Notícias Militares

quinta-feira, 30 de abril de 2009

OS ESTERTORES DE UMA DEMOCRACIA FALIDA


OS ESTERTORES DE UMA DEMOCRACIA FALIDA
Ternuma Regional Brasília


Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
No Congresso Nacional viceja e prolifera nas últimas décadas, às escâncaras, uma monumental e viscosa lama de podridão nunca dantes vista. A devassidão que degrada aquela casa de nobres representantes da população se espraia fora de seus muros espalhando os piores costumes, entronizando o mau caráter, a corrupção desenfreada e a impunidade. Ou seria a falta de valores comezinhos que grassa na sociedade nacional que avilta e apequena o Legislativo? O judiciário? O Executivo?
A quais segmentos representam aqueles poderes? A sociedade? Os ladrões? Os criminosos? Os corruptos?
Seriam eles, de fato, o retrato do povo? Ou a sua caricatura?
Ou, seria o Executivo, que espalhando uma teia de permissividade instila, contagia, promove e incentiva à sua volta a exacerbação da prática de deploráveis padrões de conduta.
E, assim, assiste à "débâcle" das instituições democráticas?
Impossível, lembrar a seqüência de escândalos que foram protagonizados nos últimos anos no lupanar do Congresso em vista de sua grandeza e quantidade. Apenas os descobertos soterram de vez qualquer esperança em nossos parlamentares. E os não-descobertos ou acobertados? Quantos serão realmente?
E as medidas punitivas? E as coercitivas? E as medidas regulatórias que poderão impedir ou inibir a realização de desmandos de toda ordem? A começar pelas normas de conduta ética, passando pelo rigor no controle nos recursos financeiros.
Diante dos que foram expostos, presumimos que apenas uma minoria alcança as manchetes da imprensa, portanto, podemos avaliar a quantidade dos que ainda permanecem escondidos nos desvãos daquela casa de espanto. Diante do volume de escândalos e do pernicioso passado, que nos contam a história do parlamento nacional nas ultimas décadas, tudo é possível.
Ao que parece, inibidos durante o período da "dita branda", atualmente, os representantes do povo, leves e soltos, decidiram retirar, a posteriori, o atraso.
Acreditamos que num país de mínimos princípios éticos, poucos (?) parlamentares teriam chance de escapar de uma salutar inquisição.
Corruptos e corruptores se acotovelam e, por vezes, se atritam na ânsia de abocanhar um pouco mais. Sem a menor ponta de vergonha se blindam e sobrelevam a importância do cargo, e auto-promovidos elevam-se acima das leis dos demais mortais. São os deuses do seu imundo Olimpo e senhores intocáveis num País de valhacoutos. Enquanto isso, na terra, ou na sua cloaca, uma caterva de gente, periodicamente, tem a obrigação de sacramentar, pelo voto, a escolha de seus eternos gigolôs.
É uma casa de vícios e viciados. Ali, se engana, e se mente se compra e se rouba, e o pior, cotidianamente, acobertados por normas e condescendências criadas e amamentadas pelos próprios beneficiários.
E roubam dinheiro e consciências. Criam facilidades, discursam com pompa e logram sem pestanejar.
No Judiciário, vaidades se incendeiam. Sob seus severos e pomposos olhos a justiça afunda no precipício da sua ignomínia e da sua parcialidade. E viva a impunidade.
Nas sombras, o Executivo sorri...! Nunca foi tão fácil, a democracia brasileira agoniza a olhos vistos.
Brasília, DF, 30 de abril de 2009

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