Notícias Militares

segunda-feira, 30 de março de 2009

1964 - pertence à história



1964 pertence à história

Ternuma Regional Brasília

Luiz Carlos Loureiro.Cel Res

Com as palavras acima o Comandante do Exército respondeu aos repórteres, semanas atrás,acerca do discurso de despedida do serviço ativo proferido pelo Gen Cesário.Afinal,porque 1964 pertence à história?Inicialmente, porque já se passaram 45 anos.São quase duas gerações completas e tempo suficiente para reflexões desapaixonadas.

Revolução ou golpe?Pouco importa porque o primeiro termo identifica uma transformação radical nas estruturas e o segundo a tomada do poder pela força e aqui, cabe enquadrar, não só a força militar mas a do povo que clamava pelo fim da baderna conduzida intencionalmente pelo governo,que era comprometido com a quebra da ordem institucional.Para todos os que não viveram esse período recomendo uma visita aos arquivos públicos ou às páginas virtuais,onde se pode ler os jornais da época.Melhor seria denominá-la de Contra-Revolução preventiva que afastou os comunistas que já estavam no poder mas,ainda,faltava-lhes o governo.O movimento apoiado pela sociedade foi vitorioso,sem derramamento de sangue e,a partir daí,ocorreu a retomada do crescimento econômico e do progresso,dentro de Planos Nacionais de Desenvolvimento,que hoje são saudados pelos antigos oposicionistas como méritos do período pós-64.

Recentemente houve um intenso debate público entre leitores, jornalistas e renomados professores, acerca do que foi publicado num editorial do jornal Folha de São Paulo ao comparar os governos militares do Brasil com os de outros países da América Latina, classificando-os como uma “ditabranda” .Este fato também explica a oportuna resposta do Gen Enzo ao deixar para quem se detenha a estudar esse período da vida nacional,onde houve uma intervenção no processo político, mas não deixou de haver eleições e Judiciário,Congresso e Imprensa funcionaram,livremente,na maior parte do tempo.Cerca de 300 pessoas perderam a vida nos confrontos havidos contra a ordem legal,num ciclo aproximado de 20 anos,cujo auge foi entre os anos de 1968 e 1974 quando o terrorismo armado seqüestrou , assassinou e roubou,além de criar um foco guerrilheiro no sul do Pará.

Finalmente é preciso dizer que os militares são uma parte da sociedade brasileira e estão em sintonia com os ideais de paz, progresso e liberdade. O pensamento militar brasileiro vem sendo trabalhado e atualizado nos Estados-Maiores da Forças e nas Escolas que formam os doutores em ciências militares. Seminários, congressos e palestras são acompanhados pela comunidade acadêmica e pela mídia.Bancos de dados e a internet são também excelentes opções para historiadores e pesquisadores que queiram saber um pouco mais,para informar melhor.Na certa foi o que aconteceu com os editorialistas do jornal paulista.

Luiz Carlos Loureiro.Cel Res/Ex

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