Notícias Militares

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Maioridade do desrespeito


Maioridade do desrespeito

Ternuma Regional Brasília

Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva
Em artigo de 11 de janeiro próximo passado (está no site do Ternuma), sob o título “Mais Preocupações”, manifestei-me quanto à retomada de negociações para o reajuste de vencimentos dos militares federais. Baseei-me em comunicado do Centro de Comunicação Social do Exército, assinado pelo ínclito Gen Ex Enzo e que mencionava reunião com o ministro da Defesa, ocorrida em 10 de janeiro. Eu disse que era mais um “empurrão com a barriga” do falastrão jobim. Não deu outra: a tal recomposição do orçamento não aconteceu em fevereiro, nem ninguém voltou a tocar no assunto, até porque ninguém sabe quando ocorrerá. Assim, completamos, no dia de hoje, 18 meses com os mesmos defasados vencimentos e proventos. Dezoito é número que nos remete à maioridade penal. No nosso caso, à maioridade do desrespeito com profissionais disciplinados e que têm, no serviço prestado à Pátria Brasileira, a dedicação de toda sua vida. Será que tentam fazer desacreditada a autoridade do Comandante da Força Terrestre, que é pessoa da mais alta integridade e de inquestionável capacidade alicerçada em cursos e vivência nacional e não um simples pelego petista ou peemedebista ? Por que o ministro não assume que induziu ao erro os três comandantes das forças singulares? Eles se dirigiram a seus comandados baseados no que ele disse em reunião formal, em que foi citado o mês de fevereiro textualmente, conforme comunicado à imprensa, de 12 de janeiro, assinado por José Ramos Filho, Assessor Especial de Comunicação Social do Ministério da Defesa. Por que não vem a público para novos esclarecimentos? Será que está cansado de sua vilegiatura por terras de França e Rússia, fingindo que foi comprar equipamentos, inclusive com cessão de tecnologia (doce ilusão...), cessão já desmentida por um russo?

Em face da falta de explicações ministeriais, começam a surgir os boatos. De um amigo de muitos anos, recebi notícia de que haveria um reajuste de 4% em agosto deste ano e mais 4% no ano que vem, além de umas migalhas em termos de auxílio-moradia, tempo de serviço e compensação orgânica, basicamente para quem está na ativa.

Na quarta-feira passada (dia 27), em reunião de confraternização de companheiros da ativa e da reserva, perguntei a um conhecido do Min Def a quantas andava o reajuste e ele, sem mencionar índices ou datas, disse-me que estava em cogitação um “cala-a-boca” e rapidamente se afastou.
Além disso, sucedem-se, na Internet, as transcrições dos boletins do Bolsonaro; as chamadas para questionamentos na Justiça Federal da - à época - denominada isonomia dos oficiais-generais de quatro estrelas com os ministros do STM, com endereços de escritórios que cobram a módica inscrição de R$500,00 na causa (em módicas prestações de 100...) e prometem até 81% de ganhos.

O desgaste provocado atinge muito pouco a quem, como eu, já sem responsabilidades funcionais e com filhos formados e independentes, sabe viver com parcimônia. Mas o que dizer dos que têm encargos, inclusive de comando de tropa, e pretendem dar à sua descendência condições de enfrentar os embates da vida moderna, cada vez mais competitiva e mais exigente. Além da legítima pressão familiar, sofrem com as agruras de seus comandados.

O quadro é desolador. O Correio Braziliense, de ontem, publicou, em sua página 29, o seguinte:
“ No ranking das menores médias salariais praticadas pelos órgãos públicos federais até dezembro de 2007, o Ministério das Comunicações ocupa o primeiro lugar (R$ 1.610,79). A Vice-Presidência da República vem em seguida (R$ 1.774,09), depois o Ministério da Defesa (R$ 1.836,96) e por fim o Comando do Exército (R$ 1.974,17). Ainda de acordo com a tabela publicada no Diário Oficial, as maiores remunerações médias estão na Defensoria Pública da União (R$ 10.186,34), no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) (R$ 9.799,73), na Polícia Federal (R$ 8.328,21) e no Ministério da Fazenda (R$ 8.373,96)” . Na mesma matéria está mencionado que, nos últimos cinco anos, o ganho médio da Advocacia-Geral da União teve alta de 160 %; e eles lá estão em greve, desde 17 de janeiro, entre outras razões, por melhores salários. Já na Anatel, o ganho foi de 124,6 %; e todos sabemos como funcionam as operadoras de telefonia fixa, as de celulares, as televisões a cabo, etc... Fui ver qual foi a minha variação e constatei que de fevereiro de 2002 a fevereiro de 2008 (6 anos, um a mais que Advocacia e Anatel) o meu ganho foi de 44,299 %. Como não sou como o Pernalonga jobim que diz e depois diz que não disse, guardei a folha do jornal e os meus comprovantes de pagamento. E só queria saber por que razão os cofres públicos se abrem de forma tão diferente...

Se a maioridade do desrespeito ainda não é suficiente para impulsionar o jobim nem comover o Paulo Bernardo, resta-nos esperar que não cheguemos à terceira idade das desilusões.

Brasília, 29 de fevereiro de 2008.
Autorizada a divulgação, a impressão e a reprodução desde que mantido o nome do autor.

EXEMPLO DE DIGNIDADE



EXEMPLO DE DIGNIDADE



Repassando porque recebi sem nenhum pedido para que não fosse repassado e portanto entendo ser livre o envio deste para os meus amigos.
Havia naquela época uma outra ética. Não digo que não tenham havido alguns deslizes por parte de algum militar, mas se houveram, foram casos atípicos. Hoje faltam, ética, caráter e honestidade com a coisa pública. As nossas Instituições estão desmoralizadas. Nossos Presidentes militares honraram o Brasil e as Forças Armadas. Qual deles enriqueceu a custa do erário público ou durante seus mandatos presidenciais? Foram homens que assumiram os cargos como se estivessem assumindo uma missão nobre. Ninguém, nem nossos algozes, levantaram nada que pudessem denegrir a honra dos cinco generais Presidentes. Governaram sem mensalões, sem cartões corporativos, sem "aloprados", nem "quadrilhas" que lhes cercavam, agindo sempre em prol apenas dos interesses do Brasil. Na época em que eu exerci as funções de Assistente e Secretário Militar do nosso Ministro, por força de minhas atribuições, eu o acompanhava sistematicamente nos despachos com o Presidente Geisel. Naquelas ocasiões eu sempre observava um ambiente de tranqüilidade, respeito e formalismo no Palácio. Na realidade era um outro País, um outro BRASIL, muito mais verde, amarelo azul e branco. O vermelho ainda não havia sido adotado nas marcas governamentais. As instituições se faziam respeitadas. Haviam SEGURANÇA E DESENVOLVIMENTO; ORDEM E PROGRESSO. O nosso Povo era feliz e não sabia.
Cesar A.

PROFUNDA VERGONHA


PROFUNDA VERGONHA...



Thursday, February 28, 2008

Por Rebecca SantoroO Jornal O DIA, de 28/02/2008, exibe uma reportagem de Djalma Oliveira sobre o reajuste dos militares: "Militares devem ficar com reajuste linear de 8%".
A matéria revela que os 290 mil militares das Forças Armadas serão "surpreendidos com mudança na proposta de aumento dos soldos", prevendo reajustes bem aquém dos 34,99% e 27,62% esperados. A proposta daria reajustes lineares de apenas 4% para agosto deste ano e de 4% para janeiro de 2009, incluindo algumas vantagens financeiras diferenciando ativos, de reservistas e de pensionistas. Voltariam o auxílio-moradia e a gratificação por tempo de serviço. Tempo esse que, ACREDITEM, passaria a ser contado a partir de 1º de janeiro de 2001.
(...)

Segundo a reportagem, o valor do auxílio moradia seria "fixado de acordo com custo de vida da na cidade onde servem". Será? Parece que não, pois, ainda segundo O DIA, estudos apontariam "R$ 320 para quem mora em capitais e R$ 260 para o pessoal do interior", com "valor igual para praças e oficiais".Alguém aí pode me dizer onde é que se moraria, por exemplo, numa cidade como Rio de Janeiro, São Paulo ou Brasília, com R$ 320,00 por mês?

(...)
Querem saber como anda o espírito das casernas? Dêem uma olhadinha ... nos quadros que se seguem (abaixo)... Isto, no mundo inteiro, sempre provocou divisões internas, motins e até revoluções.

Gostaram? Pois é assim que estão as casernas: desunidas, rancorosas, com sede de vingança... Isto não vai dar certo... Atualmente, o objetivo do estado em que o governo deixa as FFAA é esse mesmo – o da divisão, para introduzir nas mentes e nos corações a lenda socialista e para, em seguida, COMPRAR OS HOMENS ARMADOS COM MELHORES SALÁRIOS, DESDE QUE SEJAM FIÉIS AOS IDEAIS SOCIALISTAS DA UNIÃO DAS REPÚBLICAS LATINO-AMERICANAS. Estamos falando de praças e de oficiais, em geral – não de Generais, de Brigadeiros e de Almirantes, posto que estes, se na ativa estão, é porque já coadunam com os ideais e com os projetos do atual governo. Se assim não fosse, estariam a comandar o quê? O próprio bolso? Não valeria a pena...

Militares devem ficar com reajuste linear de 8%


28/02/2008 01:20:00 Militares devem ficar com reajuste linear de 8%


Djalma OliveiraRio - Enquanto 400 mil servidores civis já respiram aliviados com a garantia de reajustes anunciados ano passado, os 290 mil militares das Forças Armadas serão surpreendidos com mudança na proposta de aumento dos soldos, que também se arrasta desde 2007. Militares superiores circularam entre si ontem minuta de MP (Medida Provisória) que prevê reajustes lineares de apenas 4% para agosto deste ano e 4% em janeiro de 2009, e outras vantagens financeiras diferenciando ativos, de reservistas e pensionistas. Os índices lineares estão aquém dos 34,99% e 27,62% esperados respectivamente por praças e oficiais. Esses ganhos, porém, poderão ser atingidos se forem consideradas as vantagens, como a volta do auxílio-moradia e da gratificação por tempo de serviço. O Ministério da Defesa informou não ter “nenhuma proposta oficial” sobre o reajuste.Pela minuta da MP que chegou aos oficiais superiores, além do reajuste linear global de 8%, a nova remuneração militar passaria a contar novamente com a gratificação do tempo de serviço. O tempo passaria a ser contado a partir de 1º de janeiro de 2001. A cada cinco anos de serviço, o ganho de 5% seria incorporado aos vencimentos, até o limite de 30%. Com isso, quem está na ativa teria este ano, além dos 4%, mais 5% e a garantia de mais 5% em 2010. Esse item não desagradaria tanto a reserva, uma vez que quase todos os atuais inativos foram para casa levando gratificação idêntica, extinta no governo Fernando Henrique Cardoso. A minuta deixa em aberto ainda a possibilidade de quem ingressou na inatividade após 2001, sem atingir anuênios de 30%, obter essa diferença de forma proporcional ao tempo de serviço efetivo na ativa.O descasamento dos ganhos viria na volta do auxílio moradia e possivelmente de adicionais como a compensação orgânica, que seriam pagos só ao pessoal da ativa. Essa medida serviria para tentar reduzir a evasão.O auxílio-moradia só será concedido a oficiais e sargentos de carreira e em atividade que conseguirem comprovar que pagam aluguel. O valor será fixado de acordo com custo de vida da na cidade onde servem, mas estudos apontam R$ 320 para quem mora em capitais e R$ 260 para o pessoal do interior. O valor seria igual para praças e oficiais, mas esse ponto ainda pode mudar.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

