o Poder Judiciário seja chamado a dizer da adequação da pena à Constituição é decretar por antecipação o fim das Forças Armadas enquanto organização voltada para a guerra. É transformá-las de fato numa corporação civil como as outras, ou fazer delas uma corporação idêntica àquelas outras, policiais, que por ação política de seus membros conseguiram que na Constituição fossem designadas como “militares”. Este é, a meu ver, o sentido maior do movimento chamado de Capitanismo. Ele se insere no quadro mais geral da grande manobra dos que pretendem fazer das Forças Armadas nada mais do que um instrumento político do Governo sem condições de exercer, quando necessário (como o foi nos anos 1960), a função de garante do Estado.


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O Exército e a "Cabeça do Cachorroa" na Amazônia


Artigo do Dr. Drauzio Varella. Assunto: Fw: O Exército e a "Cabeça do Cachorro" na Amazônia, pelo Dr Drauzio Varella. "Senhor, tu que ordenastes ao guerreiro de Selva, sobrepujai todos os vossos oponentes, dai-nos hoje da floresta, a sobriedade para resistir, a paciência para emboscar, a perseverança para sobreviver, a astúcia para dissimular, a fé para resistir e vencer, e daí-nos também senhor a esperança e a certeza do retorno, mas , se, defendendo essa brasileira Amazônia, tivermos que perecer, oh Deus, que façamos com dignidade e mereçamos a vitória, Selva!!!" A FORÇA DOS MILITARES NA AMAZÔNIA> Uma visão isenta da ação dos militares na Amazônia. DRAUZIO VARELLA Militares na Cabeça do Cachorro Perfilados, os soldados aguardaram em posição de sentido, sob o sol do meio-dia. Eram homens de estatura mediana, pele bronzeada, olhos amendoados, maçãs do rosto salientes e cabelo espetado. O observador desavisado que lhes analisasse os traços julgaria estar na Ásia. No microfone, a palavra de ordem do capitão: 'Soldado Souza, etnia tucano'. Um rapaz da primeira fila deu um passo adiante, resoluto, com o fuzil no ombro, e iniciou a oração do guerreiro da selva, no idioma natal. No fim, o grito de guerra dos pelotões da fronteira: "SELVA !!!" O segundo a repetir o texto foi um soldado da etnia desana, seguido de um baniua, um curipaco, um cubeu, um ianomâmi, um tariano e um hupda. Todos repetiram o ritual do passo à frente e da oração nas línguas de seus povos; em comum, apenas o grito final: "SELVA !!!" Depois, o pelotão inteiro cantou o hino nacional em português, a plenos pulmões. Ouvir aquela diversidade de indígenas, característica das 22 etnias que habitam o extremo noroeste da Amazônia brasileira há 2.000 anos, cantando nosso hino no meio da floresta, trouxe à flor da pele sentimentos de brasilidade que eu julgava esquecidos. Para chegar à Cabeça do Cachorro é preciso ir a Manaus, viajar 1.146 quilômetros Rio Negro acima, até avistar São Gabriel da Cachoeira, a maior cidade indígena do país. De lá, até as fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, pelos rios Uaupés, Tiquié, Içana, Cauaburi e uma infinidade de rios menores, só Deus sabe. A duração da viagem depende das chuvas, das corredeiras e da época do ano, porque na bacia do Rio Negro o nível das águas pode subir mais de dez metros entre a vazante e o pico da cheia. É um Brasil perdido no meio das florestas mais preservadas da Amazônia. Não fosse a presença militar, seria uma região entregue à própria sorte. Ou, pior, à sorte alheia. O comando dos Pelotões de Fronteira está sediado em São Gabriel. De lá partem as provisões e o apoio logístico para as unidades construídas à beira dos principais rios fronteiriços: Pari-Cachoeira, Iauaretê, Querari, Tunuí-Cachoeira, São Joaquim, Maturacá e Cucuí. Anteriormente formado por militares de outros Estados, os pelotões hoje recrutam soldados nas comunidades das redondezas. Essa opção foi feita por razões profissionais: 'O soldado do Sul pode ser mais preparado intelectualmente, mas na selva ninguém se iguala ao indígena'. Na entrada dos quartéis, uma placa dá idéia do esforço para construí-los naquele ermo: 'Da primeira tábua ao último prego, todo material empregado nessas instalações foi transportado nas asas da FAB'. Os pelotões atraíram as populações indígenas de cada rio à beira do qual foram instalados: por causa da escola para as crianças e porque em suas imediações circula o bem mais raro da região-salário. Para os militares e suas famílias, os indígenas conseguem vender algum artesanato, trocar farinha e frutas por gêneros de primeira necessidade, produtos de higiene e peças de vestuário. No quartel existe possibilidade de acesso à assistência médica, ao dentista, à internet e aos aviões da FAB, em caso de acidente ou doença grave. Cada pelotão é chefiado por um tenente com menos de 30 anos, obrigado a exercer o papel de comandante militar, prefeito, juiz de paz, delegado, gestor de assistência médico-odontológica, administrador do programa de inclusão digital e o que mais for necessário assumir nas comunidades das imediações, esquecidas pelas autoridades federais, estaduais e municipais. Tais serviços, de responsabilidade de ministérios e secretarias locais, são prestados pelas Forças Armadas sem qualquer dotação orçamentária suplementar. Os quartéis são de um despojamento espartano. As dificuldades de abastecimento, os atrasos dos vôos causados por adversidades climáticas e avarias técnicas e o orçamento minguado das Forças Armadas tornam o dia-a-dia dos que vivem em pleno isolamento um ato de resistência permanente. Esses militares anônimos, mal pagos, são os únicos responsáveis pela defesa dos limites de uma região conturbada pela proximidade das Farc e pelas rotas do narcotráfico. Não estivessem lá, quem estaria? "SELVA !!!"

