Notícias Militares

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

História secreta da invasão de Roraima




HISTÓRIA SECRETA DA INVASÃO MILITAR DE RORAIMA.


“BRASIL! ACIMA DE TUDO!


“SENHOR, UM PALMO DE TERRA QUE SEJA, EM SENDO BRASILEIRA , DEVE SER DEFENDIDA PELOS BRASILEIROS, A FERRO, A FOGO E A SANGUE!.”
Barão do Rio Branco.
D.A.N
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REPASSO COMO RECEBI.

HISTÓRIA SECRETA DA INVASÃO MILITAR DE RORAIMA

- depoimento de uma testemunha ocular -


No momento em que tanto se fala da cobiça internacional sobre a Amazônia, da ação de ONGs de todos os tipos agindo livremente na região Norte, de estrangeiros vendendo pedaços da nossa floresta, da encrenca que está sendo a homologação da Raposa/Serra do Sol, de índios contra índios, de índios contra não-índios, das ações ou omissões da Funai, do descontentamento das Forças Armadas com referência os rumos políticos que estão sendo dados para esta quase despovoada mas importantíssima parte das fronteiras da nação, é mais do que preciso falar quem sabe, quem conhece, quem vivencia ou quem tenha alguma informação de importância.

Assim sendo, para ficar registrado e muito bem entendido, vou contar um acontecimento de magna importância, especialmente para Roraima, e do qual sou testemunha ocular da História.

Corria o ano de 1993 – portanto, já fazem 15 anos. Era governo de Itamar Franco e as pressões de alguns setores nacionais e vários internacionais, para a homologação da Raposa/Serra do Sol, eram fortes e estavam no auge. Tinha-se como certíssimo de que Itamar assinaria a homologação.
Nessa época, eu era piloto da empresa BOLSA DE DIAMANTES, que quinzenalmente enviava compradores de pedras preciosas para Uiramutã, Água Fria, Mutum e vizinhanças.

No dia 8 de setembro de 1993, aí pelas 17:00, chegamos em Uiramutã, e encontramos a população numa agitação incomum, literalmente aterrorizada. Dizia-se por toda parte, que Uiramutã ia ser invadida, que havia muitos soldados “americanos”, já vindo em direção à localidade.
A comoção das pessoas, a agitação, o sufoco eram tão grandes que me contaminou, e fui imediatamente falar com o sargento PM que comandava o pequeníssimo destacamento de apenas quatro militares, para saber se ele tinha conhecimento dos boatos que circulavam, e respondeu-me que sabia do falatório. Contou-me então que o piloto DONÉ (apelido de Dionízio Coelho de Araújo), tinha passado por Uiramutã com seu avião Cessna PT-BMR, vindo da cachoeira de ORINDUIKE, no lado brasileiro, (que os brasileiros erradamente chamam de Orinduque), contando para várias pessoas, que havia um acampamento enorme, com muitos soldados na esplanada no lado da Guiana, na margem do rio Maú, nossa fronteira com aquele país.

Aventei a necessidade de que o sargento, autoridade policial local, fosse ver o que havia de fato e falei com o dono da empresa, que aceitou, relutante e receioso, emprestar o avião para o sargento. Como, entretanto, o sol já declinava no horizonte, combinamos o vôo para a manhã seguinte.
Muito cedo, o piloto Doné e seus passageiros, que tinha ido pernoitar na maloca do SOCÓ, pousaram em Uiramutã. Eu o conheci nessa ocasião, e pude ouvir dele um relato. Resumindo bastante, contou que na Guiana havia um grande acampamento militar e que um avião de tropas estava trazendo mais soldados para ali.

