Notícias Militares

sábado, 14 de novembro de 2009

A LAVAGEM


A LAVAGEM



Jacornélio M. Gonzaga (*)



Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito. (Paul Goebbels, ministro da propaganda nazista de Adolf Hitler).



Conversava eu, outro dia, com alguns militares (da reserva é claro) que relembravam o seu tempo acadêmico. O papo, hoje engraçado, era sobre um exercício de “Fuga e Evasão”, no qual os cadetes vivenciavam o dia-a-dia de um campo de concentração – O CAMPO DE REFORMA DO PENSAMENTO NOVA AURORA Nº 92 – mantido por um país fictício, a ESBOSLÁVIA DO NORTE.



O tal exercício, que se ocorresse nos dias de hoje, como exercício, não resistiria à sanha de todas as instâncias dos propalados defensores dos direitos humanos; seria objeto de uma grande investigação do MP; e, haveria um sensacional julgamento e justiçamento (matéria para dez dias) por parte daquela imprensa nacional, comprometida com a “verdade”, sobre qualquer fato que se possa arranjar para macular a imagem das Forças Armadas.



Entretanto, nunca antes neste país se praticou tanto o exercício diário das técnicas de lavagem cerebral, aprendidas nos campos de concentração nazistas ou de reeducação soviéticos. Todas aplaudidas pela caterva que detém o poder da Nação.



Ouvindo aquelas hilariantes histórias, comecei a comparar os fictícios ensinamentos de exercício que aqueles senhores receberam no NOVA AURORA 92, na situação de “prisioneiros de guerra” (PG), com o que ocorre hoje no Brasil:



- Dom Jose Pero Viegas de las Luces era o governante máximo da ESBOSLÁVIA DO NORTE. Eleito e sempre reeleito pela esmagadora maioria dos eleitores esboslavianos;



- Dom Jose vinha de família humilde e tinha ascendido ao poder por meio do trabalho (aí a gente força uma barra para comparar com Luis Inácio);



- Dom Jose estava acima do partido, sendo que a doutrina de governo era a “Lucerista”, ou seja, o lulismo da Esboslávia do Norte;



- Viegas de las Luces era amado, enaltecido e babado (não confundir com bêbado). Pelo que era passado aos PG, possivelmente recebia um tratamento tão carinhoso e respeitoso quanto aquele dado por Celso Amorim, chanceler do PT, ao se dirigir a Inácio da Silva: - Meu líder!!!



- os captores tentavam convencer aos PG que a ocupação de todos os cargos públicos seu país, pelos quadros luceristas, era benéfica e os encorajavam a abraçar a causa da Esboslávia do Norte. A propaganda era diuturna: COLABOREM!



- o trato com o poder Legislativo esboslaviano era o mais transparente possível. No Congresso Nacional da Esboslávia, a supremacia Lucerista não era imposta. Tratava-se, na verdade, da crença no acerto da imensa base aliada e de uma conscientização da oposição de que o melhor era votar sempre com o governo;



- a propaganda oficial mostrava que, Dom Jose era mundialmente conhecido e, tranquilamente, era o líder terráqueo de maior carisma, sua popularidade atravessava qualquer cortina de ferro e ultrapassava a de qualquer líder religioso;



- Dom Jose era magnânimo, perdoava a todos que erravam, desde que fossem seus amigos e que a “finalidade” do deslize fosse o engrandecimento do ParTido;



- na pregação diária, era repassado aos PG que o líder máximo da Esboslávia do Norte, cognominado de “o apaziguador”, era o caminho da nação. Sem a sua liderança, o país estaria mergulhado no caos. Dom Jose, o apaziguador, era, seguramente, o único ser vivo capaz de manter em “banho-maria” todos os contenciosos advindos dos movimentos sociais, portanto, a despeito de tudo, só eLLe tinha a capacidade de continuar à frente do governo;



- os jornais esboslavianos, principalmente “O GLEBA”, só falavam bem de Dom Jose. Os captores explicavam que alguns órgãos da mídia, por não serem aquinhoados com a propaganda oficial, por puro despeito, ou mesmo por estarem a serviço do capitalismo, falavam algumas mentirinhas sobre o líder maior e seus “cumpanheiros” de governo. Nas primeiras páginas dos periódicos, as notícias nacionais eram ornadas por grandes títulos e lindas fotos de Dom Jose, trabalho muito bem conduzido por sua assessoria de imprensa.



Ao término daquele descontraído bate-papo, fiquei numa dúvida tremenda, indagando sobre coisas do tipo: até onde vai e pode ser medida a popularidade do Lula? E se a repaginação da Dilma não der certo? A existência do Pré-sal vai nos livrar de um possível caos econômico? Por que o “mensalão” perdeu sua importância? Para que estudar se Luís Inácio é Doutor “Honoris Causa”?



Perguntei-me por muitas outras coisas mais, inclusive, minha grande dúvida: será que o Noço Guia está nos levando para uma NOVA AURORA?



Procurando as resposta, achei o site da “Assembleia Popular Revolucionária, da Venezuela”, onde são repassados de uma forma mui subliminar alguns ensinamentos sobre como funciona a tal lavagem. É só adaptar...



Caos Social e Político: os jornais enchem a primeira página, o rádio e a televisão enchem os noticiários, programas de opinião e de programação com violência, crise permanente, morte, previsões catastróficas e acontecimentos sobrenaturais.



A propaganda subliminar: os ataques indiretos empregam a justaposição ou relação de fotos com títulos de outro artigo, a propaganda subliminar ou a associação de palavras. A insinuação ilustrada é mais eficaz que o ataque direto aos líderes, já que a população pode reagir adversamente e rejeitar este último modo de ação. A propaganda é apresentada como notícia para que as campanhas psicológicas tenham maior êxito. A primeira página parece um cartaz ou um panfleto de guerra psicológica, precisamente porque é uma arma de guerra psicológica.