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Especialista em desastres natutais da ONU critica o Brasil


Especialista em desastres naturais da ONU critica o Brasil
Diretora do Centro de Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres diz que falta vontade política ao País
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo



GENEBRA - Não há vontade política no Brasil para preparar o País para lidar com os desastres naturais. O alerta é de Debarati Guha-Sapir, uma das principais especialistas sobre desastres no mundo. Ela dirige o Centro de Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres, entidade que fornece à ONU os dados anuais sobre as vítimas no mundo e é o centro de referência hoje sobre o tema.
Desastres de 2008 em números
A ONU alerta que os desastres naturais cada vez mais devastadores são já alguns dos efeitos das mudanças climáticas, com o aumento de tormentas e eventos climáticos extremos. Em 2008, o número de vítimas foi um dos mais altos da história. No ano passado, o Brasil foi o 13º país mais afetado por desastres naturais. Pelo menos 2 milhões de pessoas foram afetadas pelos desastres, principalmente pelas chuvas. Só as chuvas em Santa Catarina em novembro atingiram 1,5 milhão de pessoas.
Segundo a especialista, a realidade é que as vítimas poderiam ter sido poupadas. "O Brasil tem dinheiro suficiente para lidar com o problema dos desastres naturais e há anos já poderia ter colocado em funcionamento um sistema de prevenção.
Mas a grande realidade é que falta vontade política", afirmou a especialista, em uma conferência de imprensa na ONU para a apresentação dos novos números de vítimas de desastres naturais no planeta.
Ela cita o exemplo dos mortos em Santa Catarina em 2008, por causa das chuvas.
"Isso poderia ter sido evitado há anos", afirmou, lembrando que o fenômeno na região sul não é novo.
"Há anos o Brasil vive a mesma situação", atacou. 2008, segundo a ONU, registrou um dos maiores índices de mortes por desastres naturais na história. Foram 235 mil mortos e só ano do tsunami, em 2004, superou a marca, com 241 mil mortos.

No mundo, os mais afetados no ano passado foram os chineses, com 26 desastres e mais de 87 mil mortos. O ciclone Nargis, que atingiu Mianmar, deixou 138 mil mortos.

As perdas financeiras para o mundo chegam a US$ 181 bilhões. Em 2005, as perdas foram de US$ 214 bilhões. Na década, as perdas já chegam a US$ 835 bilhões.
Tanto os números de mortos como as perdas econômicas em 2008 estiveram entre as mais altas já registradas. 211 milhões de pessoas no total foram afetadas no mundo. O impacto ficou bem acima da média da última década.

"O aumento dramático de perdas humanas e econômicas em 2008 por causa de desastres é alarmante", afirmou Salvano Briceno, diretor da divisão na ONU que se ocupa de formular uma estratégia para reduzir desastres. Para ele, um sistema de prevenção mais robusto em países emergentes poderia ter salvado vidas.

E para onde foi esse dinheiro que a ONU cita????
NOS ANOS 70 O TOTAL DE TRIBUTAÇÃO NO BRASIL
GIROU NA MÉDIA DE 22%!!!!
DOS ANOS 90 À 2009 NOSSA TRIBUTAÇÃO
ESTEVE SEMPRE PERTO DOS 40%
E HOJE JÁ ULTRAPASSOU EM MUITO ESSA MÉDIA,
SEGUINDO CELERE PARA OS 50%!!!!
SÓ QUE NOS ANOS 70 O BRASIL CRESCIA
A TAXAS MÉDIAS DE 10%, BEM ACIMA DA MÉDIA MUNDIAL,
E PRESTAVA SERVIÇOS À POPULAÇÃO,
BEM COMO HAVIA MUITO EMPREGO.
DOS ANOS 90 PARA CÁ O BRASIL NUNCA CONSEGUIU CRESCER
NEM PRÓXIMO DA MÉDIA MUNDIAL,
O ESTADO NÃO PRESTA MAIS BONS SERVIÇOS AO POVO,
E O VOLUME DE DINHEIRO ARRECADADO É INFINITAMENTE MAIOR,
EM VIRTUDE DA PRODUÇÃO CRESCENTE (PIB ACUMULADO)
NOS ÚLTIMOS 40 ANOS!!!!
PARA ONDE FOI ESSE DINHEIRO????
Abraços
Euro

