quarta-feira, 23 de abril de 2008
UM GOVERNO TRAIDOR
Um Governo Traidor
Luís Mauro Ferreira Gomes
Em 23 de abril de 2008
Fecha-se o cerco ao Brasil com a eleição do ex-bispo “progressista” José Lugo para a presidência do Paraguai. O sítio completa-se com presença incômoda, principalmente, dos governos da Bolívia, do Equador, da Argentina e da Venezuela, sob a influência do bolivarianismo extemporâneo do ditador Hugo Chávez, que os financia, à custa da miséria de seu povo, com os extraordinários lucros dos petrodólares de seu país e com os dos narcodólares de seus aliados terroristas das FARC.
A quinta coluna já está encastelada no Estado brasileiro, representada pelo presidente e por seus correligionários.
Se isso parecer estranho a alguns, basta lembrar-lhes de que o nosso presidente sempre demonstrou forte afinidade, mais do que isso, cumplicidade, com as ações antidemocráticas internas e as intervenções de Chávez nos assuntos internos dos demais países latino-americanos, inclusive, no Brasil.
A mesma atitude manifestou com relação às FARC, parte integrante do projeto do caudilho venezuelano, não tendo, sequer, hesitado em condenar a Colômbia, quando esta, legitimamente, atacou os “narcoguerrilheiros” colombianos em território do Equador, cujo governo lhes oferecia refúgio.
Sobre o caso paraguaio, a imprensa noticia que, se for aumentado o valor pago pela energia gerada em Itaipu, serão os consumidores brasileiros que pagarão a conta. Não há qualquer novidade nisso. Já são eles mesmos que pagam, com impostos confiscatórios extorsivos, a conta dos desmandos desse governo e dos desvios de dinheiro público por agentes governamentais e integrantes da base aliada em todos os níveis.
Como aconteceu com a tomada “manu militari” dos bens da Petrobras por Evo Morales, o presidente, inicialmente, finge defender os interesses nacionais, mas manda assessores tranqüilizarem o governante hostil, para, logo em seguida, ceder a todas as exigências, com a desculpa de que “é preciso ser generoso com os países pobres”.
O senhor Luiz Inácio da Silva nunca foi, verdadeiramente, presidente do Brasil, uma vez que, sempre e somente, tem agido como militante político a defender a ideologia alienígena, desagregadora e internacionalista do seu partido.
É o que explica essa opção preferencial pelos pobres dos outros países, dispensando-lhes as dívidas e fazendo-lhes generosas doações, tudo com o dinheiro do nosso povo, enquanto deixa ao desamparo os sofridos cidadãos brasileiros, que não contam com os serviços essenciais de um Estado, minimamente aceitáveis.
Aos nossos pobres, somente, bolsas-esmola eleitoreiras que estimulam a vagabundagem e perpetuam a pobreza, essencial à sobrevivência da sua legenda embolorada.
Prova eloqüente são os serviços públicos de saúde, segurança, educação e infra-estrutura, praticamente, inexistentes. A segurança nacional também está nos níveis mais críticos jamais experimentados, mercê de políticas, supostamente, sociais suicidas e do abandono irresponsável das nossas Forças Armadas, por revanchismo dos derrotados de ontem, e para neutralizar a única instância ainda capaz de nos salvar do desastre iminente.
A principal estratégia da política desse governo parece clara: destruir os nossos valores e tradições comuns, para enfraquecer a identidade nacional que nos une, herdada dos portugueses e, até agora, mantida por nós, com grande sacrifício e rara eficiência, ao mesmo tempo em que se estimula a criação de vários enclaves étnicos ou sociais: indígenas, quilombolas, de negros, dos “sem-isso” e dos “sem-aquilo”, todos acima das leis do País. Brevemente, virão as tentativas regionais de separação (no Sul, em São Paulo, no Nordeste e no Norte).
