Notícias Militares

segunda-feira, 7 de abril de 2008


PALESTRA DO EXMO. SR . GENERAL DE EXÉRCITO GAZZINEOALOCUÇAÕ SOBRE A REVOLUÇÃO31 DE MARÇO DE 1964EVENTO EM FORTALEZA-CENO MEMORIAL AO MARECHAL CASTELO BRANCO-


Minhas Senhoras, meus Senhores.- Mais uma vez estamos aqui reunidos, cumprindo uma tradição aocomemorarmos esta notável data de nossa História – História com"H"maiúsculo – rememorando os fatos e os feitos que marcaram a vida denossa querida Pátria.- É bem verdade que, ao longo desses quarenta e quatro anos, estacomemoração vem perdendo o brilho que ela merece. Talvez pelocomodismo de alguns, pela conveniência de outros e até pelo medo deretaliações daqueles que não nos perdoam pela retumbante derrota quelhes impusemos no passado.- Vemos neste momento, aqui presentes, corajosos veteranos da lutaque se travou para salvar o nosso Brasil da traição daqueles quetentaram implantar, por todos os meios, uma doutrina exótica eincompatível com a índole do nosso povo.- Nos regozijamos com a presença neste evento de Oficiais Generais(dentre os quais ressaltamos o nosso decano, Gen-Ex Tácito TheofiloGaspar de Oliveira) e tantos outros Oficiais e Praças da Reserva daMarinha, do Exército, da Força Aérea, da Polícia Militar e do Corpode Bombeiros do Ceará –inclusive jovens alunos de seus ColégiosMilitares-,de verdadeiros Amigos Civis e de Senhoras, todos mantendoa fronte erguida e portando os seus ideais, como se bandeiras fossem,na justa exaltação dos nossos feitos.- Sentimos a ausência de muitos companheiros da ativa que por certoestarão, nesta oportunidade, participando de outras importantesatividades correlatas, mas que merecem a nossa confiança, na certezade que saberão honrar os princípios e os compromissos assumidos nosagrado juramento feito perante o pavilhão auriverde. Com muitasatisfação registramos a presença do Comandante do 23º BC- BatalhãoMarechal Castelo Branco-, que tão bem representa os seus pares ematividade.- Toda a Nação assistiu, amargurada e preocupada, os desmandos e aanarquia que grassavam nos idos de 1963 e início de 1964 e reagiuuníssona levando as Forças Armadas a uma ação preventiva paraestancar o assalto ao poder arquitetado por maus brasileiros. Muitos de nós acompanhamos e participamos do basta que impusemos àcamarilha que se apossava do governo e das instituições deste País eaqui continuamos vivos, em estado de alerta para defendê-lo emqualquer oportunidade e circunstância.Não podemos esquecer a magnitude desta data e mais que isso temos aobrigação de transmitir a verdadeira verdade aos nossos jovens.Verdade encoberta e distorcida por uma insidiosa campanha parareescrever a História, por meio de mentiras, interpretaçõesfalaciosas e insultos disseminados nas salas de aula, na mídiaescrita falada e televisiva por meio de mini-séries, novelas, artigose entrevistas conduzidas pelos derrotados daquela época, que nãoconseguem encobrir o desejo sórdido de vingança. Vingança buscadapelo garroteamento e vãs tentativas de desmoralização das ForçasArmadas e pela destruição dos princípios éticos e morais da sociedade. Não pregamos a indisciplina, não cultuamos o ódio, buscamos aconvivência saudável e pacífica, bem como a união entre osbrasileiros, mas não podemos silenciar quando a anistia pelos crimeshediondos praticados que lhes oferecemos é usada para bonificar eexaltar facínoras, ladrões e assassinos. A obra moralizadora, os feitos econômicos e o desenvolvimentoalcançado pelos chamados "governos militares" ou mesmo na "ditadura",como chamam os nossos detratores, são negados, mascarados ou mesmousurpados cinicamente, como se fossem germinados nas políticas atuais. Como podem encobrir os resultados alcançados no campo social,como o "Estatuto da Terra", o FUNRURAL e tantos outros benefíciospara a população. Como podem menosprezar os avanços na Economia, nasobras de Infra-estrutura no campo das Comunicações, do Transporte, naEducação e na Segurança. Como desprezar a organização, a competência, a seriedade, aética, e a honestidade na condução da coisa pública, absolutamenteclaras naquele período e atualmente ostensivamente relegadas. A firmeza, a determinação e a coragem em enfrentar osbaderneiros que seqüestravam, assaltavam bancos e realizavamatentados covardes, especialmente a tentativa de implantar guerrilhasem nosso território, nos livrou dos graves problemas que hojepoderiam resultar em estabelecimento de zonas liberadas, como, nopresente, vicejam em paises vizinhos, cometendo toda sorte deatentados e atos criminosos. Combatê-los foi difícil, muito difícil,enfrentando indivíduos empedernidos e fanáticos que se aproveitavamde jovens iludidos para as suas ações traiçoeiras. Quanto destemor equanto sacrifício foram necessários nessa luta que nos faz lembrarGuerra Junqueiro quando diz: "Quando a arma legal que mata defende a dignidade e a liberdade deviver, os Santos choram, mas não acusam" E hoje, especialmente hoje, temos o dever de justiça de ressaltare homenagear a figura de um homem que, juntando-se à figura impar deCaxias, se transformou em um ícone dos nossos ideais e dos nossosprincípios. Na pessoa do MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO, queremosprestar o nosso preito de gratidão a todos aqueles, civis emilitares, que sofreram, que combateram e até ofereceram as suasvidas em busca de uma verdadeira Democracia, com ordem, justiça,segurança e dignidade. Não a um arremedo de Democracia que sirvapara encobrir a ladroagem, o cinismo, o engodo e a luta despudoradapelo poder. MARECHAL HUBERTO DE ALENCAR CASTELOBRANCO, um brasileiro,cearense ilustre , militar competente, combatente Febiano, lídercorajoso, íntegro, estadista sereno e democrata inconteste, que,assumindo o governo de um pais destroçado, com os seus meios deprodução emperrados, com a administração caótica e com uma inflaçãogalopante, soube, mercê da força do seu caráter e do seu exemplo, nosconduzir por caminhos tão seguros e promissores, fixando as basessólidas para o avanço Político, Social e Econômico dos que lhesucederam. Que o bom Deus o tenha em sua glória, pelos seus merecimentos,pelo que nos legou e pelas fervorosas preces de todos nós. SALVE A REVOLUÇÃO DE 31 DE MARÇOS DE 1964 GEN-EX REF DOMINGOS MIGUEL ANTÔNIO GAZZINEO

Um comentário:

Anônimo disse...

Que falta nos fazem generais da estirpe de Castelo Branco, Médici, Geisel, Costa e Silva e outros que foram tão corretos e heróicos no cumprimento do dever... Será que ainda temos alguns assim nas nossas FFA????