Desafiando o Rio-mar


PROJETO DESAFIANDO O RIO-MAR

Descer o Solimões em dois caiaques, de Tabatinga até Manaus, explorando a região em seus aspectos geográficos, históricos e culturais, em um percurso de mil e seiscentos quilômetros, é a maneira com que a expedição que está sendo empreendida por dois gaúchos, o coronel da reserva do Exército Hiram Reis e Silva e o professor de educação física Romeu Chala, encontrou para divulgar as coisas da Amazônia no Rio Grande do Sul, estado mais distante da Hiléia Brasileira.
O Cel. Hiram (58) é professor do Colégio Militar de Porto Alegre e está temporariamente afastado para realizar essa empreitada. Apaixonado pela Amazônia, onde serviu por vários anos na Engenharia e realizou o curso de Guerra na Selva, o militar é um dos maiores experts no assunto no Rio Grande do Sul, onde dá palestras em escolas, universidades e outras instituições públicas e privadas, através da ONG Sociedade Amigos da Amazônia Brasileira - SAMBRAS, a qual preside. Trata-se de um velho soldado que decidiu arrojar-se nessa empreitada, tendo por objetivo a luta por uma Amazônia brasileira e para brasileiros. O Prof. Romeu (48), também entusiasta pela região, aderiu à expedição na última semana dos quase dois anos de preparativos realizados pelo Cel. Hiram.A epopéia dos dois gaúchos se iniciou no dia 1º de dezembro em Tabatinga e tem chegada prevista a Manaus no dia 26 de janeiro.
Sem barcos de apoio ou qualquer outra forma de suporte local, seja oficial ou privado, e sofrendo as severas limitações de espaço nos dois caiaques, Hiram e Romeu contam apenas com a boa vontade e com a hospitalidade dos amazonenses, que estão sendo exemplares. No percurso entre Tabatinga e Manacapuru, onde chegaram no dia 19, os navegadores receberam apoio das comunidades ribeirinhas, das prefeituras e dos destacamentos da Polícia Militar por onde passaram. Todos foram incansáveis em auxiliá-los, oferecendo pousada, alimentação, guarda dos caiaques e meios de Internet para a transmissão das fotografias, textos e entrevistas gravadas.

Sem comunicação na quase totalidade do percurso, os navegadores são acompanhados apenas pela posição do GPS, rastreada hora a hora através de uma empresa especializada de Porto Alegre. Os dados coletados estão sendo enviados para professores integrantes de uma equipe multidisciplinar do Colégio Militar de Porto Alegre e servirão para fundamentar pesquisas, trabalhos escolares e palestras durante o ano de 2009. Após compilados, serão também a base de um livro que será escrito sobre a expedição. Essa mesma equipe faz o monitoramento e o apoio à distância aos navegadores.

Os alunos, professores e a população gaúcha estão acompanhando o dia-a-dia da expedição através do portal Internet do Colégio Militar de Porto Alegre, em http://www.cmpa.tche.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1690&Itemid=2&lang= . O Clube de História desse colégio está realizando um "Diário de Bordo", onde constam fotografias, textos e entrevistas produzidos pelos navegadores, que podem ser vistos em http://diarioriomar.blogspot.com/ . Conheça mais sobre o Cel. Hiram e a SAMBRAS no link www.amazoniaenossaselva.com.br .

Mensagem do Secretário - Geral da ONU



Mensagem do Secretário-Geral - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto



Terça, 27 de Janeiro de 2009
Recordamos, hoje os milhões de vítimas do nazismo – quase um terço do povo judeu e de inúmeros membros de outras minorias – que sofreram actos atrozes de discriminação, privações, crueldade e assassínios.
As novas iniciativas em memória do Holocausto e para educar a opinião deram-nos motivos justificados para ter esperança. Essa esperança é o tema da comemoração deste ano.
Mas podemos e devemos fazer mais, se quisermos que essa esperança se torne realidade.
Devemos continuar a analisar as razões por que o mundo não impediu o Holocausto e outras atrocidades perpetradas desde então. Dessa forma, estaremos mais preparados para derrotar o anti-semitismo e outras formas de intolerância.
Devemos continuar a ensinar às nossas crianças as lições dos capítulos mais sombrios da História. Isso irá ajudá-las a agir melhor do que os seus ascendentes, construindo um mundo assente na coexistência pacífica.
Devemos combater o negacionismo e erguer as nossas vozes contra o fanatismo e o ódio.
E devemos defender as normas e as leis que as Nações Unidas instituíram para proteger os seres humanos e combater a impunidade dos responsáveis por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O nosso mundo continua a sofrer uma violência implacável, o desrespeito absoluto pelos direitos humanos e a agressão a pessoas, simplesmente por serem quem são.
Neste quarto Dia Internacional, recordemos as vítimas do Holocausto, reafirmando a nossa fé na dignidade e igualdade de direitos de todos os membros da família humana. E comprometamo-nos a trabalhar em conjunto para transformar a esperança de hoje no mundo melhor de amanhã.
Muito obrigado.
(Fonte: comunicado de imprensa SG/SM/12046, de 14/01/2009)

domingo, 25 de janeiro de 2009

CREPÚSCULO DE UMA TRADIÇÃO VITAL


CREPÚSCULO DE UMA TRADIÇÃO VITAL


Já houve um tempo em que: o concludente do curso de oficial, egresso de nossas escolas militares, era chamado de alferes; as unidades de armas básicas, com maior mobilidade, eram denominadas ligeiras e como era marcial a saudação sem o capacete, boina ou quepe: se em deslocamento, apenas o choque decidido do coturno, no pé esquerdo, acompanhado do girar enérgico da cabeça descoberta para o local em que estivesse o superior hierárquico; se parado, tão somente o giro já explicitado.


