O Assalto no QG do Exército ou a Apoteose do DesrespeitoCom o moral ao rés do chão e com o orgulho em frangalhos, doravante, aproveitando a onda da gripe suína, aconselhamos aos militares a utilizarem à guisa de precaução contra o vírus mexicano, mas, ainda, para encobrir a face enrubescida, a máscara cirúrgica. O subterfúgio nos parece apropriado para escondermos o rosto da vergonha ao saber que uma dupla de reles assaltantes assaltou um banco sediado no Quartel - General do Exército.Após o triste evento, que caracteriza uma inimaginável afronta aos militares e uma monumental descrença no seu treinamento e no seu preparo profissional, além de um infame descaso e uma descabida afronta para com a Instituição, e contra tudo aquilo que ela deveria representar.A inconcebível audácia nos permite uma cristalina leitura da ocorrência, cujas raízes, mais profundas, vêm germinando e florescendo há alguns anos.O destempero ocorreu no rastro da falta de consideração para com as coisas da caserna que, infelizmente, alguns militares vêm construindo com desusado labor nas últimas décadas. Entendamos que a dupla de assaltantes teve o atrevimento de assaltar uma instalação militar pretensamente super vigiada e protegida e, cujas vias de acesso poderiam ser total e facilmente bloqueadas em curto espaço de tempo. No entanto, a reles e pífia dupla de marginais atreveu - se, descaradamente, a planejar e executar seu tosco plano. E o pior, certamente, a dupla esperava escapar, como escapou, até o momento presente.Assombra - nos, além da petulância, uma atitude ou a falta dela, que resume o nosso pesar, o DESRESPEITO da dupla de meliantes para com uma entidade, instituição ou qualquer órgão de repressão que possui na sua essência a força como instrumento de emprego e ação.Contudo, o ridículo para não qualificar de lamentável evento, tem suas raízes numa espiral de permissividade, passividade e impunidade consentidas que se arrastaram ao longo dos últimos anos, e que alimentaram um flagrante clima de desdém em relação à Instituição. Ao olharmos para o passado, fica difícil precisar quando tudo começou. Seria, durante os "anos de chumbo", que de "duros" só tiveram o nome? Aparentemente, não. Seria, quando simples sanções disciplinares passaram a ser arbitradas pela justiça comum? Seria, quando o Adido Militar no Reino Unido foi sumariamente afastado por clamor da "esquerdalha"? Seria pelo descaso da Instituição em relação aos militares que cumpriram sua missão e hoje são perseguidos e tachados de torturadores? Ou, seria pela falta de pudor em cobrir de méritos e medalhas conhecidos detratores e mesmo antigos terroristas? E o abandono do Tenente Vinicius, aquele do Morro da Providência? Quem sabe, seria a busca das ossadas dos mortos na Guerrilha do Araguaia, apenas para satisfazer o ego do "espaçoso" Jobim? Afinal, são tantas emoções.Por certo, vasculhando o passado, saltarão aos nossos olhos um turbilhão de atos e fatos que pavimentaram o caminho para o último (é melhor chamar de penúltimo, pois não sabemos o que nos aguarda no futuro) assalto, para o recente roubo dos sete fuzis, para o lançamento de livros e memoriais, monumentos e edificações que flagrantemente agrediram e agridem a dignidade da Força Terrestre.Todavia, sendo a esperança a última que morre, confiamos nas medidas que serão adotadas e que breve, a dupla de descarados seja, definitivamente, encarcerada pela fulminante atuação da Instituição.Finalmente, concluímos, desgraça pouca é bobagem.
Brasília, DF, 08 de maio de 2009
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
sábado, 9 de maio de 2009
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3 comentários:
Quem mandou serem Bananas e Melancias.Agora ,que tal chamar o MST p/ vigiar o quartel?
Como esperar alguma coisa que preste depois disso?
Depois da marcha pela da legalização da maconha no Rio, tendo à frente um Ministro de Estado?
É de se admirar a audacia desses criminosos, mais ainda a falta de segurança dentro de um quartel general na capital da republica, sede e berço do Comando Militar Brasileiro.
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