" SOCIALISMO" e "COMUNISMO"



"SOCIALISMO" e "COMUNISMO"
Verdades e Utopias
Anatoli Oliynik ( * )

SOCIALISMO
O Socialismo é uma ideologia que, dando prevalência à sociedade sobre o homem, intenta realizar uma igualdade absoluta entre os indivíduos, conduzida mediante o exercício de um poder totalitário do Estado nas esferas política, econômica e social.
Na sua cosmovisão horizontalizada, o socialismo parte de uma concepção materialista do homem, entendendo que os seus problemas derivam da desigualdade social e pretende que sejam resolvidos pela supressão da propriedade privada dos meios de produção, os quais, estatizados, virão a permitir a distribuição igualitária da riqueza.
Desta forma, entendem os socialistas, que surgirá a sociedade ideal, em que não haverá exploradores nem explorados, pois, nada sendo de ninguém, todos trabalharão para todos, "na medida de suas possibilidades", cabendo "a cada um, segundo suas necessidades", participação no produto.
Em síntese, prega-se a utopia e a entropia, das quais falarei mais adiante.
Métodos diversos de tomada do poder são aventados por diferentes correntes socialistas. No passado, os violentos para a derrubada das estruturas existentes e implantação da "nova sociedade". Assim foi na União Soviética, nos países do Leste Europeu, na China, em Cuba e no Vietnã do Norte, dentre os principais e que vitimou 95 milhões de pessoas, aproximadamente.
Atualmente, os socialistas tencionam chegar à "igualdade social" por caminhos menos traumáticos e utilizando, sempre que possível, o instrumental da democracia parlamentar e chavões do tipo justiça social, cidadania, construção de uma sociedade justa e igualitária, direitos humanos, inclusão social, sustentabilidade, politicamente correto, etc. que só servem para estimular a velha luta de classes proposta por Marx e Engels que passaram a habitar o imaginário popular.
Apesar de suas múltiplas variantes ideológicas e metodológicas, o Socialismo tem uma base comum que pode ser identificada na transformação do ordenamento jurídico e econômico, fundado na propriedade privada dos meios de produção e troca, numa organização social na qual:
a) o direito de propriedade seja fortemente limitado;
b) os principais recursos econômicos estejam sob controle das classes trabalhadoras;
c) a sua gestão tenha por objetivo promover a igualdade social por meio da intervenção dos poderes públicos.
A utopia socialista tem remota tradição em antigas elucubrações intelectuais. Platão (429-347 a.C.), na República arquiteta a organização da Polis (cidade) propondo que guerreiros e guardiões tivessem vida estritamente comunista a fim de que, apartados de qualquer propriedade privada, pudessem cuidar exclusivamente dos interesses da coletividade.
Seguem-se a Platão, Thomas More (1478-1535) em Utopia, Tomaso Campanella (1568-1639) na Cidade do Sol, Rosseau (1712-1778) no Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens (1754) e em Do contato social (1762), quando engendrou, com cálido romantismo, o mito de igualdade, em que se encontra o fundamento do messianismo ideológico da Revolução Francesa; Babeuf (1760-1797), Robert Owen (1771-1858), Werner Sombart (1863-1941), Lênin (1870-1924) e alguns outros, onde cada qual descrevia, a seu modo, a sociedade ideal.
Fracassaram todas as tentativas feitas na implantação das mais variadas correntes do socialismo.
Mais tarde, numa tentativa de ressuscitar os fracassos retumbantes, Friedrich Engels (1820-1895) denominou de socialismos utópicos todas as correntes que o antecederam. Com Karl Marx (1818-1883), surge o chamado socialismo científico, de que são tributárias as diversas correntes socialistas que apareceram daí por diante.
Marx e Engels consideraram socialismo utópico aquele defendido por seus contemporâneos como: Saint-Simon, Fourier, Owen, Louis Blanc, Proudhon.
Para Marx e Engels, esses socialistas propunham movimentos relativamente burguêses, professavam um socialismo que podia ser recebido em salões. Para se diferenciar dos demais socialistas, adotaram, então, o nome de comunistas e partem para elaborar o que chamam de socialismo científico em contraposição ao socialismo utópico.
O socialismo científico foi um programa de auto-emancipação do proletariado como sujeito histórico capaz de resolver as contradições econômicas do capitalismo, especialmente com relação à propriedade privada, através da solução comunista, tendo como método a revolução proletária.
Em nome dessa ideologia "utópica" ou "científica", pouco importa, milhões de vidas humanas foram sacrificadas porque o direito a liberdade de pensar, diferentemente, foi-lhes negada pelos seus algozes. Lênin, Stalin, Mao Tse-tung e Fidel, dentre os principais, quiseram se passar por deuses na história, quando na realidade não passaram de assassinos vulgares e carniceiros da humanidade, "cientificamente" demonstrado[1].
Mudaram-se as moscas, mas o excremento continua o mesmo nas suas mais diversas e fantásticas variações até os dias atuais, quando se tenta, no Brasil, ressuscitar algo que não deu certo em lugar algum no mundo, em qualquer época que se queira pesquisar, desde o próprio Platão até os dias atuais. Logo, podemos concluir que "o socialismo é um case de fracassos e degradação da condição humana".

COMUNISMO
O Comunismo, por sua vez, nada mais é do que o estágio final do socialismo. A sua doutrina defende a abolição da propriedade privada, dos meios de produção e a distribuição igualitária dos bens produzidos pela sociedade. Defende, ainda, que a organização da riqueza social seja feita pela própria comunidade de produtores.
Na realidade, conforme já expomos anteriormente, as diferenças entre socialismo e comunismo, criadas por Marx e Engels, diferem tão somente na semântica e no "modus operandi". Tanto na sua essência, quanto aos objetivos colimados, são rigorosamente iguais: Transformar em tragédia as limitações da condição humana.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utopia socialista-comunista por si só explica o seu fracasso e não precisa ser demonstrada. Quanto a "entropia", que é o equilíbrio geral entre as coisas, faço as considerações a seguir:
A idéia de igualdade considerada pelo fenômeno entrópico, é uma idéia suicida. Por exemplo: Se você, leitor, colocar um copo de água quente ao lado de um copo de água gelada, no dia seguinte elas terão a mesma temperatura. Isso se chama entropia. Pois bem, a vida na Terra só é possível porque há uma estrela chamada Sol, cuja temperatura é estupidamente desigual a temperatura da Terra. Se houvesse igualdade de temperatura entre a Terra e o Sol (entropia), não haveria vida na Terra. A igualdade socialista, portanto, é uma idéia suicida, pois não se acabará com a pobreza se acabarmos com a riqueza. A história se encarregou de demonstrar isso em todos os países ditos socialistas ou comunistas.
As pessoas podem ser iguais quanto a sua natureza, mas são desiguais quanto as suas capacidades, competências e resultados alcançados. A humanidade é feita de pessoas diferentes, portanto, a Igualdade em si é um sonho delirante que os socialistas insistem operacionalizar a qualquer custo. Na verdade, tanto os socialistas quanto os comunistas não querem igualdade, eles querem o Poder. Para isso, eles se aproveitam da ingenuidade do povo.
Tanto o socialismo quanto o comunismo, que na essência são a mesma coisa, tem por base o ideário político mais irresponsável e homicida que já surgiu na face da Terra.
No Brasil, por três vezes, os socialistas & comunistas tentaram, pela violência, instituir este regime entre nós. Felizmente, fracassaram.
Entretanto, engana-se redondamente quem pensa que os socialistas-comunistas não estejam entre nós, tais como fósseis ambulantes tentando ressuscitar uma doutrina fracassada, só que desta feita por outro tipo de estratégia: de forma pacífica, mas sorrateira e quase imperceptível, usando-se de diplomas legais e de ações políticas que vão sendo docilmente aceitos pelo povo por meio de uma maciça propaganda de seus "benefícios". Trata-se do melífluo discurso gramsciano. Este assunto será objeto de meu próximo artigo.
Lamentavelmente, no Brasil, todo aquele que busca esclarecer, pela pesquisa dos fatos, é imediatamente desqualificado e taxado de "radical". A emoção, a crendice e o sonho utópico falam acima de qualquer razão.
Para finalizar: "O pior cego, não é aquele que não enxerga, mas aquele que não quer ver".

( * ) Anatoli Oliynik (59), formado em administração e estudos sociais, é membro da Academia de Cultura de Curitiba.

SARGENTO DESCONHECIDO



SARGENTO DESCONHECIDO - REAJUSTE DOS MILITARES
IP:189.48.163.xxx 28-02-2008 18:10:37
HOJE ACORDEI COMO DE COSTUME , E AO LER MEU JORMAL MATINAL ME DEPAREI COM A NOTICIA DO REAJUSTE DOS NOSSOS SOLDOS.

NÃO CONSEGUI ME CONTER . LÁ ESTAVA MINHA ESPOSA , COM SEU OLHAR DE CANSAÇO E DESÂNIMO , E MEUS DOIS FILHOS SENTADOS NA MESA, ESPERANDO PELO CAFÉ E COM ESPERANÇA NOS SEUS OLHOS INOCENTES DE QUE EM BREVE AS COISAS VÃO MELHORAR..

DERREPENTE TIVE UMA CRISE DE CHORO AO SABER QUE JAMAIS PODEREI DAR DIGNIDADE A MINHA FAMILIA , EM UM PAÍS TÃO INJUSTO COM OS MILITARES.

NÃO CONSEGUIA FALAR , E TENTAVA ENXUGAR AS LÁGRIMAS QUE ERAM MUITAS PARA QUE MINHA FAMÍLIA NÃO PRESENCIASSE A MINHA DERROTA .

ALGUÉM QUE SEMPRE DEMONSTROU MUITA FIRMEZA NOS PASSOS, NOS ATOS E NA EDUCAÇÃO DA FAMILIA AGORA ENCONTRAVA-SE DE JOELHOS, REFÉM DE MEDÍOCRES CÁUCULOS PUBLICADOS NAQUELE JORNAL.

