Rio de Janeiro, RJ em 12 de janeiro de 2008.
Paulo de Paula Mesiano
CMG AvN Refº
O homem não teria alcançado o possível;
Se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível.
(Max Weber).
Omissão é cumplicidade
É indubitável que o Ministério da Defesa foi criado por FHC para alijar os militares da vida Política nacional. Degradados do nível do primeiro escalão pela substituição dos antigos ministérios militares pelos recém criados – COMANDO DE FORÇA- com nível de 2º escalão, de imediato restringiu acesso deles ao presidente, que é o centro de decisão. O afastamento decorrente, mais a introdução de um intermediário na cadeia decisória, resultaram na perda da capacidade de influenciar na solução de seus problemas. Com a extinção dos Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e também de roldão o Estado Maior das Forças Armadas-EMFA, e a Chefia da Casa Militar deixaram os militares de ocupar cargos de nível ministerial, cargos estes de característica eminente política e que os possibilitava a participar da vida política nacional, cinco Oficiais Generais, que não deixaram à política, perderam a capacidade de intervier na vida política do país.
Passou o Governo a seguir as diretivas de Weber e Gramsci, que não são comunistas típicos, da linha Marxista-Leninista-Stalinista, em gestão anterior a atual do Clube Naval chegou-se a ter um Oficial General do EB, pronunciando palestra, sobre a doutrina de Gramsci, tendo recebido estrondosa ovação.
O atual presidente junto com representantes de vinte e sete organizações de Esquerda, Comunistas e Socialistas criou o Foro de São Paulo (turminha paulistana) com a presença da tríade, de Fidel Castro, Hugo Chaves, Lula, que despontaram como expressões máximas, desse Foro, que anualmente se reúne em vários paises do continente, sul, e da América Central.
O Movimento de Março de 1964, foi efetivado para se evitar que o Sr João Goulart, institui-se no nosso país a Republica Sindicalista, tivemos um novo ciclo republicano, erroneamente chamado de Ditadura Militar, com cinco presidentes Militares, período que a esquerda chamou de Anos de Chumbo, que foi austero e desenvolvimentista.
Apesar da malemolencia do povo brasileiro, politicamente despreparado o país progrediu, cresceu a taxa de 12% ao ano, a ponto de ser chamado do Milagre Brasileiro.
Dentro da euforia de terem consertado o país, de tê-lo colocado na trilha dos paises emergentes, foi elaborada e dada uma Anistia Geral, Ampla e Irrestrita, atendendo o espírito generoso e conciliador dos brasileiros, aliado ao fato do então presidente, General João Figueiredo, ser filho dum militar que havia se beneficiado anteriormente por duas vezes de anistias o que o levou a ter essa caridade cristã que se revelou posteriormente que os anistiados não mereciam.
As Forças Armadas sempre disciplinadas, defensoras do Estado Democrático de Direito, regime político estabelecido pelos Constituintes de 1988, promulgado e consagrado na Constituição em vigor, aceitaram as novas regras políticas que trouxeram de novo a vida publica aqueles que haviam sido banidos dela. FHC e outros indivíduos se aproveitando da generosidade dos que estavam no Poder, minaram as estruturas e se aboletaram na Política retornando aos cargos públicos, diga-se de passagem, eleitos legitimamente por todos que os havíam escorraçados por sua maléfica atuação e presença.
Não temos o que reclamar, pois fomos diligentes colaboradores na consecução da realidade que vivemos. Grande parte escolheu o candidato FHC, participando mesmo indiretamente na sua eleição e posterior reeleição, talvez na expectativa otimista de ser reconduzido no quatriênio seguinte, ou agraciado com generoso cargo no exterior, como parece ter acontecido, devido a possível correlação com o preenchimento de funções cuja remuneração contrasta fortemente com a questionada remuneração da grande maioria que recebe em reais. A tese de que o militar não faz política esbarra com a mais alta função do organograma militar que é preenchida por escolha pessoal do presidente para cumprir um programa governamental elaborado por partido político e que para eleger-se utiliza de procedimentos nitidamente políticos. Este procedimento, assemelhado ao da política partidária, no entanto é negado aos demais integrantes de cada Força singular, alçamos FHC a Presidência da Republica, seu Ministério militar, anuiu à criação do Ministério da Defesa, e todos se OMITIRAM na falsa assertiva de que Militar não participa da Política, porque a Constituição veda.
A constituição veda a Política Partidária, não impede que os Militares tenham opinião Política e que exerçam a Cidadania plena o que só pode ser feito se houver Opinião Política.
Os Militares que se Omitiram ante os desmandos de FHC são cúmplices dele, mesmo que tenham antes impedido heroicamente o Jango criar a Republica Sindicalista, mas anestesiados pelo palavreado fácil e melífluo dos políticos, permitiram que um Líder Operário, de perspicácia, criasse, de forma Oficiosa, o que João Goulart não havia conseguido.
Lula criou a Republica Petista, nas barbas dos sisudos militares, êmula da Republica Sindicalista do Jango.
Os Militares se jactam vaidosamente de sua cultura de Estadista, confundem ser possuidores dos Cursos de Estado Maior com ser Estadista. O Estadismo só se consegue com a pratica diuturna dos embates políticos no Foro do Congresso e nos palcos Diplomáticos, onde pululam palhaços e fanfarrões internacionais, onde os militares não participam.