Estávamos na porta da Delegacia, quando chegou uma Toyota do Exército, com um capitão, um sargento e praças.,vindos do BV 8. Ele ia escolher e demarcar um local para a construção do quartel de destacamento militar ali naquela quase deserta fronteira com a Guiana. BV 8 é antigo marco de fronteira do Brasil com a Venezuela, onde há um destacamento do Exército, na cidade de Pacaraima. Muito interessado e intrigado com o fato, resolveu ir conosco nesse vôo.
O capitão trazia uma boa máquina fotográfica e emprestei a minha para o sargento. O vôo foi curto, apenas seis minutos. Demos tanta sorte, que encontramos um avião para transporte de tropas, despejando uma nova leva de soldados, no lado guianense. Voando prá lá e prá cá, só no lado brasileiro, os militares fotografavam tudo, e o capitão calculou pelo número de barracas, uns 600 homens, até aquele momento.
Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando e virando para a esquerda. Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós! Como é que você sabe? Perguntou. Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi. Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles! Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.

Confesso que foi um grande susto! O coração parecia-me bater duas e falhar uma. Quem conhece a região, sabe que ali naquela parte, o Maú é um rio muito sinuoso. Enfiei o avião fazendo zig-zag nesses meandros, esperando conseguir chegar em Uiramutã. Se atiraram, não ficamos sabendo, mas após o pouso, havia muita gente na pista, que fica juntinho das casas. Agitadas, contaram que aquele avião tinha girado duas vezes sobre nós e a cidade, tomando rumo de Lethen, na Guiana, onde há uma pista asfaltada, defronte de Bomfim, cidade brasileira na fronteira.
Com esse fato, angustiou-se mais ainda a população, na certeza de que a invasão era iminente. O capitão determinou ao sargento e a mim, que fizessemos imediatamente um relatório minucioso, para ser envido ao comando da PM, em Boa Vista e partiu acelerado de volta ao pelotão de fronteira no BV 8.
Na delegacia, o sargento retirou o filme da minha máquina fotográfica, para enviar ao seu comando e eu datilografei um completo relatório que ele colocou em código e transmitiu via rádio para Boa Vista. Naquela época, o chefe da S2 da PM ( Seção de Inteligência), era o major Bornéo.

Uns quatro dias depois que cheguei desse giro das compras de diamantes, tocou a campainha da minha casa, um major do Exército. Apresentou-se e pediu-me para ler um papel, que não era outro, senão aquele mesmo que eu datilografara em Uiramutã , e do qual o comando da PM enviara cópia para o comando do Exército em Boa Vista. Após ler e confirmar que era aquilo mesmo, pediu-me para assinar, o que fiz. Compreendi que tinha sido testemunha de algo grande, maior do que eu poderia imaginar, e pedi então ao major, para dizer o que estava acontecendo, uma vez que parte daquilo eu já sabia. Concordou em contar, desde que eu entendesse bem que aquilo era absolutamente confidencial e informação de segurança nacional. Concordei.
Disse o major, que a embaixada brasileira em Georgetown tinha informado ao Itamarati, que dois vasos de guerra, um inglês e outro, americano, haviam fundeado longe do porto, e que grandes helicópteros de transporte de tropas, estavam voando continuamente para o continente, sem que tivesse sido possível determinar o local para onde iam e o motivo.
Caboclos guianenses (índios aculturados) tinham contado para caboclos brasileiros em Bomfim, cidade de Roraima na fronteira, terem os americanos montado uma base militar logo atrás da grande serra Cuano-Cuano, que por ser muito alta e próxima, vê-se perfeitamente da cidade. O Exército brasileiro agiu com presteza, e infiltrou dois majores através da fronteira, e do alto daquela serra, durante dois dias, filmaram e fotografaram tudo. Agora, com os fatos ocorridos em Orinduike, próximo de Uiramutã, nossa fronteira Norte, fechava-se o entendimento do que estava acontecendo.

