Notícias Militares

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PURGANTE


Leia este editorial da Folha de S.Paulo.

A Nação gasta uma fortuna para sustentar estas parasitas que passam em
conchavos sem nada produzir.
Está em nossas mãos a solução indicada, aliás, ao lado. Só que eu
inverteria: o que precisa este congresso (com todas as letras minúsculas) é
um PURGANTE para expelir do intestino da Nação toda esta sujeira, estas
parasitas que nos causam tanto problema.
Péricles

Competição distorcida
OS PARLAMENTARES recebem por mês uma verba indenizatória que varia de R$ 15
mil a R$ 35 mil, quantia que se soma ao salário do representante, de R$ 16,5
mil. Ao fim do mês, portanto, pelo menos R$ 31,5 mil caem na conta bancária
de cada congressista.
Conforme mostrou esta Folha ontem, os parlamentares gastaram mais de R$ 8
milhões de verba indenizatória em setembro - e o item que lidera a gastança
é "divulgação de mandato", com R$ 1,8 milhão.
A "divulgação do mandato" abrange dispêndios para produzir material em
gráficas e comprar espaço publicitário em rádios, jornais e sites. Um
deputado, por exemplo, gastou R$ 35 mil para imprimir 13 mil exemplares de
uma revista distribuída no Paraná, sua base eleitoral.
A pretexto de divulgar o mandato, portanto, cria-se uma alavanca para a
reeleição do parlamentar. Flui por essa via mais um "recurso não
contabilizado" do financiamento público de campanhas para algumas centenas
de privilegiados -o dinheiro da verba indenizatória, afinal, é sacado do
contribuinte.
Com a "divulgação do mandato", o congressista sai em vantagem na disputa
eleitoral, em comparação com a maioria dos adversários, que não dispõe do
privilégio. Um exército de assessores parlamentares -cada gabinete pode
contratar até 25-, dublês de cabos eleitorais, ajuda a ampliar essa
distorção.
O sistema se retroalimenta, o que diminui as chances de renovação do
Congresso. Verbas e regalias em torno do mandato legislativo deveriam ser
drasticamente reduzidas -o que deputados e senadores só farão, contra seus
interesses imediatistas, mediante pressão da sociedade.

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