Um Governo Vendilhão
Luís Mauro Ferreira Gomes
Em 13 de abril de 2008
Lula: Soberania do Território é do Estado brasileiro. Presidente diz não haver “nação indígena”, descartando temor manifestado pelo Comandante Militar da Amazônia.
Jaílton de Carvalho e Deborah Berlinck (O Globo, 12/04/2008 – O País, pág. 12)
Da Holanda, onde se encontra em mais um de seus passeios, o presidente da República voltou a nos chocar, se é que isso ainda é possível, com declarações que parecem vir de um bobo alienado, mas que, na pratica, servem muito bem aos seus propósitos e negócios escusos.
Desta vez, teve a desfaçatez de tentar desmerecer os pronunciamentos de alerta à Nação, corajosos, verdadeiros e patrióticos, do Exmo. Sr. Comandante Militar da Amazônia, General-de-Exército Augusto Heleno Ribeiro.
Para negar a existência de nações indígenas, o presidente usou o seu tradicional estilo de nada ver e nada saber – ou melhor, de somente ver e saber o que lhe convém. Realmente, elas ainda não existem de direito, embora, de fato, já estejam aí. Ele e seu governo criaram todas as condições para isso, e continuam a empenhar-se, com todas as forças, para que o reconhecimento formal se dê o mais brevemente possível.
Por aparente coincidência, as declarações presidenciais sobre questões tão importantes para a soberania nacional foram feitas no exterior, justamente, na Holanda, onde, tudo indica, residem alguns de seus mais interessados patrões internacionais.
A matéria, cujas manchetes estão destacadas acima, traz, ainda, referência ao presidente da FUNAI, o senhor Márcio Meira, que, segundo os jornalistas, sustenta o absurdo de que, “diferentemente do que diz o General, a reserva exclusiva para usufruto dos índios é que dará segurança e integridade ao território brasileiro”.
Para desmontar a mentira de um ilustre desconhecido, nada melhor do que o irretorquível e contundente depoimento que tem circulado em vídeo, pela internet, dado, assim que começou a gestação desse processo camuflado de venda de partes do território nacional, por um verdadeiro patriota, o respeitadíssimo sertanista e indigenista brasileiro Orlando Villas Boas, falecido em dezembro de 2002, que, com rara precisão, previu tudo o que está acontecendo, e os traidores procuram negar (*).
É muito suspeita a fúria irracional com que o Presidente, seu governo e seus aliados defendem a alienação de extensas áreas do nosso território, maiores do que a maior parte dos países europeus, para “usufruto” de poucos milhares de índios, em sua maioria aculturados – alguns, sequer, brasileiros – e de seus mentores estrangeiros.
É importante que pensemos sobre algumas questões:
- O que os faria aceitar o desgaste de se contraporem à Nação em uma empreitada tão arriscada e geradora de tamanho desgaste político?
- Quanto valeria a demarcação de tantas terras e reservas indígenas na conta secreta de um partido político ou de algum empresário testa-de-ferro, em um paraíso fiscal qualquer?
Para os inocentes que ainda possam pensar que isso não passa de “teoria da conspiração”, a confirmação final de tudo encontra-se na edição de 13 de abril do jornal O Globo:
Bolívia: povos indígenas declaram autonomia.
Governo de Evo Morales apóia medida que não tem respaldo na constituição atual.
Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. Cinco povos indígenas aliados do Presidente Evo Morales declararam ontem suas autonomias (...). O vice-presidente Álvaro García Linera estava presente à declaração, que contou com o apoio de Morales. – Estamos aqui diante de um momento histórico da república, da constituição das primeiras autonomias indígenas do nosso território – disse García Linera (...). (...) Todas elas (as tribos) estão, pelo menos em parte, dentro do território de Santa Cruz, o mais rico entre os departamentos que pretendem conquistar maior autonomia em relação ao governo central boliviano. (...) Segundo ele (Linares), a declaração está dentro das normas da Declaração dos Direitos Indígenas aprovada pela Organização das Nações Unidas e ratificada pelo Congresso Nacional Boliviano. (...) A medida aprovada ontem pelas tribos indígenas e apoiada pelo governo, certamente aumentará a crise entre La Paz e os cinco departamentos que buscam maior autonomia. (...) A União Européia divulgou um comunicado em que diz lamentar a situação de tensão no país e estar disposta a facilitar uma negociação entre os dois lados.
(O globo, 13/04/2008 – O Mundo, Pág. 43)
Se substituirmos os nomes do país, do departamento e das autoridades, pelos correspondentes brasileiros, veremos o que nos espera se nada fizermos.
O presidente – que se diz o único que não pode mentir, mas vive num eterno primeiro de abril – não vê risco na existência das terras indígenas que insiste em homologar, porque, neste momento, é ele a maior ameaça às nossas instituições, à nossa soberania e à integridade do nosso território.
Se vivêssemos sob a proteção de um verdadeiro Estado de direito, há muito, já lhe teriam sido cobradas, política ou penalmente, as práticas exóticas e deletérias que vêm sendo perpetradas, sistematicamente, por ele e por seus auxiliares.
Não é mais possível esperarmos. Está em jogo a nossa sobrevivência como nação livre e soberana.
A omissão seria traição que jamais teria o perdão das gerações futuras.
Temos de nos unirmos a todas as forças ainda não corrompidas da sociedade para, juntos, demolirmos, o quanto antes, o esquema perverso e subversivo implantado para a perpetuação da ditadura que nos acomete.
É um dever inalienável de todos nós.