E o que estava acontecendo? As pressões internacionais para a demarcação da Raposa / Serra do Sol apertavam, na certeza de que o Presidente Itamar Franco assinaria o decreto. Em seguida, a ONU, atendendo aos “insistentes pedidos dos povos indígenas de Roraima”, determinaria a criação de um enclave indígena sob a sua tutela, e aí nasceria a primeira nação indígena do mundo. Aquelas tropas americanas e as inglesas, eram para garantir militarmente a tomada de posse da área e a “nova nação”.
Até a capital já estava escolhida: seria a maloca da Raposa, estrategicamente localizada na margem da rodovia que corta toda a região de Este para Oeste, e divide geográfica e perfeitamente a região das serras daquela dos lavrados roraimenses – que são os campos naturais e cerrados.

Itamar Franco – suponho – deve ter sido alertado para o tamanho da encrenca militar que viria, e o fato é que, nunca assinou a demarcação.

Nessa mesma ocasião (para relembrar: era começo de setembro de 1993), estava em final de preparativos, o exercício periódico e conjunto das Forças Armadas nacionais, na cidade de Ourinhos, margem do rio Paranapanema, próxima de Sta. Cruz do Rio Pardo e Assis, em São Paulo , e Cambará e Jacarezinho, no Paraná.

Com as alarmantes notícias vindas de Roraima, o Alto Comando das Forças Armadas mudou o planejamento, que passou a chamar-se “OPERAÇÃO SURUMU” e, como já estava tudo engrenado, enviou as tropas para Roraima. Foi assim que à partir da madrugada de 27 de setembro de 1993, dois aviões da VARIG, durante vários dias, Búfalos, Hércules e Bandeirantes despejaram tropas em Roraima. Não cabendo todas as aeronaves militares dentro da Base Aérea, o pátio civil do aeroporto ficou coalhado de aviões militares. Chegaram também os caças e muitos Tucano. Veio artilharia anti-aérea, localizada nas cercanias de Surumu, e foi inclusive expedido um aviso para todos os piloto civis, sobre áreas nas quais estava proibido o sobrevôo, sob risco de abate.
Tendo como Chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), o general de Exército José Sampaio Maia – ex-comandante do CIGS em Manaus, e como árbitro da Operação Surumu, o general de Brigada Luíz Alberto Fragoso Peret Antunes (general Peret), os rios Maú, Uailã e Urariquera enxamearam de “voadeiras” cheias de soldados. Aviões de caça fizeram dezenas de vôos razantes nas fronteiras do Norte. O Exército também participou com a sua aviação de helicópteros, que contou com 350 homens do 1º, 2º e 3º esquadrões, trazendo 15 Pantera (HM-1) e 4 Esquilos, que fizeram um total de 750 horas de vôo. Vieram também cerca de 150 páraquedistas militares e gente treinada em guerra na selva. A Marinha e a Força Aérea contribuíram com um número não declarado de homens, navios e aeronaves.

Dessa maneira, não tendo Itamar Franco assinado o decreto de demarcação da Raposa / Serra do Sol e, vindo essas forças militares para demonstrar que a entrada de soldados americanos e ingleses em Roraima, não seria feita sem grande baixas, “melou” e arrefeceu a intenção internacional de apossar-se desta parte da Amazônia, mas não desistiram.
Decepcionando muito, embora sendo outro o contexto político internacional, Lula fez a homologação dessa área indígena, contestada documentalmente no Supremo Tribunal e, ainda tentou à revelia de uma decisão judicial, retirar “na marra”, os fazendeiros e rizicultores (“arrozeiros”) dessa área, que como muita gente sabe – inclusive os contrários – tem dentro dela propriedades regularmente documentadas com mais de 100 anos de escritura pública e registro, no tempo em que Roraima nem existia, e as terras eram do Amazonas. Agora, entretanto, os interesses difusos e estranhos de muitas ONGs, dizem na internet, que esses proprietários são “invasores”, quando até o antigo órgão anterior ao INCRA, demarcou e titulou áreas nessa região, e que a FUNAI, chamada a manifestar-se, disse por escrito, que não tinha interesse nas terras e que nelas, até aquela ocasião, não havia índios.