A digressão formalística é fundamental para a questão polêmica: onde está hoje a marca da personalidade herdada de nossas tradicionais origens marciais? Ao longo do tempo, muito se copiou como se tudo estivesse dominado. Americanismos sem conta, até a cadência está mais inibida, como se o solado das botas fosse de camurça, cópia imperfeita do “irmão” do norte, imitações sem pé nem cabeça que não fazem jus ao legado de autenticidade, herdado dos usos e costumes de um passado soberbo vivido pelo Duque de Caxias e pelo Marques de Herval.


Como esses velhos “cabos de guerra”, e tantos outros, todos de reconhecido sentimento de brasilidade, se sentiriam hoje vendo o rol de quinquilharias que, no período republicano, se copiou de modelos estrangeiros? Até postos de hierarquia mais elevados foram importados, substituindo formas antológicas como: brigadeiro, marechal de campo e tenente general, que dizem muito mais das nossas raízes do que o plágio puro e simples de forças armadas que não têm nada a ver com o espírito forjado nos duros combates em Guararapes. Que o diga o bravo Brigadeiro Antônio de Sampaio, Patrono da Infantaria!


Resgatar, valorizar o “caseiro”, abrasileirar, por que não, o que já foi brasileiro? O gesto alienígena, sem cobertura, não seria mais lógica sua previsão em regulamento, tão somente, para responder ou saudar militares estrangeiros que o adotam? Agora, da forma como está incorporado, paradigma de continência e sinal de respeito de um belo costume, que remonta a tempo antigo de militâncias que só nos dizem respeito, está sendo tiranicamente relegado, o mesmo se dando com: a cadência, que despersonalizou; a nomenclatura de alguns postos, que perdeu em originalidade; a denominação “leve” que, traduzida ao pé da letra, substituiu forma até então consagrada para tipificar corpos de equipamento/armamento aliviado.


As tradições que distinguem nossas Forças Armadas constituem o último baluarte de resistência ao seu, já de longa data, desmanche material Com certeza, ao nosso soldado desaparelhado, será vital o esteio de referências genuínas para superar a humilhação, por um ou mais reveses, em diversificados campos de batalha. Sim, porque as ameaças aí estão. A Amazônia, hoje pulverizada por reservas indígenas, verdadeiros “kosovos nacionais”, ricas em “recursos vitais para a humanidade”, certamente comporá o palco da luta. Neste cenário vai pesar, como nunca, a virtude de uma memória autêntica, talvez a mais significativa reserva moral de um povo.


Na guerra de resistência, marcada pelo desgaste e de longa duração, serão as pequenas porém não menos significativas coisas da tradição que irão alimentar o espírito de nossa população, esta descendente atávica dos heróis das lutas contra os holandeses que, novamente com a guerrilha, será conduzida a enfrentar um inimigo, mais uma vez, muito melhor armado e equipado, agora integrante de uma”coalizão de soldados universais”, tudo graças ao amadorismo e à falta de visão estratégica que caracterizaram os últimos governos deste País.


Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado Maior

A ELITE DE ZOTTMANN



A Elite de Zottmann Nivaldo Cordeiro 18 de dezembro de 2008 Nos acalorados debates que têm ocorrido na Rede Liberal um deles merece ser aqui sublinhado. O economista Luiz Zottmann afirmou que o serviço público recruta os melhores cérebros do país, afirmação que eu próprio contestei. Esse debate aconteceu antes da divulgação da celeuma em torno do concurso do IPEA, cuja prova direcionou o conteúdo programático para um tipo de avaliação que, segundo matéria publicada na Folha de São Paulo de hoje, “prioriza questões ideológicas e defende ações do governo Lula” e que “o Instituto deixa de lado conhecimento de economia aplicada e quer contratar economistas alinhados a teses controversas”. Na verdade, é isso que tem acontecido nos sistemas de acesso às carreiras públicas de longa data, e não apenas no governo Lula. O conteúdo das avaliações propõe questões de conhecimento que, via de regra, soma cultura inútil com a apologia ao Estado grande, partindo do suposto de que o agigantamento do Estado é o ponto de partida para a boa ação de governo. Essa visão de mundo contraria o que se chama de liberalismo clássico, seja na ciência econômica, seja no Direito: a defesa do Estado mínimo. Então há um reforço do estatismo já na forma de admissão. O conteúdo dos cursos preparatórios aos ingressantes nas carreiras, bem como o estágio probatório levam sempre a essa conclusão: o novo funcionário público será um misto de sacerdote estatal e um militante das causas esquerdistas. Estamos vendo no Brasil a construção do clássico Estado fascista, em que a famosa máxima de Mussolini “tudo no Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado” está sendo aplicada em plena magnitude. A pletora de leis e regras estatais transformou a liberdade em letra morta. O pagamento de cerca de 40% de impostos como proporção do PIB praticamente inviabiliza a criação de poupança privada em volume suficiente para caracterizar o livre mercado (entenda-se bem: provoca um empobrecimento geral da população). Some-se a isso o monopólio da emissão monetária e o gigantismo dos bancos públicos temos o que eu chamo de Estado Total. Historicamente sociedades tão estatizadas costumam descambar para a violência, pois a posse do comando do Estado torna-se o bem mais almejado das gangues abrigadas nas legendas políticas e a alavanca mais fácil para o acesso à riqueza. O butim do ganhador é tamanho que perdê-lo passa a ser motivo de ações violentas, um convite a convulsões e golpes de Estado. A grande surpresa da minha parte é que isso não aconteceu no Brasil e o PT, partido de vertente revolucionária, está aparentemente preparado para passar a faixa presidencial a um sucessor eleito em meio à oposição. Espero que venha a ser assim mesmo. Mas voltemos ao tema de Zottmann. Vejo aqui um viés de perspectiva de um integrante do serviço público muito semelhante ao que pensam de si os militantes dos partidos revolucionários. Pensam que só uma elite de vanguarda é que pode compor esses partidos, logo estar neles torna o militante a elite da humanidade por antonomásia. Bem sabemos que esse é um descolamento completo do real, uma alucinação perigosa, que, entre outras coisas, deu no nazismo e no comunismo. E nos movimentos revolucionários pelo mundo afora, inclusive no recente surto da jihad islâmica contra o Ocidente. A verdadeira elite é o spoudaios de Aristóteles, o homem que desceu ao mais profundo de si mesmo e, ao fazê-lo, alcançou a inteireza moral que o torna um líder natural. São pessoas raras que podem até ser funcionárias públicas, mas funcionários públicos enquanto tal não são spoudaios. Passar em um concurso público é um mero acidente de uma mente específica que aceita como verdadeiras a cultura inútil e a doutrinação que formam o conteúdo programático exigido e, a dar crédito à matéria da Folha acima, só um parvo perfeito ou um ser moralmente inferior para escrever mentiras contra a sua própria consciência em uma prova, a troco da aprovação. Estamos aqui diante do que Voegelin chamou de estupidez inteligente, no seu livro HITLER E OS ALEMÃES. Esta estupidez é que deu a possibilidade de Hitler chegar ao poder e fazer o que fez. O passo seguinte à estupidez inteligente é a estupidez criminosa, em que lideranças políticas manipuladoras comandam a burocracia eficiente e moralmente insensível, como vimos no bem documentado caso de Adolf Eichmann, o zeloso e inteligente burocrata que não se colocava os problemas morais relevantes. Podemos até dizer que o nosso funcionalismo é uma espécie de Elite Zottmann, que faz de si o melhor juízo possível, quando deveria parar e pesar. A responsabilidade será sempre individual. O funcionalismo tornou-se o grande parasita da sociedade brasileira, que tem se reproduzido qual tumor canceroso, em metástase. Estão sendo admitidas ao serviço público multidões de funcionários. Ganham cada vez mais para fazer cada vez menos. Essa é a situação brasileira e temo que um caldo de cultura em que prevalece a ideologia da Elite Zottmann faça surgir finalmente o líder estúpido criminoso, capaz de cometer os grandes desastres contra a humanidade. Fonte: http://www.nivaldocordeiro.net/aelitedezottmann Obs.: Luiz Zottmann, PhD em Economia pela Universidade de Colúmbia, Nova York, é autor do livro Você, O Estado e a Questão Fiscal (Editora Documenta Histórica, Rio de Janeiro, 2008). Ele já havia conversado sobre o assunto comigo depois de uma palestra sobre a crise mundial proferida pelo Prof. de Economia Helio Socolik, em Brasília, no final de 2008. O que Zottmann quer dizer - e eu concordo plenamente - é que os salários dos funcionários públicos, na média, são muito superiores aos da iniciativa privada. Daí a grande procura dos brasileiros pelo serviço público estável, onde a competição é leonina, obtendo sucesso nos concursos apenas os mais bem preparados, pelo menos economicamente - daí o significado de "elite", segundo Zottmann. Nivaldo Cordeiro também tem razão, ao denunciar o viés ideológico dos concursos públicos brasileiros, cujos funcionários já antes de assumir os cargos têm os cérebros lavados pela esquerdalha, de modo a trabalhar no Leviatã estatal dentro dos moldes socialistas que vigoram no País (F. Maier).

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009



Caro Cel. Fregapani,

Grato por mais estas valiosas informações.

