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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Bom Dia Gen Santa Rosa - Brasília - DF
General critica governo e é exonerado
Em artigo, o general Maynard Marques Santa Rosa chamou a "Comissão da Verdade", criada por decreto presidencial, de "Comissão da Calúnia".
Foi exonerado nesta quarta o general de quatro estrelas Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército. Ele fez críticas a um dos pontos do Programa Nacional dos Direitos Humanos.
A crítica foi feita pela internet. O alvo, a Comissão da Verdade, criada por um decreto presidencial, no fim do ano passado, e que causou revolta nas Forças Armadas.
O presidente Lula teve de assinar um novo decreto deixando claro que o objetivo da comissão não é de punir os culpados por violações de direitos humanos durante o regime militar, mas apenas de resgatar a história das violações da ditadura.
Em seu artigo, o general Maynard Marques Santa Rosa diz que "a Comissão da Verdade será composta por fanáticos que no passado recente adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder". O general ainda chama a Comissão da Verdade de "Comissão da Calúnia".
Assim que soube do texto, citado nesta quarta em reportagem do jornal Folha de São Paulo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou a demissão de Santa Rosa.
“Eu acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia de Departamento Pessoal e a sua colocação à disposição do comando do Exército”.
Em nota, o Exército diz que foi o próprio comandante Enzo Peri quem sugeriu a exoneração de Santa Rosa do cargo, mas o general continuará trabalhando no comando do Exército.
Essa não é primeira vez que Maynard Santa Rosa entra em conflito com o governo. Ele é considerado um general linha dura e já se manifestou contra o fortalecimento do Ministério da Defesa sob o comando de um civil.
Santa Rosa também perdeu uma secretaria no ministério depois de criticar a estratégia do governo em relação à reserva Raposa Serra do Sol.
Mas, no Senado, a saída do general foi criticada pela oposição. “Eu acho que nesse caso o que era preciso era a aplicação do remédio do diálogo e não da demissão, que impõe um comportamento e que tenta sufocar divergências que a gente sabe que existe em toda parte e também nas Forças Armadas”, opinou o senador e líder de partido José Agripino (DEM-RN).

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