As ONGs continuam a fazer pressão, e convém não descuidar, porque nada indica que vão desistir de conseguir essas terras “para os índios”, e de graça, levarem além de 1 milhão e 700 mil hectares – quase o tamanho de Sergipe – tudo o mais que elas tem: ouro, imensas jazidas de diamantes, coríndon, safira de azul intenso, turmalina preta, topázio, rutilo, nióbio, urânio, manganês, calcáreo, petróleo, afora a vastidão das terras planas, propícias à lavoura, área quase do mesmo tamanho onde Mato Grosso planta soja que fez a sua riqueza.
Isso, é o que já sabemos, porque uma parte disso foi divulgada numa pesquisa da CPRM – Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais, em agosto de 1988 (iniciada em 1983), chamada de Projeto Maú, que qualifica essa parte da Raposa/Serra do Sol, como uma das mais ricas em diamantes no Brasil, sendo o mais extenso depósito aluvional de Roraima, muito superior ao Quinô, Suapi, Cotingo, Uailã e Cabo Sobral. Essa pesquisa foi inicialmente conduzida pelo geólogo João Orestes Schneider Santos e, posteriormente, pelo também geólogo, Raimundo de Jesus Gato D´Antona, que foi até o final do projeto, constatando a possibilidade da existência de até mais de 3 milhões de quilates de diamantes e 600 Kg de ouro. Basta conferir a cotação do ouro e diamantes, para saber o que valem aquelas barrancas do rio Mau, só num pequeno trecho.

A “desgraça” de Roraima é ser conhecida internacionalmente na geologia, como a maior Província Mineral já descoberta no planeta. Nada menos que isso!
E o que ainda não sabemos? Essa pesquisa, feita em pouco mais de 100 quilômetros de barranca do rio, cubou e atestou a imensa riqueza diamantífera da área. Entretanto, o Estado de Roraima ainda tem coríndon, manganês, calcáreo e urânio, afora mais de 2 milhões e 100 mil hectares de terras planas agricultáveis, melhores que aquelas onde plantam soja no Mato Grosso.

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Izidro Simões
izidropiloto@oi.com.br

6 comentários:

Anônimo disse...

Os nexos de Lula com as FARC
12 de setembro de 2008
Por Luis Alberto Villamarín Pulido (*)






daí importância deste artigo, para que não caia no esquecimento do público mal informado, que há vínculos sólidos e reais do PT e do Sr. Lula com as FARC.

Fonte: www.eltiempo.com

Tradução: Graça Salgueiro

Anônimo disse...

Alow senhores verde-oliva


Quando quiserem reverte esse quadro dantesco, não dará mais tempo:


Golpe em andamento.

Deputados da base aliada do governo continuam articulando nos bastidores para prorrogar por mais dois anos o mandato de Lula. Querem estender o mandato de Lula, dos governadores, deputados e senadores até 2012 e aumentá-los para cinco anos, sem direito a reeleição. O deputado petista-pelego-sindicalista Devanir Ribeiro (PT-SP) argumenta que a mudança vai equiparar as eleições majoritárias e proporcionais para evitar que ocorram de dois em dois anos, como no modelo atual. "A proposta seria prorrogarmos o mandato de governadores, deputados federais, estaduais e do presidente até 2012, quando terminam os mandatos dos prefeitos e vereadores eleitos este ano. A partir daí, valeria a regra de cinco anos de mandato para todos, sem reeleição".

se houver coragem , leiam tudo

www.coturnonoturno.blogspot.com

Anônimo disse...

Caro Coronel Erildo,

Há um documentário interessante acerca do projeto globalista.
Se chama "Endgame", foi produzido por Alex Jones. Está disponível no youtube. Há uma versão com legendas em português, mas estas são um bocado imprecisas. Basta procurar por Jogo Final, Alex Jones.
Lhe desejo toda a força necessária para continuar a luta.

Um abraço,

Bonifácio

Anônimo disse...

VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!
Transcrevo na íntegra a seguir a matéria que é a manchete do jornal Folha de São Paulo deste domingo.