Luís Mauro Ferreira Gomes
Em 13 de abril de 2008
Lula: Soberania do Território é do Estado brasileiro. Presidente diz não haver “nação indígena”, descartando temor manifestado pelo Comandante Militar da Amazônia.
Jaílton de Carvalho e Deborah Berlinck (O Globo, 12/04/2008 – O País, pág. 12)
Da Holanda, onde se encontra em mais um de seus passeios, o presidente da República voltou a nos chocar, se é que isso ainda é possível, com declarações que parecem vir de um bobo alienado, mas que, na pratica, servem muito bem aos seus propósitos e negócios escusos.
Desta vez, teve a desfaçatez de tentar desmerecer os pronunciamentos de alerta à Nação, corajosos, verdadeiros e patrióticos, do Exmo. Sr. Comandante Militar da Amazônia, General-de-Exército Augusto Heleno Ribeiro.
Para negar a existência de nações indígenas, o presidente usou o seu tradicional estilo de nada ver e nada saber – ou melhor, de somente ver e saber o que lhe convém. Realmente, elas ainda não existem de direito, embora, de fato, já estejam aí. Ele e seu governo criaram todas as condições para isso, e continuam a empenhar-se, com todas as forças, para que o reconhecimento formal se dê o mais brevemente possível.
Por aparente coincidência, as declarações presidenciais sobre questões tão importantes para a soberania nacional foram feitas no exterior, justamente, na Holanda, onde, tudo indica, residem alguns de seus mais interessados patrões internacionais.
A matéria, cujas manchetes estão destacadas acima, traz, ainda, referência ao presidente da FUNAI, o senhor Márcio Meira, que, segundo os jornalistas, sustenta o absurdo de que, “diferentemente do que diz o General, a reserva exclusiva para usufruto dos índios é que dará segurança e integridade ao território brasileiro”.
Para desmontar a mentira de um ilustre desconhecido, nada melhor do que o irretorquível e contundente depoimento que tem circulado em vídeo, pela internet, dado, assim que começou a gestação desse processo camuflado de venda de partes do território nacional, por um verdadeiro patriota, o respeitadíssimo sertanista e indigenista brasileiro Orlando Villas Boas, falecido em dezembro de 2002, que, com rara precisão, previu tudo o que está acontecendo, e os traidores procuram negar (*).
É muito suspeita a fúria irracional com que o Presidente, seu governo e seus aliados defendem a alienação de extensas áreas do nosso território, maiores do que a maior parte dos países europeus, para “usufruto” de poucos milhares de índios, em sua maioria aculturados – alguns, sequer, brasileiros – e de seus mentores estrangeiros.
É importante que pensemos sobre algumas questões:
- O que os faria aceitar o desgaste de se contraporem à Nação em uma empreitada tão arriscada e geradora de tamanho desgaste político?
- Quanto valeria a demarcação de tantas terras e reservas indígenas na conta secreta de um partido político ou de algum empresário testa-de-ferro, em um paraíso fiscal qualquer?
Para os inocentes que ainda possam pensar que isso não passa de “teoria da conspiração”, a confirmação final de tudo encontra-se na edição de 13 de abril do jornal O Globo:
Bolívia: povos indígenas declaram autonomia.
Governo de Evo Morales apóia medida que não tem respaldo na constituição atual.
Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. Cinco povos indígenas aliados do Presidente Evo Morales declararam ontem suas autonomias (...). O vice-presidente Álvaro García Linera estava presente à declaração, que contou com o apoio de Morales. – Estamos aqui diante de um momento histórico da república, da constituição das primeiras autonomias indígenas do nosso território – disse García Linera (...). (...) Todas elas (as tribos) estão, pelo menos em parte, dentro do território de Santa Cruz, o mais rico entre os departamentos que pretendem conquistar maior autonomia em relação ao governo central boliviano. (...) Segundo ele (Linares), a declaração está dentro das normas da Declaração dos Direitos Indígenas aprovada pela Organização das Nações Unidas e ratificada pelo Congresso Nacional Boliviano. (...) A medida aprovada ontem pelas tribos indígenas e apoiada pelo governo, certamente aumentará a crise entre La Paz e os cinco departamentos que buscam maior autonomia. (...) A União Européia divulgou um comunicado em que diz lamentar a situação de tensão no país e estar disposta a facilitar uma negociação entre os dois lados.
(O globo, 13/04/2008 – O Mundo, Pág. 43)
Se substituirmos os nomes do país, do departamento e das autoridades, pelos correspondentes brasileiros, veremos o que nos espera se nada fizermos.
O presidente – que se diz o único que não pode mentir, mas vive num eterno primeiro de abril – não vê risco na existência das terras indígenas que insiste em homologar, porque, neste momento, é ele a maior ameaça às nossas instituições, à nossa soberania e à integridade do nosso território.
Se vivêssemos sob a proteção de um verdadeiro Estado de direito, há muito, já lhe teriam sido cobradas, política ou penalmente, as práticas exóticas e deletérias que vêm sendo perpetradas, sistematicamente, por ele e por seus auxiliares.
Não é mais possível esperarmos. Está em jogo a nossa sobrevivência como nação livre e soberana.
A omissão seria traição que jamais teria o perdão das gerações futuras.
Temos de nos unirmos a todas as forças ainda não corrompidas da sociedade para, juntos, demolirmos, o quanto antes, o esquema perverso e subversivo implantado para a perpetuação da ditadura que nos acomete.
É um dever inalienável de todos nós.
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