Notícias Militares

terça-feira, 24 de junho de 2008

O DOUGLAS DC-3



Conheça o avião Douglas DC-3


Dentre as maiores invenções do ser humano está o avião. Dentre os aviões, o Douglas DC-3 foi o mais importante por seus grandes feitos nas guerras e nos tempos de paz. Leia a matéria e conheça a história do avião mais famoso da indústria aeronáutica.

Sem dúvida nenhuma o avião mais conhecido em todo o mundo ainda hoje é o venerável Douglas DC-3. Pela sua confiabilidade e eficiência ganhou apelidos como Dakota, Skytrain, Skytrooper, Gooney Bird, e, aqui no Brasil, carinhosamente Douglinhas.Na atividade militar era o C-47. Não obstante os nomes e versões que teve, sempre foi um avião honesto e confiável, portando-se acima das expectativas quando solicitado.O primeiro DC-3 voou em dezembro de 1935, como resultado da evolução do DC-1 e do DC-2. Possui dois motores Pratt & Whitney de 1.200 HP cada. Tem peso bruto de 12.200 kg e podia levar até 32 passageiros. Ao cessar a produção, 803 unidades comerciais e 10.123 militares foram produzidas. Não se sabe ao certo quantos ainda estão voando. Calcula-se hoje em torno de 200 em todo o mundo, voando ou aptos a voar com alguns reparos.O avião surgiu das fábricas da McDonald Douglas, em Santa Mônica, e em Long Beach, na Califórnia, e ainda na cidade de Oklahoma, todas nos Estados Unidos. Alguns foram produzidos sob licença na Rússia e no Japão. Donald Douglas foi o fundador da companhia que levou seu nome. Ele dirigia um pequeno grupo de engenheiros, incluindo nomes conhecidos na área, como James Kindel Berger e Arthur Raymond. Originalmente o DC-3 foi concebido como um luxuoso avião que oferecia camas para seus passageiros. O DC-2 que lhe antecedeu não era largo o suficiente para comportar tais beliches. Seriam sete camas superiores e sete camas inferiores, com uma cabine privada à frente. A empresa American Airlines encomendou seus DC-3 nesta configuração, porém mais tarde removeu os beliches e instalou três fileiras de sete assentos. O sucesso foi imediato e o DC-3 entrou em serviço em junho de 1936, fazendo a linha New York - Chicago.Ordens de compra de outras empresas aéreas foram chegando em grandes quantidades ao escritório da Douglas: a indústria do transporte aéreo estava pedindo aviões DC-3 mais rápido do que a empresa poderia fabricar. Por volta de 1938, o avião não era apenas o equipamento principal das maiores empresas aéreas dos Estados Unidos, como também já era operado por dezenas de países estrangeiros.A popularidade do DC-3 entre as empresas e o público de modo geral era baseada em muitos fatores: era maior, mais rápido e mais luxuoso que os aviões anteriores. Era também mais econômico de operar e a sua padronização reduziu custos de manutenção enquanto batia recordes de segurança.Foi também o primeiro avião no qual as empresas passaram a ter lucro com passageiros sem necessitar das subvenções governamentais para o transporte do correio. Há várias histórias de façanhas do DC-3 que se tornaram uma lenda mundo afora:- Um DC-3 da Capital Airlines perdeu quase dois metros da asa direita numa colisão aérea e continuou voando sem maiores problemas.- Durante a II Guerra Mundial, outro teve sua asa direita inteiramente destruída por um ataque, quando no solo. Adaptou-se ao mesmo uma asa de DC-2, que era 3,30m menor que a original. O avião voou esplendidamente e os autores da façanha o batizaram de DC-2 ½.- Na mesma II Guerra, foi oficialmente creditado ao DC-3 ter abatido um caça inimigo, já que este colidira com o leme direcional do DC-3. O caça Zero caiu e o DC-3 pousou com segurança. Após rápido reparo, voltou a voar.Talvez nenhum avião tenha sido tão abusado em seus limites e sempre tenha se saído tão bem.Na guerra, cruzava o Atlântico regularmente com sobrecarga de 1 a 2 toneladas. A capacidade original de 21 passageiros foi ampliada muitas vezes. Durante a evacuação de Burma, um DC-3 decolou com 74 passageiros. Outra façanha incrível documentada aconteceu em 21 de abril de 1957, quando o resistente avião perdeu 4 metros de sua asa esquerda ao bater de raspão em árvores, motivado por uma tempestade. O avião pousou com segurança no aeroporto de Phoenix, no Arizona.No Brasil, o DC-3 foi o grande responsável pela integração e desenvolvimento do País, caracterizado pela sua imensidão e pela falta de estradas. Foi um avião indispensável à FAB e a todas as companhias aéreas que aqui se formaram. Entre elas a Varig, Vasp, Sadia, Cruzeiro, Real, Aerovias, Savag, Painair, Aeronorte, NAB e Paraense. Cerca de 200 DC-3 voaram pelo Brasil nos anos 50 e 60.Talvez a principal razão do DC-3 estar ainda voando é o fato de que nunca se desenhou um avião tão bom e tão adequado ao objetivo para o qual foi construído. Não se sabe ainda quando o DC-3 deixará os céus em definitivo: no fim dos anos 50 acreditava-se que ele só voaria por mais 5 anos, entretanto a previsão foi ultrapassada várias vezes e assim continua. Por isso, a única coisa que se sabe é que se o DC-3 um dia desaparecer dos céus, será saudosamente lembrado pelos milhões de admiradores que esta máquina, fruto da criatividade do Homem, conquistou em todo o mundo.Fonte:www.dc3.com.br Fonte: Cmte. Sergio Fraga Machado Cidade: Porto Alegre-RS Fotos: Ayumi Miyazaki

Um comentário:

Anônimo disse...

Certa ocasião li uma reportagem na qual dizia que foram adaptados num DC-3 os motores turboélice de um Electra II..Bastou uns reforços nos trens de pouso dianteiros, e o DC-3 decolou com muito mais potência e "turbinado"...