Reajuste Militar...? Só um Milagre...? Última temporada.Texto:FONTE: O DIA – 18/12/2007Reajustes ameaçados Aumentos para servidores federais estão na lista dos cortes BRASÍLIA - Para readequar o Orçamento 2008 à perda da CPMF, o governo vai comprometer os reajustes em negociação ou já fechados com os servidores federais. Segundo o diretor da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputxdos, Wagner Primo, os R$ 3,9 bilhões que estavam destinados aos aumentos serão reavaliados. O fim da CPMF pode afetar também as contratações do governo para 2008. Parte das seleções previstas para substituir terceirizados deverá ser adiada. Com os futuros funcionários, estão previstos recursos de R$ 1 bilhão no Executivo, R$ 647 milhões no Judicário e R$ 106 milhões no Legislativo.Outra ameaça aos aumentos dos servidores da União vem do próprio ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Na reunião de amanhã com o presidente Lula, o ministro vai apresentar uma proposta para retardar as decisões sobre os reajustes. No caso do funcionalismo, do total de R$ 3,9 bilhões, R$ 3,7 bilhões seriam para o pessoal do Poder Executivo, e os restantes R$ 200 milhões iriam para o Judiciário.Ainda de acordo com Primo, na lista de cortes prioritários, os reajustes do funcionalismo perdem apenas para despesas do Executivo com passagens e diárias de servidores e ministros.“O próximo ano poderá repetir 2003, quando a área econômica só liberou recursos mínimos para a máquina pública funcionar. Alguns investimentos devem ser autorizados no segundo semestre, quando haverá previsão mais segura de receitas”, disse o chefe da consultoria da Câmara. Previsão inicial de 56 mil vagasAinda contando com os R$ 40 bilhões que a CPMF renderia em 2008, o governo tinha a intenção de contratar 56.348 pessoas por meio de concursos públicos. Esse número inclui vagas já existentes, que ainda precisam ser criadas e seleções já realizadas, mas cujos órgãos ainda não contrataram por causa da falta de recursos.Do total de vagas, 28.969 ainda não existem, dependendo de criação antes da realização do concurso. Para a substituição de terceirizados, estava prevista a abertura de 11.446 oportunidades. A chegada de funcionários do quadro próprio para o afastamento dos terceirizados é um compromisso firmado pelo governo com o MPT (Ministério Público do Trabalho).No Poder Executivo, os setores de Seguridade Social, Educação e Esportes são as que têm a maior previsão de vagas: 18.406 para as três, já somados postos novos e substituição de terceirizados. Em seguida vem o setor de Gestão e Diplomacia, com 3.977. Já para o Judiciário está prevista a abertura de 12.604 vagas.Negociações incluem os militaresO governo vem conversando há mais de um mês com os sindicatos em busca de um consenso para os reajustes dos servidores federais para 2008, 2009 e 2010. Algumas categorias já tinham até fechado acordos, como os professores universitários e os policiais federais. No entanto, o fim da CPMF pode mandar por água abaixo todos esses entendimentos. O governo não descarta nem mesmo rever os compromissos já assinados.As negociações envolvem quase todos os 1,3 milhão de funcionários do Poder Executivo. Os sindicatos prometem cobrar do governo o cumprimento de todas as promessas salariais. Os militares das Forças Armadas também estão no aguardo de uma posição do governo sobre reajuste. As conversas entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o presidente Lula apontavam para um aumento em duas parcelas, uma delas retroativa. Mas, sob o risco de ficar de mãos vazias, os militares pensam em abrir mão da retroatividade para garantir algum reajuste ainda este ano.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário