Notícias Militares

segunda-feira, 7 de julho de 2008

CONTESTAÇÕES


CONTESTAÇÕES ÀS INJÚRIAS E DIFAMAÇÕES CONTRA MIM
Pelo Coronel Reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra



1. INTRODUÇÃO
2. MOTIVAÇÃO PARA A LUTA ARMADA
3. AÇÕES DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA
4. LUTA CONTRA A ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA
5. MEU COMANDO DO DOI/ II EX
6. DESTINO DOS PRESOS PELO DOI
7. DESTINO DOS MORTOS EM CONFRONTO COM O DOI
8. EXÉRCITO RECONHECEU E APROVOU O MEU TRABALHO NO DOI
9. IMPOSTURAS DO REVANCHISMO
a. Monografia do Maj Perdigão;
b. A vala do Cemitério de Perus; e
c. “Verdades” dos detratores
10. CONCLUSÃO


Vejam o interesse em ser imparcial, em mostrar a história:


A reportagem começa: – “o coronel Ustra é conhecido como um “sujeito do barulho”. Ele promove reformas com freqüência, que deixam a rua ocupada por veículos de entrega de material, embarque e desembarque de tijolo, areia e cimento – e aquele som característico de homens trabalhando”.

E continua: “Ustra derrubou o muro da frente, de alvenaria, para construir uma fachada inteiramente de vidro, o que torna a vida dos moradores mais transparente para quem olha de fora.”.
Qual o problema? Teriam que se esconder?

“Sua casa tem um jardim mantido com cuidados profissionais, quatro carros e uma moto na garagem”.
O que é deduzido nem sempre é verdadeiro. Como as aparências enganam! O jardim foi planejado e executado por sua mulher.
Quanto aos carros, foram comprados com dinheiro honesto. Um é de uma filha, outro do coronel, outro da mulher e o quarto é da auxiliar da casa. A moto pertence ao genro.
Continuo na dúvida. Qual a sua intenção ao descrever tudo isso? Até a sogra de Ustra é citada na matéria. O importante, o documento, vai ficando para o fim. Para ele, parece, é coisa sem importância.

E, mais:
“Quase sem cabelos, aos 76 anos, 1,74, um coração frágil que já exigiu três stents (...)Ustra costuma ir à padaria. Continua católico, mas deixou de ir à missa. Diz gostar de ir ao banco pagar contas, faz compras no supermercado e vai ao correio (omite que é para despachar os seus livros vendidos pela internet). Abre a porta quando tocam a campainha”.
O que interessa às pessoas, ansiosas para conhecer os fatos ocorridos nos chamados “anos de chumbo”, o número de cabelos que Ustra ainda tem na cabeça? O que interessa aos leitores esses detalhes triviais do dia-a-dia das pessoas em foco? É uma revista séria ou um órgão de sensacionalismo marrom? E por aí ele vai:

“Quando Época apareceu em sua porta, (...) Ustra pediu licença e consultou Joseíta. Voltou dez minutos depois. Desculpou-se pela demora e deu início a uma conversa de quatro horas”.
De novo, o que interessa isso? Um marido consultar sua esposa sobre um assunto que envolve a família é algo incomum?

E continua, com o seu assunto que nada tem a ver com a matéria que ele havia proposto:

“ A casa de Ustra se assemelha a muitas residências de militares da reserva e altos funcionários públicos de Brasília. Com samambaias e uma grande churrasqueira do lado de fora, tem um estilo impessoal, que lembra uma habitação funcional”.
Nem sei como eles viram a churrasqueira. Só se, enquanto esperavam, aproveitaram, sem autorização do casal, para espiar, pelos vidros das portas da sala, a parte dos fundos da casa, que pode ser impessoal para ele, mas que, para Ustra e sua mulher, cada cantinho tem um significado especial e vinte anos de sacrifícios para pagar. Por que tantos detalhes da vida privada do casal? Falta de assunto, apesar de ter nas mãos um texto de 31 páginas, mas que a ele não interessava explorar?

