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terça-feira, 18 de março de 2008

MILITARES - PROPOSTA


Militares: proposta prevê reajuste entre 27% e 50%
Aumento maior beneficiará patentes baixas; decisão de Lula deve ser anunciada na próxima semana
Geralda Doca e Gustavo Paul

BRASÍLIA. A nova proposta de reajuste salarial dos militares, em discussão no governo, prevê aumento entre 27% e 50%, privilegiando as baixas patentes com salários mais defasados. Segundo fontes do Planalto, o Ministério da Defesa quer corrigir em 50% os soldos dos cerca de 80 mil recrutas, que recebem em média R$207, para que eles recebam o valor atual do salário mínimo, R$415. Essa proposta, que implica em ajuste diferenciado entre as patentes, representaria um custo de R$8,5 bilhões para as contas públicas.
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser anunciada na próxima semana, após reuniões entre os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
Os vencimentos líquidos nas Forças Armadas giram em torno de R$207 para os recrutas a R$8 mil para os generais do Exército, segundo o governo. A tendência é que o reajuste seja escalonado em até três anos, como o das dez carreiras civis, cujo aumento foi anunciado semana passada.
Após dois meses de interrupção, as negociações para o reajuste dos militares foram retomadas ontem pelos ministérios da Defesa e do Planejamento. Oficialmente, os percentuais em discussão não foram divulgados.
Segundo Paulo Bernardo, as negociações estão avançando. Ontem, ele acertaria com Jobim uma reunião para formalizar a proposta ao presidente. Por enquanto, não há qualquer garantia de que a proposta será aceita pelo governo.
- Vou ligar para ele (Jobim). Eles (a Defesa) entregaram uma proposta. Estamos analisando e vamos apresentar uma contraproposta - disse Bernardo.

Outras 11 categorias ainda aguardam negociação
Semana passada circulou na caserna que o aumento dos militares seria de 8%, dividido em duas parcelas anuais de 4%. Fontes militares consideram-no fora da realidade e da prática adotada recentemente pelo Planejamento. O menor ajuste dado às carreiras civis foi de 10% e o maior de 137%. Um estudo anterior, feito no final da gestão do ex-ministro Waldir Pires, indicava que o aumento deveria variar de 27,62% (para os maiores vencimentos) a 34,99% (para os menores), em dois anos.
Além dos militares, aguardam o fim da negociação salarial 11 categorias, entre eles os advogados gerais da União e os fiscais da Receita Federal.
CORREIO BRAZILIENSE - 18.03.2008:

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