Breves observações sobre algumas delas:

1) As vultosas verbas em favor de entidades empenhadas em banir brasileiros de partes estratégicas do território nacional constituem não só algo gravíssimo em si mesmo, mas são também uma demonstração a mais, uma entre muitíssimas, de que o Estado brasileiro – e isso significa os três Poderes da República – é controlado pela oligarquia das potências hegemônicas. Não adianta continuar fazendo de conta que a sociedade brasileira esteja vivendo sob legalidade constitucional. Note-se que isso já é claro há decênios, sendo mais que cristalino desde, pelo menos, 1990. Portanto, há mais de 18 anos.

2) Gabeira e Genoino são inimigos do País, porque são entreguistas, principalmente o primeiro citado.

3) Irrelevante, a meu ver, a discussão sobre se Gilmar Mendes é melhor (ou menos ruim) que outros ocupantes do STF. Não creio que seja pouca coisa proteger o principal laranja do Citicorp e de outros bancos norte-americanos, envolvidos em meganegociatas das privatizações de serviços públicos e outras, as quais propiciam continuado saqueio sobre nós. Não sei, ademais, se já houve voto desse ministro na questão da Raposa Serra do Sol e em que termos.

4) O dólar pode ter sido papel pintado na época do General De Gaulle, aí pelos anos 60, quando ele cunhou a expressão e exigiu que os saldos em dólar acumulados pela França fossem convertidos em ouro, conforme a regra estabelecida nos tais acordos de Bretton Woods. Atualmente as quantidades inimagináveis de ativos financeiros denominados em dólar só existem nos computadores dos bancos. Ele é apenas virtual.

Abraços,

Adriano Benayon

MPF vai denunciar militares



Ministério Público Federal vai denunciar militares por sequestros durante ditadura
22 de janeiro de 2009




O Ministério Público Federal irá apresentar à Justiça a primeira denúncia criminal contra militares por desaparecimentos durante a ditadura. No único inquérito aberto no país para apurar criminalmente ações do regime militar, o procurador da República de Uruguaiana (RS) Ivan Cláudio Marx solicitou à Polícia Federal a investigação do desaparecimento de dois militantes de esquerda, o ítalo-argentino Lorenzo Ismael Viñas e o padre argentino Jorge Oscar Adur. Os dois desapareceram em 1980, quando cruzavam a fronteira entre Paso de Los Libres (Argentina) e Uruguaiana, Rio Grande do Sul (Brasil). Os crimes foram possíveis graças à Operação Condor, que reuniu ditaduras do Cone Sul contra opositores. A ação busca uma pena por sequestro e pode incluir tortura e homicídio. O caso de Viñas está entre os de cidadãos de origem italiana que desapareceram durante a ditadura na América do Sul. A Justiça da Itália indiciou 13 militares brasileiros. Em 2007, o país pediu ajuda ao Brasil para que os acusados ainda vivos fossem julgados. Entre eles, responsáveis à época pelo SNI (Serviço Nacional de Informações) e um ex-secretário de Segurança do Rio Grande do Sul. O desaparecimento de Viñas no Brasil foi reconhecido pelo governo, que pagou indenização. “É a primeira tentativa de uma ação penal sobre crimes cometidos por militares durante a ditadura militar”, diz Marx. O procurador já tem material para apresentar a denúncia, mas poderá ainda reunir as provas da promotoria italiana. O principal argumento para a Justiça rejeitar o pedido é o de os desaparecimentos terem prescrito. Promotores argumentam que crimes contra a humanidade, como o desaparecimento, não prescrevem.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

'Devemos nos levantar e refazer os Estados Unidos'


'Devemos nos levantar e refazer os Estados Unidos'