FUI AO MEU QUARTO ABRI MEU ARMÁRIO , OLHEI PARA MINHA FARDA E PENSEI ..... NÃO TENHO MAIS ÂNIMO DE VESTI-LA , NÃO TENHO MAIS FORÇA PARA ENGOMÁ-LA , NAO CONSIGO MAIS LUSTRAR O BRONZE DE MINHA FARDA , NEM LUSTRAR MINHAS BOTINAS , APENAS ME RESTA O INSTINTO.....

O QUE FIZERAM CONOSCO , FOMOS SUB-JULGADOS A MEROS CONSTRUTORES DE PONTES , TAPADORES DE BURACOS , APLICADORES DE VACINA ,SEGURANÇAS DE FAVELA .

ENTRE OUTRAS ATIVIDADES IMPOSTAS A TROPA SEM O DEVIDO RESPEITO QUE MERECEMOS , ACHAM QUE NÃO TRABALHAMOS , QUE SOMOS PARASITAS DA NAÇÃO E POR ISSO NOS PENALIZAM COM ESTA POLÍTICA AVILTADA DOS NOSSOS SOLDOS.

ESTAREI PRESENTE NA MINHA UNIDADE POR INSTINTO , MAS NÃO MAIS PELO BRILHO DE MINHA FARDA, PRONTO PARA UMA REAÇÃO QUANDO ELA FOR NECESSÁRIA E FOR SOLICITADA, MAS JAMAIS PELO ORGULHO DE SER UM PROTETOR DE MINHA PÁTRIA.

É MUITA HUMILHAÇÃO PARA UM SOLDADO PASSAR POR TUDO ISSO , E AINDA EM SILÊNCIO , SENDO DESMORALIZADO PELOS GOVERNOS DEMOCRATAS , POR PURO REVANCHISMO , OU ÓDIO DA INSTITUIÇÃO , PENALIZANDO ASSIM MILITARES QUE APENAS QUEREM E DEVEM CUMPRIR O SEU DEVER.

IREI DEVOLVER A MINHA ARMA , NÃO QUERO ESTAR SUJEITO AO COVARDE SUICÍDIO , E MEU SUOR E MEU SANGUE AGORA SERÁ PELA NAÇÃO, SE ASSIM FOR CONVOCADO , MAS NÃO SERÁ MAIS PELA INSTITUIÇÃO QUE NESTE MOMENTO NÃO ESTÁ SABENDO NOS RESPEITAR.

.EU AINDA SOU UM BRAVO DE ALMA CAPAZ DE DAR MINHA PRÓPRIA VIDA AO MEU POVO E AO MEU PAÍS , MAS NÃO MAIS PELA CASERNA , ATÉ QUE MEU RESPEITO E MINHA AUTO ESTIMA SEJA RESGATADA PELA INSTITUIÇÃO.

AOS REVANCHISTAS ESPERO UM DIA SER CONVOCADO PELA NAÇÃO A TER QUE ENFRENTÁ-LOS NOVAMENTE E PROVAR QUE OS SRS SÓ DESTRUIRAM A INSTITUIÇÃO E NÃO OS NOSSOS CORAÇÕES DE SOLDADOS.
PEÇO AOS MEUS IRMÃOS COMPANHEIROS QUE DIVULGUEM MEU DESABAFO POR TODA A REDE .
OBRIGADO

UM PRATO DE LENTILHAS


Porto Alegre,RS, 28 de fevereiro de 2008.
RUI GARAVELO MACHADO

UM PRATO DE LENTILHAS

O Exército publicou uma Nota Oficial sobre as conversações entre Ministros com referência ao Reajuste/Aumento dos Vencimentos dos Militares. Isso ocorreu após a rejeição à prorrogação da CPMF.De maneira bastante sucinta , a Nota dizia que o assunto estava suspenso até uma solução/adaptação dos Planos Governamentais o que deveria ocorrer até meados de fevereiro.
Estamos no final de fevereiro e , ao que (eu) saiba , NADA FOI PUBLICADO pelo EB , a respeito.
Não é surpresa e nem novidade , senão vejamos :
- o EB , ao publicar a Nota nada mais fez do que seguir as determinações/orientações do Ministro da Defesa e , por óbvio , do Chefe Supremo das Forças Armadas , o Sr LULA .
Ora , se isso é verdade – e , é – não há como esperar que seja cumprida a promessa na data anunciada.
É hábito do Sr NELSON JOBIM – Ministro da Defesa – dizer uma coisa e não fazer ; poderíamos resumir : diz por dizer.
Já o Sr LULA – bastante diferente – é outro caso :
- desenvolve ações de aniquilamento/enxovalhamento/desmonte/
desmoralização das FF AA dentro dos
Planos do Foro de São Paulo ; e os segue
à risca – passo a passo .

Só não vê quem não quer e/ou tem má fé ou , ocasionalmente , não quer ver por cegueira ocasional decorrente da troca por um prato de lentilhas.
Recentemente , circulou pela Internet uma cópia da Mensagem enviada ao Congresso Nacional (perdão pela má palavra) com a Proposta de Reajuste/Aumento Salarial para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
É de ver as justificativas alegadas .Nada de errado , entretanto , se comparadas aos motivos alegados para NADA ser proposto aos Militares das FF AA é de criar revolta e indignação entre os Membros da Família Militar.
Ocorre que só os Inativos reagem e , assim mesmo , com o uso de suas (pífias) armas que são as palavras via Internet.
Os jornais/revistas/Tv(s) se limitam a pequenas notas de fim de página (metaforicamente) e , salvo uns raros e escassos Jornalistas , poucos comentam .
Os Chefes Militares , aos quais foram confiados os Comandos das Forças – MB , EB e FAB , cumprem um silêncio constrangedor. . Quase certamente estão a alegar “hierarquia e disciplina” ; FALSIDADE !!!!.
Nunca antes nesse País !!!! ouviu-se um silêncio tão ensurdecedor e servil .
Nunca antes nesse País !!! o silêncio é tão eloqüente.
Hoje , está circulando entre os Militares – via Internet – uma sugestão (sic) de um Cel Res :
- diz ele : “...Eu, se fosse o Lula, reduziria os salários dos milicos à metade, na certeza absoluta de que nada iria acontecer! ...”.
-
Com imensa dor/tristeza/revolta/indignação (eu) sou obrigado a concordar e complemento : “... quanto vale um prato de lentilhas...”.
Pobre EB.
Pobre País.
RUI GARAVELO MACHADO

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O ocaso de um ditador



O ocaso de um ditador
Fevereiro de 2008

A natureza é por vezes cruel. Vejam o caso dos leões, por exemplo. Animais fantásticos, soberanos, sem predadores naturais além do homem, donos de uma ferocidade que, dentre os felinos, perde somente para a dos tigres. Contudo, ao contrário dos tigres e da maioria dos felinos, os leões são sociáveis e vivem em bandos de cinco a quarenta indivíduos. As fêmeas são responsáveis pela caça, enquanto os machos são responsáveis pela defesa do território e do bando. Os bandos pequenos são controlados por apenas um macho, mas os bandos maiores podem ser controlados por coalizões temporárias de machos, geralmente irmãos. Com exceção de doenças e dos problemas trazidos pelo homem, a origem de todos os outros problemas dos leões reside na vida em bando. Quando um leãozinho macho atinge a maturidade, o que ocorre por volta dos dois ou três anos de idade, o líder o expulsa do bando, de modo a evitar competição. Alguns desses leões se tornam nômades por toda a vida, passando a vagar pelas savanas, solitários, de vez em quando formando par com outro nômade, o qual geralmente é um irmão expulso do mesmo bando. Todavia, outros desses leões tentam encontrar um novo bando, expulsando ou matando o líder atual e assumindo o controle. Quando um leão mais jovem assume um bando, ele mata todos os filhotes do macho anterior, como maneira de evitar que material genético alheio se propague. Vida dura essa, a dos leões. A morte de um leão em batalha, apesar da derrota, é a morte de um guerreiro. Pouquíssimos leões, talvez mais afortunados, reinam soberanamente por anos a fio, sozinhos ou em coalizões. Esses leões conseguem defender o bando contra todas as ameaças de invasão, conseguem sobreviver a todas as tentativas de assassinato, mas, no fim, envelhecem, adoecem, perdem parte dos dentes e têm de deixar o bando por mera falta de condições físicas, antes que um macho mais jovem o mate ou o expulse. Um leão desses vive seus últimos dias em solidão, alimentando-se de pequenos roedores, pássaros, peixes, ovos e répteis, deixando suas últimas pegadas na poeira das savanas e, talvez, relembrando melancolicamente o passado de glórias.
Obviamente, o comportamento ditatorial dos leões é quase totalmente instintivo e eles não podem decidir agir de maneira diferente. Mas, se eles não têm esse poder de escolha, nós temos, ao menos em parte. É aí que reside a diferença entre homens e leões.
Autor:
Alvaro AugustoProfessor do curso de Engenharia Industrial Elétrica da UTFPR, sócio da Electra Power Geração de Energia, formado em Engenharia Elétrica pelo CEFET-PR, pós-graduado em Finanças Empresariais pela FGV e em Desenvolvimento Web pela PUC-PR.

NIÓBIO - MINERAL ESTRATÉGICO



Mineral estratégico:
Nióbio - O maior inimigo do Brasil é o brasileiro

Por Ronaldo Schlichting
De Curitiba/PR
Justiça se faça, apesar da sua manifestação contraria aos reais interesses do Brasil em seu artigo, "Nióbio e o besteirol nacionalista", publicado pelo jornal Folha de S.Paulo em 10/01/06, o renomado físico da UNICAMP, Rogério César de Cerqueira Leite, em outra oportunidade, como presidente da SBPC, os defendeu com unhas e dentes ao se posicionar contra algumas das cláusulas do famigerado "Acordo de Salvaguardas Tecnológicas - Brasil/USA", assinado por Ronaldo Sardenberg em 18/04/00, que visava passar o controle do uso da base aeroespacial de Alcântara aos norte-americanos.

Porém, dessa feita parece que o mestre não está jogando a nosso favor ao tentar, através da coluna Tendência/Debates, desqualificar o nióbio como metal altamente estratégico e de altíssimo valor comercial. Entretanto, o jornal Folha de S.Paulo de 28/06/05, publicou:

"Delegação da Comissão Européia pode visitar o Brasil em breve para estudar alternativas de inclusão no projeto (ITER). O Brasil pode se envolver com o Projeto ITER - Reator Experimental Termonuclear Internacional. A participação brasileira seria graças à reserva de nióbio localizada em Minas Gerais...
A maior do mundo, ... .
O metal, um poderoso condutor, será usado para construir molas -(bobinas)- gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo de fusão nuclear dentro do reator...".

Com este magnífico feito o homem passará a dominar também o fogo termonuclear, aquele que ocorre no interior das estrelas pela fusão de átomos de hidrogênio a uma temperatura de 15 milhões de graus centígrados, gerando hélio e uma brutal quantidade de energia limpa, barata e inesgotável, pois, o trítio isótopo pesado do hidrogênio usado como combustível é abundante na face da Terra na forma de água pesada.

