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quarta-feira, 11 de março de 2009

A LENINÊNCIA DAS "FORÇAS VIVAS DA SOCIEDADE"


A LENIÊNCIA DAS "FORÇAS VIVAS DA SOCIEDADE"
Ternuma Regional Brasília
Gen Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira

As "Forças Vivas da Sociedade" seriam os segmentos constituídos pelos formadores de opinião, indivíduos ou grupos, entidades, capazes de mobilizar, senão a totalidade, pelo menos segmentos da sociedade.
No Brasil, a definição soa como uma hilariante lorota. Não existem nem as "Forças Vivas" muito menos a "Sociedade", esta no seu sentido mais pertinente de conjunto unido pelos mesmos propósitos nacionais.
As "Forças Vivas" esta entidade abstrata que poderia assombrar os crápulas, os inescrupulosos, os corruptos e toda a sorte de malfeitores e malandros, com suas denúncias contundentes, não é mais do que um arremedo, um mero murmúrio inaudível aos ouvidos já moucos ou desinteressados de uma sociedade, cujos únicos apanágios são a passividade e a letargia, propositadas.
Na falta das "Forças Vivas", restam - nos um punhado de suicidas, os quais se atrevem a lutar e a denunciar, que caminhamos a galope em direção a ditadura comunista, conforme preconizado por Gramsci.
À nossa volta, assistimos estarrecidos países que alegremente, com o aval da maioria do populacho que, fagueiro, tem endossado novas cartas magnas, elaboradas para atender legalmente os desígnios de uma cartilha de esquerda.
Risonha e trefegamente, sem remorsos e sem delongas, populações inteiras entregam, "de mão beijada", o futuro democrático da nação aos destemperos de novos caudilhos populistas, sublinhando desavergonhadamente, com sua rubrica a submissão dos poderes judiciários e legislativos ao poder executivo.
E as "Forças não Vivas", mas reconhecidamente espertas aplaudem, euforicamente.
Nota - se, perfeitamente, que a liberdade de ação adquirida hoje pelo executivo é imitada pelos companheiros de esquerda que dominam os diversos escalões do poder e escancarada e desabridamente, literalmente governam a seu bel prazer os seus "feudos".
As decisões, as ações, as medidas, as portarias e normas editadas por alguns Ministérios e Autarquias, pela FUNAI, pelo IBAMA e congêneres são uma clara evidência de que o que vale é o fato consumado. Documento assinado é lei, aplique - se e doa a quem doer, cumpra ou vá reclamar ao bispo. A recente anistia do terrorista italiano e a rápida prisão e extradição para Cuba dos atletas cubanos que buscaram asilo no Brasil pelo Ministro da Justiça, nos mostram a dimensão do seu alcance, ao que parece ilimitado e incontrolável
O domínio total do executivo ocorre aos poucos, sem reação. Pode ser percebido através de leis e portarias de pouca ou nenhuma ressonância, ou mesmo de outras, de início repudiadas, mas que retornam travestidas e são aprovadas, após negociações e pequenos ou grandes custos.
Lembrai - vos da Venezuela, da Bolívia e, futuramente, do Equador e, quem sabe, do Brasil.
É bom lembrar que os ônus, não importando o seu tamanho, nada custam aos envolvidos, pois na maioria são escambos que envolvem cargos da alçada do Estado e verbas da própria Nação.
Assim, em surdina, ao arrepio da leniência ou incompetência das "Forças Vivas", dia - a - dia afundamos um pouco mais.
Mas não esqueçam, ainda poderá ficar pior.
Brasília, DF, 09 de março de 2009

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