A FÉ NA MISSÃO DO EXÉERCITO

A FÉ NA MISSÂO DO EXÉRCITO, A DISCIPLINA E O RESPEITO AOS SUPERIORES HIERÁRQUICOS

Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira

A quem interessar possa

Eventualmente, escrevemos.
Denunciamos, criticamos, reclamamos, defendemos, pedimos, alertamos ou imploramos, contudo nunca vilipendiamos, destruímos, desvirtuamos, menosprezamos, tripudiamos ou desrespeitamos.
Esporadicamente, tocados por fato ou fatos que desabonem as Forças Armadas, em particular ao Exército Brasileiro, redigimos palavras de desagravo e divulgamos no modesto universo de uns poucos amigos e escassos leitores, buscando traduzir em poucas linhas os mesmos sentimentos, que entendemos, eles compartilham conosco, por concordância de enfoque ou de percepção, por amizade, por respeito, ou, até, por espírito de corpo.
Preferimos textos objetivos e concisos. Não virulentos, nem amargos ou depreciativos que possam de leve desdenhar a Instituição ou os seus Chefes. Nossa arraigada noção de disciplina não permitiria semelhante insubordinação e deselegância no trato militar.
Naquelas eventualidades, abordamos, em pouquíssimas vezes, embora motivos e assuntos escandalosos proliferem à beça, atos do atual desgoverno, que às claras desenha para a Nação um futuro petista–comunista, ou quando, através de medidas e atos imorais implícitos ou explícitos, flagrantemente, insiste em debilitar o Exército Brasileiro.
De resto, em nossas mensagens o nosso alvo principal é a nossa Instituição. Mas, por quê?
Simplesmente, por acreditarmos que nas Forças Armadas, na atualidade, repousa o átimo de dignidade que ainda resta nesta inefável Nação. E, por termos labutado, por mais de 42 anos no Exército e, sem demérito para as demais Forças Singulares, nossa atenção se volta, com especial atenção, para a decantada Força Terrestre.
Nossa admiração e o nosso respeito pela Instituição são deveras significativos, tanto que ao estudarmos, profundamente, sobre “O SIGNIFICADO, A IMPORTÂNCIA E A ATUALIDADE DOS VALORES MILITARES”, nos deparamos com uma indagação, que não nos consta, outro militar tenha se defrontado, em perscrutar - qual a dimensão e a grandeza de uma Instituição - capaz de estabelecer normas, princípios e valores que foram e são seguidos pelos seus integrantes?
Como foi construído este monumento chamado Exército Brasileiro? Como uma instituição militar adquiriu um porte grandioso como o Exército brasileiro? Ele possui uma IDENTIDADE? Uma PERSONALIDADE?
Desse modo, vasculhar a sua trajetória, a partir de seus primórdios, que consideramos oriundas das gloriosas instituições militares portuguesas da época do descobrimento, para encontrar respostas, foi o nosso desafio.
Assim, em 270 páginas elaboramos um estudo inédito sobre a Formação do Exército Brasileiro através dos Valores Militares; para isto, palmilhamos seu desenvolvimento ao longo dos anos. Um ingente trabalho que denominamos de “ANÁLISE DA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO EXÉRCITO BRASILEIRO ATRAVÉS DE SUA EVOLUÇÂO HISTÓRICA”. Este singular e laborioso estudo, um preito de admiração ao glorioso Exército de Caxias, fala por nós.

“O Exército Brasileiro, orgulhosamente credita a si uma boa parcela da base moral nacional, pois é inegável que a Nação teve a sua grandeza robustecida pelos valores militares. Uma contribuição que se estende do passado até os nossos dias, e entende como seu compromisso permanente o prosseguimento daquela participação, preservando os seus mais lídimos valores, buscando manter elevadas as virtudes militares como um apanágio indissolúvel da Instituição”.

Sublinhada a importância da Instituição e a nossa crença inabalável na sua missão, pode ficar a pergunta. Sim, mas quanto aos chefes militares? E a Disciplina e o Respeito aos Superiores Hierárquicos?

Ao que respondemos, em uníssono:

“As instituições militares em geral, e as militares nacionais em particular, e este tem sido o caso do Exército Brasileiro, subsistiram com base nos princípios da disciplina e da hierarquia. Na conjugação da Disciplina que rege a conduta, com o respeito à ordenação de subordinação entre os indivíduos, e a hierarquia, repousam os pilares das instituições militares”.

Meus amigos, durante a nossa vida profissional, na Ativa e na Reserva, nós acreditamos e praticamos, piamente, o que pregamos, como um dogma, considerando que a Disciplina, no universo castrense, é dever nobre, pois representa, quando imbuído da conscientização que a Instituição almeja, não o temor, senão o respeito espontâneo pelos Superiores Hierárquicos.

Por conclusivo, a quem interessar possa, asseveramos que a nossa Honra Pessoal decorre de um padrão de conduta, onde convergem soberanas, a Lealdade, o Culto à Verdade e a Probidade.

Brasília, DF, 14 de maio de 2009