Assim, as usinas termonucleares limpas e muito mais seguras que as nucleares, geradoras de energia farta e barata, se multiplicarão sem restrições pelo planeta exigindo milhares de toneladas de nióbio puro para manter o fogo solar aceso.

Por isso, a partir de agora os Ministérios da Fazenda, de Minas e Energia, da Industria e Comércio e a Polícia Federal terão, por dever de oficio, que cuidar das nossa reservas de nióbio a ferro e fogo porque o preço de metal, num futuro próximo, deverá ir ao espaço na bolsa de metais de Londres.
* Ronaldo Schlichting é administrador de empresas.

DESEJO E REPARAÇÃO





Desejo e reparação



Em janeiro de 2001, 29 oficiais da Marinha do Brasil receberam em casa um comunicado sigiloso do Comando Naval. Foram convocados a se apresentar para exames de saúde no Hospital Marcílio Dias e no Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no Rio de Janeiro. Em comum entre eles, o fato de terem servido na Guerra da Bósnia, na ex-Iugoslávia, entre 1993 e 1995, como observadores estrangeiros da Organização das Nações Unidas (ONU). A CNEN queria verificar se eles tinham sido contaminados por radiação emitida pelo Urânio-235, utilizado na munição das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante o conflito. O resultado do exame, e o possível acompanhamento de casos positivos, é mantido sob sigilo, até hoje. A comissão de energia nuclear tomou essa iniciativa depois de, no início de 2000, militares de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha, também observadores na Bósnia, terem morrido ou ficado doentes, principalmente de patologias renais e cancerígenas. Os sintomas obedeciam ao mesmo padrão observado em soldados americanos da Guerra do Golfo, em 1991, onde as Forças Armadas dos Estados Unidos utilizaram, pela primeira vez, o Urânio-235 – o chamado urânio empobrecido – em munição. As doenças relacionadas a essa exposição ficaram conhecidas por “Síndrome do Golfo”. A partir da morte de militares portugueses, passou, porém, a ser denominada “Síndrome dos Bálcãs”. O Comando da Aeronáutica também realizou exames em 29 militares da FAB que lá estiveram, assim como o Ministério da Defesa, em três funcionários. O Exército, dono do maior efetivo na missão, de 170 militares, além de responsável por 46 policiais militares estaduais, não tomou, ao menos oficialmente, essa providência. O Ministério da Defesa também jamais se pronunciou sobre o assunto. No fim de 2001, quando os oficiais da Marinha foram convocados secretamente para os exames, um fato iria chamar a atenção dos militares envolvidos na operação. O general-de-brigada Newton Bonumá dos Santos, comandante-geral dos observadores estrangeiros na Bósnia, seria acometido de um tumor letal no cérebro e morreria em julho de 2002, no Hospital Central do Exército (HCE). Bonumá, por conta de comandar toda a tropa de estrangeiros, esteve em muitas das áreas reconhecidas, posteriormente, pelas Nações Unidas, como de alto índice de radiação. Como nunca foi examinado pela CNEN e, certamente, ter sido o militar brasileiro mais exposto às zonas de risco espalhadas pelos Bálcãs durante o conflito na ex-Iugoslávia, há grande possibilidade de o general ter sido vítima dos efeitos da munição radioativa utilizada pela Otan. Na Bósnia, em 1994, no comando de 800 observadores internacionais de mais de 20 nacionalidades diferentes, o general tinha pouca noção dos perigos da munição empregada pela Otan. Cuidava de tocar um trabalho complicado e arriscado, além de inédito. Nunca antes um oficial brasileiro tinha comandado tropas estrangeiras na Europa. Além dos conflitos entre sérvios, croatas, bósnios e montenegrinos, Bonumá ainda teria de se preparar para uma guerra pessoal em conseqüência de uma súbita paixão por uma funcionária da ONU, filha de um general croata, herói da Segunda Guerra Mundial. O oficial brasileiro era casado e, ao descobrir um novo amor em meio ao flagelo da Guerra dos Bálcãs, iria comprometer, para sempre, a carreira no Exército. Até voltar da ex-Iugoslávia, em 1995, Bonumá era considerado um dos oficiais mais brilhantes do Exército Brasileiro. Havia sido um dos raros professores estrangeiros da Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, a mais conceituada do mundo. Também estava entre os primeiros colocados nos cursos de formação do Exército. Ostentava uma ficha impecável e tinha estado à frente de comandos de grande relevância. Ainda assim, em 1998, foi preterido da promoção para general-de-divisão (três estrelas), ao que tudo indica por ter largado a primeira mulher, após 30 anos de casamento, e se unido à economista Jagoda Bulat (pronuncia-se “Iágoda Búlat”), a croata por quem se apaixonou durante a guerra. O oficial havia sido assessor pessoal do então ministro do Exército Zenildo de Lucena, mais tarde nomeado comandante da força, com a criação do Ministério da Defesa, em 1999. Nem isso serviu para neutralizar a fúria das mulheres dos generais, responsáveis pelo eficiente lobby que resultou no fim da carreira do ex-comandante dos observadores estrangeiros na Bósnia. “Imaginaram que, com a separação conjugal, eu deixara de ter uma conduta inatacável”, lamentou Bonumá à época. Lançado ao ostracismo, trabalhou numa editora de publicações militares e passou a viver com Jagoda num apartamento na Gávea, no Rio, embora ela viajasse constantemente à Croácia por não possuir visto definitivo no Brasil. Acompanhado ou não, o general vivia só e isolado. Os amigos, muitos com mais de 30 anos de relacionamento, passaram a evitá-lo e a tratá-lo como um leproso funcional. Temiam se tornar alvos do lobby das mulheres dos generais na hora da promoção. No início de 2001, um amigo da Marinha, o comandante-de-mar-e-guerra Márcio Bonifácio Moraes, alertou-o sobre os casos suspeitos de mortes de militares supostamente provocadas pela munição da Otan. Ex-observador nos Bálcãs, o comandante encabeçou a lista de convocados a comparecer ao Hospital Naval Marcílio Dias. Nada foi encontrado de anormal no oficial, mas o comandante Moraes passou a investigar a existência de outros casos mundo afora e, com alguma regularidade, informava Bonumá sobre o tema. Estranhava, sobretudo, a omissão do Exército em relação aos exames de contaminação de radioatividade, ao contrário da disposição da Marinha e da Aeronáutica. Desligado da rotina da caserna e desgostoso com a atitude do Exército em relação a ele, Bonumá deu pouca atenção às preocupações do amigo e, no final daquele ano, partiu para um período em Zagreb, capital da Croácia, ao lado da nova mulher. Ao voltar dos Bálcãs, o militar começou a sentir uma dor de cabeça persistente e uma sonolência incomum. Nunca tivera, antes, problemas graves de saúde. Ao contrário. Era atlético, afeito a caminhadas nas zonas conflagradas (e contaminadas) da Bósnia, quando lá serviu, e gostava de, com freqüência, subir o Pico da Tijuca (1.021 metros de altitude), no Rio, para se exercitar. Em março de 2002, foi diagnosticado um câncer no cérebro do general. Jagoda, então, foi morar com ele definitivamente, para apoiar o tratamento. Como o crescimento do tumor foi muito rápido, ela o internou no HCE e passou a, praticamente, morar no quarto do hospital. A ela, Bonumá comentou da possibilidade de ter ficado doente por causa da Síndrome dos Bálcãs, como desconfiava o amigo Moraes. Mas não teve mais tempo para insistir no assunto, pois logo perdeu a capacidade de falar. O general morreu em 17 de julho de 2002, aos 60 anos, durante uma troca de lençóis da cama onde permaneceu entrevado. O general Zenildo de Lucena, mesmo na reserva, foi quem mais o visitou. A maioria dos amigos o evitou até no leito do HCE, assim como os dois filhos do primeiro casamento. O capitão Harley dos Santos, um dos observadores seqüestrados na Bósnia para ser usado como escudo humano por separatistas, nunca apareceu por lá. À época, Harley, hoje tenente-coronel, foi salvo graças à intervenção e ao prestígio de Bonumá entre as partes envolvidas no conflito. Na Croácia, o oficial chegou a ser condecorado ao lado do general. O filho não foi sequer ao enterro, no Cemitério São João Batista, no Rio. “Naquele instante, o Brasil se tornou um país muito triste para mim”, conta Jagoda. Incrivelmente, o Comando do Exército alega não ter solicitado exames médicos aos militares enviados aos Bálcãs porque, segundo a assessoria da força, “a ONU não considerou essa questão, por não ter sido comprovado que a Otan teria utilizado esse tipo de munição”. Estranho, pois foi justamente a Otan que preparou um guia sobre o uso desse tipo de munição – posteriormente, a organização elaborou um relatório para negar supostas conseqüências maléficas do urânio empobrecido nos ataques. Para o Exército Brasileiro, “a alegação do seu uso, segundo relatos da época, partiu de elementos da população local”. A coisa vai mais além, segundo a resposta passada a CartaCapital pelo Centro de Comunicação do Exército (Ccomsex): “Em face de a ONU não reconhecer o uso dessa munição por parte da Otan, os militares que retornaram da missão somente realizaram os exames médicos de rotina por término de missão no exterior”. Lembrete: o segundo relatório sobre o tema é da ONU, no qual se recomendam medidas de descontaminação dos locais atingidos pela munição. Também contatadas pela revista, Marinha e Aeronáutica não responderam sobre uma possível contaminação radioativa de militares das duas forças. Na verdade, a morte de Bonumá eliminou qualquer possibilidade de o Exército convocar militares para exames de contaminação de radioatividade. Na avaliação de um oficial ligado ao Alto-Comando da força, qualquer movimento nesse sentido poderia levantar suspeitas sobre negligência ou parecer ter sido motivado pelo tumor do qual Bonumá foi vítima. Em outras palavras, poderia macular a imagem do Exército e, de quebra, lançar dúvidas sobre a omissão em relação aos militares enviados à ex-Iugoslávia, motivo de orgulho da tropa verde-oliva. Há, ainda, uma outra razão, muito mais comezinha. Jagoda, hoje com 60 anos, casou-se formalmente com o general em 26 de junho de 2002, 21 dias antes de ele morrer. Incapaz de se levantar da cama e de assinar o ato de casamento, Bonumá nomeou o comandante Moraes para representá-lo na cerimônia, na verdade, um ato burocrático firmado em um cartório do Rio de Janeiro. “Ele me pediu em casamento em inglês, idioma no qual conversávamos”, lembra Jagoda. Mesmo terminal, o general previu deliberadamente as conseqüências daquela ação, levada a cabo para garantir algum sustento à mulher, por meio de pensão militar. Foi o último ato de amor do general. A partir dali, iniciou-se um litígio de família que se arrasta até hoje. A Jagoda, o Comando do Exército designou 25% da pensão do general (2,3 mil reais), o nome de casada (que ela não usa) e um apartamento de quatro quartos no Humaitá, bairro de classe média baixa do Rio. O restante da pensão ficou dividido em 50% para a ex-mulher e 25% para a filha, enquanto ela for solteira – um anacronismo legal mantido no Exército desde o fim da Guerra do Paraguai, em 1870. O general também deixou uma conta de 120 mil dólares em um banco da Flórida, nos Estados Unidos. O dinheiro, fruto de economias do serviço no exterior, foi imediatamente retirado da conta pela ex-mulher, Maria Luiza Bonumá dos Santos, e depositado na conta de um dos filhos do general. A Justiça do Rio ordenou, porém, que metade do dinheiro fosse redepositado na conta de origem e ficasse à disposição de Jagoda. No processo que abriu contra o Exército, a croata pede para ficar com 50% da pensão do general. O processo chegou até o Superior Tribunal de Justiça, no início do ano passado. Em 8 de maio de 2007, o plenário do Tribunal reconheceu os direitos de Jagoda, mas deu ganho de causa à União, a terceira parte interessada no processo, por tratar-se de fundos oriundos do Tesouro Nacional. A viúva croata, então, foi obrigada a se resignar com os 25% da pensão, embora a sentença ainda não tenha sido publicada. Somente depois disso a advogada dela, Dómina Zerbouli, poderá saber se há chance de um novo recurso, desta vez no Supremo Tribunal Federal. http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=194