- Meus caros concidadãos:
Eu me apresento aqui hoje, com humildade pela tarefa diante de nós, grato pela confiança que vocês me depositaram, ciente dos sacrifícios carregados por nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush por seu serviço à nossa nação, assim como pela generosidade e cooperação que demonstrou durante esta transição.
Quarenta e quatro americanos fizeram o juramento presidencial até este momento. As palavras foram pronunciadas durante ondas crescentes de prosperidade e as águas plácidas da paz. Mas, às vezes, o juramento é feito em meio a nuvens e tempestades furiosas. Nesses momentos, os Estados Unidos seguiram adiante não apenas pela habilidade ou visão daqueles no poder, mas porque Nós, o Povo, permanecemos leais aos ideais de nossos fundadores e fiéis aos nossos documentos de fundação.
Assim tem sido. Assim deve ser com esta geração de americanos.
Que estamos em meio de uma crise é agora bem compreendido. Nossa nação está em guerra contra uma extensa rede de violência e ódio. Nossa economia está gravemente enfraquecida, uma consequência da ganância e irresponsabilidade da parte de alguns, mas também do nosso fracasso coletivo ao fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos escaparam; negócios fecharam. Nosso sistema de saúde é muito caro; nossas escolas reprovam muitos; e cada dia traz mais provas de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta.
Estes são os indicadores da crise, objeto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é um enfraquecimento da confiança ao longo de nossa terra - um perturbador medo de que o declínio dos Estados Unidos seja inevitável, e que a próxima geração deve baixar seu olhar.
Hoje eu digo a vocês que os desafios que enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão resolvidos facilmente ou num curto espaço de tempo. Mas saibam disso, Estados Unidos: eles serão vencidos.
Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança em vez do medo; a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.
Neste dia, viemos proclamar o fim de ressentimentos insignificantes e falsas promessas, as recriminações e dogmas desgastados, aquilo que, por muito tempo, estrangulou nossa política.
Nós continuamos uma nação jovem, mas, nas palavras das Escrituras, chegou a hora de deixar de lado as coisas pueris. Chegou a hora de reafirmar nosso espírito duradouro; de escolher o melhor da nossa História; levar adiante esse dom precioso, essa idéia nobre, passada de geração a geração: a promessa de Deus de que todos somos iguais, todos somos livres, e merecemos uma chance de buscar a felicidade completa.
Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, entendemos que grandeza nunca é um presente. Deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de falta de esforço. Não é um caminho para os temerosos - para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou buscam apenas os prazeres da riqueza e da fama. Ao contrário, tem sido para aqueles que se arriscam, para os que fazem, os que produzem - alguns, celebrados, mas, mais frequentemente, homens e mulheres anônimos em seus trabalhos, que têm nos carregado por todo o longo e pedregoso caminho em direção à prosperidade e à liberdade.
Por nós, eles fizeram a mala com suas poucas posses terrenas e cruzaram oceanos em busca de uma nova vida.
Por nós, eles trabalharam arduamente e colonizaram o Oeste; suportaram o açoite do chicote e araram a terra dura.
Por nós, eles lutaram e morreram em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.
De novo e de novo, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem em carne viva para que tivéssemos uma vida melhor. Eles viram os Estados Unidos como algo maior do que a soma de nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de berço ou riqueza ou facção.
Esta é a jornada que continuamos hoje. Continuamos a ser a nação mais próspera, mais poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que eram quando essa crise começou. Nossas mentes não são menos criativas, nossos bens e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece inalterada. Mas a época de ficarmos apáticos, de proteger interesses pequenos e postergar decisões desagradáveis - essa época certamente passou. Começando hoje, devemos nos levantar, sacudir a poeira, e começar de novo o trabalho de refazer os Estados Unidos.
Para todos os locais que olhamos, há trabalho a fazer. A situação da economia exige uma ação, audaciosa e imediata, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos, mas para lançar uma nova base para o crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes elétricas e linhas digitais que alimentem nosso comércio e nos aproximem. Vamos levar de volta a ciência a seu lugar de direito, e utilizar as maravilhas da tecnologia para melhorar a qualidade do sistema de saúde e baixar seus custos. Vamos usar o sol, os ventos e o solo para abastecer nossos carros e nossas fábricas. E vamos transformar nossas escolas, colégios e universidades para atender as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. E tudo isso nós faremos.
Agora, há aqueles que questionam o nível de nossas ambições - que sugerem que nosso sistema não pode suportar tantos planos grandes. Suas memórias são curtas. Porque eles se esqueceram do que este país já fez; do que homens e mulheres livres podem alcançar quando a imaginação se une ao propósito comum, e a necessidade à coragem.
O que os cínicos não conseguem compreender é que o terreno sob os seus pés mudou - que argumentos políticos rançosos que têm nos consumido por tanto tempo não se aplicam mais. A pergunta que fazemos hoje não é se o nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona - se ele ajuda a famílias a encontrarem empregos e um salário decente, cuidados que possam pagar, uma aposentadoria digna. Onde a resposta for sim, pretendemos seguir adiante. Onde a resposta for não, programas serão encerrados. E aqueles de nós que administram o dinheiro público terão que prestar contas - para gastar de forma sábia, reformar maus hábitos, e fazer nosso trabalho à luz do dia - porque só eles podem restaurar a confiança vital entre o povo e seu governo.
A questão diante de nós não é se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade é incomparável, mas esta crise nos lembrou que, sem um olhar cuidadoso, o mercado pode fugir ao controle - e que uma nação não pode prosperar longamente quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia depende não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; de nossa capacidade de estender a oportunidade para todos que anseiam - não por caridade, mas por ser o caminho mais certeiro para o nosso bem comum.
E, para a nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança e os nossos ideais. Nossos Pais Fundadores, confrontados com perigos que mal podemos imaginar, escreveram uma carta que assegura o domínio da lei e os direitos do homem, uma carta ampliada pelo sangue de gerações. Aqueles ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos abrir mão deles por conveniência. E, para todos os outros povos e governos que estão nos vendo hoje, das grandes capitais à pequena aldeia onde meu pai nasceu, saibam que a América é amiga de cada nação e de cada homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar novamente.
Lembrem-se que gerações anteriores derrotaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Elas sabiam que nosso poder, sozinho, não pode nos proteger, nem nos permite fazer o que bem desejarmos. Em vez disso, elas sabiam que nosso poder cresce através de seu uso prudente; nossa segurança emana da correção de nossa causa, a força de nosso exemplo, o equilíbrio de qualidades de humildade e moderação.
Nós somos os guardiões desse legado. Guiados por esses princípios novamente, podemos enfrentar as novas ameaças que exigem um esforço ainda maior - ainda maior cooperação e entendimento entre nações. Vamos começar a deixar responsavelmente o Iraque para o seu povo e alcançar uma paz suada no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e reverter o espectro do aquecimento no planeta. Não vamos nos desculpar por nosso modo de vida, nem hesitar em defendê-lo, e para aqueles que tentam avançar em seus objetivos induzindo ao terror e assassinando inocentes, dizemos que saibam que nosso espírito é forte e não pode ser dobrado; vocês não podem sobreviver a nós, e vamos derrotá-los.
Porque nós sabemos que o mosaico de nossa herança é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e de ateus. Fomos moldados por cada língua e cultura, atraídos de cada canto desta Terra; e porque provamos a amarga ração da guerra civil e da segregação, e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos deixar de acreditar que antigos ódios um dia passarão; que as linhagens tribais em breve se dissolverão; que conforme o mundo se torna menor, nossa humanidade comum deve se revelar; e que os Estados Unidos devem desempenhar seu papel de liderança numa nova era de paz.
Ao mundo muçulmano, buscamos um novo caminho à frente, baseado em respeito e interesse mútos. Àqueles líderes em torno do globo que tentam disseminar o conflito, ou atribuir as mazelas de suas sociedades ao Ocidente, saibam que seus povos os julgarão com base no que vocês podem construir, não no que podem destruir. Àqueles que agarram-se ao poder através da corrupção e da mentira e do silêncio de dissidentes, saibam que estão do lado errado da História; mas que estenderemos a mão se desejarem afrouxar o pulso.
Às pessoas de nações pobres, prometemos trabalhar ao seu lado para fazer suas fazendas florescerem e permitir que águas limpas fluam; nutrir corpos famintos e alimentar mentes famintas. E, àquelas nações que, como a nossa, desfrutam de uma relativa fartura, dizemos que não podemos mais suportar a indiferença com o sofrimento além de nossas fronteiras, nem consumir os recursos do mundo sem olhar para o seu efeito. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele.
Enquanto consideramos a estrada que se descortina diante de nós, lembramos com humilde gratidão daqueles bravos americanos que, neste exato momento, patrulham desertos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, assim como os heróis abatidos que repousam em Arlington sussurram através das eras. Nós os homenageamos não apenas por serem os guardiões de nossa liberdade, mas porque representam o espírito do serviço; um desejo de encontrar significado em algo maior do que eles próprios. E ainda, neste momento - um momento que definirá uma geração - é precisamente esse espírito que deve habitar em todos nós.
Por mais que o governo possa fazer e deva fazer, é, no final das contas, na fé e na determinação do povo americano que esta nação se baseia. É a bondade em recolher um estranho quando a barragem se rompe, a abnegação de trabalhadores que preferem cortar suas horas extras a ver um amigo perder o emprego que observamos em nossas horas mais sombrias; é a coragem do bombeiro em subir uma escada repleta de fumaça, mas também o desejo de um pai de alimentar o filho, que, por fim, decidem nosso destino.
Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais os combatemos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende - trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido uma força silenciosa de progresso através de nossa História. O que é pedido então é um retorno a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade; um reconhecimento, da parte de todos os americanos, de que nós temos obrigações com nós mesmos, com nossa nação, e com o mundo. Deveres que não aceitamos relutantemente mas que agarramos com satisfação, firmes no reconhecimento de que nada é tão satisfatório ao espírito, tão definidor de nosso caráter, do que dar tudo de nós numa tarefa difícil.
Este é o preço e a promessa da cidadania.
Esta é a fonte de nossa confiança - o entendimento de que Deus nos chama a moldar um destino incerto.
Este é o significado de nossa liberdade e nossa crença - porque homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as fés podem se unir numa celebração ao longo desta magnífica esplanada, e porque um homem cujo pai menos de 60 anos atrás não poderia ser servido num restaurante local pode agora estar diante de vocês para fazer o mais sagrado juramento.
Então, vamos marcar este dia com a lembrança de quem somos e quão longe viajamos. No ano do nascimento dos Estados Unidos, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas reuniu-se em torno de fogueiras que se apagavam nas margens de um rio gelado. A capital fora abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o futuro de nossa revolução mais esteve em risco, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas para o povo:
"Que isso seja dito ao mundo futuro... que nas profundezas do inverno, quando nada além do que esperança e virtude poderiam sobreviver... que a cidade e o país, alertados para um perigo comum, vieram enfrentá-lo."
Estados Unidos. Diante de nossos perigos comuns, neste inverno de nosso sofrimento, lembremos dessas palavras atemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas, e resistamos às tempestades que possam chegar. Que seja dito pelos filhos de nossos filhos que quando fomos testados nós nos recusamos a deixar essa jornada terminar, que nós não demos as costas nem hesitamos; e com os olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos a salvo às futuras gerações.
Obrigado.
Deus os abençoe.
Deus abençoe os Estados Unidos da América.