Se nada fizermos para por fim a esses traidores da Pátria, seguir-se-á o fim do Brasil que conhecemos, para a imposição da síntese final, a criação da grande nação bolivariana – desvario onírico de Hugo Chávez transformado em quimera que, inexplicavelmente se alastra – na qual, se sobrevivermos, seremos escravos da nova ordem comunista, fadados a sustentar a gorda, corrupta e esbanjadora burocracia partidária e os seus compromissos internacionais.
Nova ordem de um comunismo que dizem ter acabado, porque – depois dos estragos terríveis que causou em todos os lugares onde se instalou – foi banido, pelo menos nas suas formas mais deletérias, de quase todos os países do mundo, mas persiste, com força cada vez maior, na América Latina, tendo saído do estado de latência em que se encontrava confinado em Cuba, para assumir a forma paroxística que contaminou quase todos os países latino-americanos, lamentavelmente, também o Brasil.
É incompreensível a leniência com que a sociedade brasileira trata essa infiltração no governo e no congresso. É, igualmente, inaceitável que uma minoria barulhenta e enganadora, mediante os mais variados ardis, a maioria deles, ilegais, possa ter tanta influência na vida da nossa Nação. Os partidos comunistas, assim como aqueles que, embora disfarçados, professam a mesma ideologia, deveriam ser considerados ilegais, pelas mesmas razões que o são partidos nazistas, dos quais são a outra face. A outra face de uma mesma moeda que só compra a desgraça de todos os que a usam.
A manifestação do General Heleno sobre a política indigenista brasileira abriu uma nova fase evolutiva na nossa conjuntura. O alerta do General, pela primeira vez, evidenciou o isolamento do governo, que, a cada dia, se distancia mais da sociedade.
Todas as matérias divulgadas a favor da demarcação contínua das terras indígenas tiveram, como fonte, o presidente da FUNAI, o advogado geral da União, o ministro da Justiça ou o próprio presidente da República, que, sabidamente, estão inteiramente envolvidos nesse projeto antinacional.
O senador Arthur Virgílio, embora se tenha expressado contra a política indigenista, revelou grande falta de visão e mesquinhez política ao criticar o Comandante Militar da Amazônia, simplesmente, por ter dito as verdades que todos sabem, mas alguns gostariam de esconder.
É mais um que não é capaz de identificar o verdadeiro inimigo, com o qual convive em grande harmonia. A maior ameaça à democracia já está instalada em várias instâncias do Estado brasileiro, sem que o senador tenha demonstrado qualquer preocupação com isso.
Sua Excelência, simplesmente, não percebeu, ainda, que os militares não representam risco para a democracia nem querem o poder. Apenas, como cidadãos que, também, o são, mesmo que o senador pareça desconhecê-lo, somam-se aos demais para exigir que o governo, seja ele qual for, cumpra a Constituição, respeite as leis, os valores e as tradições do País e defenda os interesses brasileiros acima de tudo, inclusive de objetivos pessoais ou partidários dissimulados, mas altamente lesivos à segurança nacional.
Existem coisas muito mais importantes do que modismos políticos transitórios.
Não é democrata quem permite a destruição do Estado de direito pelas forças que o ameaçam, sob a desculpa de que nada fazem, para não macular a democracia. Que democracia é essa para a qual as leis só existem para os outros? Quem assim se comporta, torna-se cúmplice, por covardia ou por interesse, das ditaduras para cujas existências colaboram.
Já passou da hora de acabarmos com essa divisão artificial entre civis e militares, que não existe em qualquer outra Nação, para juntos, pormos fim às aventuras bolivariana e comunistas que, tão gravemente, nos ameaçam.
Que todos nós, os brasileiros que amamos o nosso País, lutemos para recuperarmos o controle sobre os nossos destinos e seguirmos a nossa vocação manifesta de nação livre, respeitada por todos e subserviente a ninguém.
O autor é Coronel-Aviador reformado.
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