AMAZÔNIA INDEFESA


AMAZÔNIA INDEFESA


Doc 31-2008(www.fortalweb.com.br/grupoguararapes)
O jornalista Luiz Carlos Azedo – em artigo no Correio Braziliense, com os dados e informações que adianta, dá um destaque todo especial à situação indefesa da AMAZÔNIA, em razão, principalmente, das deficiências das FFAA.
Valeu-se de depoimento, na quinta-feira, 04.10.2007, do Comandante do Exército – Gen Ex Enzo Martins Peri, diante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, quando reconheceu que “o Exército não está em condições de guarnecer satisfatoriamente as fronteiras da Amazônia”. O que significou, sem dúvida, uma denúncia, chamando à responsabilidade aqueles de que depende, a maior, zelar pela soberania da Nação. Pois a História julgará, sem perdão, aqueles que não fizeram o dever que lhes cabe para com a Pátria; até como novos calabares.
Lembra, com propriedade, que “nunca os estados da Amazônia estiveram tão bem representados na base governista do Senado”. Lá estão a senadora Roseana Sarney (PMDB/MA) – líder do governo no Congresso; o senador Tião Viana (PT/AC) – vice-presidente do Senado; o senador Romero Jucá (PMDB/RR) – líder do governo no Senado; o senador Valdir Raupp (PMDB/RO) - líder do Partido; e o senador José Sarney (PMDB/AP) – “uma eminência parda do Senado, onde nada de importante se aprova sem a sua discreta aquiescência”. Mas ressalta que “todo esse prestígio da representação da região, entretanto, não foi capaz de evitar o vazio de poder existente na Amazônia”. Lamentável, que esses destacados nomes da cena política, no Senado, não se importem com a Amazônia que representam, nem mesmo com a sua defesa, embora esteja a região sob constante perigo de internacionalização, perigo agravado pelo lastimável estado de sucateamento das FFAA. E isso demonstraram todos, no fato, imperdoável, de que nenhum deles compareceu para assistir ao importante e fundamentado depoimento do Comandante da Força Terrestre.
Contudo, o presidente da Comissão, senador Heráclito Fortes (DEM/PI), e os senadores Francisco Dornelles (PP/RJ), Eduardo Suplicy (PT/SP), Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) e Edson Lobão (DEM/MA), - este sendo o único da região Norte - lá estavam e “ouviram perplexos a confirmação de que o Exército virou sucata”, como relatado pelo repórter Leonel Rocha, do Correio Braziliense.
Segundo a serena, mas que se impunha ser rude, franqueza do Gen Enzo, o estado de sucateamento do material – de armamento e equipamentos, é, realmente, lastimável: os fuzis dos soldados brasileiros têm em média 42 anos de uso; 78% dos blindados têm mais de 34 anos, a maioria sem condições operacionais; obuseiros e canhões são oriundos da II Guerra Mundial. Além disso, a modesta indústria bélica nacional ficou estagnada, por falta de demanda, pois não há recursos para aquisição, - conquanto a angustiante necessidade, concluímos nós. E, incompreensivelmente, os recursos do Orçamento da União destinados ao re-aparelhamento das Forças Armadas são, como norma, contingenciados pelo governo. E, ainda, segundo o comandante da Força, o Exército “tem perdido, paulatinamente, sua capacidade de dissuasão e de se fazer presente nas nossas fronteiras”; e o Brasil precisa “recompor o equilíbrio da balança dissuasória regional”. E complementamos: se o País quiser manter a independência e a soberania intactas; e ter uma efetiva liderança na América Latina.
A AMAZÔNIA está desprotegida: está indefesa, a não ser pela vontade de seus soldados. A Nação fique alertada; e a quem cabe a carapuça, que a vista.

SALÁRIO DOS TRIPULANTES DO AEROLULA


Aos meus amigos


Continuo recebendo mensagens falando sobre o "absurdo" dos pilotos do Aerolulla "receberem como pessoa jurídica".

A insinuação do artigo abaixo, de que os pilotos seriam "empresários" é maldosa, infundada e talvez plantada pelo próprio PT, para desviar nossa atenção dos cartões corporativos, ao mesmo tempo que, mais uma vez, dá uma desmoralizadazinha nas Forças Armadas.
Lula tem cinco milhões de defeitos, o pessoal do Gabinete idem, mas este não é um deles.

Os pilotos do AeroLulla recebem uma verba, sob o título de suprimento de fundos, para pagar despesas com a aeronave em viagens, principalmente no exterior.
Estas verbas são para pagar combustível, reparos, taxas de pouso, e outras despesas que os fornecedores não aceitam cheque, só dinheiro à vista.

O fato de serem despesas pagas a pessoas jurídicas não é, como parece, mais um trambique pelo simples fato dos pilotos receberem como pessoa jurídica. É que estas verbas são feitas para pagar pessoas jurídicas que fornecem esses serviços ao avião.
Os suprimentos de fundos são uma maneira prática (e às vezes a única) maneira de fazer este tipo de pagamento, ´já que é impraticável usar os meios normais de pagamento usados na administração federal - Licitação, empenho, etc..
São perfeitamente legais, usados a muitos anos, e, acreditem, uma enorme chateação para quem recebe, porque tem que se submeter a um infernal processo de prestação de contas após o uso do dinheiro recebido.

Está duro viver neste país, com este tipo de campanha de desinformação constante para encobrir os reais ladrões, Lula e companhia ltda.

Abraços
Dominguez

A ESQUERDA NAS ESCOLAS




Jaguarari Grams Gentil JAGUARARI GRAMS GENTIL CAPITÃO-DE-MAR-E-GUERRA COMANDANTE


Observação: mensagem anexa encaminhada.Leiam até o final a resposta do ex-Ministro Delfim Netto a uma consulta que lhe fez o CMG (FN) José Donato sobre um texto "maldoso",detetado no livro de Geografia de seu filho e utilizado pelo colégio INEI, em Brasília, sobre a economia durante os governos militares.
Segue cópia do e-mail que Donato enviou ao Min. Delfim Netto.
Sr Ministro.Parabéns pelo artigo publicado hoje, de sua autoria.Permita-me tratá-lo como Ministro, pois é com referência a esse período de sua vida, e também de nosso País, que desejo fazer um breve comentário.Confesso que como cidadão e mais ainda como militar da ativa (Capitão-de-Mar-e-Guerra - FN), muito me entristece o fato de ensinarem hoje nas escolas, fatosque desvirtuam da realidade às quais presenciamos.Não vivi intensamente os protestos aos Governos militares, uma vez que de 1973 a 1978 estudava, em regime de internato, no Colégio Naval e na Escola Naval.Acredito, por outro lado, que mais do que em outros governos, verdadeiros nacionalistas ocupavam diversos cargos e a eles se dedicavam inteiramente em pról da Nação.Ao estudar com meu filho de apenas 13 anos, tive que explicá-lo que, infelizmente, o que estava escrito no seu livro não correspondia à verdade.Gostaria de sua opinião sobre o texto que abaixo transcrevo, de um livro didático (em vermelho) utilizado por um dos colégios mais conceituados (e nada barato) de Brasília , uma vez que o Sr., certamente, viveu os acontecimentos da época.Os três autores estão mencionados abaixo.No capítulo dedicado à CUT e à CGT......existem, como era de se esperar, rasgos de elogios.Caso o Sr queira maiores informações, encontro-me à disposição, também pelo telefone abaixo (omitido).Atenciosamente.José Donato - tel: ...........Construindo Geografia"O Brasil e os brasileiros"6ª Série-Ensino Fudamental-Regina Araujo-Raul Borges Guimarães-Wagner Costa Ribeiro.Editora Moderna2ª EdiçãoPg. 262
Dívida Externa:"Os contratos assinados por representantes do Brasil na época da ditadura militar foram muito ruins para o país. Ali, há uma regra muito "curiosa" e conveniente para os credores: eles podem aumentar os juros no momento que desejarem.Assim é fácil! Quando a dívida estiver perto de ser finalizada, é só aumentar os juros que ela cresce de novo. Por isso muita gente acredita que a dívida externa é impagável."........De: Delfim NettoPara: José Alvaro Costa DonatoTema: Agradece e.mail sobre artigo Valor 04.12.2007 e comentários em livro didático
De: Delfim NettoPara: José Álvaro Costa Donato Prezado José Donato muito grato por sua atenção e pelos comentários ao artigo no Valor de 04 de dezembro. Raramente o senhor lê um comentário isento sobre a maneira firme e civilizada como os militares conduziram o processo de transição do regime autoritário à plena redemocratização. Infelizmente, no campo da educação e não apenas nas esferas federais, os organismos que decidem as edições dos livros didáticos estão dominados por "intelectuais" que ainda não conseguiram se libertar do velho viés "esquerdista" que os obriga a negar os avanços sociais naquele período (aumento dos níveis de emprego, do salário real, da melhoria do padrão de vida) e o formidável crescimento da economia, com a expansão das exportações industriais e da produção agrícola e a modernização de toda a infraestrutura rodoviária, portuária, de energia e telecomunicações. Recusam-se a conhecer a história, não estudam, e apenas repetem monotonicamente que "o crescimento se deu à custa do endividamento externo e só beneficiou os ricos". Se estudassem, veriam que o desenvolvimento se deveu muito mais ao esforço dos brasileiros (investíamos à cada ano 25% do PIB, dos quais apenas uns 3% representava aporte de poupança externa) e muito pouco ao financimento externo: no final do período de mais forte crescimento (1967/1974) as exportações anuais eram de US$ 6 bilhões, as reservas em moeda forte eram também de US$ 6 bilhões e a dívida externa chegou a US$ 12 bilhões, ou seja, se pagaria em um ano. Não tinha nada de impagável.E uma boa parcela dos financiamentos externos para investimentos provinham do BIRD, do BID, dos Eximbanks americano ou japonês, em contratos de prazos longos à taxas favorecidas em relação às dos mercados financeiros, com parte em juros fixos e parte variáveis. Naquela época, havia pouca flutuação nas taxas de juro e não tivemos nenhum problema de dívida externa.O aumento das taxas de juros em escala mundial ocorreu a partir de 1982, quando todos os países que dependiam da importação de petróleo se endividaram, o México declarou o "default" desencadeando uma crise internacional de crédito sem precedentes e os Estados Unidos, para conter a inflação que já chegava a 14% ao ano impulsionada pela alta dos preços do petróleo, radicalizou a política monetária e elevou para mais de 20% a taxa anual de juros.De 1974 a 1982 o Brasil se viu obrigado a contrair uma dívida de 50 bilhões de dólares com as importações anuais de petróleo para não paralisar toda a economia do país, pois só produzíamos 25% do que consumíamos. Na emergência, não dava para discutir muito taxas e prazos: os bancos internacionais financiavam os exportadores de petróleo que depositavam os respectivos valores nos próprios bancos (criando o chamado mercado de petrodólares) e os importadores se responsabilizavam pela dívida.O Brasil atravessou todo o período de perturbação mundial no governo Figueiredo (1979/1985) realizando um enorme esforço de aumento das exportações industriais e contenção de importações para criar saldos comerciais e garantir a rolagem da dívida e investiu tudo o que podia no aumento da produção de energia (em 85, a produção doméstica de combustíveis - petróleo e álcool - já representava mais de 50% do consumo interno e o aumento da oferta de energia elétrica era garantido com a construção das gigantes hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí, além de meia dúzia de usinas menores) e na expansão da produção agrícola para garantir a autonomia alimentar.A dívida externa originada na crise do petróleo, cujo valor tinha sido artificialmente inflado com a absurda alta das taxas de juros mundiais na década dos oitenta, foi objeto de uma longa renegociação só concluída em meados da década dos noventa, já se beneficiando do desconto do excesso dos juros que os credores afinal concederam sob o estímulo do chamado plano Backer. Faço votos que outros pais se interessem por informar seus filhos e alertar as escolas para a má informação a que estão sendo submetidos os alunos.. Peço desculpas pela demora em responder, devido a viagens e a um curto recesso no escritório durante o período de festas de final de ano mas aproveito paradesejar-lhe e à sua família um feliz e próspero ano de 2008.Cordialmente,Antonio Delfim Netto ..__