A desinformação: é um tipo especial de propaganda "negra", geralmente apoiada em documentos apócrifos ou falsificados, adulterados ou atribuídos indevidamente. Depois de estudar o cimento que mantém unida a sociedade, o seu conhecimento é usado para desuni-la. Recomenda-se: "estimular divergências entre militares e políticos; minar a confiança nos dirigentes; espicaçar as diferenças de elementos religiosos, étnicos, políticos e econômicos entre si e contra o governo; fortalecer os líderes amigos e debilitar os inimigos".



Fabricação de notícias, relação enganosa de enquadramentos, artigos e fotos, correlação de editoriais noticiosos e avisos (ou propaganda) políticos de acordo com o guia de orientação política.



Símbolos manipulados são os que suscitam ou provocam fortes associações emocionais no público que se pretende atingir. Com a simples justaposição ou relação de fotos e títulos, os OPOSITORES são associados com violência, morte, corrupção, doenças, pragas, desemprego, caos político, caos econômico, corrupção, violações, tragédias, enfermidades, etc. Esta técnica também é conhecida como bomba psicológica, pela sua capacidade de gerar maremotos e terremotos políticos.



Regra do exagero e da simplificação: a escolha de notícias que interessam e a sua desfiguração é muito comum na rádio, na televisão e nos jornais ao serviço do Governo.



Regra de orquestração das ideias fundamentais: no fundo trata-se de uma técnica de repetição, já que se insiste sobre um tema fundamental tanto na rádio, como nos jornais e na televisão. As variações recaem sobre diferentes aspectos do mesmo tema. Adapta-se a mensagem central em conformidade com os diferentes públicos.


Regra de transfusão: baseia-se no princípio de que é mais fácil reforçar uma ideia do que mudá-la. Para tanto recorre-se a motivações e formas de atuar, que se encontram no substrato mais ou menos inconsciente da população. A repetição sistemática e persistente de umas poucas questões e idéias é muito eficaz quando se trata de provocar desejos ou reforçar comportamentos.



As insinuações, as implicações e as formas indiretas que penetram sub-repticiamente e afetam o inconsciente são as mais utilizadas pelos jornais, rádio e televisão.


As propostas são sempre simplificadas para que possam ser absorvidas rapidamente e sem necessidade de uma reelaboração.


Os incitamentos fundamentais apontam para desejos emocionais, mediante promessas e sua correspondente satisfação.


Todo esse conjunto de técnicas aplicadas pelos meios de comunicação anti-social e terrorista está orientado para a persuasão, a sugestão, o ódio racial e de classe, para a redução das faculdades racionais e a diminuição do controle emocional e cerebral.



AÍ VEIO O APAGÃO



- “Nunca mais teremos apagões no País” (Dilma)

- “O apagão foi um micro-incidente” (Comissário T Genro)

- “Isso (apagão) acontece em todo mundo. Nosso sistema é melhor que o americano” – Lobão (não é o roqueiro)



PRECISA COMENTAR MAIS ALGUMA COISA?



Pronto, com o IPI zero nos itens da “linha branca”, a lavagem ficou muito mais fácil de ser executada. Basta colocar os (as) trouxas dentro da máquina e bater, bater, bater, bater, bater ..... Aliás, como estou apanhando!



Lavado e cansado de tanto apanhar, li uma entrevista que Robert Aumann, Prêmio Nobel de Economia,em 2005. Interessantíssima as idéias sobre concessão, expostas pelo judeu ortodoxo de 79 anos, mas não apresentou nada de novo para mim, pois o que ele disse, minha mãe sempre me ensinou: “Quem muito se abaixa, o rabo aparece”.





(*) Jacornélio é tintureiro, operador psiquiátrico, quase foi prisioneiro de guerra da RDA (República Democrática do Araguaia) e é, ainda, Diretor-Geral do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL).



Revisão: Paul Word Spin Houaiss



Brasília, 28 de setembro de 2009.



e-mail: jacornelio@bol.com.br e jacorneliomg@gmail.com





EM TEMPO: do correspondente em ITABERA / SP



Um transtorno nacional e falta de energia em 18 estados da União. Este foi o quadro vivenciado na noite de terça-feira, dia 10 de novembro. De acordo com testemunhas, duas renas, condutoras do trenó de Papai Noel, provavelmente bêbadas após um pit stop no Planalto, saíram da formação, aumentaram a velocidade e bateram na linha de transmissão de Itaipu, na altura da cidade de Itaberá/SP.



Papai Noel, que fazia um voo de treinamento para o Natal, realizando o reconhecimento do local da residência de novos beneficiários do bolsa-família, caiu do trenó e bateu em uma grade de proteção de uma das torres, antes do tombo no fofo costado de uma vaca que pastava no local.



O trenó desgovernado continuou conduzido pelas renas, que diminuíram a altura, mas não a velocidade. Chegando ao centro da cidade de São Paulo, na Rua Augusta, o trenó desgovernado subiu no passeio e teve a frente quase toda destruída com o impacto em uma placa de localização.



Durante o atendimento do serviço de emergência, Papai Noel estava consciente e teve o pé enfaixado. O fornecimento de energia ficou complicado no momento do acidente, mas logo, depois de sete horas, foi normalizado e o governo espera que em 24 horas consiga arrumar uma desculpa convincente para a atitude das renas.



Papai Noel adiantou à nossa reportagem que o acidente não prejudicará a distribuição dos presentes de Natal.

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