Chamo a atenção para dois trechos desta matéria:

“Na Operação Satiagraha, por exemplo, o juiz Fausto Martin De Sanctis concedeu ao delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz senhas de acesso ao histórico de chamadas de qualquer assinante do país”.

“O sigilo do histórico de chamadas telefônicas é garantido pelo artigo 5º da Constituição, assim como o teor de conversas e de correspondência. A lei 9.296/96, que disciplina as interceptações telefônicas legais, prevê pena de reclusão de dois a quatro anos e multa para quem violar o sigilo de terceiros sem autorização judicial.”

Além de criminosos que podem se valer desse tipo de informação como instrumento de chantagem e extorsão, agentes de órgãos policiais e de fiscalização ouvidos pela Folha admitem que, em determinadas situações, usam extratos telefônicos obtidos de modo oficioso (por meio de contatos dentro das operadoras) para "mapear" a rede de relacionamento de seus potenciais alvos durante a fase que antecede à instauração do inquérito”.

Qual a conclusão a que se pode chegar quando a Constituição é pisoteada; quando o Estado de direito democrático é desprezado da forma mais estúpida; e quando frente a tudo isso a maioria dos brasileiros cala, consente e estimula?

ORA, A CONCLUSÃO É UMA SÓ: A RESPONSABILIDADE POR ESSA SITUAÇÃO DE ANARQUIA EM QUE FOI MERGULHADO O BRASIL É DO GOVERNO DE LULA E SEUS SEQUAZES, AJUDADO PELO JORNALISMO MILITANTE QUE DOMINA AS REDAÇÕES E QUE APOIOU TODOS OS ATOS DA ESPETACULOSA OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL QUE DEVASSOU ATÉ MESMO A PRIVACIDADE DO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

E notem que não há um protesto sequer das principais lideranças políticas políticas. Todos estão agachados e são cúmplices dessa avassaladora onda de corrupção, imoralidade, roubalheira e afrontoso desrespeito às liberdades individuais, ao direito à privacidade, à segurança pessoal à civilidade.

Eis a íntegra da reportagem manchete da Folha, cujo conteúdo dá a exata medida moral da Nação brasileira. Tenho nojo e asco de tudo isso e vergonha, muita vergonha de ser brasileiro.

Lula e o PT conseguiram transformar em lixo fétido o que restava de seriedade no Brasil. E um assunto dessa gravidade transformou-se em fato corriqueiro e ninguém está dando a mínima importância.


É possível comprar por menos de R$ 1.000 o extrato de ligações telefônicas e torpedos de qualquer assinante, inclusive de autoridades públicas.Pessoas que se apresentam como detetives particulares e funcionários de empresas de telefonia comercializam o serviço, fazendo prosperar um mercado de espionagem ilegal.

Para comprovar a prática criminosa, os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Aloizio Mercadante (PT-SP) e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), membro da CPI dos Grampos Telefônicos, adquiriram seus próprios dados com auxílio da reportagem da Folha.

No caso de Dias, foi obtido o histórico completo do mês de julho das chamadas telefônicas efetuadas e recebidas de seu aparelho celular, registrado em nome do Senado.

Em relação a Fruet, a primeira reação do vendedor foi devolver o dinheiro ao descobrir que se tratava do número de um deputado federal. Posteriormente, contudo, condicionou realizar o "serviço" a um aumento do valor inicialmente cobrado.

Ele mandou um fragmento da relação de ligações feitas pelo deputado, na expectativa de receber um pagamento adicional. Foram 14 registros de telefonemas, todos confirmados por Fruet. Mas um segundo depósito não chegou a ser feito pelo deputado.

Há indicação de que vendem gato por lebre nesse mercado. No caso de Mercadante, foi enviada uma amostra das ligações. Os dados cadastrais do telefone, em nome do Senado, estavam corretos. O histórico de chamadas, contudo, não conferiu com a conta original nem o senador reconheceu os números de destino das ligações.