" Já não podemos dizer nada !


"Já não podemos dizer nada!

Sandra Cavalcanti



Em 14 de de abril de 1930, aos 36 anos, Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo da era contemporânea, deu um fim trágico à sua atormentada vida. Matou-se porque perdeu toda a esperança e se viu diante de uma estrada sem saída.
Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja, não pode perder a alma!
Ele acreditou piamente na Revolução Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a alma.
A brutalidade crescia. A impunidade era a regra. O desrespeito às criaturas era a norma geral. Toda e qualquer reação resultava em mais iniqüidades, em mais violência. Um stalinismo brutal assolou a pátria russa. Uma onda avassaladora de horror e impotência tomou conta de seu espírito, embora ainda tentasse protestar. Mas foi em vão. Rendeu-se e saiu de cena.
Em 1936, escreveu Eduardo Alves da Costa o poema No caminho com Maiakóvski, que resume sua desoladora tragédia. "... Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ de nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem:/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz e,/ conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada."
Nestes tristes tempos, muitos estão vivendo as angústias desabafadas neste poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais serenos, esperaram por oportunidades melhores e sonharam com paz e alegria. Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a cobiça. Os que chegaram ao poder, sem nenhuma noção de servir ao povo, logo revelaram a sua verdadeira face.
O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe.
Para uns, todas as leniências. Para outros, todos as violências. Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a dos marginais.
No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver.

Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso prestígio junto ao presidente, que não se acanha em lhes dar cobertura e agir com a maior cumplicidade.
A ausência das autoridades tem sido o grande estímulo para que esses grupos, e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e desrespeito, levar o pânico aos que vivem do trabalho no campo. A mesma audácia impune garante também a expansão das quadrilhas de narcotraficantes em todo o País. A cada dia que passa eles chegam mais perto de nós. Se examinarmos com atenção os acontecimentos destes últimos dois anos, dá para entender o nosso medo.
Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de manobras para encobrir os fatos e manter os esquemas intocáveis. E qual foi a reação do povo? Nenhuma.
Roubaram uma flor de nosso jardim, a flor da decência, da dignidade, da ética, e nós não dissemos nada!
Quando, da noite para o dia, dezenas de deputados largaram suas legendas e se bandearam para as hostes do governo, era preciso explicar tão misteriosa adesão. O que se viu? Uma descarada e desafiadora alegria no alto comando do País! E qual foi a reação do povo? Nenhuma.
Eles nem se esconderam. Pisaram em nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!
Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção do PT e do governo sabiam de tudo e de tudo se haviam aproveitado, qual foi a reação do povo? Nenhuma.
Eles nem se importaram com o fato de terem sido descobertos. O mais frágil deles entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a nossa voz da garganta!
Será que vamos aceitar? Não vamos dizer nada? Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua capacidade de punir?
Acho que não. Torço para que isso não esteja acontecendo.

Sinto, por onde ando e por onde vou, que lá no mar alto uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e afogar esses aventureiros. Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não se cuida apenas de ganhar uma eleição. O importante é não perder a alma. O direito de sonhar. A vontade de viver melhor.
Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que eles praticaram contra as esperanças de um povo de boa-fé.
O que vai hoje na alma das pessoas é o corajoso sentimento de que é preciso vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta.
E já não poderemos dizer nada. "

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

LADRÕES E LADRAVÕES


Cartões e ladravões


Antonio Sepulveda, escritor
De tudo que foi dito e escrito sobre a farra apoteótica da gastança de comissários e familiares do presidente da república com os cartões de crédito administrativos, faltou enunciar claramente, sem subterfúgios nem meias palavras, uma verdade conclusiva: foi roubo puro e simples, e os roubadores, se vivêssemos sob o império da lei, deveriam ser indiciados como ladrões comuns. É o espetáculo da impunidade.
O absurdo se propagou como uma metástase. Os membros do politburo petista viram, na rapinagem dos cofres públicos, um atalho para o enriquecimento ilícito. A Comissária Dilma Roussef diz concordar com a pilhagem dos cartões; tudo vale pela causa do socialismo. Seja como for, o fato nu e cru é que, nos últimos quatro anos, a roubalheira cresceu 500% e já atinge um montante anual superior a R$ 80 milhões; os saques em dinheiro correspondem a 60% deste total. Eles sabem saquear. São gatunos profissionais sem qualquer resquício de vergonha. É o espetáculo da desonestidade.
A bandalheira começa no gabinete da presidência da república. Lula da Silva sustenta a família com os cartões oficiais. Seus cúmplices gastam fortunas em supermercados, açougues, lojas de bebidas e padarias. Não nos referimos só às compras para o municiamento do palácio, mas das residências particulares. Lurian Cordeiro, filha do presidente, gasta R$ 6 mil mensais no cartão corporativo em Florianópolis onde mora; autopeças, material de construção, alimentos, livros, combustível, etc. Não é preciso ser filólogo para saber definir esse comportamento. Por qualquer padrão lingüístico, trata-se, sim, de ladroagem na genuína acepção do vocábulo. É o espetáculo da safadeza.
Na esteira do chefe, vêm os ministros, encabeçados - pasme o leitor - pelo hiperbólico Comissário Gilberto Gil que não quer explicar despesas de R$ 278 mil no seu BB Visanet chapa-branca. O que diz a autoridade cultural? O artista alça a fronte, limpa um falso pigarro e se defende: "Ganho este valor em dois shows". Então deveria ter usado seu próprio dinheiro; não precisava dissipar o nosso. Segue-se na fila, a obscura Comissária Matilde Ribeiro que, desde 2003, sob o olhar complacente ou displicente ou indecente do tribunal de contas, promovia a igualdade racial em meio a uma farra hedônica com verba do erário; hotéis cinco-estrelas, redutos da boemia, bares da moda, "free shops" e aluguéis de carros sem licitação. Interpelada, responde que cometeu um "equívoco". Eis o mais recente eufemismo da alta administração federal para ladroeira. É o espetáculo do sarcasmo.
Altemir Gregolin, Comissário da Pesca, esbaldou-se no Carnaval de 2007, esbanjou em diárias de hotéis, empanturrou- se na churrascaria e deu polpudas gorjetas aos garçons do Hera Bar. Flagrado, Gregolin não se explica nem se justifica. O Comissário dos Esportes, Orlando Silva, com a verba de inúmeros impostos extorsivos, financiou almoços e jantares para convidados durante o ano inteiro em requintados restaurantes paulistanos. Sabemos, porém, que o perdulário comissário incluiu, entre suas despesas a serviço do povo, uma modesta tapioca que nos custou apenas oito reais. Por isso, recebeu o apelido, entre os próprios subordinados, de Ministro da Tapioca. Consta que, ao perceber o escândalo, correu pressuroso a restituir R$30 mil ao erário. Será que agiria assim, se a ladroíce não fosse descoberta pela imprensa? Improvável, porque quem faz o que ele fez não costuma ter arroubos de honestidade espontaneamente. É o espetáculo da malandragem.
Falta-nos espaço para comentar as falcatruas da caterva do segundo escalão com sua enxurrada de mais de dez mil cartões sem critérios nem limites. Diante da evidência, o cinismo governamental atinge o ápice: chamaram a pilantragem de mero erro administrativo e pretendem censurar o portal da transparência de onde retiramos a informação, alegando questões de segurança. É o espetáculo da impudência.
Desmoralizados, são mais do que ladrões; são ladravazes, são ladravões.

