Notícias Militares

domingo, 24 de fevereiro de 2008

RAUL CASTRO


Após 49 anos, o comandante sai de cena



Raúl Castro, de 76 anos, foi eleito presidente de Cuba no final da tarde deste domingo, encerrando 49 anos de poder de seu irmão Fidel, mas mantendo o país no caminho do comunismo. O novo presidente acenou e sorriu quando os deputados da Assembléia Nacional aplaudiram sua prevista eleição.

Sobre o anúncio que se produzirá uma redução dos organismos do Estado, Raúl declarou em seu discurso de posse na Assembléia Nacional que "hoje é necessária uma estrutura mais compacta e funcional, com um número menor de organismos da Administração Central do Estado e uma melhor distribuição das funções".

A reestruturação "permitirá uma redução na enorme quantidade de reuniões, coordenações, permissões, conciliações, disposições, regulamentos, circulares etc", acrescentou. Raúl disse ainda que as mudanças "ajudarão na concentração de algumas atividades econômicas decisivas, hoje dispersas em vários organismos, e na melhor utilização dos quadros" do Governo.

O general também afirmou que a Assembléia concordou em estudar a composição do Governo "numa futura sessão ao longo do presente ano", não para fazer nomeações, mas para realizar mudanças necessárias. "Em resumo, temos que tornar mais eficiente a gestão de nosso Governo", disse.

Em seguida, Raúl declarou que seu Governo terá como prioridade "satisfazer às necessidades básicas da população, tanto materiais como espirituais, partindo do fortalecimento do crescimento sustentado da economia".
Muitos analistas esperam que Raúl Castro promova algumas reformas na combalida economia cubana, mas em um sinal de que a mudança não deve ser profunda ou abrupta, o comunista linha dura José Ramón Machado Ventura, 77 anos, foi nomeado primeiro vice-presidente, o que corresponde ao número dois na hierarquia do poder em Cuba. Raúl Castro está no comando de Cuba desde julho de 2006, quando Fidel lhe passou temporariamente o poder depois de enfrentar uma cirurgia no intestino. Na terça-feira, Fidel renunciou ao comando do país, que agora está oficialmente nas mãos de Raúl.

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