Notícias Militares

segunda-feira, 19 de maio de 2008

DESVIO DE FOCO PRESIDENCIAL






Desvio de foco presidencial (Luiz Gonzaga Lessa)


O general Heleno nunca falou o que o presidente pretende lhe imputar.
Estive presente à sua palestra no Clube Militar.
O presidente deliberadamente erra e torce os fatos.
A preocupação do general e de todos os que servem ou já serviram na área é com a integridade territorial e com a soberania do País, ameaçadas pela tresloucada política que está se implementando na Amazônia, com o Itamaraty totalmente comprometido com causas internacionalistas que atraiçoam o Brasil, em vez de defendê-lo com todo o empenho e competência, como era a tradição da Casa de Rio Branco.Assinar a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, em Genebra, em 13 de setembro de 2007, foi um crime de lesa-pátria que tem que ser denunciado à Nação e ao qual o presidente da República e o seu chanceler terão que responder por confrontar cláusula pétrea da nossa Constituição.
Esse é o perigo real, iminente, posto para as novas gerações de brasileiros, que uns poucos pelotões de fronteira a mais na Raposa Serra do Sol ou em outras regiões amazônicas não irão amenizar.
Essas pequenas unidades têm como missão básica, ainda que muito importante, a vigilância das fronteiras, mas não irão impedir que grandes áreas indígenas, contínuas, tornadas viáveis pela ausência de visão geopolítica, incompetência, inoperância e impatriótica ação governamental, venham, amanhã, sob as mais variadas motivações, a se declararem independentes, autônomas, apartadas da soberania brasileira, pois assim está previsto na malfadada declaração que o nosso embaixador firmou em Genebra, tomado de irrefletido e incompreensível entusiasmo, mas sob a orientação do governo Lula e do seu fraco e comprometido chanceler Amorim.Esse é o perigo futuro, e não venha se falar que o Congresso Nacional não referendará a espoliadora declaração, pois assim já o fez com a Convenção 169/OIT, em 2002, que contém todos os germes da autodeterminação indígena e que foi aprovada quase ao alheamento da opinião pública nacional.
Não torça os fatos, sr. presidente.Enfrente-os com dignidade e realismo, tendo a humildade de reconhecer que a sua decisão ao homologar a TI Raposa Serra do Sol, em área contínua, foi equivocada, impatriótica e geradora de conflitos freqüentes.
Muito significativo é observar a ausência de atuação do Exército naquela conflitante área, como a querer firmar a sua posição de que não vai ser cúmplice, não vai participar da impatriótica desintrusão de brasileiros que por mais de século estão na hoje terra indígena, outrora terra de ninguém e alvo da cobiça de potências européias, marcando com sangue e sacrifícios as lindes brasileiras.
O Exército é uma instiuição permanente que serve ao Estado e que tem que ser ouvido em assuntos que afetam a segurança nacional.
Como ontem, o Exército de hoje se mantém fiel à sua missão de garantir a unidade territorial e preservar a soberania do País, recusando-se, como fez no passado no declinar do Império, a ser capitão-de-mato e a retirar brasileiros das terras que, também, legitimamente lhes pertencem, conquistadas com incontáveis sacrifícios e abnegações, e que de fato e de direito asseguraram as nossas fronteiras no setentrião brasileiro.

Luiz Gonzaga Schroeder Lessa é general-de-exército

Um comentário:

Anônimo disse...

É do feitio esquerdopata distorcer
os fatos em seu favor e desancar
os que estão com a verdade.
Tal distorção,vindo de onde vem,não
causa estranheza.
Novidade seria concordar com o ge-
neral Heleno.
O "ranço" contra os militares con-
tinua por parte deste (des)governo
que temos.

Saudaçõe respeitosas.