DÍVIDA EXTERNA E INTERNA


Mistificação, incompetência, subserviência da
Dívida externa e interna
Hélio Fernandes


Estão tentando mostrar que o Brasil é agora "País credor", que isso é um "salto" positivo, fazem força enorme para mostrar que o importante é "zerar" essa dívida, a interna não teria a menor importância. Mistificação, incompetência e uma parte muito grande de desinformação.
Não posso abandonar o assunto, escrevo sobre ele há 50 anos, desde os tempos do Diário de Notícias. E sem complicação, vou mostrando ao cidadão-contribuinte-eleitor, os fatos verdadeiros.
1 - Exatamente há 50 anos revelei: a DÍVIDA externa vem desde a falsa "independência" de 1822. Portugal devia à Inglaterra, esta só concordou com a "independência", se o Brasil assumisse a "dívida". Assumimos, claro, somos os "trouxas" de sempre.
2 - Só um presidente se negou a RENEGOCIAR essa DÍVIDA. Foi Prudente de Moraes, em 1896. Não reconhecia a dívida, portanto não havia o que renegociar. Mas depois dele veio Campos Salles, foi a Londres, andou pela zona financeira, (a Old Bond Street") em carro aberto, fez uma das renegociações mais aviltantes.
3 - Antes e depois de Prudente, todos cumpriram as ordens de fora, servos, submissos e subservientes. E a DÍVIDA crescendo.
4 - Em 40 anos, de 1960 a 2000, a DÍVIDA passou de 1 BILHÃO de dólares, para 240 BILHÕES. O que fizemos com esses 239 BILHÕES?
5 - Nesse tempo, ainda não havia DÍVIDA interna.
6 - Além do crescimento espantoso dessa DÍVIDA, em 40 anos pagamos mais de 600 BILHÕES de juros. Assalto em cima de assalto.
7 - Agora vem o presidente Lula, e diz com o entusiasmo que o caracteriza: "Zeramos a dívida".
8 - Não "zeramos" nada, nem temos como "zerar".
9 - Uma parte é privada, o governo não pode intervir.
10 - A outra parte depende dos credores, QUE NÃO QUEREM RECEBER.
11 - Não é absurdo dizer que não querem receber? É a pura verdade, vou citar porque.
12 - Os 183 BILHÕES do governo, estão em bancos da Suíça, "rendendo" 1 por cento ao ano.
13 - Os 178 a que a DÍVIDA foi reduzida hoje, são remunerados pelo Brasil a 4,35 ao ano. Como os donos dos bancos são os mesmos, se recebessem, perderiam 3,35%.
14 - E a dívida está garantida, o dinheiro brasileiro está seqüestrado. Pois essa dívida é roubo e seqüestro do trabalho do povo brasileiro.
15 - Perguntinha ingênua, inútil, inócua: como é que os governos brasileiros conseguiram esses 182 BILHÕES de dólares? Lógico, desperdiçando o produto do trabalho brasileiro.
16 - Vem o senhor Delfim Netto e diz: "Essa dívida externa só podia ser liquidada através da exportação".
17 - Como é que Delfim Netto foi ministro da Fazenda em 3 governos dizendo uma tolice como essa?
18 - Os países só fabricam dólares com exportação, com exceção dos EUA, que "emitem" à vontade.
19 - O grande problema sem solução à vista é a DÍVIDA INTERNA. Começou em 1992, FHC recebeu-a em 62 BILHÕES. Deixou-a em 800 BILHÕES.
20 - E nesses 8 anos de retrocesso, pagou de juros, mais de 600 BILHÕES.
21 - Não esquecer: FHC elevou os juros a 46 e até 48 por cento, crime de lesa-pátria.
22 - Com as reduções feitas por Lula, estamos pagando 150 BILHÕES de juros por ano.
23 - "Economizam" 90 BILHÕES por ano, o máximo que conseguem. Os outros 60 BILHÕES fazem a DÍVIDA crescer ininterruptamente.
24 - Quero ver se alguém me desmente: se algum dia o juro chegar a 5 por cento (jamais chegaremos) a DÍVIDA estará entre 2 bilhões e meio e 3 trilhões, teremos que pagar, miseravelmente, no mínimo 120 BILHÕES.
PS - E não esquecer: de 1940 a 1950, o Brasil teve saldo externo ALTÍSSIMO. Como o governo tinha que pagar aos exportadores, o ditador Vargas mudou a moeda para cruzeiro.
PS 2 - Incompetentes sempre consideram que a "culpa" é da moeda.

A confiança no governo

" Não acredito no governo nem quando estou nele "
Ex-ministro Delfim Netto à rádio Bandeirantes AM, sobre a prometida reforma tributária

REMUNERAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS



REMUNERAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS(MINISTRO DO PLANEJAMENTO ENTENDE QUE MILITARES/FFAA NÃO MERECEM REAJUSTE)



Se algum militar tinha dúvida sobre o respeito e consideração que o Presidente LULA, seus ministros e o PT dedicam às Forças Armadas e aos seus integrantes certamente mudarão de opinião. Encontra-se na pauta de votações desta semana, na Câmara dos Deputados, a MP 401, de 2007, que concedeu reajuste para as polícias civil e militar e corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. A análise do texto da MP e, principalmente, da Exposição de Motivos do Ministro do Planejamento Paulo Bernardo, levam à convicção de que os integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são incompetentes, despreparados e, assim, não merecem respeito ou reajuste por parte desse Governo. Fundamento tal afirmativa baseada nas seguintes informações e comentários:
1.
Na Exposição de Motivos, que o Ministro diz ter a honra de submeter ao Presidente Lula, aquela autoridade afirma que a proposta tem por objetivo “tornar a carreira mais atrativa, conter evasões e estimular o recrutamento de bons profissionais para o futuro”. Desconheço evasão nos quadros da PCDF, da PMDF e CBMDF, já ao contrário, falei por mais de uma vez com o Presidente Lula e com o Ministro da Defesa, além de diversos pronunciamentos feitos em plenário e audiências públicas da CREDN sobre as centenas de oficiais e praças que têm deixado as Forças Armadas nos últimos anos.
2.
Este acréscimo na remuneração no DF é extensivo aos inativos e pensionistas, enquanto para as FFAA, mesmo sem reajuste, cogita-se veladamente em separar os inativos e pensionistas dos ativos.
3.
Os reajustes concedidos pela MP 401, só para a PM e CBMDF, atingirão mais de 28.200 beneficiados, número próximo aos profissionais da ativa da Força Aérea, e, por incrível que pareça, o Ministro afirma que o aumento não trará acréscimo de despesas (veja. a íntegra da EM 236 e da MP 401) mas quando se fala em reajuste para as FFAA a justificativa é sempre de que o “impacto no orçamento será muito alto”.
4.
O Ministro Paulo Bernardo, em sua EM 236, lembra que “compete à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal”, o que pode levar à presunção de que aquela autoridade que tem “honra” em propor aumento para aqueles segmentos, obviamente, sente nojo em tratar de reajuste para as FFAA e entende que compete à “Mãe Joana” organizar e manter esses últimos.
5.
O Ministro da Defesa Nelson Jobim não é afeto a comparações de categorias de servidores para justificar reajustes salariais, mas em contrapartida o Ministro Paulo Bernardo justifica tal aumento no DF para assegurar isonomia com o que foi concedido à Polícia Federal.
Desta forma, é inconteste que não faltam mais argumentos para o Ministro da Defesa Nelson Jobim e os Comandantes das Forças exigirem do Presidente Lula rápida e satisfatória solução para a insustentável situação remuneratória dos militares das FFAA e de seus pensionistas, pois caso contrário a dedução lógica é que, para o Governo, somos incompetentes, despreparados e, principalmente, sem capacidade de reagir ao desprezo e ao tratamento desigual que nos vem sendo imposto. Por ocasião da votação da MP, como debatedor já inscrito, denunciarei os fatos acima e também que os benefícios por ela concedidos não contempla os integrantes da PM/CBM do antigo DF.
JAIR BOLSONARO – Cap R/1

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

EX - MILITARES PROCESSAM EXÉRCITO



Ex-militares que participaram do Araguaia processam Exército
Ex-militares piauienses estão entrando com ação na Justiça por terem sido enganados e induzidos a participarem de num conjunto de operações organizadas pelo Exército para conter a Guerrilha do Araguaia, movimento comunista de resistência à ditadura que aconteceu na década de 70, na região de Xambioá, Tocantins, e sul do Pará.
Cerca de 300 militares piauienses foram levados em caminhões para uma “manobra”, sem saber aonde iriam, na madrugada do dia 4 de agosto de 1972. Lá permaneceram até janeiro de 1973.
Agora, os ex-combatentes est ão ingressando com pedidos de indenização contra o Exército. De acordo com o ex-militar Antonio dos Santos Nunes, a indenização não cobrirá todos os danos sofridos, já que a maioria dos danos é psicológica. Ainda assim, é uma compensação.
“Os militares sofreram todos os tipos de pressão psicológica. Passávamos dias e dias na selva, éramos instruídos e muitas vezes forçados a torturar os guerrilheiros. Fomos levados para Xambioá sem saber para onde iríamos e nem a natureza da tal manobra”, relata.
Segundo Nunes, alguns de seus colegas já entraram com ação e o Exército propôs rever a patente de cada um, considerando o tempo em que ficaram afastados, e aposentá-los, além de pagar uma indenização, cujo valor seria determinado por um juizado especial.
Recentemente, Carlos Lamarca, ex-capitão, considerado desertor, passou para general e sua viúva recebe pensão de capitão, além de indenização. Cada um de seus filhos recebeu indenização de R$ 100 mil.

A guerrilha Antes de partirem, os militares passaram um mês presos no 25º Batalhão, em Teresina, passando por pesado treinamento de sobrevivência na selva e aprendendo técnicas de guerrilha. Durante esse tempo não puderam receber visitas de familiares e todas as ligações e correspondências eram vigiadas pelos superiores.
Quando chegaram a Xambioá, uma região inóspita, pouco habitada, depararam-se com a realidade: integrantes do Partido Comunista do Brasil preparavam um movimento contra a ditadura.
De acordo com o ex-militar Antonio dos Santos Nunes, nenhum detalhe da “manobra” (como os superiores chamavam a operação) foi repassado a eles.
Lá procuravam pelos cerca de 80 comunistas dia e noite. A ordem era conter o movimento, nem que para isso fosse preciso matar. Como os comunistas estavam infiltrados na comunidade, vivendo como os nativos, a guerrilha durou mais tempo do que o previsto pelo Exército.
Muitos guerrilheiros e soldados morreram. Outros contraíram doenças como malária, febre amarela, verminoses e há casos de pessoas que ficaram deficientes físicos. Mas a maioria ainda carrega seqüelas psicológicas.

" FORÇA MILITAR " coluna no jornal "O DIA"


Defesa ganha coluna semanal em 'O DIA'

'Força Militar' estréia com temas que mobilizam
militares e civis interessados na política de
Segurança Nacional


Rio - A partir deste domingo, os leitores de O DIA
passam a contar semanalmente, sempre às
segundas-feiras, com a nova coluna Força Militar, que
tem à frente o jornalista Marco Aurélio Reis. A coluna
estréia no mesmo mês em que o Governo federal deu a
largada a ambicioso estudo para formulação de um Plano
Estratégico de Defesa Nacional, que demandará
investimentos de R$ 9 bilhões nos próximos quatro anos
e desde sexta-feira concentra as atenções de militares
da ativa e da reserva.

"A intenção é abrir espaço para o debate em torno da
Segurança Nacional, tema relevante para as maiores
nações do mundo e que mobiliza as Forças Armadas em
todo o País", resume o colunista, destacando que
pretende atender não só a comunidade militar
brasileira, mas também todo o segmento da sociedade
civil interessado no assunto.

