Notícias Militares

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



BOM DIA CEL MESSIAS - RESENDE-RJ


A reviravolta do Colégio Tiradentes
Quase uma década após fase de desmilitarização, a escola planeja chegar a 10 municípios em 2012

Em menos de uma década, as perspectivas do Colégio Tiradentes da Brigada Militar sofreram uma transformação.Em 2001, o governo do Estado decidiu desmilitarizar o estabelecimento e repassá-lo para a Secretaria da Educação, como qualquer outra escola estadual, em um processo que provocou protestos e acabou revertido na Assembléia Legislativa.Agora, depois de ganhar novas unidades em Passo Fundo e Santa Maria, o colégio originário da Capital está prestes a abrir as portas também em São Gabriel, Santo Ângelo e Ijuí. A meta é chegar a 10 municípios até 2012. Estão na mira Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande e Osório. A expansão inclui também dobrar o ingresso de alunos em 2010 em Porto Alegre. Em lugar das 90 vagas habituais, foram abertas 180 neste ano na Capital. Com essa medida, o número pulará de 250 em 2009 para 600 em 2012 na principal sede da instituição.Com 30 anos de vida, o Tiradentes é conhecido pelo rendimento dos alunos, que se destacam em avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O plano de expansão, segundo o diretor de departamento de ensino da BM, coronel Sérgio Pastl, foi uma orientação do governo do Estado. Cada nova escola custa de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Um terço das vagas é reservado a filhos de PMs.– A principal função é assistencialista, é atender filhos de policiais militares, para eles terem um ensino de qualidade. Por isso, é reservado um percentual – diz Andreis Dal’Lago, diretor do colégio em Porto Alegre.O doutor em Educação Fernando Becker, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que deve ser saudada a decisão de se abrirem novas escolas no Estado, porque elas significam mais oportunidades de acesso à população. No caso da ampliação do Tiradentes, contudo, ele observa a necessidade de cuidado com a questão da disciplina rígida – uma tradição das instituições de ensino de molde militar. Becker lembra que o rigor disciplinar é bom para formar militares, mas não para crianças e adolescentes.– A qualidade que essas escolas propõem, de seriedade no conteúdo, tem como contraface não muito elogiosa o rigor na disciplina. É importante que a formação não seja só conteúdo, que tenha também exercício do diálogo – afirma Becker.


itamar.melo@zerohora.com.br


ITAMAR MELO E JANICE SILVA

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