Lula está longe de ser um Estadista, Ele é um Sindicalista calejado no movimento Sindical, onde sempre mentiu, fez ironias, foi sarcástico e fanfarrão e procede na sua vida publica de Político como se o País fosse um grande Sindicato, onde se formou com louvor na difícil arte da dissimulação.
Os Militares, os Empresários, e a Sociedade aceitam isso como se fosse esse o Status e o Regime Político vigente, vivemos uma Republica Sindicalista, que não tem caráter oficial, mas emana das fontes oficiais, é pseudo-democrática, como sonhava João Goulart.
A Republica do Lula é oficiosa é o modelo que os Lulista de ultima hora e os Petistas apóiam e aplaudem.
OMISSÃO É CUMPLICIDADE
Miguel de Unamuno, (n 29/09/1869-Bilbao; m 31/12/1936-Salamanca) Reitor da Universidade de Salamanca, em cerimônia publica naquela Universidade, tinha na mesa presidida por Ele, a Srª Carmem Franco, Esposa do Generalíssimo Francisco Franco, e do General Sanjuro, ouviam loas aos milenares conhecimentos acumulados na sábia Universidade, fazendo menção ao Generalíssimo, que se intitulava Caudillo de Spaña, pela Graça de Dios, o General Sanjuro, discordando do tom pacifista e de condenação a Guerra Civil, em curso, num rompante levanta-se e brada:
-Viva la Muerte, abajo la inteligência.
Miguel de Unamuno do alto dos seus oitenta anos interrompe as falações e diz:
-Todos me conhecem e sou incapaz de me CALAR, há momentos em que CALAR é MENTIR, porque o silencio pode ser tomado como AQUIESCÊNCIA.
- A Universidade de Salamanca é o templo dos conhecimentos imortais, não tem nada a ver com a morte, na Guerra.
Sou o Reitor, o Sumo Sacerdote e dirigindo-se aos seguidores do General Sanjuro que bradavam,
Viva la Muerte, abajo la Inteligência.
e que faziam acintosamente a saudação fascista, Unamuno completou a sua intervenção dizendo:
-Reconheço que o General Sanjuro é um herói, um Mutilado de Guerra, e acrescentou, mas é ante de mais nada é um Mutilado Moral, não me OMITO não concordo com essa Guerra, com essas Mortes, viva a INTELIGÊNCIA.
Saiu preso da Universidade, e ficou o resto da sua vida, até o seu passamento,em 1936, em prisão domiciliar, mas não se Omitiu nem foi Cúmplice do Governo Franquista e da Guerra Civil Espanhola, não se calou porque não mentia.
Os nossos Chefes não são Lulistas e muito menos Petistas, reconhece-se que por.
uma questão de Disciplina e de Hierarquia que Eles não podem sair por aí criticando, difamando e injuriando o Presidente da Republica, não podem chamá-lo disso ou daquilo.
Bons militares que são não podem de publico praticarem atos de indisciplina e de desrespeito, mas não podem também se OMITIR quanto à política Gramscista, dissimulada que está sendo desenvolvida, pelo Governo do PT.
Urge que no desempenho das suas atribuições de comando, instruam os seus subordinados, fazendo uma Profissão de Fé, uma proclamação, mostrando que as Forças Armadas destinam-se a defesa da pátria e a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, isso significa a defesa da Soberania, da Cidadania e do Estado Democrático de Direito, cumprindo-se o Ordenamento Jurídico.
É inaceitável que se continue legislando por Medidas Provisórias, elaboradas nos meandros palacianos e que se fique barganhando vantagens e concedendo benesses como se a nação fosse uma grande empresa da qual o Governo seria o seu dono.
As Leis tem que ser elaboradas e discutidas pelos Representantes do Povo no Congresso.
Temos que valorizar os três Poderes, o Executivo deve administrar o Legislativo legislar, o Judiciário julgar e os três de forma harmônica e independente respeitar a máxima constitucional de que o Poder emana do povo e em seu nome é exercido.
Sun Tzu em ensinamento milenar dizia, "se o Inimigo está tendo êxito nos seus ataques, faça o mesmo, use a mesma tática" por sua vez bem mais recente Max Weber recomendava, "O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível".
Ainda é possível reverter essa situação, sem quartelada, sem derramamento de sangue, temos que usar a mais mortífera das armas que é a palavra, correta, dita na hora certa, no local certo, mas para isso não podemos nos OMITIR, temos que enfrentar o inculto Líder Operário, que foi alçado a mais alta magistratura do País por Nós, aplicando as Leis, honrando a Constituição, respeitando o Ordenamento Jurídico, dentro das normas da disciplina e da hierarquia, respeitando a Lei e a Ordem, porque se nos Omitirmos estaremos nos Acumpliciando.
Se não der certo na primeira vez, vamos repetir tantas vezes quanto for necessário, porque é Possível, tentando-se, repetidas vezes o que pensamos ser Impossível.
Não vamos nos OMITIR, porque isso é não fazer ou dizer, temos que cumprir com as nossas obrigações.
Não podemos ser CÚMPLICES, porque ser cúmplice é favorecer ou concorrer na realização de algo.
Os Militares em serviço ativo são disciplinadamente cumpridores das diretivas e orientações legitimas dos seus Comandantes, respeitando o Ordenamento Jurídico e os princípios Constitucionais.
Os Militares da Reserva/Reformados, por sua vez tem a obrigação de deixar o berço esplendido, falar em alto e bom som, para que toda a nação ouça que não abrimos mão de continuar sendo uma nação livre, justa e solidária sob a proteção de Deus.
Não vamos morrer como Miguel de Unanumo, calados e em pris.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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