A proposta é trazer à tona articulações do núcleo de
poder para garantia da sobera nia nacional, sejam elas
obtidas a partir de informações de bastidor ou por
fontes oficiais que serão confrontadas com
questionamentos que inquietam os quartéis.

Informações sobre a remuneração militar, sobre
presença das Forças Armadas nas fronteiras, sobre a
ação das tropas brasileiras em missões internacionais
de paz e sobre a mobilização em torno do
reaparelhamento dos quartéis estão entre os assuntos
que ganharão atenção especial da coluna.

Sugestões de temas e questionamentos já podem ser
encaminhados pelos leitores à coluna Força Militar por
meio do correio eletrônico militar@odia.com.br.

"O compromisso é responder individualmente cada e-mail
recebido com dúvidas particulares e publicar na coluna
todos os esclarecimentos sobre assuntos de interesse
do conjunto de leitores, sempre preservando a
identidade de quem solicitar esse cuidado", garante
Marco Aurélio

GRUPO GUARARAPES - DIRETRIZES 2008


GRUPO GUARARAPES – DIRETRIZES 2008 doc. nº12-2008
SITE: www.fortalweb.com.br/grupoguararapes
Lutar com todos os meios éticos e morais – com ênfase no mês de Março - para restabelecer a História da Revolução de 1964, procurando despertar o interesse da atual geração, em especial da juventude, sobre a verdade histórica, hoje distorcida pela mídia, alimentada por uma elite ideológica contrária aos ideais democráticos da Revolução.
Cooperar no fortalecimento das FFAA, para recolocá-las no seu papel histórico de garantidoras da Unidade Territorial e Nacional, do respeito à Lei e à Ordem, e como poder dissuasório contra os interesses internacionais inconfessáveis já públicos e notórios.
Tudo fazer para que as FFAA continuem desfrutando da confiança de toda a Nação, em face do desempenho de seus componentes, sem descuidar-se das suas necessidades básicas de subsistência, corrigindo o aviltamento de seus proventos, diante das demais carreiras de Estado, o que vem desestimulando a renovação de seus quadros pelas qualificadas elites disponíveis, e reduzindo, pela evasão, seus já experientes efetivos profissionais.
Velar pela soberania e unidade nacionais com o fortalecimento e o incremento de ações que neutralizem as desigualdades regionais , integrando todas as comunidades excluídas no contexto nacional em defesa dos valores éticos, morais e culturais do povo.
Contribuir para a definição e conquista dos Objetivos Nacionais Permanentes a serem perseguidos por todos os segmentos da Nação, inclusive pelos partidos políticos, independentemente de viés ideológico.
Propugnar pela elaboração de um Plano Estratégico, a cargo do Poder Executivo, ouvindo todos os segmentos organizados da Nação, a ser aprovado pelo Congresso Nacional, e a ser seguido pelos governos que se sucederem, independentemente das alternativas políticas e/ou do viés ideológico prevalecente, e servir de orientação para o povo aplicar todo o seu potencial em proveito da Nação.
Procurar influenciar, por todos os meios , para que a ética, a moral e a cultura religiosa sejam incluídas em todos os níveis de ensino, desde a pré-escola até os mais altos estágios de formação superior do País, onde o combate à corrupção, à subversão, à mentira, à impunidade, seja feito sem trégua, e o cultivo da Verdade, assim como o amor aos símbolos nacionais e à Pátria sejam estimulados e exaltados.
Procurar atuar objetivamente sobre os elementos básicos da formação da Nação Brasileira: o homem, a terra, e as instituições, como tríades do Poder Nacional, para desenvolver no povo a auto-estima, com base no sadio patriotismo, no fortalecimento de uma sociedade livre e democrática, em oposição a todos e quaisquer modelos políticos totalitários.
Apoiar, de modo intransigente, a consolidação dos princípios da Democracia, na defesa do cidadão, na prática da liberdade responsável, no respeito à propriedade privada, na interdependência dos poderes, na alternância política nos Três Poderes da República – federais, estaduais e municipais - e na consciente obediência à Lei e à Ordem.
10 Trabalhar pela eliminação de todas as desigualdades existentes nos campos social e econômico, incorporando as minorias excluídas, promovendo uma racional distribuição de renda, através de uma política de democratização da remuneração do trabalho, com igualdade de oportunidades e a prática da liberdade responsável.
11 Apoiar as entidades formadas por militares da reserva – sejam das FFAA, sejam das Forças Auxiliares – estimulando-as à representação no Congresso Nacional, bem como nas Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais.
Atuar, valendo-se de todos ao meios possíveis de divulgação - Documentos, Palestras, Seminários, participação em Debates (Auditórios, TV, Rádio, etc), conversas em eventos públicos e privados, distribuição pública de panfletos, publicação na mídia e outros meios, possíveis, de comunicação, com a finalidade de levar ao povo as mensagens e as Diretrizes do Grupo Guararapes em prol da grandeza do BRASIL.
.
Fortaleza , 25 de fevereiro de 2006 Gen Div Ref FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO
-Coordenador Geral do Grupo Guararapes.

MD - História de uma segregação anunciada


Editorial
MINISTÉRIO DA DEFESA
História de uma segregação anunciada
Preâmbulo que se impõe


Em entrevista publicada em janeiro de 1985, no jornal Estado de São Paulo (Caderno Cultura), o então senador Fernando Henrique Cardoso, declarou "temos primeiro de limpar o entulho autoritário que está entupindo os canais de participação política em vários níveis" (sic). Logo em seguida manifestou sua hostilidade à participação militar na vida nacional, ao afirmar "A função tutelar das Forças Armadas tem de terminar"(sic).
Na mesma linha, disse ainda ser "uma ilusão pensar que os militares caminharão sozinhos para a democracia", e arrematou "a complexidade da sociedade brasileira não oferece mais condições aos militares de controlá-la."(sic)
Estava lançada ali, há 23 anos, de uma maneira camuflada, a semente de uma desejável segregação do Poder Militar da nação.

Sob a alegação de que raros países não reúnem, atualmente, suas Forças Armadas sob um único órgão de defesa, no dia 10 de junho de 1999, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sancionou a criação do Ministério da Defesa (MD) em nosso país. Seu objetivo: otimizar o sistema de defesa nacional, formalizar uma política de defesa sustentável e integrar as três Forças. Na mesma ocasião foram extintos os históricos e tradicionais Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e transformados em Comandos Militares.
Ao novo Ministro caberia exercer a direção superior das Forças Armadas e articular ações de interesse que envolvessem mais de uma Força Singular.
Essa medida, já cogitada na Constituição de 1946, surgia como uma iniciativa elogiável, partindo-se do pressuposto que seria respeitado o caráter eminentemente técnico que sua gestão exigiria e que para dirigi-lo seriam designadas pessoas credenciadas e altamente qualificadas. Inclusive militares, é claro. No entanto, pelo teor do Preâmbulo acima, já era possível perceber-se que um matiz político-ideológico acabaria predominando na sua condução.
Naquele dia tudo foi festa. As virtudes do novo modelo foram exaltadas, palavras laudatórias foram dirigidas às Forças Armadas e, enaltecidas a compreensão e a colaboração dos chefes militares de então, para a concretização daquele projeto.
Embora, desde sempre, os Ministros Militares tenham ficado sob a direção direta do Presidente da República, a partir daquele momento, mudanças radicais aconteceriam na dinâmica da atuação dos novos Comandos Militares. Os primeiros passos para uma segregação intencional começavam a ser dados: a) nossas Instituições Nacionais Permanentes passariam a ficar afastadas do estudo das grandes questões nacionais; b) as vozes equilibradas dos seus Comandantes condenadas ao silêncio no contexto da nação, e - para gáudio das esquerdas - c) excluída, das reuniões ministeriais e presidenciais, a presença forte e marcante do simbolismo contido nos seus uniformes.
Os Comandantes Militares passariam a receber a um tratamento excludente, praticamente isolados da sociedade brasileira, extinguindo-se uma convivência participativa histórica, que vigorava desde o raiar da nossa nacionalidade.
Interrompia-se o insubstituível contato direto, o olho no olho nas relações entre chefes militares e o seu Comandante Supremo. A tradicional cadeia de comando passaria a ser substituída por uma interlocução interposta, um entendimento intermediado, feito pelo Ministro da Defesa — método pouco seguro e tampouco confiável, em qualquer ramo de atividade, máxime no trato das questões castrenses que, não raras vezes, por sua natureza específica, exigem que a autoridade seja exercida diretamente, com determinação e presteza.
Por mais que se procure negar, o MD até agora ainda não conseguiu demonstrar, com proficiência, a razão de sua criação. Tem sido mais um estorvo, do que uma solução.
O mal não está na sua existência, mas sim na miopia cívica daqueles que nomeiam seus ocupantes.
Desde 1999 o cargo de Ministro foi entregue a 6 (seis) brasileiros, todos civis. Estranhamente, nenhum deles com uma biografia a altura do padrão que a missão impõe. Todos amadores, jejunos no trato de questões inerentes à atividade militar, designados por exclusiva conveniência política, sem um passado que lhes conferisse um efetivo compromisso com a preservação da imagem e da operacionalidade das Instituições colocadas sob sua direção e responsabilidade.
Como perceber como necessidades fundamentais e permanentes a atualização dos equipamentos das Forças Armadas e a manutenção do Moral elevado de seus membros, se lhes falta a sensibilidade inerente àqueles marcados pela vocação ?
Decorridos 8 anos sob a vigência desse modelo, os resultados visíveis não poderiam ser mais desalentadores. A segregação que se insinuava há 23 anos, hoje já começa a mostrar os contornos preocupantes de uma realidade.
Desde 1995, "Nunca na história deste país", os Comandantes Supremos das nossas Forças Armadas estiveram tão distantes dos seus comandados.
Os sinais desse descaso não poderiam ser mais constrangedores:
O Poder Militar, tão descuidado e degradado.
A Carreira das Armas, tão desprestigiada.
A Dignidade do Soldado, tão desrespeitada.
A Pátria, tão esmaecida.
O Civismo, tão descurado em nossas escolas.
A Autoridade, tão ausente e desdenhada.
É óbvio que este cenário desanimador não surgiu por acaso. É o resultado de uma crise gerencial, crise que não pode, nem deve mais continuar.
É imperioso que o Congresso Nacional passe a ecoar forte, em suas manifestações, a necessidade urgente da recomposição da nacionalidade e de uma mudança de rumos na política de nomeação dos futuros Ministros da Defesa do país.
A Nação e as Forças Armadas brasileiras clamam pela indicação de alguém que seja capaz de senti-las, interpretá-las e de representá-las com fidelidade, de forma altiva, autêntica e competente, nas reuniões ministeriais e junto ao seu Comandante Supremo, mantendo conhecidos seus justos anseios, respeitadas suas tradições e vivas suas inumeráveis contribuições à nossa História.
Faz-se urgente que o Poder Militar da Nação venha a ser dirigido por um Oficial-General.
Ganharão o Estado e a Nação Brasileira!