Nossas batalhas

É, meus amigos, do jeito que as coisas andam e como diria o célebre gaúcho Aparício Torelly (marechal-almirante e brigadeiro do ar condicionado), nosso glorioso talvez não vencesse, hoje em dia, nem a Batalha de Itararé.As famosas Novelas de Cavalaria, aqui seriam também de Infantaria, Engenharia, Artilharia... só que, ao invés de contar os feitos de heróicos cavaleiros, trariam até nós as peripécias militares do Cavaleiro da Triste Figura - D. Quixote de La Mancha e de seu fiel escudeiro Sancho Pança (não um, mas muitos deles) que, montados em Rocinantes motorizados, sequer têm uma Dulcinéia para idealizar e defender, salvo se D. Marisa Letícia for adequada ao papel... O General Inverno derrotou Von Paulus e Napoleão; o grande Aníbal aplicou uma surra nos romanos; Caxias e Mascarenhas foram ímpares no Paraguai e na Itália... e agora assistimos nossos estrátegos serem rendidos, amarrados e amordaçados por reles ladrões de bancos no próprio QG Supremo. Se pelo menos a vitoriosa operação tivesse sido empreendida pelo Exército de Brancaleone, seria mais honroso para nós... are baba!!!Parece que, desde a época dos "doutores", nunca o glorioso esteve tão próximo da paródia grotesca das páginas de Miguel de Cervantes e do humor ferino do Barão de Itararé.

Sem extremismos, mas o vexame continuado não traz à baila a possibilidade de convocar o Analista de Bagé para que sejam novamente aplicadas as mil novecentas e sessenta e quatro "técnicas do joelhaço", latu senso?Nunca pensei em dizer isso, mas como faz falta um Leônidas (o vivo), não para comandar "os 300", mas para liderar os quase trezentos mil...

Um abraço,

Araujo