MST coloca Justiça de joelhos, diz fazendeiro
Estado de São Paulo, 19 Fev 2008
Dono de fazenda no Pontal onde houve conflito critica demora para reintegração de posse
José Maria Tomazela, Evandro Fadel e Elder Ogliari
O fazendeiro Cleudir Macedo, dono da Fazenda Iara, em Euclides da Cunha Paulista, no Pontal do Paranapanema, criticou a demora da Justiça em fazer cumprir a reintegração de posse da área. “A Justiça e a sociedade estão de joelhos diante do MST”, afirmou Macedo, que teve um filho preso após conflito com integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) no sábado.
A Fazenda Iara, de propriedade de Macedo, foi invadida pelos sem-terra há duas semanas, durante a operação “carnaval vermelho”, comandada por José Rainha, do MST. No sábado, os invasores tentaram ocupar a sede da propriedade, provocando um conflito, no qual saiu ferido o sem-terra Marcio Fernandes, atingido por um tiro na perna.
O filho do fazendeiro, o advogado Rodrigo Macedo, e seu empregado Lucivaldo Vialli, apontados pelos sem-terra como autores dos disparos, foram presos e estavam até ontem detidos em Presidente Venceslau.
Segundo o fazendeiro, o mandado judicial para retirada dos invasores da propriedade foi expedido no dia 14 - dois dias, portanto, antes do conflito. “Se a Justiça tivesse agido com rapidez, nada teria acontecido”, disse Macedo.
Segundo o fazendeiro, seu filho foi até o local para negociar com os sem-terra a não-invasão da sede, mas teria sido recebido a bala. Mais tarde, com a aproximação da Polícia Militar, os militantes do MST teriam forjado o crime contra o sem-terra.
Macedo disse não entender por que as autoridades ainda não mandaram prender Rainha. “Por que esse homem, que tem várias condenações, não é preso? Por que se ajoelham diante de um facínora?”
O conflito aumentou a tensão no Pontal, onde 6 das 19 fazendas invadidas pelos sem-terra desde a semana do carnaval continuavam ocupadas na manhã de ontem. Rainha contestou a versão do fazendeiro: “O filho do dono chegou lá atirando, atingiu um acampado e o pessoal apenas o dominou e entregou para a polícia.”
INVASÕES
Integrantes do MST realizaram ontem novas ações para cobrar reforma agrária. No Rio Grande do Sul, a Granja Nenê, em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, foi invadida na madrugada por 400 integrantes do MST. À tarde o grupo deixou a área da granja e voltou para um acampamento que mantém do lado de fora da propriedade.
Apesar da saída pacífica, a movimentação dos sem-terra gerou momentos de tensão enquanto durou. Foi a terceira vez que eles entraram na propriedade neste ano, exigindo o início do processo de assentamento de mil famílias no Rio Grande do Sul, que está prometido para o mês de abril.
Na ação de ontem, os sem-terra derrubaram eucaliptos na Estrada do Passito, que dá acesso à área, bloqueando o tráfego. A Brigada Militar enviou um batalhão ao local e chegou a ameaçar usar a força.
No Paraná, 300 integrantes do MST interromperam o tráfego na PR-158, no sudoeste do Estado, próximo ao Assentamento 10 de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu. A Polícia Rodoviária Estadual teve de orientar o tráfego para rodovias alternativas.
Estado de São Paulo, 19 Fev 2008
Dono de fazenda no Pontal onde houve conflito critica demora para reintegração de posse
José Maria Tomazela, Evandro Fadel e Elder Ogliari
O fazendeiro Cleudir Macedo, dono da Fazenda Iara, em Euclides da Cunha Paulista, no Pontal do Paranapanema, criticou a demora da Justiça em fazer cumprir a reintegração de posse da área. “A Justiça e a sociedade estão de joelhos diante do MST”, afirmou Macedo, que teve um filho preso após conflito com integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) no sábado.
A Fazenda Iara, de propriedade de Macedo, foi invadida pelos sem-terra há duas semanas, durante a operação “carnaval vermelho”, comandada por José Rainha, do MST. No sábado, os invasores tentaram ocupar a sede da propriedade, provocando um conflito, no qual saiu ferido o sem-terra Marcio Fernandes, atingido por um tiro na perna.
O filho do fazendeiro, o advogado Rodrigo Macedo, e seu empregado Lucivaldo Vialli, apontados pelos sem-terra como autores dos disparos, foram presos e estavam até ontem detidos em Presidente Venceslau.
Segundo o fazendeiro, o mandado judicial para retirada dos invasores da propriedade foi expedido no dia 14 - dois dias, portanto, antes do conflito. “Se a Justiça tivesse agido com rapidez, nada teria acontecido”, disse Macedo.
Segundo o fazendeiro, seu filho foi até o local para negociar com os sem-terra a não-invasão da sede, mas teria sido recebido a bala. Mais tarde, com a aproximação da Polícia Militar, os militantes do MST teriam forjado o crime contra o sem-terra.
Macedo disse não entender por que as autoridades ainda não mandaram prender Rainha. “Por que esse homem, que tem várias condenações, não é preso? Por que se ajoelham diante de um facínora?”
O conflito aumentou a tensão no Pontal, onde 6 das 19 fazendas invadidas pelos sem-terra desde a semana do carnaval continuavam ocupadas na manhã de ontem. Rainha contestou a versão do fazendeiro: “O filho do dono chegou lá atirando, atingiu um acampado e o pessoal apenas o dominou e entregou para a polícia.”
INVASÕES
Integrantes do MST realizaram ontem novas ações para cobrar reforma agrária. No Rio Grande do Sul, a Granja Nenê, em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, foi invadida na madrugada por 400 integrantes do MST. À tarde o grupo deixou a área da granja e voltou para um acampamento que mantém do lado de fora da propriedade.
Apesar da saída pacífica, a movimentação dos sem-terra gerou momentos de tensão enquanto durou. Foi a terceira vez que eles entraram na propriedade neste ano, exigindo o início do processo de assentamento de mil famílias no Rio Grande do Sul, que está prometido para o mês de abril.
Na ação de ontem, os sem-terra derrubaram eucaliptos na Estrada do Passito, que dá acesso à área, bloqueando o tráfego. A Brigada Militar enviou um batalhão ao local e chegou a ameaçar usar a força.
No Paraná, 300 integrantes do MST interromperam o tráfego na PR-158, no sudoeste do Estado, próximo ao Assentamento 10 de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu. A Polícia Rodoviária Estadual teve de orientar o tráfego para rodovias alternativas.
Um comentário:
Pau neles! Chega de acoxambração com os bandidos do MST!
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