No mercado clandestino de espionagem, o "cliente" pode ser facilmente enganado e não tem como recorrer às autoridades, pois os serviços contratados são ilegais.

O sigilo do histórico de chamadas telefônicas é garantido pelo artigo 5º da Constituição, assim como o teor de conversas e de correspondência. A lei 9.296/96, que disciplina as interceptações telefônicas legais, prevê pena de reclusão de dois a quatro anos e multa para quem violar o sigilo de terceiros sem autorização judicial.

Além de criminosos que podem se valer desse tipo de informação como instrumento de chantagem e extorsão, agentes de órgãos policiais e de fiscalização ouvidos pela Folha admitem que, em determinadas situações, usam extratos telefônicos obtidos de modo oficioso (por meio de contatos dentro das operadoras) para "mapear" a rede de relacionamento de seus potenciais alvos durante a fase que antecede à instauração do inquérito.

Esses dados também são usados nas investigações policiais, muitas vezes para determinar quais números serão interceptados a partir de um pedido à Justiça.

Na Operação Satiagraha, por exemplo, o juiz Fausto Martin De Sanctis concedeu ao delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz senhas de acesso ao histórico de chamadas de qualquer assinante do país.

Sem revelar a identidade, a reportagem entrou em contato com cinco "comerciantes" de dados telefônicos de Brasília, São Paulo e Minas Gerais. A Folha chegou até eles a partir de indicações dadas por investigadores públicos e de anúncios em jornais e na internet.

Um dos vendedores cobrou R$ 700 pelo extrato de um mês, incluindo ligações efetuadas e recebidas -essa segunda informação não consta de uma conta normal de telefone. Se fossem pagos R$ 100 a mais, o serviço incluiria todos os torpedos enviados e recebidos no período. Outro pediu R$ 600 só pela relação das chamadas efetuadas.

No caso dos senadores, eles fizeram um primeiro depósito de R$ 350 como sinal, uma exigência do vendedor. Foram enviadas por e-mail amostras de seus extratos.

Dias confirmou a veracidade das informações e realizou o segundo depósito. No mesmo dia, o vendedor encaminhou a relação completa de todas as ligações feitas e recebidas do número de Dias no mês de julho. Mercadante, contudo, não fez o segundo pagamento, pois os dados não conferiram com os originais.

Os celulares usados pelos senadores são fornecidos pela Casa, mas o congressista escolhe a operadora. O aparelho de Mercadante é da Vivo. O de Dias, da TIM.

Já no caso de Gustavo Fruet, seu aparelho (da Claro) está em seu próprio nome. Ele efetuou um único depósito de R$ 600. Os três congressistas fizeram os pagamentos com recursos do próprio bolso.

Aluízio Amorim-14/09/2008

Anônimo disse...

Não temos quem nos defenda!!

Oposição - morreu por absoluta incompetência

FFAA- morreu ontem sem
sem foguete,

sem retrato e sem bilhete

só nos restam o Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo.



http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/

Anônimo disse...

Há muito tempo convivi com a Revolução de 64. Faz tanto tempo que nem me lembro mais da segurança e tranquilidade com que eu caminhava pelas ruas de Curitiba, sem medo de ser incomodado fosse a que horas fosse.
Patrulhando as ruas estavam os soldados do Batalhão do Exército do Boqueirão e nunca fui assaltado. O lado provinciano de Curitiba parecia ter voltado, aquela calma das madrugadas, e havia rodas de samba por todo lado.
Alguém disse um dia: o povo vai sentir saudade dos militares no poder.
Eu, embora tendo sido sindicalista em pleno governo do Gal. Emílio Médici, nunca tive problemas com as classes armadas. Hoje tenho problema de toda espécie com parasitas civis no governo.
Por muito menos do que estamos vendo acontecer hoje, os militares assumiram o comando em 1964.
Hoje, estou sonhando com os barulhos dos tanques pelas ruas, restaurando a normalidade e os vendilhões da Pátria sendo extraditados para outros rincões.

Zé do Coco