O ALMOÇO DO FORTE
Não recebi nenhuma procuração para defender o Gen Enzo, mas, no presente momento, sinto-me na obrigação de fazê-lo por dois motivos, principalmente: conheci as razões que levaram a acontecer o almoço em homenagem ao Ministro da Defesa; a virulência de alguns ataques que vem recebendo. E a maioria dos seus atuais detratores são os mesmos que, há alguns meses, o aplaudiram entusiasticamente, quando compareceu à homenagem aos mortos de 27 de novembro de 1935, no último ano. Logicamente, é normal que uma mesma pessoa seja elogiada e depois criticada quando é responsável por atos que julgamos corretos ou não. O curioso é uma avaliação passar de um extremo ao outro em tão curto espaço de tempo.
Quanto ao almoço por ocasião do aniversário do Ministro, no Forte de Copacabana, julguei, também, a iniciativa inoportuna, pelo menos. No entanto, segundo uma norma de conduta que orienta minhas tomadas de posição, procurei conhecer o porquê do fato, antes de emitir algum pronunciamento. Liguei para o Quartel-General do Exército e acabei falando com o próprio Gen Enzo, que me esclareceu o seguinte: todos os anos é realizado um almoço no dia do aniversário do Ministro e a responsabilidade pelo evento fica para uma das Forças, em sistema de rodízio. Ao almoço, comparecem os três comandantes e outras autoridades militares. Este ano, cabe ao Exército a organização do almoço e tanto o Ministro, quanto os comandantes das Forças, estarão no Rio, devido à uma exposição de material de defesa (LAAD/2009) que acontecerá nesta capital.
Muitos podem questionar se o almoço deveria existir e respeito plenamente essa opinião. De qualquer forma, fica esclarecido que não se trata de uma iniciativa tomada este ano, especificamente para acontecer no Forte de Copacabana, mas sim rotina, certa ou errada, que, este ano, por força de circunstâncias alheias à vontade de quem quer que seja, acontecerá no Rio.
Alguns, entre os quais me incluo, julgarão que o Comandante do Exército, em face das circunstâncias, não tenha outra alternativa, além de promover o evento no Rio de Janeiro. Outros pensarão diferente. Estes têm todo o direito – o dever, mesmo – de continuar a expressar suas opiniões. Espero, somente, que o façam em nível de comedimento compatível com o que se espera da educação de um oficial do Exército. Pessoas inteligentes, com certeza, saberão encontrar argumentos para defender suas idéias, sem resvalar para a vulgaridade.
Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube Militar
Não recebi nenhuma procuração para defender o Gen Enzo, mas, no presente momento, sinto-me na obrigação de fazê-lo por dois motivos, principalmente: conheci as razões que levaram a acontecer o almoço em homenagem ao Ministro da Defesa; a virulência de alguns ataques que vem recebendo. E a maioria dos seus atuais detratores são os mesmos que, há alguns meses, o aplaudiram entusiasticamente, quando compareceu à homenagem aos mortos de 27 de novembro de 1935, no último ano. Logicamente, é normal que uma mesma pessoa seja elogiada e depois criticada quando é responsável por atos que julgamos corretos ou não. O curioso é uma avaliação passar de um extremo ao outro em tão curto espaço de tempo.
Quanto ao almoço por ocasião do aniversário do Ministro, no Forte de Copacabana, julguei, também, a iniciativa inoportuna, pelo menos. No entanto, segundo uma norma de conduta que orienta minhas tomadas de posição, procurei conhecer o porquê do fato, antes de emitir algum pronunciamento. Liguei para o Quartel-General do Exército e acabei falando com o próprio Gen Enzo, que me esclareceu o seguinte: todos os anos é realizado um almoço no dia do aniversário do Ministro e a responsabilidade pelo evento fica para uma das Forças, em sistema de rodízio. Ao almoço, comparecem os três comandantes e outras autoridades militares. Este ano, cabe ao Exército a organização do almoço e tanto o Ministro, quanto os comandantes das Forças, estarão no Rio, devido à uma exposição de material de defesa (LAAD/2009) que acontecerá nesta capital.
Muitos podem questionar se o almoço deveria existir e respeito plenamente essa opinião. De qualquer forma, fica esclarecido que não se trata de uma iniciativa tomada este ano, especificamente para acontecer no Forte de Copacabana, mas sim rotina, certa ou errada, que, este ano, por força de circunstâncias alheias à vontade de quem quer que seja, acontecerá no Rio.
Alguns, entre os quais me incluo, julgarão que o Comandante do Exército, em face das circunstâncias, não tenha outra alternativa, além de promover o evento no Rio de Janeiro. Outros pensarão diferente. Estes têm todo o direito – o dever, mesmo – de continuar a expressar suas opiniões. Espero, somente, que o façam em nível de comedimento compatível com o que se espera da educação de um oficial do Exército. Pessoas inteligentes, com certeza, saberão encontrar argumentos para defender suas idéias, sem resvalar para a vulgaridade.
Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube Militar
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