E, continuam as observações:
“Há objetos característicos de uma classe média mais antiga”
“Grossas garrafas de cristal usadas para servir uísque, vodca e uma bebida cor de Campari.
De novo as conclusões do repórter são erradas: as garrafas contém líquidos com anilina, recurso muito usado para dar colorido ao cristal.

E o documento que recebeu para investigar e procurar a prometida “imparcialidade”? Nada disso. Pretenderam uma matéria, grande, intrigante e fantasiosa para impressionar. Foi o recurso de “encher lingüiça”, para não ter que esmiuçar o conteúdo do documento.

O alvo passa a ser uma mesa com porta retratos da família:
“O mais destacado mostra o coronel em viagem ao exterior - sorridente, esquiando”.

“O ambiente é calmo mas há uma tensão permanente no ar, como se ali todos estivessem em vigília.” Joseita fala o tempo inteiro. Ustra faz um ou outro comentário durante as pausas da mulher. Em determinado momento, levanta-se, vai até a cozinha e volta com uma bandeja com torradas e patê.

O documento de defesa e as Folhas de Alterações também não interessam. Para que entrar na história que está contada nas trinta e uma páginas? Melhor passar para o público sua visão de psicólogo. Nem sei onde ele viu todos em vigília, já que na sala só estavam ele, o fotógrafo e o casal, este último muito confiante de que, dessa vez, alguém daria uma chance de sua história ser contada com imparcialidade. Não tinham por que estarem tensos. Os donos da casa viam no repórter um menino, que poderia ser um neto, prometendo escrever sobre os documentos a ele fornecidos. O repórter, na sua dissimulação, trocou confiança por vigília

Já que entrou em tantos detalhes supérfluos, não entendemos por que não escreveu que o coronel foi à cozinha porque sua mulher estava impossibilitada de caminhar sem o andador que está usando nos últimos tempos. Repórter estranho... Será que esse detalhe para ele não tem importância?

Essa é a primeira página. Na seguinte, uma foto do coronel em toda ela.

Aí, começa o “julgamento”. Os tópicos do documento são praticamente ignorados, até que, finalmente, surge um dado razoável. Creio que, em raríssimas vezes, o número dos militantes subversivos e terroristas que perderam a vida chega perto de um limite razoável - 300 mortos. Mas a finalidade dessa aproximação com a realidade, é dizer que o número de mortos de seu comando (47) é “uma soma considerável”. Não cita que dessa lista, no documento entregue a ele, 10 militantes estão relacionados separadamente, por não serem de responsabilidade de seu comando.

Como os “Tribunais Vermelhos” da época da luta armada, jornalistas desse tipo são juízes e carrascos. Fazem o “justiçamento”, sem direito à defesa.

Preferiu colocar apenas a versão de um homem, que desde os 16 anos , juntamente com seu pai assaltava e participava ativamente da luta armada; preferiu repetir a mentira de uma atriz, que inclusive não quis dar entrevista; de uma militante do PC do B , e da irmã de um militante do PORT que movem um processo contra Ustra; continua com a afirmativa, que hoje nem os militantes de esquerda acreditam- que os grupos armados lutavam contra a ditadura.

O repórter cita as versões dos militantes, mas omite qualquer comentário sobre o capítulo 9, intitulado: “Verdades dos detratores”, em que Ustra contradiz as acusações .

E vem a dúvida na cabeça do casal: será que ele leu o documento?

Aproveita um gráfico cuja fonte é o Brasil Nunca Mais, onde diz que a tortura recrudesceu depois do AI-5, em 1968, e cujo o pico, segundo o gráfico é em 1970, caindo vertiginosamente até 1974.

Ustra assumiu o comando do DOI em 29 de setembro de 1970 e saiu, em gozo de férias em 04/01/1974 , em 23 de fevereiro, entrou em trânsito, vindo para Brasília, para assumir nova função. No período que ele comandou, o gráfico é visivelmente desfavorável a afirmação , que, com a maior tranquilidade o repórter faz:
“Ustra acabou identificado como símbolo daquilo que o regime militar brasileiro produziu de mais nocivo – a crueldade, a morte, o desaparecimento, a violência contra cidadãos desarmados e sem defesa”.

Em mais de um terço de página faz considerações a respeito da Lei da Anistia, comparando o Brasil a países sul-americanos, além de associações com Guantánamo.
Os promotores que moveram o processo contra dois comandantes do DOI de São Paulo também são jovens. Também conhecem a história por meio de parte da mídia e por declarações de ex-militantes da esquerda revolucionária.

As vítimas da violência da luta armada, para as quais seriam sugeridas indenizações (segundo ele, foco principal da matéria) ficam reduzidas a citação específica de dois casos: Cardênio Jayme Dolce e, segundo a reportagem, "o capitão Carlos Lamarca com um grupo guerrilheiro julgou e condenou á morte um tenente do Exército enviado em sua captura"`

É muita displicência para quem queria fazer uma reportagem sobre as vítimas do terrorismo. Nem a história do Tenente da Polícia Militar de São Paulo, Alberto Mendes Júnior, refém trocado por um grupo de subordinados feridos em uma emboscada e que , depois foi morto , a coronhadas pelo grupo de Lamarca, ele conhece.

A fim de informar os que ainda não sabem, foram 120 mortos vítimas dos terroristas e centenas de cidadãos com seqüelas. Entretanto, as entidades de direitos humanos e as autoridades do momento, além de alguns segmentos da mídia, não estão preocupados com eles, nem com suas famílias. A dor tem mais intensidade se for do mesmo credo e viés.
O repórter omite mais um capítulo do documento que recebeu, A VALA DE PERUS, onde é explicado porque alguns presos eram enterrados com nomes falsos. Pinça trechos e escreve:
“Ustra diz que Tuma comparecia com freqüência ao DOI e que teria conhecimento de tudo o que acontecia ali, inclusive que pessoas mortas pelo regime teriam sido enterradas com nomes falsos.”

E de insinuação em insinuação, o repórter que “queria fazer uma entrevista sobre as vítimas do terrorismo”, vai fazendo seu julgamento, sem dar chance ao coronel de apresentar sua defesa.

Segundo diz na reportagem, o documento que ele recebeu está no Portal da revista. E quem não o acessar ou não dispuser de computador?

Restarão apenas as denúncias de ex-militantes da luta armada, as deturpações, as insinuações e as conclusões impertinentes do repórter Matheus Leitão.

Quanto a ele, a mulher do coronel, várias vezes se pergunta: será que foi Matheus que escreveu a matéria publicada na Época ou teve o dedo de mais alguém?
.
De um modo ou de outro, porém, ela se sente traída.

Mais uma vez a mentira e omissão imperam sobre os fatos.

Um comentário:

Anônimo disse...

A "MESA REDENTORA"???

Em 1964 os militares construíram uma "mesa" com quatro "pés", como devem ter todas as mesas que se prezem. Os "pés" da "mesa" dos militares eram representados pela Igreja Católica, pelo Judiciário, pelos Bancos e pelo Sr. Roberto Marinho (depois Rede Globo). Em cima da "mesa", os militares, embaixo os comunistas e todos os chamados inimigos da Pátria.

E hoje? A "mesa" continua com a mesma estrutura, agora já não sustentada por "pés", mas por "patas", ou seja: A Igreja, não mais a Católica e sim a da "libertação" associada a do "reino do demônio", o mesmo Judiciário, composto como naquela época de uma maioria de juízes despreparados, despóticos e venais, os Bancos, com a mesma sanha agiotista de sempre e a Rede Globo, agora com os rebentos do Sr. Marinho mercenariamente a serviço dos poderosos de plantão.

Quem está agora em cima da "mesa"? Os perdedores de 1964, os comunistas e os tais inimigos da Pátria.

Embaixo da "mesa" os militares. E ao que tudo indica os militares do presente, não têm a honradez e a coragem inerentes àqueles de 64 para doravante desmontarem a "mesa" e extinguirem de uma vez por todas com os que estão ou já estiveram por cima da "mesa" nos últimos e infelizes tempos para os verdadeiros brasileiros.

Até quando?



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